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Lei de Responsabilidade Fiscal Comentadas

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Questões comentadas: Lei de Responsabilidade Fiscal 
 
Denis Rocha 
 
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Ao julgar um processo de fiscalização referente a um conselho de fiscalização 
profissional, o TCU decidiu fixar prazo para que a entidade adotasse as 
providências cabíveis à rescisão de contratos de trabalho firmados, no ano de 
2005, sem o prévio concurso público. A associação dos empregados do 
mencionado conselho protocolizou, no TCU, a peça intitulada recurso de 
reconsideração, requerendo a reforma da decisão sob as alegações de que os 
empregados dos conselhos não eram servidores públicos, não se aplicando a 
eles a norma que exige a contratação mediante prévio concurso público, e de 
que a rescisão imediata de todos os contratos de trabalho oneraria 
demasiadamente o conselho, levando-o à extrapolação dos limites de gastos 
estabelecidos pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). 
 
Ante a situação hipotética acima descrita, julgue os itens a seguir. 
 
1 - (Auditor / TCU / 2007) Os empregados dos conselhos de fiscalização 
profissional realmente não são servidores públicos em sentido estrito; 
todavia, ante a natureza autárquica desses conselhos, a jurisprudência 
pacífica do TCU, fundamentada em decisões do STF, é no sentido de que a 
admissão de empregados por essas entidades deve ser precedida de prévio 
concurso público de provas ou provas e títulos, nos termos da norma 
constitucional. Tal jurisprudência, todavia, não se aplica à Ordem dos 
Advogados do Brasil. 
 
- Sujeição dos funcionários ao regime jurídico da Lei 8.112/90. 
 
Os servidores dos conselhos de fiscalização profissional nunca foram regidos pela Lei 
8.112/90, mesmo no período anterior à vigência da Medida Provisória 1.549/97, 
sucessivamente reeditada e convertida na Lei 9.649/98, uma vez que jamais foram 
detentores de cargos públicos criados por lei com vencimentos pagos pela União, 
sendo-lhes, portanto, incabível a transposição do regime celetista para o estatutário, 
conforme o art. 243 do referido diploma legal. 
 
Tal jurisprudência, todavia, não se aplica à Ordem dos Advogados do Brasil. 
 
- Data inicial de obrigatoriedade de prévia realização de concurso público para 
admissão de pessoal. 
 
O marco inicial para a obrigatoriedade da realização de prévio concurso público para as 
admissões de servidores pelos conselhos de fiscalização de profissões regulamentadas, 
sob pena de nulidade dos referidos atos e responsabilização dos gestores, é o dia 
18.5.2001, data de publicação no Diário de Justiça do Acórdão proferido pelo Supremo 
Tribunal Federal no julgamento do Mandado de Segurança 21.797-9; 
 
- Limite de livre nomeação de servidores para os cargos em comissão. 
 
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A CF/88, em seu artigo 37, inciso V, determina que as funções de confiança sejam 
exclusivamente ocupadas por empregados do quadro efetivo, e os cargos em 
comissão, a serem preenchidos por empregados do quadro efetivo nas condições e 
limites mínimos posteriormente fixados por instruções dos conselhos federais, sejam 
destinados apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento, podendo ser 
adotados como referencial os parâmetros fixados no art. 14 da Lei 8.460/92; 
 
- Limites quantitativos para a terceirização de atividades. 
 
Os conselhos de fiscalização profissional não poderão terceirizar as atividades que 
integram o plexo de suas atribuições finalísticas, abrangidas pelos seus Planos de 
Cargos e Salários, podendo, todavia, ser objeto de execução indireta apenas as 
atividades materiais acessórias, instrumentais e complementares aos assuntos que 
constituem a área de competência legal dessas entidades, conforme firme orientação 
jurisprudencial desta Corte de Contas, a exemplo do Acórdão 143/1999 - Segunda 
Câmara - TCU, e regulamentação estabelecida pelo Decreto federal 2.271/97. 
 
2 - (Auditor / TCU / 2007) Publicada em 2000, a LRF, lei complementar 
federal cuja edição já estava prevista no texto originário da Constituição 
Federal, estabelece normas de finanças públicas voltadas para a 
responsabilidade na gestão fiscal. Seus dispositivos obrigam a União, os 
estados, o DF e os municípios, abrangendo: o Poder Executivo, o Poder 
Legislativo, neste incluídos os tribunais de contas, o Poder Judiciário e o 
Ministério Público; as respectivas administrações diretas, os fundos, as 
autarquias, as fundações e as empresas estatais dependentes. 
 
LRF. Art. 1o Esta Lei Complementar estabelece normas de finanças públicas voltadas 
para a responsabilidade na gestão fiscal, com amparo no Capítulo II do Título VI da 
Constituição. 
§ 2o As disposições desta Lei Complementar obrigam a União, os Estados, o Distrito 
Federal e os Municípios. 
§ 3o Nas referências: 
 I - à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, estão 
compreendidos: 
 a) o Poder Executivo, o Poder Legislativo, neste abrangidos os Tribunais de 
Contas, o Poder Judiciário e o Ministério Público; 
 b) as respectivas administrações diretas, fundos, autarquias, fundações e 
empresas estatais dependentes; 
 II - a Estados entende-se considerado o Distrito Federal; 
 III - a Tribunais de Contas estão incluídos: Tribunal de Contas da União, Tribunal 
de Contas do Estado e, quando houver, Tribunal de Contas dos Municípios e Tribunal 
de Contas do Município. 
 
