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Apostila noções de d. empresarial

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CURSO EM PDF - DIREITO EMPRESARIAL – REGULAR 
Prof. Carlos André 
 
 
 
www.canaldosconcursos.com.br 1 
 
AULA DEMO 
DIREITO EMPRESARIAL: OBJETO, CONCEITO, HISTÓRIA E 
EVOLUÇÃO. CONCEITO DE EMPRESA E EMPRESÁRIO 
 
Apresentação 
 
Olá pessoal! Eu me chamo Carlos André Almeida, sou professor 
de Direito Empresarial e fui convidado para lecionar esse curso 
online, e é com imenso prazer que aceitei essa tarefa. Espero 
corresponder as vossas expectativas. 
 Para que possam me conhecer melhor vou contar um 
pouquinho da minha história. Tenho 28 anos e sou Auditor Fiscal da 
Receita Estadual do Rio de Janeiro (ICMS), aprovado em 4º lugar no 
concurso de 2009. Sou formado em Administração de empresas 
publicas e privadas pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro 
e pós-graduado em Relações Internacionais pela Universidade 
Cândido Mendes. Em 2006 eu fazia parte do programa de mestrado 
em Relações Internacionais da PUC-RIO. Faltava apenas um semestre 
para eu me formar mestre numa das instituições mais respeitadas do 
país. Foi quando eu tive uma "crise" de estresse e tomei uma 
decisão: estudar para concurso. Isso mudou a minha vida! Sinto-me 
extremamente feliz e realizado. Mas não pensem que foi fácil, porque 
não foi. 
 Assim que comecei a estudar para concursos começou a haver 
boatos de que, depois de quase 20 anos, finalmente haveria concurso 
para o ICMS-RJ novamente. Eu sabia que para aquela prova eu não 
teria muitas chances, mas a promessa era de haver quatro concursos 
consecutivos. Pronto! Era a minha chance. 
 Como previsto, não passei no primeiro, mas intensifiquei 
minha preparação e fui com tudo para o segundo concurso. Saí-me 
muito bem neste. Fiz uma das pontuações mais altas, que me 
colocaria junto ao quinto colocado, mas devido a uma prova 
extremamente problemática, fiquei por um ponto em uma das 
matérias onde era exigido que se atingisse um mínimo de 50%. 
Parecia que o meu mundo ia desabar. Ouvi muitos comentários de 
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que eu deveria parar de estudar, ou de que deveria tentar um 
concurso mais fácil, mas nunca desanimei, pelo contrário, aquilo me 
deu mais ímpeto de estudar e provar para todos que quando temos 
um objetivo, uma meta, um sonho, sempre somos capazes de 
alcançá-lo. Portanto, não desista do seu. Siga em frente. Estude 
muito, pois a humildade de saber que ninguém é melhor do que 
ninguém te obrigará a ter que se dedicar mais para ser o melhor. E 
quando você "bater na trave" insista porque é um sinal de que seu 
sonho está prestes a se realizar. 
 E sem mais delongas... Vamos à aula! 
Esse nosso curso é de exercícios específicos para a banca FCC. 
Vamos resolver os principais exercícios da banca, de forma a 
podermos, através da resolução destes exercícios, desenvolver a 
teoria dos principais pontos abordados. Após a realização deste curso, 
vocês ficaram experts em FCC. Eu selecionei as questões de forma a 
conter o máximo possível de conteúdo de um curso completo de 
direito empresarial. O nosso curso conterá cinco aulas e será dividido 
da seguinte maneira: 
 
Aula 
demo 
 
Direito Empresarial: Objeto, conceito, história e 
evolução. 
Conceito de Empresa e Empresário 
Aula 1 Estabelecimento Empresarial; Registro de Empresa; 
Nome Empresarial; Propriedade Intelectual; Regime 
Jurídico da Livre Iniciativa; Sociedade Empresarial – 
tipos e espécies; Teoria da Desconsideração da 
Personalidade Jurídica; 
Aula 2 Sociedade limitada; Dissolução de uma Sociedade; 
Sociedade Anônima 
Aula 3 Falência e Recuperação judicial 
Aula 4 Títulos de crédito 
Aula 5 Contratos mercantis 
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Lembrem-se de que talvez o principal diferencial de vocês é o 
nosso tira-dúvidas no site do canal. Portanto, usem e abusem deste 
recurso. Estarei lá esperando por vocês. Vamos às questões? 
 
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QUESTÕES COMENTADAS 
 
1. (FCC/Juiz do Trabalho/TRT 11ª/2005) De acordo com o 
Código Civil de 2002, a utilização do termo "comerciante" para 
designar todo aquele a quem são dirigidas as normas de 
Direito Comercial 
a) permanece correta, em razão da adoção, pelo Código Civil, 
da teoria objetiva dos atos de comércio. 
b) perdeu sentido, pois a revogação de parte expressiva do 
Código Comercial operou a extinção do Direito Comercial. 
c) tornou-se equivocada, pois o Código Civil estendeu a 
aplicação do Direito Comercial a todos os que exercem 
atividade econômica organizada e profissional, não apenas 
comerciantes. 
d) permanece correta, em razão da adoção, pelo Código Civil, 
da teoria da empresa. 
e) tornou-se equivocada, pois os antigos "comerciantes" são 
hoje denominados "empresários", embora designando os 
mesmos conceitos. 
 
