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Palestra_Breno_Russell_-_AIJE

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ESCOLA JUDICIÁRIA ELEITORAL
CURSO DE APERFEIÇOAMENTO 
EM DIREITO ELEITORAL
AIJE
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	Ação de Investigação Judicial Eleitoral
	Objetivo: demonstrar que o candidato violou os princípios igualitários do pleito.
	
	A AIJE apura: uso indevido, desvio ou abuso do poder econômico ou do poder de autoridade ou utilização indevida de veículos ou meios de comunicação social, em benefício de candidato ou de partido político.
Curso de Aperfeiçoamento em Direito Eleitoral - EJE
AÇÃO DE INVESTIGAÇÃO JUDICIAL ELEITORAL 	 Breno Russell Wanderley
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	Art. 22, LC n.º 64/90;
	
	Qualquer partido político, coligação, candidato ou Ministério Público Eleitoral poderá representar à Justiça Eleitoral, diretamente ao Corregedor-Geral ou regional, relatando fatos e indicando provas, indícios e circunstâncias e pedir abertura de investigação judicial para apurar uso indevido, desvio ou abuso do poder econômico ou do poder de autoridade, ou utilização indevida de veículos ou meios de comunicação social, em benefício de candidato ou de partido político ...
Curso de Aperfeiçoamento em Direito Eleitoral - EJE
AÇÃO DE INVESTIGAÇÃO JUDICIAL ELEITORAL 	 Breno Russell Wanderley
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	Abuso de Poder:
 
 “Uma corruptela contrária à ordem do direito, desviando o exercício dos direitos subjetivos dos justos e verdadeiros fins do ordenamento jurídico.” 
	(Everardo da Cunha Luna)
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AÇÃO DE INVESTIGAÇÃO JUDICIAL ELEITORAL 	 Breno Russell Wanderley
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	Abuso de Poder:
uso nocivo e distorcido de meios de comunicação social;
propaganda eleitoral irregular;
fornecimento de alimentos, medicamentos, materiais ou equipamentos agrícolas;
utensílios de uso pessoal ou doméstico;
material de construção;
oferta de tratamento de saúde;
contratação de pessoal em período vedado.
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AÇÃO DE INVESTIGAÇÃO JUDICIAL ELEITORAL 	 Breno Russell Wanderley
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	Art. 22 XIV (LC 64/90):
	Julgada procedente a representação, ainda que após a proclamação dos eleitos, o Tribunal declarará a inelegibilidade do representado e de quantos hajam contribuído para a prática do ato, cominando-lhes sanção de inelegibilidade para as eleições a se realizarem nos 8 (oito) anos subsequentes à eleição em que se verificou, além da cassação do registro 
	ou diploma do candidato diretamente
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AÇÃO DE INVESTIGAÇÃO JUDICIAL ELEITORAL 	 Breno Russell Wanderley
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	Art. 22 XIV (LC 64/90):
	beneficiado pela interferência do poder econômico ou pelo desvio ou abuso do poder de autoridade ou dos meios de comunicação, determinando a remessa dos autos ao Ministério Público Eleitoral, para instauração de processo disciplinar, se for o caso, e de ação penal, ordenando quaisquer outras providências que a espécie comportar.
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AÇÃO DE INVESTIGAÇÃO JUDICIAL ELEITORAL 	 Breno Russell Wanderley
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	A potencialidade lesiva é verificada por exemplos concretos, tais como: fornecimento de alimentos, utilização indevida de servidores, realização de concurso público em período não autorizado por lei, recebimento de dinheiro de sindicato ou organização estrangeira, uso de material público, desvio de verbas.
 