3 - (Auditor / TCU / 2007) No que tange à segunda alegação do recorrente, o 
TCU realmente decidiu, em caráter normativo, que os conselhos de 
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fiscalização profissional não estão subordinados às limitações contidas na 
LRF; devem tais conselhos, entretanto, observar as normas gerais e os 
princípios que norteiam a gestão pública responsável, com destaque para a 
ação planejada e transparente que possa prevenir riscos e corrigir desvios 
capazes de afetar o equilíbrio de suas contas. Portanto, a alegação do 
recorrente não justifica descumprimento de norma constitucional. 
 
Consulta formulada por comissão parlamentar do Congresso Nacional. 
 
 - Aplicabilidade da Lei de Responsabilidade Fiscal aos conselhos de 
fiscalização profissional. 
Os conselhos de fiscalização profissional não estão subordinados às limitações contidas 
na Lei Complementar 101/2000, em especial as relativas aos limites de gastos com 
pessoal, incluindo terceirizações, visto que tais entidades não participam do Orçamento 
Geral da União e não geram receitas e despesas de que resultem impactos nos 
resultados de gestão fiscal a que alude o referido diploma legal; 
Os conselhos de fiscalização profissional, apesar de não estarem sujeitos às limitações 
de despesa impostas pela Lei Complementar 101/2000, devem observar as normas 
gerais e princípios que norteiam a gestão pública responsável, com destaque para a 
ação planejada e transparente, que possam prevenir riscos e corrigir desvios capazes 
de afetar o equilíbrio de suas contas. 
4 - (Auditor / TCU / 2007) De acordo com a LRF, entende-se por transferência 
voluntária a entrega de recursos correntes ou de capital a outro ente da 
Federação, a título de cooperação, auxílio ou assistência financeira que não 
decorra de determinação constitucional, legal ou os destinados ao Sistema 
Único de Saúde, sendo exigência, entre outras, para a realização dessa 
transferência, a comprovação, por parte do beneficiário, de que se acha em 
dia quanto à prestação de contas de recursos anteriormente recebidos do 
ente transferidor. 
Entende-se por transferência voluntária a entrega de recursos correntes ou de capital a 
outro ente da Federação, a título de cooperação, auxílio ou assistência financeira, que 
não decorra de determinação constitucional, legal ouos destinados ao Sistema Único 
de Saúde. 
São exigências para a realização de transferência voluntária, além das estabelecidas 
na lei de diretrizes orçamentárias: 
A - existência de dotação específica; 
B - observância do disposto no inciso X do art. 167 da Constituição; 
C - comprovação, por parte do beneficiário, de: 
 C.1) que se acha em dia quanto ao pagamento de tributos, empréstimos e 
financiamentos devidos ao ente transferidor, bem como quanto à prestação de contas 
de recursos anteriormente dele recebidos; 
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 C.2) cumprimento dos limites constitucionais relativos à educação e à saúde; 
 C.3) observância dos limites das dívidas consolidada e mobiliária, de operações 
de crédito, inclusive por antecipação de receita, de inscrição em Restos a Pagar e de 
despesa total com pessoal; 
 C.4) previsão orçamentária de contrapartida. 
É vedada a utilização de recursos transferidos em finalidade diversa da pactuada. 
Para fins da aplicação das sanções de suspensão de transferências voluntárias 
constantes desta Lei Complementar, excetuam-se aquelas relativas a ações de: 
1 - educação, 
2 – saúde, 
3 - assistência social. 
Cuidado! Não tem ações de SEGURANÇA PÚBLICA. 
5 - (Auditor / TCU / 2007) Segundo dispositivos da LRF, a falta de prestação 
de contas sujeita o município à sanção de suspensão pela União de quaisquer 
transferências voluntárias ao ente da federação inadimplente. Tal sanção não 
atinge, portanto, os recursos recebidos do FPM. 
Não são quaisquer transferências voluntárias sujeitas à suspensão. Para fins da 
aplicação das sanções de suspensão de transferências voluntárias, excetuam-se 
aquelas relativas a ações de:
1 - educação, 
2 – saúde, 
3 - assistência social. 
6. (Inspetor de Controle Externo/ TCE / MG / 2007) É INCORRETO afirmar 
que a dívida fundada 
 
(A) deve ser paga pelo Estado-membro, sob pena de intervenção federal, caso 
a suspensão do pagamento for por dois anos consecutivos, sem motivo de 
força maior. 
(B) compreende os compromissos de exigibilidade superior a doze meses, 
contraídos para atender a desequilíbrio orçamentário ou financeiro de obras e 
serviços públicos. 
(C) ou consolidada compreende, também, as operações de crédito realizadas 
em prazo inferior a doze meses, cujas receitas tenham constado do 
orçamento. 
(D) é integrada também pelos títulos da dívida pública emitidos pelo Banco 
Central do Brasil a partir de 5 de maio de 2002. 
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(E) ou consolidada é o montante total, apurado sem duplicidade, das 
obrigações financeiras do ente da Federação, assumidas em virtude de leis, 
contratos, convênios ou tratados e da realização de operações de crédito, 
para amortização em prazo superior a doze meses. 
 