Comentários: 
Bem, pessoal, questão simplesinha para podermos trabalhar o 
conceito de empresa e empresário após o advento do novo código 
civil e a adoção no Brasil da teoria da empresa. 
Resumidamente, o direito comercial passou por três fases: a 
época das Corporações de Ofício; teoria dos atos de comércio 
e teoria da empresa. 
Na primeira fase, época de surgimento do direito comercial, era 
considerado empresário apenas quem participasse das poderosas 
corporações de ofício. Dessa forma, bastava que uma das partes 
fosse comerciante (participasse de uma corporação) para que a 
relação entre elas fosse regulamentada pelo direito comercial, 
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adotando-se, portanto, um critério subjetivo (porque com base no 
sujeito) para a definição do seu âmbito de incidência. 
A segunda fase é a época da edição dos códigos napoleônicos 
(civil e comercial). Com o advento do Estado Absolutista nasceua 
necessidade do Estado regulamentar não só as normas de direito 
civil, mas também as de direito comercial. Este deixou de ser um 
direito corporativo, de classe, onde as corporações detinham o 
monopólio jurisdicional do comércio, passando a ser um direito 
estatal, regulamentado e imposto pelo Estado. O novo critério para 
delimitação do campo de incidência do direito comercial passou a 
ser baseado na teoria dos atos de comércio. Ou seja, A 
caracterização do comerciante não mais dependia se ele fazia ou 
não parte das corporações de oficio, mas sim se ele praticava ou não 
atos de comércio. No código comercial brasileiro de 1850 não 
constava a definição de atos de comércio, vindo posteriormente no 
regulamento nº 737 de 1850, onde constava um rol enumerativo 
dos atos de comércio. Quem praticasseatos de comércio em caráter 
habitual e profissional comerciante era. E sendo comerciante, 
estava submetido às normas comerciais. O problema é que essa 
teoria não abarcava atividades de suma importância econômica, 
como são a agricultura, a negociação de imóveis e a prestação de 
serviços por exemplo. Tal insuficiência forçou o surgimento de outro 
critério identificador do âmbito de incidência do Direito Comercial: 
a teoria da empresa. 
Na terceira fase, o critério delimitador passou a ser a teoria da 
empresa. Para ser considerado empresário, agora, não mais 
dependia se ele praticava habitualmente atos de comércio ou não, 
mas sim se ele exerce profissionalmente uma atividade 
econômica de forma organizadapara a produção ou circulação de 
bens ou de serviços.Nesse sentido, percebe-se que houve uma 
ampliação do conceito decomerciante para o conceito de 
empresário, esse muito mais amplo, de forma que pudesse abarcar 
outras atividades de extrema importância para a sociedade. Por isso, 
a alternativa C é a correta.De acordo com o Código Civil de 2002, a 
utilização do termo"comerciante" para designar todo aquele a quem 
são dirigidas as normas de Direito Comercialtornou-se equivocada, 
pois o Código Civil estendeu a aplicação do Direito Comercial a todos 
os que exercem atividade econômica organizada e profissional, não 
apenas comerciantes. 
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A letra A está errada, pois o CC/2002 não adotou a teoria 
objetiva dos atos de comércio, mas sim a teoria subjetiva moderna 
da teoria da empresa. 
A letra B está errada porque e derrogação (revogação parcial) 
do Código Comercial, e a consequente unificação formal do direito 
privado estabelecida com o advento do novo Código Civil (onde os 
diplomas legislativos civis e comerciais aparecem sobre uma mesma 
rubrica: o Código Civil) não pode ser entendida como a decretação do 
fim da autonomia do Direito Comercial, pois essa unificação se 
opera unicamente no plano formal.A autonomia de um direito não 
tem a ver com a existência de um diploma legislativo-jurídico próprio, 
mas sim com a existência de princípios e institutos próprios. E o 
Direito Empresarial claramente os possui. 
A letra D está errada porque, embora o CC/2002 tenha 
adotado a teoria da empresa, o conceito de comerciante não mais 
pode ser usado para designar todo aquele a quem são dirigidas as 
normas de Direito Comercial. Hoje, nós temos o conceito de 
empresário, do qual comerciante é apenas uma espécie. 
A letra E está errada, pois comerciante e empresário são 
conceitos diferentes. Este muito mais amplo que aquele. 
E aí, tranquilos? Bem facinha né!? Vamos para a próxima? 
Gabarito: Letra C 
 
2. (MPE/AP/2006/FCC) As sociedades comerciais passaram a 
ser reguladas pelo novo Código Civil Brasileiro e, quanto à 
figura do empresário, não se distingue da figura da empresa. 
 