	Geralmente, os atos de abuso também acarretam consequências penais ou à luz da Lei de Improbidade Administrativa (Lei n.º 8429/92).
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AÇÃO DE INVESTIGAÇÃO JUDICIAL ELEITORAL 	 Breno Russell Wanderley
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	LC 64/90 - Art. 22 XVI: 
	(acrescido pela LC 135/2010)
	Para a configuração do ato abusivo, não será considerada a potencialidade de o fato alterar o resultado da eleição, mas apenas a gravidade das circunstâncias que o caracterizam.
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AÇÃO DE INVESTIGAÇÃO JUDICIAL ELEITORAL 	 Breno Russell Wanderley
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 A alteração do resultado da eleição é apenas um fator complementar ao contexto probatório para um juízo de certeza da inelegibilidade decorrente do abuso do poder.
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AÇÃO DE INVESTIGAÇÃO JUDICIAL ELEITORAL 	 Breno Russell Wanderley
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 Como se nota, é suficiente a comprovação da gravidade dos fatos durante uma determinada campanha eleitoral. No entanto, a potencialidade lesiva é um conceito que está englobado dentro da gravidade, o que significa dizer que uma conduta mínima ou média dentro de uma avaliação probatória, não acarreta a inelegibilidade por abuso do poder econômico ou político.
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AÇÃO DE INVESTIGAÇÃO JUDICIAL ELEITORAL 	 Breno Russell Wanderley
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	Art. 1º, I, “d”, LC 64/90:
	São inelegíveis:
	(...)“d) os que tenham contra sua pessoa representação julgada procedente pela Justiça Eleitoral, em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão colegiado, em processo de apuração de abuso do poder econômico ou político, para a eleição na qual concorrem ou tenham sido diplomados, bem como para as que se realizarem nos 8 (oito) anos seguintes”;
	(Redação dada pela LC n.º 135/2010)
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AÇÃO DE INVESTIGAÇÃO JUDICIAL ELEITORAL 	 Breno Russell Wanderley
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	Art. 1º, I, “h”, LC 64/90:
	São inelegíveis:	(...)“d) os detentores de cargo na administração pública direta, indireta ou fundacional, que beneficiarem a si ou a terceiros, pelo abuso do poder econômico ou político, que forem condenados em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão judicial colegiado, para a eleição na qual concorrem ou tenham sido diplomados, bem como para as que se realizarem nos 8 (oito) anos seguintes”;
	(Redação dada pela LC n.º 135/2010)
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AÇÃO DE INVESTIGAÇÃO JUDICIAL ELEITORAL 	 Breno Russell Wanderley
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 Se o representado foi condenado nas eleições de 2010, ele ficará inelegível até outubro de 2018. Consequentemente, nas eleições de 2018, ele não poderá ter o registro deferido, pois o período para o requerimento de registro de candidatura se encerra no dia 5 de julho do ano da eleição, e nesta data ele ainda estará inelegível.
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AÇÃO DE INVESTIGAÇÃO JUDICIAL ELEITORAL 	 Breno Russell Wanderley
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	Legitimidade ativa:
 
 Partidos Políticos
 Coligação
 Candidatos
 Ministério Público
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AÇÃO DE INVESTIGAÇÃO JUDICIAL ELEITORAL 	 Breno Russell Wanderley
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 Legitimidade Passiva:
 
 Partido Político
 Coligação
 Candidato
 Autoridades
 Qualquer pessoa que haja contribuído para o ato.
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AÇÃO DE INVESTIGAÇÃO JUDICIAL ELEITORAL 	 Breno Russell Wanderley
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	(...) Pessoas jurídicas não podem figurar no pólo passivo de investigação judicial eleitoral, de cujo julgamento, quando procedente a representação, decorre declaração de inelegibilidade ou cassação do registro do candidato diretamente beneficiado, consoante firme jurisprudência do Tribunal Superior
Eleitoral (...)
	(TSE - Rp. n.º 373, DJ 26.08.2005, p. 173)
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AÇÃO DE INVESTIGAÇÃO JUDICIAL ELEITORAL 	 Breno Russell Wanderley
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 AgR-REspe – Agravo Regimental em Recurso Especial Eleitoral n.º 35831 – Joaíma/MG. Acórdão de 03.12.2009 rel. Ministro Arnaldo Versiani Leite Soares: DJE de 10.02.2010.
 EMENTA: Representação. Abuso de poder, conduta vedada e propaganda eleitoral antecipada. Vice. Decadência. 1. Está pacificada a jurisprudência do TSE de que o vice deve figurar no polo passivo das demandas em que se postula a cassação de registro, diploma ou mandato, uma vez que há litisconsórcio necessário entre os integrantes da chapa majoritária, considerada a possibilidade de o vice ser afetado pela eficácia da decisão.
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 	Respe - Recurso Especial Eleitoral n.º 35292 – Santa Cecília/SC. Acórdão de 22.09.2009 rel. Ministro Felix Fischer: DJE de 15.10.2009.
 	EMENTA: Recursos Especiais Eleitorais. AIJE., Captação ilícita de Sufrágio. Art. 41-A da Lei n.º 9.504/97. Abuso de poder econômico. Art. 22 da LC 64/90. Vice-Prefeito. Litisconsórcio necessário. Provimento.
 	Há litisconsórcio necessário entre o chefe do poder Executivo e seu vice nas ações cujas decisões possam acarretar a perda do mandato, devendo o vice necessariamente ser citado para integrá-las. Precedentes.
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AÇÃO DE INVESTIGAÇÃO JUDICIAL ELEITORAL 	 Breno Russell Wanderley
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	A representação que trata do abuso do poder econômico ou político deve conter três pedidos:
 1) sanção de inelegibilidade;
 2) cassação do registro;
	3) cassação do diploma.
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	Efeitos:	
	Se a ação for julgada antes da diplomação, ela produz o duplo efeito de declarar a inelegibilidade e a cassação do registro, mas quando ocorrer o julgamento após esta data, ela servirá para a cassação do diploma e, consequentemente, do mandato eletivo, sem necessidade de propositura da AIME ou do RED.
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AÇÃO DE INVESTIGAÇÃO JUDICIAL ELEITORAL 	 Breno Russell Wanderley
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	Julgamento antecipado da lide:
 	