A dívida fundada compreende os compromissos de exigibilidade superior a doze 
meses, contraídos para atender ao desequilíbrio orçamentário ou financeiro de obras e 
serviços públicos. A dívida fundada será escriturada com individuação e especificações 
que permitam verificar, a qualquer momento, a posição dos empréstimos, bem como 
os respectivos serviços de amortização e juros. 
 
A Lei de Responsabilidade Fiscal conceitua a dívida fundada como o montante total, 
apurado sem duplicidade, das obrigações financeiras do ente da Federação, assumidas 
em virtude de leis, contratos, convênios ou tratados e da realização de operações de 
crédito, para amortização em prazo superior a doze meses. Muita atenção neste ponto! 
A Lei 4.320 informa que a Dívida Fundada compreende os compromissos de 
exigibilidade superior a doze meses. Já a Lei de Responsabilidade Fiscal informa que 
também integram a dívida pública consolidada as operações de crédito de prazo 
inferior a doze meses, cujas receitas tenham constado do orçamento. 
 
A alternativa falsa é a letra D, porque a partir de 05.05.2002, dois anos após a 
publicação da LRF, o art. 34 desta Lei estabelece que o Bacen não poderá mais emitir 
títulos da dívida pública, sendo a competência para a emissão destes apenas do 
Ministério da Fazenda, através da Secretaria do Tesouro Nacional. 
 
A dúvida maior está na aparente discordância do art. 34 com a previsão contida no 
art.29, § 2º: “Será incluída na dívida pública consolidada da União a relativa à emissão 
de títulos de responsabilidade do Banco Central do Brasil”. 
 
A discordância é apenas aparente, se passarmos a entender que o objetivo do art. 29 é 
estabelecer os conceitos de dívida consolidada ou fundada e de dívida pública 
mobiliária e do que as integram. Logo, no momento da promulgação da LRF, ela 
regulamentou a composição da dívida mobiliária federal que, em sua maior parte, era 
composta por títulos emitidos pelo Tesouro Nacional, mas também pelo Banco Central. 
 
Objetivando maior controle mediante avaliação prévia dos gastos e do efeito da política 
monetária sobre o volume do endividamento da União, ficou estabelecido que, após o 
transcurso de 2 (dois) anos de vigência da LRF, o Bacen não poderia mais emitir os 
referidos títulos. 
 
Portanto, a regra que vale é essa: o Bacen não pode emitir títulos da dívida pública 
desde 05.05.2002. Logo, qualquer questão em que conste a emissão de títulos após 
essa data está ERRADA. 
 
Títulos de responsabilidade do Bacen incluída na dívida pública consolidada. 
 
 
A partir de 05/05/2002 o Bacen não poderá emitir títulos da dívida pública. 
 
7. (Inspetor de Controle Externo/ TCE / MG / 2007) (Analista Judiciário - 
Área Administrativa / Especialidade: Contabilidade / TRF da 2ª Região/ 2007) 
O relatório resumido da execução orçamentária 
 
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(A) alcança todos os entes da Federação, sendo elaborado pela Secretaria do 
Tesouro Nacional. 
(B) é produzido individualmente em cada Poder estatal, apresentando 
números que permitem a limitação de empenho e de movimentação 
financeira. 
(C) apresenta o comportamento de despesas e dívidas sujeitas a limites 
fiscais. 
(D) revela somente a despesa com pessoal ativo e inativo, bem assim os 
saldos de operações de crédito e Restos a Pagar. 
(E) abrange todos os Poderes, fornecendo dados que indicam a limitação de 
empenho e de movimentação financeira. 
 
 
Conforme LRF: 
 
Art. 52. O relatório a que se refere o § 3° do art. 165 da Constituição abrangerá todos 
os Poderes e o Ministério Público, será publicado até trinta dias após o encerramento 
de cada bimestre. 
 
Relatório de Gestão Fiscal; Segregada por Poder. 
 
Relatório Resumido da Execução Orçamentária Forma consolidada. 
Relatório Resumido da Execução Orçamentária. 
 
Muito cuidado: 
 
Não tem no Relatório Resumido a: 
- Evolução do patrimônio Líquido (PL) (este está contido no Anexo de Metas 
Fiscais), 
 
- Dívida Consolidada Líquida. 
 
8. (Analista Judiciário - Área Administrativa / Especialidade: Contabilidade / 
TRF da 2ª Região/ 2007) Dispensada do relatório de gestão fiscal (RGF), está 
a movimentação financeira de 
 
(A) empresas públicas que dependem de recursos do Caixa Central. 
(B) fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público. 
(C) empresas estatais que do erário nunca recebem recursos para custeio. 
(D) fundos especiais. 
(E) toda e qualquer empresa pública e sociedade de economia mista. 
 
As disposições da LRF obrigam a União, os Estados, o Distrito Federal e os 
Municípios. Nas referências às respectivas administrações diretas, fundos, autarquias, 
fundações e empresas estatais dependentes. Neste sentido, empresas estataisque do 
erário nunca recebem recursos para custeio estão dispensadas do RGF. 
 
9. (Analista Judiciário - Área Administrativa / Especialidade: Contabilidade / 
TRF da 2ª Região/ 2007) Para a Lei de Responsabilidade Fiscal, a despesa de 
pessoal: 
 
(A) baseia-se somente no percentual do mês anterior, o qual figura no 
balanço orçamentário. 
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(B) envolve somatório de doze meses, comparecendo seu percentual no 
relatório resumido da execução orçamentária. 
(C) envolve somatório de doze meses, comparecendo seu percentual no 
relatório de gestão fiscal. 
(D) tem um limite prudencial, correspondente a 90% do teto. 
(E) é apurada e controlada somente pelo Poder Executivo, uma vez que só a 
este compete arrecadar a receita governamental. 
 