Comentários: 
Bem, como visto a cima, o novo Código Civil de 2002 adotou a 
teoria da empresa. No seu artigo 966 o código traz o conceito de 
empresário. 
Art. 966“Considera-se empresário quem exerce 
profissionalmente atividade econômica organizada para a produção 
ou a circulação de bens ou de serviços”. 
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O Código não trouxe uma definição explicita de empresa, mas 
somente de empresário. Mas por dedução, se empresário é quem 
exerce empresa, logo, empresa é a atividade econômica organizada 
para a produção ou a circulação de bens ou de serviços exercida pelo 
empresário. Portanto, frisa-se que empresa é uma atividade, não 
podendo ser confundida com o empresário, nem com a sociedade 
empresária, que é uma pessoa jurídica que exerce empresa quando o 
empresário não atua sozinho. Logo, a questão está errada, pois 
empresa e empresário não se confundem. 
Gabarito: Errada 
 
3. (FCC/TCM-BA/Procurador Especial de Contas/2011)É 
correto afirmar: 
a) O impedimento legal quanto à capacidade civil não obsta o 
exercício pessoal da atividade empresarial. 
b) Não se considera empresário quem exerce profissão 
intelectual, de natureza científica, literária ou artística, mesmo 
que com o concurso de auxiliares ou colaboradores, a não ser 
que o exercício da profissão constitua elemento de empresa. 
c) É facultativa a inscrição do empresário no Registro Público 
de Empresas Mercantis da respectiva sede, antes do início de 
sua atividade. 
d) Não haverá tratamento legal favorecido ou diferenciado a 
qualquer empresário em face de sua envergadura ou pela 
natureza de suas atividades. 
e) É considerado empresário quem exerce profissionalmente 
atividade, econômica ou não, organizada para a produção, 
criação ou circulação de bens ou de serviços. 
 
Comentários: 
Do conceito do art. 966 podemos extrair quatro importantes 
expressões que são indispensáveis para a caracterização do 
empresário: profissionalismo, atividade econômica, organizada 
e produção ou circulação de bens ou de serviços. 
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Dessa forma, não é considerado empresário quem não exerce 
de forma habitual seus negócios, bem como aquele que não busca o 
“lucro”, pelo menos o lucro mínimo para se manter e propagar seus 
ideais. Ou seja, uma empresa não precisa visar especificamente o 
lucro, ela pode ter outros objetivos institucionais, como as 
universidades religiosas por exemplo. Contudo, sua atividade deve 
produzir o suficiente para pelo menos remunerar os fatores de 
produção de forma a assegurar sua sobrevivência. Da mesma forma, 
não pode ser considerada empresa a atividade que não organiza os 
fatores de produção(capital, MDO, insumos e tecnologia) ou cuja 
produção seja para seu uso próprio, ou ainda com fins mutualístico 
como é o caso das cooperativas. Nesse sentido, percebe-se que se a 
atividade não for econômica (intuito lucrativo), não estará 
caracterizado como empresário. Para se enquadrar no conceito de 
empresarialidade, e portanto, estar no âmbito de incidência do direito 
empresarial, é preciso conjugar os quatro fatores conforme a 
definição de empresário. 
Algumas atividades, no entanto, receberão tratamento de 
acordo com o regime jurídico civil, seja porque não se enquadram no 
conceito de empresarialidade, seja porque a lei determinou que 
assim o fosse, como é o caso dos profissionais intelectuais que 
não constituem elemento de empresa, dos empresários rurais não 
registrados na junta comercial e das cooperativas. 
Assim é o comando do parágrafo único do art.966: 
“Não se considera empresário quem exerce profissão 
intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o 
Empresário 
Profissionalismo Habitualidade 
Atividade 
econômica Intuito de lucro 
Organizada Articula os fatores de produção 
produção ou 
circulação de bens 
ou serviços 
Destinada ao 
mercado 
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concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da 
profissão constituir elemento de empresa”. 
A regra é a seguinte: A princípio, os profissionais 
liberais(médicos, advogados, arquitetos), os escritores e os artistas 
em geral não estão tutelados pelo regime empresarial, mas civil. 
Porém, no instante em que a organização empresarial criada por 
estes profissionais (toda uma estrutura organizada de um hospital, 
por exemplo) passar a ser mais importante do que os seu serviços 
pessoais fornecidos, será constituído o elemento de empresa e tal 
atividade passará a ser considerada empresária, gozando do regime 
jurídico empresarial. É o caso quando a organização dos fatores de 
produção se torna mais importante que a atividade pessoal 
desenvolvida. 
Bom, já dá para fazermos a questão. A resposta correta, 
claramente, é a letra B. Vejamos as outras alternativas. 
A letra A está errada, porque o impedimento legal obsta o 
exercício regular de empresa. O CC/2002, em seu art. 972 dispõe: 
“podem exercer atividade de empresário os que estiverem 
em pleno gozo da capacidade civil e não forem legalmente 
impedidos”. 
Nesse sentido, acapacidade é requisito fundamental para uma 
pessoa ser considerada empresária. O incapaz não poder ser 
considerado empresário. Portanto, não podem exercer empresa 
(empresário individual) os menores de 18 anos não emancipados,os viciados em tóxicos, os deficientes mentais, os ébrios habituais, os 
excepcionais e os pródigos. Entretanto, devemos lembrar que o 
CC/2002 no seu art. 974 permite duas exceções para que o incapaz 
exerça empresa: 
• Para continuar exercendo empresa que ele próprio constituiu, 
enquanto ainda era capaz. 
• Para continuar a empresa que foi constituída por seus pais ou 
por pessoas das quais o menor seja sucessor. 
Vejamos o art. 974: 
 “poderá o incapaz, por meio de representante ou 
devidamente assistido, continuar a empresa antes exercida 
por ele enquanto capaz, por seus pais ou pelo autor da 
herança”. 
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Além dos incapazes, os legalmente impedidos também estão 
proibidos de exercerem empresa. Porém, no caso de exercerem 
empresa, responderão pelas obrigações contraídas. 
A letra C está errada porque não é facultativa, mas sim 
obrigatóriaa inscriçãodo empresário no Registro Público de 
Empresas Mercantis da respectiva sede, antes do início de sua 
atividade, conforme o art. 967 do CC. 
É importante entender bem este ponto, porque embora seja 
obrigatório o registro no órgão competente antes de iniciar as 
atividades, tal registro não é requisito para que uma pessoa seja 
considerada empresário. Ou seja, não é constitutivo da condição de 
empresário. O registro seria apenas uma obrigação legal para tornar 
regular o praticante de atividade econômica 
empresarial.Nãoconcede personalidade jurídica ao empresário 
individual, pois este é pessoa natural, e como tal, adquire 
personalidade no momento do nascimento com vida (art 2º 
CC/2002). Portanto, o registro da firma individual desse empresário 
no órgão competente não lhe confere personalidade, mas sim 
regularidade. 
Se o empresário não se registrou no órgão competente, ele não 
deixa de ser considerado empresário e de estar sob a tutela do 
regime jurídico-empresarial, porém será considerado irregular e 
sofrerá as consequências de tal fato,restringindo alguns de seus 
benefícios, dentre eles: 
• Não poderá pedir a falência de seu devedor, porém 
poderá requerer sua auto-falência. 
• A impossibilidade de requerer recuperação judicial. 
• No simples caso de impontualidadeestará sujeito à 
decretação de sua falência. 
• Se for decretada sua falência, esta será necessariamente 
fraudulenta, incorrendo em crime falimentar, uma 
vez que não poderá ter seus livros autenticados no 
Registro de empresa. 
 