	O TSE tem precedente no sentido do não cabimento do julgamento antecipado da lide.
 	Recurso Especial. AIJE. Abuso de poder econômico. Julgamento antecipado da lide (CPC, art. 330). Impossibilidade. 1. o julgamento antecipado da lide, na ação de investigação judicial eleitoral, impossibilita a apuração dos fatos supostamente ocorridos, afrontando o princípio do devido processo legal. 2. Recursos providos. DJ de 10.02.2002.
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AÇÃO DE INVESTIGAÇÃO JUDICIAL ELEITORAL 	 Breno Russell Wanderley
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	Prazo final para interposição: 
	A jurisprudência do TSE está consolidada no entendimento de que a Ação de Investigação Judicial Eleitoral pode ser ajuizada até a data da diplomação dos candidatos eleitos
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AÇÃO DE INVESTIGAÇÃO JUDICIAL ELEITORAL 	 Breno Russell Wanderley
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 Não é a AIRC o meio procedimental adequado para questionar o abuso do poder econômico e/ou político, pois a matéria enseja procedimento específico, previsto no artigo 22 e seguintes da Lei Complementar n.º 64/90 (Lei das Inelegibilidades).	
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AÇÃO DE INVESTIGAÇÃO JUDICIAL ELEITORAL 	 Breno Russell Wanderley
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	Bem jurídico tutelado:
 Normalidade e legitimidade das eleições.
 Para a caracterização do abuso do poder econômico ou político, é necessária a prova da potencialidade lesiva (gravidade), mas o TSE consagra que não se exige a prova do nexo de causalidade entre a conduta comissiva do abuso e o vício do pleito eleitoral.
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AÇÃO DE INVESTIGAÇÃO JUDICIAL ELEITORAL 	 Breno Russell Wanderley
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	A sanção de inelegibilidade ou cassação do registro ou diploma leva em consideração o desequilíbrio causado com a prática da ação comissiva por parte do infrator ou de seus cabos-eleitorais e simpatizantes em geral.
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	Competência:
	
	Juiz Eleitoral: candidatos aos mandatos eletivos de prefeito, vice-prefeito e vereador;
	TRE: candidatos aos mandatos eletivos de governador, vice-governador, senador, deputado federal, deputado estadual e deputado distrital.
	TSE: candidatos a presidente e vice-presidente da República.
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AÇÃO DE INVESTIGAÇÃO JUDICIAL ELEITORAL 	 Breno Russell Wanderley
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	Necessidade do trânsito em julgado:
	A jurisprudência do TSE é pacífica no sentido de ser imprescindível a comprovação do trânsito em julgado da decisão que julgou procedente ação de investigação judicial, a fim de que seja considerado inelegível o pré-candidato, nos termos do art. 1º, I, d, da LC 64/90. 
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AÇÃO DE INVESTIGAÇÃO JUDICIAL ELEITORAL 	 Breno Russell Wanderley
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	Antes da LC 135/2010, que alterou o art. 22, XIV, da LC 64/90, as consequências do momento em que era proferida a decisão eram as seguintes: se o julgamento fosse antes da eleição acarretava a inelegibilidade do candidato e dos infratores e a cassação do registro (art. 22, XIV, da LC n.º 64/90); se fosse após a eleição só ensejava a inelegibilidade por três anos contados da data da eleição. Neste caso, o legitimado poderia utilizar o recurso contra a diplomação ou a ação de impugnação ao mandato eletivo. 
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AÇÃO DE INVESTIGAÇÃO JUDICIAL ELEITORAL 	 Breno Russell Wanderley
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	Atualmente, a propositura da representação pode produzir os seguintes efeitos: inelegibilidade por oito anos e cassação do registro ou do diploma. 
	Se o candidato praticou o abuso do poder e não foi eleito, a Justiça Eleitoral declarará apenas a inelegibilidade. Se ele for foi eleito, ocorrerá a decretação da inelegibilidade e do diploma, anulando-se o mandato eletivo. Não é necessária a propositura da AIME ou do RED. 
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AÇÃO DE INVESTIGAÇÃO JUDICIAL ELEITORAL 	 Breno Russell Wanderley
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	O objetivo principal é demonstrar a potencialidade lesiva para desequilibrar as eleições em razão da conduta abusiva. O autor deve demonstrar anormalidade e ilegitimidade das eleições (arts. 19 e 22 da Lei Complementar n.º 64/90). Deve-se provar a gravidade. Não é necessário demonstrar a alteração do resultado das eleições, ou seja, se o candidato infrator aumentou o número de votos. Esse fato é um indício na cadeia de elos probatórios. O art. 22, XVI, da LC 64/90 considera “apenas a gravidade das circunstâncias” que caracterizam o ato abusivo para fins de declaração da inelegibilidade.
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AÇÃO DE INVESTIGAÇÃO JUDICIAL ELEITORAL
Breno Russell Wanderley
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	Ação por Captação ou uso ilícito de Recurso para fins eleitorais:
	Art. 30-A: Qualquer partido político ou coligação poderá representar à Justiça Eleitoral, no prazo de 15 (quinze) dias da diplomação, relatando fatos e indicando provas, e pedir a abertura de investigação judicial para apurar condutas em desacordo com as normas desta Lei, relativas à arrecadação e gastos de recursos (redação dada pela Lei n.º 12.034, de 2009)
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	 Ação por Captação ou uso ilícito de Recurso para fins eleitorais :
	