A Lei de Responsabilidade Fiscal, no parágrafo único do art. 22, impõe medidas 
restritivas, quando o ente excede a um percentual do limite Legal. Trata-se de mais 
um limite a ser observado para as despesas com pessoal. 
 
 No Manual do Relatório de Gestão Fiscal, esse limite é denominado de Limite 
Prudencial e corresponde a 95% do Limite Legal. Os Tribunais de Contas alertarão os 
Poderes ou órgãos referidos no art. 20 da LRF quando constatarem que o montante da 
despesa total com pessoal ultrapassou 90% (noventa por cento) do limite. 
 
A despesa de pessoal envolve somatório de doze meses e o relatório de gestão fiscal 
conterá, entre outras coisas, comparativo com os limites de que trata a LRF e da 
despesa total com pessoal, distinguindo a com inativos e pensionistas. 
 
10. (Auditor / TCE / AM / 2007) A Lei de Responsabilidade Fiscal traz em seu 
bojo algumas definições básicas, dentre elas o conceito de receita corrente 
líquida. Pode-se afirmar que receita corrente líquida: 
 
I. é considerada o somatório das receitas tributárias, de contribuições, 
patrimoniais, industriais, agropecuárias, de serviços, transferências correntes 
e outras receitas, também correntes, com algumas deduções previstas na 
própria lei complementar; 
 
II. sofre dedução, nos Estados, das parcelas entregues aos Municípios por 
determinação constitucional; 
 
III. é base de cálculo para despesa total com pessoal dos entes da Federação; 
 
IV. será apurada somando-se as despesas arrecadadas no mês de referência e 
nos meses anteriores até o início do exercício financeiro, incluídas as 
duplicidades. 
 
SOMENTE estão corretos 
 
(A) I e II. 
(B) II e III. 
(C) I, II e III. 
(D) I, II e IV. 
(E) I, III e IV. 
 
A única alternativa falsa é o item IV. 
 
A receita corrente líquida será apurada somando-se as receitas arrecadadas no mês 
em referência e nos onze anteriores, excluídas as duplicidades. 
 
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A Receita Corrente Líquida – RCL – representa o total das receitas correntes, 
diminuídas de algumas receitas estabelecidas pela própria lei. A RCL constitui 
parâmetro para quase todos os cálculos relacionados à execução orçamentária, 
elaboração de relatórios e adequação dos poderes e órgãos aos limites estabelecidos 
pela norma. 
 
Atenção! 
 
A partir da LRF, a RCL se tornou parâmetro para cálculo de despesa com pessoal, 
reserva para contingências, dívida pública, operações de crédito, etc. 
 
No cálculo da RCL usa-se somente as receitas correntes. 
 
Para efeito de memorização, atente para o quadro abaixo: 
 
RECEITAS CORRENTES Memorização 
 
TRIBUTÁRIAS Tributa 
Impostos 
Taxas 
Contribuição de melhoria 
RECEITAS DE CONTRIBUIÇÕES Con 
Econômicas 
Sociais 
RECEITA PATRIMONIAL P 
RECEITA AGROPECUÁRIA A 
RECEITA INDUSTRIAL I 
RECEITAS DE SERVIÇOS S 
TRANSFERÊNCIAS CORRENTES 
OUTRAS RECEITAS CORRENTES 
 
 
Como se apura a receita corrente líquida na União? 
 
Ela será apurada somando-se as receitas arrecadadas no mês em referência e nos 
onze anteriores, excluídas as duplicidades (art. 2º, § 3º, da LRF). 
 
O que é mês de referência? 
 
O mês de referência, ou atual, é o mês imediatamente anterior àquele em que a 
receita corrente líquida estiver sendo apurada (art. 6º, parágrafo único, da Portaria 
STN nº 589/01). 
 
11. (Auditor / TCE / AM / 2007) Considera-se obrigatória de caráter 
continuado a despesa corrente derivada de lei, medida provisória ou ato 
administrativo normativo que fixem para o ente a obrigação legal de sua 
execução por um período superior a 
 
(A) dois exercícios. 
(B) dois semestres. 
(C) dois trimestres. 
(D) três exercícios. 
(E) quatro exercícios. 
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A criação de qualquer despesa de caráter continuado deverá estar acompanhada das 
estimativas estabelecidas com a demonstração da fonte de recursos para seu custeio. 
Esta obrigatoriedade visa afastar a prática de se criar despesas e só depois arranjar 
como financiá-las. De acordo com uma expressão popular, “não existe almoço grátis”, 
as novas despesas deverão ser financiadas com aumento das receitas ou com a 
compensação de despesas. 
 
As despesas de natureza obrigatória são aquelas cuja execução o ente público não tem 
a discricionariedade para suspender. Os montantes correspondentes a estas despesas 
são fixados levando em consideração as condições de elegibilidade determinadas em 
lei. Entre os exemplos de despesas de natureza obrigatória podemos citar: o 
pagamento de pessoal e encargos sociais; as sentenças judiciais; os benefícios 
previdenciários; os gastos mínimos com educação e saúde; entre outras. 
 