A letra D também está errada porque o Código Civil no seu art. 
970 dispõe que: 
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“A lei assegurará tratamento favorecido, diferenciado e 
simplificado ao empresário rural e ao pequeno empresário, quanto à 
inscrição e aos efeitos daí decorrentes”. 
E a letra E está errada, pois como já visto, a atividade, além 
de organizada, precisa ser econômica para a caracterização do 
empresário. 
Gabarito: Letra B 
 
4. (FCC/MPE-CE/Promotor de Justiça/2011) Se o empresário 
tornar-se incapaz 
a) poderá, por meio de representante ou devidamente 
assistido, continuar a empresa antes exercida por ele 
enquanto capaz, independentemente de autorização judicial, 
que estará implícita nos poderes conferidos ao curador 
nomeado pelo juiz. 
b) não poderá, ainda que por meio de representante, 
continuar a empresa, salvo, por intermédio deste, até a 
liquidação, e os bens que possuir, estranhos à atividade 
empresarial, não responderão pelas dívidas contraídas para o 
funcionamento dela. 
c) poderá, por meio de representante ou devidamente 
assistido, continuar a empresa antes exercida por ele 
enquanto capaz, devendo, para isso, preceder autorização 
judicial que é revogável e não ficam sujeitos ao resultado da 
empresa os bens que o incapaz possuía ao tempo da 
interdição, desde que estranhos ao acervo daquela. 
d) somente poderá continuar a empresa, se o curador 
nomeado pelo juiz puder exercer atividade de empresário, 
respondendo a caução, que este prestar, pelas dívidas que 
assumir durante o exercício da empresa, se os bens do 
incapaz vinculados à atividade empresarial forem insuficientes 
para o pagamento das dívidas caso venha a ser decretada a 
falência do incapaz. 
e) só poderá continuar a exercer atividade empresária como 
sócio não administrador e desde que autorizado pelo juiz no 
processo de interdição, não ficando, porém, outros bens, 
exceto as cotas societárias, sujeitos ao pagamento das dívidas 
contraídas no exercício da empresa. 
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Comentários: 
Questão sobre o exercício de empresa pelo incapaz. Como nós 
vimos na questão anterior, o incapaz está impedido de exercer 
empresa, exceto naquelas duas possibilidades para continuar a 
atividade empresarial, seja antes exercida por ele quando capaz 
(caso de incapacidade superveniente), seja na condição de sucessor. 
O CC/2002 no seu art. 974 e seus parágrafos estabelece as regras 
para que o empresário incapaz, desde que representado ou assistido, 
possa vir a continuar a atividade empresarial. Vejamos o artigo. 
Art. 974. “Poderá o incapaz, por meio de representante ou 
devidamente assistido, continuar a empresa antes exercida 
por ele enquanto capaz, por seus pais ou pelo autor de 
herança”. 
§ 1º “Nos casos deste artigo, precederá autorização 
judicial, após exame das circunstâncias e dos riscos da 
empresa, bem como da conveniência em continuá-la, 
podendo a autorização ser revogada pelo juiz, ouvidos os 
pais, tutores ou representantes legais do menor ou do 
interdito, sem prejuízo dos direitos adquiridos por 
terceiros”. 
§ 2º“Não ficam sujeitos ao resultado da empresa os bens 
que o incapaz já possuía, ao tempo da sucessão ou da 
interdição, desde que estranhos ao acervo daquela, 
devendo tais fatos constar do alvará que conceder a 
autorização”. 
Questão bem fácil e literal. Vamos para a próxima. 
Gabarito: Letra C 
 
5. (FCC/Prefeitura de São Paulo – SP/Auditor Fiscal do 
Município/2007) O menor com dezesseis anos, titular de 
estabelecimento empresarial mantido com economia própria, 
a) poderá ser empresário se for emancipado. 
b) poderá ser empresário se obtiver autorização judicial. 
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c) poderá ser empresário se constituir pessoa jurídica para 
administrar o estabelecimento. 
d) é empresário. 
e) não poderá ser empresário. 
 