	Art. 30-A, § 1º: 
	Na apuração de que trata este artigo, aplicar-se-á o procedimento previsto no art. 22 da Lei Complementar n.º 64, de 18 de maio de 1990, no que couber (incluído pela Lei n.º 11.300, de 2006).
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	 Ação por Captação ou uso ilícito de Recurso para fins eleitorais :
	
	Art. 30-A, § 2º: 
	Comprovados captação ou gastos ilícitos de recursos, para fins eleitorais, será negado diploma ao candidato, ou cassado, se já houver sido outorgado.
	(incluído pela Lei n.º 11.300, de 2006).
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	 Ação por Captação ou uso ilícito de Recurso para fins eleitorais :
	
	Art. 30-A, § 3º: 
	O prazo de recurso contra decisões proferidas em representações propostas com base neste artigo será de 3 (três) dias, a contar da data da publicação do julgamento no Diário Oficial (incluído pela Lei n.º 12.034, de 2009).
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	AIJE por Captação ou uso ilícito de Recurso para fins eleitorais :
	
	Fundamento legal: art. 30-A, Lei n.º 9.504/97
	Objeto: negação de diploma ou sua cassação.
	Bem tutelado: higidez da campanha e igualdade na disputa.
	Potencialidade lesiva: não exige
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	“Mandado de Segurança. Ação de investigação judicial eleitoral. Art. 30-A da Lei n. 9.504/97. Execução imediata. Agravo regimental improvido. Por não versar sobre inelegibilidade o art. 30-A da Lei das Eleições, a execução deve ser imediata, nos termos dos arts. 41-A e 73 da mesma lei.”
	(TSE - AgRgMS n. 3567/MG - DJ 12.02.2008, p.8)
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	“(...) 5. A ação de investigação judicial eleitoral com fulcro no art. 30-A pode ser proposta em desfavor do candidato não eleito, uma vez que o bem jurídico tutelado pela norma é a moralidade das eleições, não havendo falar na capacidade de influenciar no resultado do pleito. No caso, a sanção de negativa de outorga do diploma ou sua cassação prevista no § 2º do art. 30-A também alcança o recorrente na sua condição de suplente. (...)
	(TSE - RO n. 1.540/PA - Dje 1º/06/09, p. 27)
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	“(...) 7. Não havendo, necessariamente, nexo de causalidade entre a prestação de contas de campanha (ou os erros dela decorrentes) e a legitimidade do pleito, exigir prova de potencialidade seria tornar inóqua a previsão contida no art. 30-A, limitando-o a mais uma hipótese de abuso de poder. O bem jurídico tutelado pela norma revela que o que está em jogo é o princípio constitucional da moralidade (CF, art. 14, § 9º). Para incidência do art. 30-A da Lei 9.504/97, necessária prova da proporcionalidade (relevância jurídica) do ilícito praticado pelo candidato e não da potencialidade do dano em relação ao pleito eleitoral. (...)(TSE - RO n. 1.540/PA - Dje 1º/06/09, p. 27)
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	AIJE por Captação Ilícita de Sufrágio:
	Art. 41-A: Ressalvado o disposto no art. 26 e seus incisos, constitui captação de sufrágio, vedada por esta Lei, o candidato doar, oferecer, prometer ou entregar, ao eleitor, com o fim de obter-lhe o voto, bem ou vantagem pessoal de qualquer natureza, inclusive emprego ou função pública, desde o registro da candidatura até o dia da eleição, inclusive, sob pena de multa de mil a cinquenta mil UFIR, e cassação do registro ou do diploma, observado o procedimento previsto no art. 22 da Lei Complementar n. 64, de 18 de maio de 1990.
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	AIJE por Captação Ilícita de Sufrágio:
	Art. 41-A, 
	§ 1º Para a caracterização da conduta ilícita, é desnecessário o pedido explícito de votos, bastando a evidência do dolo, consistente no especial fim de agir.
	§ 2º As sanções previstas no caput aplicam-se contra quem praticar atos de violência ou grave ameaça a pessoa, com o fim de obter-lhe o voto.
	§ 3º A representação contra as condutas vedadas no caput poderá ser ajuizada até a data da diplomação.
	§ 4º O prazo de recurso contra decisões proferidas com base neste artigo será de 3 (três) dias, a contar da data da publicação do julgamento no Diário Oficial.
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	AIJE por captação ilícita de sufrágio:
	