As despesas de natureza discricionária são as geradas a partir da disponibilidade de 
recursos orçamentários. Podemos citar como exemplos: construção de escolas e 
postos de saúde em nível municipal; compra de novos equipamentos; aquisição de 
veículos, etc. Atente-se para o fato de que, entre as despesas discricionárias, existem 
aquelas que são essenciais para a prestação de bens e serviços à sociedade, como é o 
caso da manutenção das ações de Governo. Em geral, as despesas discricionárias 
essenciais para a manutenção da máquina governamental estão classificadas na 
estrutura programática como “atividades”. 
 
 
 
Finalizando o comentário da questão, conforme o art. 17 da LRF, Considera-se 
obrigatória de caráter continuado a despesa corrente derivada de lei, medida 
provisória ou ato administrativo normativo que fixem para o ente a obrigação legal de 
sua execução por um período superior a dois exercícios. 
 
Muito cuidado: a despesa é corrente, e não de capital! 
 
12. (Auditor / TCE / AM / 2007) Na despesa total de pessoal, para fins de 
verificação dos limites definidos na Lei da Responsabilidade Fiscal NÃO será 
computada a despesa com 
 
(A) vantagens variáveis. 
(B) indenização por demissão de servidores ou empregados. 
(C) gratificações. 
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(D) horas extras. 
(E) encargos sociais e contribuições recolhidas pelo ente às entidades de 
previdência. 
 
Para os efeitos da LRF, entende-se como despesa total com pessoal: 
 
1 - o somatório dos gastos do ente da Federação com os ativos 
2 – Inativos 
3 – Pensionistas 
4 - relativos a mandatos eletivos, cargos, funções ou empregos, civis, militares e de 
membros de Poder, com quaisquer espécies remuneratórias, tais como vencimentos e 
vantagens, fixas evariáveis, subsídios, proventos da aposentadoria, reformas e 
pensões, inclusive adicionais, gratificações, horas extras e vantagens pessoais de 
qualquer natureza, bem como encargos sociais e contribuições recolhidas pelo ente às 
entidades de previdência. 
 
Os valores dos contratos de terceirização de mão-de-obra que se referem à 
substituição de servidores e empregados públicos serão denominados como “Outras 
Despesas de Pessoal”. 
 
13. (Auditor / TCE / AM / 2007) Se a dívida consolidada de um ente da 
Federação ultrapassar o respectivo limite ao final de um quadrimestre deverá 
ser a ele reconduzida até o término dos três subseqüentes, reduzindo o 
excedente em pelo menos 
 
(A) 15% (quinze por cento) no primeiro. 
(B) 25% (vinte e cinco por cento) no segundo. 
(C) 25% (vinte e cinco por cento) no primeiro. 
(D) 35% (trinta e cinco por cento) no segundo. 
(E) 35% (trinta e cinco por cento) no primeiro. 
 
A LRF estabelece prazos e condições rígidos para os entes que ultrapassarem os 
respectivos limites de endividamento. Se verificada a ultrapassagem dos seus limites 
ao final de um quadrimestre, os entes deverão adequar estes limites nos três 
quadrimestres seguintes, eliminando pelo menos 25% já no primeiro quadrimestre. 
 
Durante o tempo em que estiverem acima dos limites, os entes estarão sujeitos às 
seguintes sanções institucionais: 
 
Proibição de realizar operação de crédito, inclusive ARO, excetuado o refinanciamento 
da dívida mobiliária; 
Obrigatoriedade de obtenção de superávit primário para redução do excesso, inclusive 
através de limitação de empenho; 
Proibição de recebimento de transferências voluntárias, caso não eliminado o excesso 
no prazo previsto e enquanto durar o mesmo. 
 
Atenção! Para a LRF, refinanciar e pagar a dívida sempre pode. 
 
Fique ligado! 
 
É importante também atentar para a Resolução 40/01 do Senado Federal. 
 
Este item é muito cobrado em concursos! 
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RESOLUÇÃO Nº 40, DE 2001. 
 
Dispõe sobre os limites globais para o montante da dívida pública consolidada e da 
dívida pública mobiliária dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, em 
atendimento ao disposto no art. 52, VI e IX, da Constituição Federal. 
 
 Art. 3º A dívida consolidada líquida dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios, ao final do décimo quinto exercício financeiro contado a partir do 
encerramento do ano de publicação desta Resolução, não poderá exceder, 
respectivamente, a: 
 I - no caso dos Estados e do Distrito Federal: 2 (duas) vezes a receita corrente 
líquida, definida na forma do art. 2º; e 
 II - no caso dos Municípios: a 1,2 (um inteiro e dois décimos) vezes a receita 
corrente líquida, definida na forma do art. 2º. 
 
Resumindo: 
 
Estados e do Distrito Federal 2 (duas) vezes a RCL 
 
 
 Municípios 1,2 vezes a RCL 
 
 
14. (Auditor / TCE / AM / 2007) Acompanharão o Relatório Resumido da 
Execução Orçamentária, entre outros, o demonstrativo relativo a 
 
(A) receitas e despesas extra-orçamentárias. 
(B) despesa total com pessoal, distinguindo a com inativos e pensionistas 
inativos. 
(C) operações de crédito, inclusive por antecipação de receita. 
(D) resultados nominal e primário. 
(E) despesas com serviços de terceiros. 
 