Comentários: 
Questão interessante, pois necessita do conhecimento das 
regras de emancipação previstas no art. 5º do CC. 
Para que se possa ter capacidade para exercer atividade 
empresária é preciso a conjugação de dois requisitos: 
-Pleno gozo da capacidade civil 
- Não ser legalmente impedido 
é o que extraímos da leitura do art. 972, CC 
Art. 972. “Podem exercer a atividade de empresário os que 
estiverem em pleno gozo da capacidade civil e não forem 
legalmente impedidos”. 
Observem que o menor da questão não é incapaz, pois tem economia 
própria, logo, não cairá na regra da questão a cima, pois ele é 
emancipado, e, portanto, capaz, de acordo com o parágrafo único do 
art. 5º do CC: 
Art. 5o “A menoridade cessa aos dezoito anos completos, 
quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os atos da vida 
civil”. 
Parágrafo único. “Cessará, para os menores, a incapacidade: 
I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, 
mediante instrumento público, independentemente de homologação 
judicial,ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver 
dezesseis anos completos; 
II - pelo casamento; 
III - pelo exercício de emprego público efetivo; 
IV - pela colação de grau em curso de ensino superior; 
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V- pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência 
de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com 
dezesseis anos completos tenha economia própria”. 
O interessante da questão é a maldade de logo na letra A tentar 
confundir o candidato dizendo que o menor poderá ser emancipando. Na 
realidade, se o menor com dezesseis anos, titular de estabelecimento 
empresarial mantido com economia própria já é considerado emancipado, e, 
portanto, empresário. 
Gabarito: Letra D 
 
6. (FCC/TJ-AP/Titular de Serviços de Notas e de 
Registros/2001) Empresário que exerce atividade empresária 
sem prévia inscrição no Registro do Comércio 
a) poderá pleitear recuperação judicial em caso de crise 
econômico financeira. 
b) estará sujeito à decretação de sua falência no caso de 
impontualidade. 
c) poderá requerer a falência de empresário irregular. 
d) poderá requerer a falência de empresário regular. 
e) não poderá habilitar seu crédito na recuperação judicial de 
empresário regular. 
 
Comentários: 
Como estudado na questão nº 2, o registro no órgão 
competente não é requisito para que uma pessoa seja considerada 
empresário, mas sim para sua regularidade. Se o empresário não se 
registrou no órgão competente, ele não deixa de ser considerado 
empresário e de estar sob a tutela do regime jurídico-empresarial, 
porém será considerado irregular e sofrerá as consequências de tal 
fato, restringindo alguns de seus benefícios, dentre eles: 
• Não poderá pedir a falência de seu devedor, porém 
poderá requerer sua auto-falência. 
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• A impossibilidade de requerer recuperação judicial. 
• No simples caso de impontualidade estará sujeito à 
decretação de sua falência. 
• Se for decretada sua falência, esta será necessariamente 
fraudulenta, incorrendo em crime falimentar, uma 
vez que não poderá ter seus livros autenticados no 
Registro de empresa. 
Gabarito: Letra B 
 
7. (FCC/TJ-PE/Juiz/2011)É correto afirmar que 
a) a lei assegurará tratamento isonômico ao empresário rural 
e ao pequeno empresário, quanto à inscrição empresarial e 
aos efeitos dela decorrentes. 
b) o empresário casado pode, sem necessidade de outorga 
conjugal, qualquer que seja o regime de bens, alienar os 
imóveis que integrem o patrimônio da empresa ou gravá-los 
de ônus real. 
c) é facultativa a inscrição do empresário no Registro Público 
de Empresas Mercantis da sede respectiva, antes do início de 
sua atividade. 
d) quem estiver legalmente impedido de exercer atividade 
própria de empresário, se a exercer, não responderá pelas 
obrigações que contrair. 
e) é vedado aos cônjuges contratar sociedade entre si ou com 
terceiros, qualquer que seja o regime de bens escolhido. 
 