	Fundamento legal: art. 41-A, Lei n.º 9.504/97
	Objeto: cassação do registro ou do diploma e multa.
	Bem tutelado: liberdade do eleitor.
	Potencialidade lesiva: não exige
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	AIJE por conduta vedada aos agentes públicos:
	
	Fundamento legal: arts. 73, 74, 75, 77 e 81, Lei n.º 9.504/97.
	Objeto: cassação do registro ou do diploma e multa.
	Bem tutelado: igualdade na disputa.
	Potencialidade lesiva: não exige
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AÇÃO DE INVESTIGAÇÃO JUDICIAL ELEITORAL 	 Breno Russell Wanderley
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	AIJE por abuso de poder:
	
	Fundamento legal: arts. 1º, I, “d”, 19 e 22, XIV e XV da Lei Complementar n.º 64/90. 
	Objeto: inelegibilidade por 8 (oito) anos e cassação do registro ou diploma.
	Bem tutelado: legitimidade e normalidade das eleições. 
	Potencialidade lesiva: exige
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	(...) I - segundo a jurisprudência desta Corte, alterada desde o julgamento do Respe n. 19.571/AC, rel. Min. Sepúlveda Pertence, DJ, de 16.08.2002, na ação de investigação judicial eleitoral, deixou de se exigir que fosse demonstrado o nexo de causalidade entre o abuso praticado e o resultado do pleito, bastando para a procedência da ação a ‘indispensável demonstração - posto que indiciária - da provável influência do ilícito no resultado eleitoral (...) 	
	(TSE - RO n.º 758/AC - DJ 03.09.2004, p. 108)
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	(...) Jornal de tiragem expressiva, distribuído gratuitamente, que em suas edições enaltece um candidato, dá-lhe oportunidade para divulgar suas ideias e, principalmente, para exibir o apoio político que detém de outras lideranças estaduais e nacionais, mostra potencial para desequilibrar a disputa eleitoral, caracterizando uso indevido dos meios de comunicação e abuso do poder econômico, nos termos do art . 22 da Lei Complementar n. 64/90”. 
	(TSE - RO n.º 688/SC - DJ 21.06.2004, p. 86)
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	(...) O fato considerado como conduta vedada (Lei das Eleições, art. 73) pode ser apreciado como abuso do poder de autoridade para gerar a inelegibilidade do art. 22 da Lei Complementar n. 64/90. O abuso do poder de autoridade é condenável por afetar a legitimidade e normalidade dos pleitos e, também, por violar o princípio da isonomia entre os concorrentes, amplamente assegurado na Constituição da República. Agravo Regimental desprovido.. Decisão mantida. (TSE - AgRO n.º 728/DF - DJ 17.06.2005, p. 161)
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	Art. 26-B (LC n.º 64/90)
	
	O Ministério Público e a Justiça Eleitoral darão prioridade, sobre quaisquer outros, aos processos de desvio ou abuso do poder econômico ou do poder de autoridade até que sejam julgados, ressalvados os de habeas corpus e mandado de segurança. (incluído pela Lei Complementar n.º 135, de 2010.
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