Acompanharão o Relatório Resumido demonstrativos relativos a: 
 
I - apuração da receita corrente líquida; 
II - receitas e despesas previdenciárias; 
III - resultados nominal e primário; 
IV - despesas com juros; 
V - Restos a Pagar. 
 
O relatório referente ao último bimestre do exercício será acompanhado também de 
demonstrativos: 
 
I - do atendimento do disposto no inciso III do art. 167 da Constituição, conforme o § 
3o do art. 32 da LRF; 
 
Inciso III do art. 167. (São vedados: III - a realização de operações de créditos 
que excedam o montante das despesas de capital, ressalvadas as autorizadas 
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mediante créditos suplementares ou especiais com finalidade precisa, aprovados pelo 
Poder Legislativo por maioria absoluta) 
II - das projeções atuariais dos regimes de previdência social, geral e próprio dos 
servidores públicos; 
III - da variação patrimonial, evidenciando a alienação de ativos e a aplicação dos 
recursos dela decorrentes. 
15. (Auditor / TCM / CE/ 2007) Um demonstrativo que é exigido apenas no 
Relatório Resumido da Execução Orçamentária referente ao último bimestre 
do ano é o relativo 
 
(A) à apuração da receita corrente líquida, tal como definida pela Lei da 
Responsabilidade Fiscal. 
(B) aos resultados nominal e primário. 
(C) à variação patrimonial, evidenciando a alienação de ativos e a decorrente 
aplicação dos recursos. 
(D) aos Restos a Pagar, detalhando os valores inscritos, os pagamentos 
realizados e o montante a pagar. 
(E) às receitas e despesas previdenciárias. 
 
O Relatório Resumido da Execução Orçamentária – RREO – é composto de duas peças 
básicas e de alguns demonstrativos de suporte. As peças básicas são o Balanço 
Orçamentário, cuja função é especificar, por categoria econômica, as receitas e as 
despesas orçamentárias e o demonstrativo de execução das receitas (por fonte) e das 
despesas (por grupo de natureza). 
 
Atenção! A Portaria MPOG nº 42/99 estabelece procedimentos quanto à discriminação 
da despesa por funções e estabelece os conceitos de função, subfunção, programa, 
projeto, atividade, operações especiais e outras providências. 
 
O Relatório Resumido de Execução Orçamentária, de competência exclusiva do Poder 
Executivo, conforme preceitua o art. 165 § 3º da Constituição Federal, será publicado 
até trinta dias após o encerramento de cada bimestre, e será composto dos seguintes 
instrumentos: 
 
 
Balanço Orçamentário, que demonstrará a receita prevista e a realizada e o saldo 
resultante da diferença de ambas – as despesas fixadas e realizadas e o saldo 
resultante da diferença de ambas; 
 
 
Demonstrativo da Execução das receitas e despesas, o qual deverá possuir um elevado 
nível de detalhamento; as receitas serão detalhadas por categoria econômica (receitas 
correntes e de capital) e por fontes (origem da mesma), e as despesas por categoria 
econômica (corrente e de capital), por grupo de despesas, por função e subfunção; 
 
 
Acompanharão ainda o referido relatório demonstrativos que promovam 
detalhamentos que façam com que o mesmo seja mais compreensível, que promovam 
uma melhor compreensão. 
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12
 
 
 
Importante! 
 
- De todos os Balanços Públicos, o único que existe norma obrigando sua publicação 
mais de uma vez por ano é o Balanço Orçamentário. Quanto a todos os outros 
(Balanço Financeiro, Patrimonial e Demonstração das Variações Patrimoniais), a 
obrigatoriedade de elaboração e divulgação é anual. Portanto, o Balanço Orçamentário 
deverá ser publicado a cada bimestre, juntamente com o RREO. 
 
- Os Municípios que possuírem menos de 50 mil habitantes poderão apresentar os 
limites da dívida, de despesa com pessoal e o Relatório de Gestão Fiscal ao final de 
cada semestre. 
 
Muito importante! O RREO está previsto na CF e na LRF. 
 
Em resumo, 
 
O Relatório Resumido da Execução Orçamentária: 
 
A) O Relatório Resumido da Execução Orçamentária é composto de: 
 
I - balanço orçamentário, 
II - demonstrativos da execução das receitas e das despesas, 
 
B). Acompanharão o Relatório Resumido demonstrativos relativos a: 
 
I - apuração da receita corrente líquida, 
II - receitas e despesas previdenciárias, 
III - resultados nominale primário, 
IV - despesas com juros, 
V - Restos a Pagar. 
 
C) O relatório referente ao último bimestre do exercício será acompanhado também 
de demonstrativos: 
 
I - do atendimento do disposto no inciso III do art. 167 da Constituição, 
II - das projeções atuariais dos regimes de previdência social, 
III - da variação patrimonial, evidenciando a alienação de ativos e a aplicação dos 
recursos dela decorrentes. 
 
 
16. (Auditor / TCM / CE/ 2007) De acordo com a Lei de Responsabilidade 
Fiscal (LRF), o Relatório de Gestão Fiscal 
 
(A) tem freqüência semestral. 
(B) conterá comparativo da despesa de pessoal com os limites impostos pela 
LRF. 
(C) é assinado apenas pelo Chefe do poder Executivo. 
(D) terá sua divulgação restrita apenas aos órgãos de controle interno e 
externo. 
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(E) apresentará justificativas da limitação de empenho, caso tenha sido 
necessário adotar essa medida. 
 