Comentários: 
A letra A está errada, pois não é tratamento isonômico, mas 
favorecido e diferenciado, conforme o que dispõe o art. 970 do 
CC: 
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Art. 970. “A lei assegurará tratamento favorecido, diferenciado e 
simplificado ao empresário rural e ao pequeno empresário, quanto à 
inscrição e aos efeitos daí decorrentes”. 
A letra B está correta, de acordo com o art. 978 do CC: 
Art. 978. “O empresário casado pode, sem necessidade de 
outorga conjugal, qualquer que seja o regime de bens, 
alienar os imóveis que integrem o patrimônio da empresa 
ou gravá-los de ônus real”. 
Ou seja, desde que o imóvel esteja afetado à atividade 
empresarial o empresário individual casado não precisa da vênia 
conjugal (autorização do cônjuge) para aliená-lo. 
O que a lei veda, em matéria de sociedade conjugal, é a 
contratação de sociedade entre os cônjuges, ou destes em conjunto 
mais algum terceiro, quando casados sob o regime de comunhão 
universal de bens ou de separação obrigatória. Assim é o comando do 
Art. 977. 
“Faculta-se aos cônjuges contratar sociedade, entre si ou 
com terceiros, desde que não tenham casado no regime da 
comunhão universal de bens, ou no da separação 
obrigatória”. 
E por isso a letra E está errada, pois não é qualquer que seja o 
regime escolhido, e sim somente no caso de regime de comunhão 
universal de bens o no da separação obrigatória. 
A letra C também está errada, pois o art. 967 do CC 
estabelece ser obrigatória (e não facultativa) a inscrição antes do 
início da atividade: 
Art. 967. É obrigatória a inscrição do empresário no 
Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva 
sede, antes do início de sua atividade. 
E por fim a letra D também está errada, pois conforme dispõe 
o art 973 do CC: 
“A pessoa legalmente impedida de exercer atividade 
própria de empresário, se a exercer, responderá pelas 
obrigações contraídas”. 
Gabarito: Letra B 
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8. (FCC/2006/BACEN/Procurador/2006) A sociedade 
cooperativa de crédito tem natureza 
a) empresária, registra-se na Junta Comercial e independe de 
autorização do BACEN. 
b) empresária, registra-se na Junta Comercial e depende de 
autorização do BACEN. 
c) simples, registra-se na Junta Comercial e depende de 
autorização do BACEN. 
d) simples, registra-se no Registro Civil das Pessoas Jurídicas 
e depende de autorização do BACEN. 
e) empresária, registra-se no Registro Civil das Pessoas 
Jurídicas e independe de autorização do BACEN. 
 
Comentários: 
Questão muito importante para conhecermos o posicionamento 
da FCC sobre a onde as cooperativas devem se registrar. 
Por ser uma questão controversa temos que decorar o 
posicionamento da banca, mas para que possamos entender um 
pouquinho, vamos às explicações. 
As cooperativas, por expressa disposição legal não se 
submetem ao regime jurídico-empresarial, sendo sempre 
consideradas sociedades simples, independentemente da atividade 
que explorarem. Portanto, mesmo que elas exerçam atividades 
típicas de empresários e atendam aos requisitos necessários a 
caracterização destes, jamais serão consideradas empresárias. 
 Art 982, parágrafo único do CC/2002: 
”independentemente de seu objeto, considera-se empresária a 
sociedade por ações, e, simples, a cooperativa”. 
 No entanto, questão muito controversa é sobre onde 
devem as sociedades cooperativas se registrar. Para uma parte da 
doutrina, por se tratar de sociedade simples e pelo fato de o novo 
CC/2002 determinar que tais sociedades devam se registrar no 
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Registro Civil das pessoas jurídicas, é em tal órgão que as 
sociedades cooperativas devem se registrar. 
Por outro lado, boa parte da doutrina, incluindo a professora 
Mônica Gusmão, Paulo Sérgio Restiffe e Nilson Reis Junior,entende 
que as sociedades cooperativas devem se registrar nas Juntas 
Comerciais. Assim é o enunciado nº 69 do CJF: “as sociedades 
cooperativas são sociedades simples sujeitas à inscrição nas 
Juntas Comerciais”. 
A lógica desse pensamento é clara: o art. 1093 do CC/2002 
determina que as sociedades cooperativas sejam regidas pelo 
disposto no capítulo VII do código, ressalvando,porém, a legislação 
especial respectiva. Como a legislação especial (art. 18 da Lei do 
Cooperativismo e art. 32 da Lei de Registro de Empresas Mercantis) 
determina o arquivamento dos atos constitutivos das cooperativas 
nas Juntas Comerciais, logo, se conclui que o órgão competente para 
o registro seria a Junta Comercial. 
 O problema dessa lógica de pensamento é que a parte da Lei do 
Cooperativismo que trata do registro nas juntas não foi recepcionada 
pela atual constituição, e a Lei de Registro de Empresas não é uma lei 
especial das cooperativas. Desta maneira, mesmo que não existisse 
a questão das normas não recepcionadas, a competência para 
registro das cooperativas seria do Registro Civil de Pessoas 
Jurídicas, pois o artigo 982, parágrafo único do Código Civil, deixa 
claro que as cooperativas são sociedades simples e o artigo 1.150 
não abre nenhuma exceção quando apresenta que os registros das 
sociedades simples são efetuados no Registro Civil de Pessoas 
Jurídicas. 
E aí, conseguiram entender a lógica de ambos os argumentos? 
Se não, não tem problema, o importante é decorar que para a FCC, 
as cooperativas, mesmo as de créditos, são registradas nas juntas 
comerciais. 
Por fim, vamos entender um pouco sobre as cooperativas de 
crédito. Cooperativas de crédito são instituições financeiras 
constituídas sob a forma de sociedade cooperativa, tendo por objeto 
a prestação de serviços financeiros aos associados, como concessão 
de crédito, captação de depósitos à vista e a prazo, cheques, 
prestação de serviços de cobrança, de custódia, de recebimentos e 
pagamentos por conta de terceiros sob convênio com instituições 
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financeiras públicas e privadas e de correspondente no País, além de 
outras operações específicas e atribuições estabelecidas na legislação 
em vigor. No entanto, embora sejam instituições financeiras, as 
cooperativas de crédito continuam sendo cooperativas e, portanto, 
sociedade simples, independentemente de seu objeto. 
Gabarito: Letra C 
 