O Relatório de Gestão Fiscal é de apresentação obrigatória por todos os poderes e 
respectivos órgãos. Deverá ser publicado até 30 dias após o final de cada quadrimestre 
e conterá: 
 
 
As informações necessárias à verificação da conformidade, com os limites de que trata 
a LRF, das despesas com pessoal, das dívidas consolidada e mobiliária, da concessão 
de garantias, das operações de crédito e das despesas com juros; 
 
 
O elenco de medidas adotadas com vistas à adequação das variáveis fiscais aos seus 
respectivos limites, tratando-se do último quadrimestre, demonstração do montante 
das disponibilidades ao final do exercício financeiro e das despesas inscritas em Restos 
a Pagar. 
 
 
No último quadrimestre, deverá ser demonstrado o montante das disponibilidades de 
caixa em trinta e um de dezembro e das despesas inscritas em Restos a Pagar, 
distinguindo-as em liquidadas e não liquidadas, além das despesas não inscritas por 
falta de disponibilidade de caixa e cujos empenhos foram cancelados. 
 
Observações! 
 
 
1. A elaboração e publicação do RREO é bimestral, e do RGF, quadrimestral; 
 
 
2. O RREO é obrigação do Poder Executivo e o RGF é de todos os Poderes e órgãos; 
 
 
3. O RREO abrange todos os Poderes e o Ministério Público e será elaborado pelo 
Executivo. 
 
 
O Relatório de Gestão Fiscal conterá demonstrativos comparativos com os limites de 
que trata a LRF dos seguintes montantes: 
 
A despesa total com pessoal, evidenciando as despesas com ativos, inativos e 
pensionistas; 
Dívida consolidada; 
Concessão de garantias e contragarantias; 
Operações de crédito; 
Demonstrativo dos limites; 
Além disso, o referido relatório indicará as medidas corretivas adotadas ou a adotar, se 
ultrapassado qualquer dos limites. 
 
No último quadrimestre, o relatório deverá conter, também, os seguintes 
demonstrativos: 
 
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Do montante das disponibilidades de caixa em trinta e um de dezembro; 
Da inscrição em Restos a Pagar das despesas liquidadas, das empenhadas e não 
liquidadas, inscritas até o limite do saldo da disponibilidade de caixa e das não inscritas 
por falta de disponibilidade de caixa e cujos empenhos foram cancelados; 
Do cumprimento do disposto na Lei de Responsabilidade Fiscal, no que se refere à 
liquidação da operação de crédito por antecipação de receita, com juros e outros 
encargos incidentes, até o dia dez de dezembro de cada ano, além do atendimento à 
proibição de contratar tais operações no último ano de mandato do Presidente, 
Governador ou Prefeito Municipal; 
Da despesa com serviços de terceiros. 
 
 
17. (Analista Judiciário - Área Administrativa / Especialidade: Contabilidade / 
TRE / PB / 2007) Conforme a Lei Complementar n° 101, de 2000, 
 
(A) a lei de diretrizes orçamentárias (LDO) desdobra-se nos orçamentos 
fiscal, de investimento das estatais e de seguridade social. 
(B) caso a receita bimensal evolua abaixo do esperado, haverá acionamento 
do limite prudencial. 
(C) obrigatória de caráter continuado é a despesa de capital instituída por lei, 
que se estende por período superior a dois exercícios. 
(D) superado o limite da despesa de pessoal, o poder dispõe de dois 
quadrimestres para retomar-lhe. 
(E) para a despesa de pessoal, os limites são verificados a cada doze meses. 
 
LRF Art. 23. Se a despesa total com pessoal, do Poder ou órgão referido no art. 20, 
ultrapassar os limites definidos no mesmo artigo, sem prejuízo das medidas previstas 
no art. 22, o percentual excedente terá de ser eliminado nos dois quadrimestres 
seguintes, sendo pelo menos um terço no primeiro, adotando-se, entre outras, as 
providências previstas nos §§ 3o e 4o do art. 169 da Constituição. 
 
Letra A – Incorreto. Quem se desdobra nos orçamentos fiscal, de investimento das 
estatais e de seguridade social é a Lei Orçamentária Anual. 
 
Letra B – Incorreto. O limite prudencial tem a ver com o aumento das despesas de 
pessoal, e não com a receita. 
 
Neste sentido, o ente deve ficar alerta para não ultrapassar o limite previsto no artigo 
20. Exemplo: caso o município esteja no limite prudencial, e em decorrência do 
pagamento de sentenças judiciais ultrapassasse o limite determinado no artigo 20, 
deverá ser adotada a providência determinada no artigo 23 da Lei de Responsabilidade 
Fiscal. 
 
ART. 20. Limite das despesas de pessoal. 
 
Órgãos e Poderes Federal Estadual Municipal 
Legislativo 2,5% 3% 6% 
Judiciário 6% 6% Não há 
Executivo 40,9% 49% 54% 
Ministério Público 0,6% 2% Não há 
Total 50% 60% 60% 
 
Uma dica: o Poder Judiciário será sempre 6%. 
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15
 
 § 4o Nos Estados em que houver Tribunal de Contas dos Municípios, os 
percentuais definidos nas alíneas a e c do inciso II do caput serão, respectivamente, 
acrescidos e reduzidos em 0,4% (quatro décimos por cento). 
 