9. (FCC/DPE-SP/Defensor Público/2009) Assinale a 
alternativa correta. 
a) Para que uma pessoa possa ser reputada empresária tem-
se que verificar sua inscrição perante o Registro Público de 
Empresas Mercantis. 
b) No ordenamento brasileiro, o incapaz não pode exercer a 
atividade de empresário, pois sobre os seus bens não podem 
recair os resultados negativos da empresa. 
c) O empresário casado, com exceção do regime de separação 
absoluta de bens, deve proceder à averbação dos pactos e 
declarações antenupciais no Registro Público de Empresas 
Mercantis, bem como fazer inserir nos assentamentos do 
registro público de imóveis a outorga uxória quando de 
gravação com ônus ou de alienação dos bens imóveis do 
patrimônio empresarial. 
d) Deve o empresário operar no mercado sob firma 
constituída, a qual poderá ser seu nome completo ou 
abreviado e, se quiser, designação de sua pessoa ou da 
atividade exercida. 
e) A instituição de sucursal, agência ou filial implica na 
averbação no primeiro assento do Registro Público de 
Empresas Mercantis para que se tenha como regular a 
atividade desta, sendo desnecessária outra inscrição. 
 
 
 
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Comentários: 
A letra A está errada, pois como já vimos, a inscrição do 
empresário serve para lhe dar regularidade, mas não para lhe 
caracterizar como empresário. Por isso a inscrição não possui 
natureza constitutiva de empresário, mas sim declaratória, salvo 
nos casos de empresário rural, que tem natureza constitutiva. 
A letra B está errada porque embora a regra realmente seja de 
que o incapaz não pode exercer empresa, não o é pelo motivo de 
seus bens não poderem recair os resultados negativos da empresa. 
Até porque eles poderão responder com seus bens pessoais sim, 
desde que afetados à atividade empresarial. Além do mais, existem 
duas exceções que permitem ao incapaz, desde que representado ou 
assistido, a continuar empresa por ele constituída quando ainda 
capaz ou recebida de herança. 
art. 974: “Poderá o incapaz, por meio de representação ou 
devidamente assistido, continuar a empresa antes exercida 
por ele enquanto capaz, por seus pais ou pelo autor da 
herança” 
A letra C está errada, pois conforme o art. 978 do CC o 
empresário casado sob qualquer regime não precisa de autorização 
do outro cônjuge para alienar bens imóveis afetados à atividade 
empresarial. 
Art. 978: “O empresário casado pode, sem necessidade de 
outorga conjugal, qualquer que seja o regime de bens, 
alienar os imóveis que integram o patrimônio da empresa 
ou gravá-los de ônus real”. 
A letra D é a correta. Na verdade ela trata de nome 
empresarial, assunto que será abordado na próxima aula. Porém, 
vamos entender um pouquinho do assunto.Firma e denominação 
são as duas espécies de nome empresarial. A firma, que pode ser 
individual (no caso do empresário individual) ou social (também 
conhecida como razão social e se dá no caso de uma sociedade que 
possa utilizar firma), é espécie de nome empresarial que tem por 
base um ou mais nomes civis(sendo facultativa a designação do 
objeto social). Já a denominação, que só pode ser social, pode ter 
por base qualquer expressão linguística(até mesmo nomes civis), 
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porém, é obrigatória a indicação do seu objeto social (ramo de 
atividade) no nome. Assim dispõe o art. 1.156 do CC: 
“O empresário opera sob firma constituída por seu nome, 
completo ou abreviado, aditando-lhe, se quiser, 
designação mais precisa de sua pessoa ou do gênero de 
atividade”. 
A letra E também está errada, pois além de averbar no registro 
original, deverá também inscrevê-la no outro RPEM. Este é o 
comando do art. 969 do CC: 
“O empresário que instituir sucursal, filial ou agência, em 
lugar sujeito à jurisdição de outro Registro Público de 
Empresas Mercantis, neste deverá também inscrevê-la, 
com a prova da inscrição originária”. 
Gabarito: Letra D 
 
10. (FCC/BACEN/Procurador/2006) Pessoa incapaz pode ser 
empresária individual 
a) se autorizada judicialmente a continuar a exploração de 
estabelecimento recebido por ela em herança. 
b) se for maior de 14 (quatorze) anos e possuir 
estabelecimento com economia própria. 
c) na qualidade de sócia de sociedade de responsabilidade 
limitada, desde que não possua poderes de administração. 
d) como acionista, sem direito de voto, de sociedade anônima. 
e) em qualquer hipótese, desde que devidamente 
representada na forma da lei. 
 
Comentários: 
Conforme nós vimos, de acordo com o art. 974: “Poderá o 
incapaz, por meio de representação ou devidamente assistido, 
continuar a empresa antes exercida por ele enquanto capaz, por 
seus pais ou pelo autor da herança”. 
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E o seu parágrafo 1º estabelece a necessidade de autorização 
judicial:§ 1o Nos casos deste artigo, precederá autorização 
judicial após exame das circunstâncias e dos riscos da 
empresa, bem como da conveniência em continuá-la, podendo 
a autorização revogada pelo juiz, ouvidos os pais, tutores ou 
representantes dá menor ou do interdito, sem prejuízo dos 
direitos adquiridos por terceiros. 
Portanto, a letra A é a correta. 
A letra B está errada porque para ser considerado emancipado 
o menor deverá possuir 16 anos completos (e não 14) e possuir 
economia própria.No entanto, ainda sim a letra B não estaria 
correta, pois se ele fosse emancipado não seria considerado incapaz. 
A letra C está errada porque se o incapaz for sócio de uma 
sociedade ele não será empresário individual né! Além do mais ainda 
existe a necessidade de o capital social estar totalmente 
integralizado. 
A letra D está errada pelo mesmo motivo da letra C. Se ele for 
acionista de uma sociedade anônima não será empresário individual. 
A letra E está errada porque obviamente não é em qualquer 
hipótese desde que representado, mas somente para continuar 
empresa antes exercida por ele enquanto capaz, por seus pais ou 
pelo autor da herança. 
Gabarito: Letra A 
 