 
Órgãos e Poderes Estadual Estadual, se 
houver Tribunal 
de Contas dos 
Municípios 
Legislativo 3% 3,4% 
Judiciário 6% 6% 
Executivo 49% 48,6% 
Ministério Público 2% 2% 
Total 60% 60% 
 
Letra C - Incorreto. Art. 17. Considera-se obrigatória de caráter continuado a despesa 
corrente derivada de lei, medida provisória ou ato administrativo normativo que fixem 
para o ente a obrigação legal de sua execução por um período superior a dois 
exercícios. 
 
Letra E - Incorreto. A despesa total com pessoal será apurada somando-se a realizada 
no mês em referência com as dos onze imediatamente anteriores, adotando-se o 
regime de competência. 
 
18. (Analista Judiciário - Área Administrativa / TRE/ MS /2007) Assinale o 
valor máximo da despesa total com pessoal do Ministério Público da União 
permitido pela Lei de Responsabilidade Fiscal, considerando os valores 
fornecidos a seguir: 
 
(valores em R$) 
Receita Corrente Líquida Federal 10.800.000 
Receita Corrente Líquida Estadual 6.900.000 
Receita Corrente Líquida Municipal 980.000 
 
(A) R$ 648.000 
(B) R$ 414.000 
(C) R$ 64.800 
(D) R$ 41.400 
(E) R$ 5.880 
 
Art. 20. A repartição dos limites globais do art. 19 não poderá exceder os seguintes 
percentuais: 
 
Órgãos e Poderes Federal Estadual Municipal 
Legislativo 2,5% 3% 6% 
Judiciário 6% 6% Não há 
Executivo 40,9% 49% 54% 
Ministério Público 0,6% 2% Não há 
Total 50% 60% 60% 
 
Uma dica: o Poder Judiciário será sempre 6%. 
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16
 
Receita Corrente Líquida Federal - 10.800.000 X 0,6% = R$ 64.800. 
 
 
 
19. (Analista de Controle Externo / TCE / MA / 2005) Constituem requisitos 
essenciais da responsabilidade na gestão fiscal: 
 
(A)previsão e efetiva arrecadação de todos os tributos da competência 
constitucional do ente da Federação. 
(B))instituição, previsão e efetiva arrecadação de todos os tributos da 
competência constitucional do ente da Federação. 
(C) instituição e efetiva arrecadação de todos os tributos da competência 
constitucional do ente da Federação. 
(D) efetiva arrecadação de todos os tributos da competência constitucional do 
ente da Federação. 
(E) previsão e efetiva arrecadação de todos os impostos da competência 
constitucional do ente da Federação. 
 
Segundo Lei de Responsabilidade Fiscal, constituem requisitos essenciais da 
responsabilidade na gestão fiscal a instituição, previsão e efetiva arrecadação de todos 
os tributos da competência constitucional do ente da Federação, sendo vedada a 
realização de transferências voluntárias para o ente que não observe o disposto no 
caput, no que se refere aos impostos. 
 
20. (Analista de Controle Externo / TCE / MA / 2005) É nulo de pleno direito o 
ato que 
 
(A) provoque aumento da despesa com pessoal e não atenda o limite total de 
comprometimento aplicado às despesas com pessoal inativo. 
(B) provoque aumento da despesa com pessoal e não atenda o limite legal de 
comprometimento aplicado às despesas com pessoal ativo. 
(C) resulte aumento da despesa com pessoal expedido nos noventa dias 
anteriores ao final do mandato do titular do respectivo Poder ou órgão. 
(D))provoque aumento da despesa com pessoal e não atenda o limite legal de 
comprometimento aplicado às despesas com pessoal inativo. 
(E) resulte aumento da despesa com pessoal expedido nos trezentos e 
sessenta e cinco dias anteriores ao final do mandato do titular do respectivo 
Poder ou órgão. 
 
Segundo a Lei de Responsabilidade Fiscal, é nulo de pleno direito o ato que provoque 
aumento da despesa com pessoal e não atenda: 
 
 I - as exigências dos arts. 16 e 17 desta Lei Complementar, e o disposto no 
inciso XIII do art. 37 e no § 1o do art. 169 da Constituição; 
 
 II - o limite legal de comprometimento aplicado às despesas com pessoal inativo. 
 
Também é nulo de pleno direito o ato de que resulte aumento da despesa com pessoal 
expedido nos cento e oitenta dias anteriores ao final do mandato do titular do 
respectivo Poder ou órgão referido no art. 20. 
 
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17
Esta questão também nos leva a estudar as restrições de final de mandato, no qual, 
fundamentalmente, identificamos três: 
 
1º - As despesas de pessoal. 
 
2º - As operações de crédito por antecipação de receita. (ARO) 
 
3º - Obrigação de despesa ou os Restos a Pagar. 
 
Restrições de 
final de 
mandato 
Pessoal 
180 dias 
anteriores ao 
final do mandato
ARO 
Último ano 
do mandato 
 
Restos a Pagar 
Últimos dois 
quadrimestres 
do mandato 
 
 
 
Gabarito: 
 
1 – Certo 
2 - Certo 
3 - Certo 
4 - Certo 
5 - Errado 
6 - D 
7 – E 
8 - C 
9 - C 
10 – C 
11 - A 
12 - B 
13 - C 
14 - D 
15 - C 
16 - B 
17 - D 
18 - C 
19 - B 
20 - D 
 
 
 
 
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