11. (FCC/MPE-CE/Promotor de Justiça/2008)Em relação ao 
empresário, é INCORRETO afirmar que 
a) se a pessoa legalmente impedida de exercer atividade 
empresarial assim agir, responderá pelas obrigações 
contraídas. 
b) de sua definição legal, destacam-se as noções de 
profissionalismo, atividade econômica organizada e produção 
ou circulação de bens ou serviços. 
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c) a profissão intelectual, de natureza científica ou artística 
pode ser considerada empresarial, se seu exercício constituir 
elemento de empresa. 
d) a atividade empresarial pode ser exercida pelos que 
estiverem em pleno gozo da capacidade civil, não sendo 
impedidos legalmente. 
e) ainda que representado ou assistido, não pode o incapaz 
continuar a empresa antes exercida por ele enquanto capaz, 
por seus pais ou pelo autor da herança. 
 
Comentários: 
Bem, todas as alternativas já foram analisadas anteriormente. 
A resposta é letra E, pois é a única incorreta, conforme acabamos de 
explanar a cima. 
Gabarito: Letra E 
 
12. (FCC/PGE-SP/Procurador/2009) O Código Civil prevê a 
inscrição do empresário individual no Registro Público de 
Empresas Mercantis da respectiva sede, antes do início de sua 
atividade. Esta inscrição é: 
a) facultativa como requisito de regularidade da condição de 
empresário. 
b) obrigatória e é condição para a regularização da atividade 
de empresário. 
c) obrigatória, gerando efeito constitutivo. 
d) obrigatória e é condição para a caracterização da condição 
de empresário. 
e) facultativa e é condição para a caracterização da condição 
de empresário. 
 
 
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Comentários: 
Conforme já analisado, a obrigatoriedade da inscrição do 
empresário antes do início de suas atividades é condição necessária 
para que este seja considerado regular, e não para que seja 
considerado empresário. Portanto, não possui efeito constitutivo da 
condição de empresário, mas meramente declaratório (exceto o 
empresário rural). Por isso, a resposta correta é a letra B. 
Gabarito: Letra B 
 
13. (FCC/TJ-GO/Juiz/2009) É correto afirmar, em relação ao 
empresário e sociedade empresária: 
a) Ainda que legalmente impedido, quem exercer a atividade 
empresarial não responde pessoalmente pelas obrigações 
contraídas e sim a pessoa jurídica que representa. 
b) A lei assegurará, ao empresário rural e ao pequeno 
empresário, tratamento diferenciado, favorecido e 
simplificado, quanto à inscrição e respectivos efeitos. 
c) Considera-se como empresário, como regra, também quem 
exerça profissão intelectual, de natureza científica, literária ou 
artística. 
d) É facultativa a inscrição do empresário no Registro Público 
de Empresas Mercantis da respectiva sede, antes do início de 
sua atividade. 
e) Em nenhuma hipótese poderá o incapaz exercer a atividade 
empresarial, já que privativa de quem estiver em pleno gozo 
da capacidade civil. 
 
 
 
 
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Comentários: 
Todas as alternativas já foram analisadas, mas vejamos cada 
uma. 
A letra A está errada porque conforme o art. 973:“A pessoa 
legalmente impedida de exercer atividade própria de empresário, se 
a exercer, responderá pelas obrigações contraídas”. 
A letra B está correta de acordo com o art. 970. 
A letra C está errada, pois estes (profissionais liberais) não são 
considerados empresários, exceto se constituírem elemento de 
empresa. 
A letra D está errada, pois a inscrição do empresário é 
obrigatória, exceto a do empresário rural, que é facultativa, 
possuindo efeito constitutivo. 
A letra E está errada, pois: “Poderá o incapaz, por meio de 
representação ou devidamente assistido, continuar a empresa antes 
exercida por ele enquanto capaz, por seus pais ou pelo autor da 
herança”. 
Gabarito: Letra B 
 
14. (FCC/TRT 11ª/Juiz do Trabalho/2007) Determinada 
pessoa físicaexercia atividade empresarial e, em determinado 
momento, torna-se incapaz para os atos da vida civil. Nesse 
caso, a continuidade do exercício da empresa: 
a) pode ser efetuada por mandatário do empresário. 
b) é ilegal. 
c) depende de autorização judicial. 
d) pode ser efetuada por curador, independentemente de 
autorização judicial. 
e) é possível por intermédio dos sócios do empresário. 
 
 
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Comentários: 
Conforme exaustivamente analisada, a continuidade do 
exercício de empresa por incapaz depende de autorização judicial 
(art. 974, § 1º). 
Gabarito: Letra C 
 
Bem, pessoal, é isso! Espero reencontrá-los na próxima aula! 
Bons estudos a todos e até lá! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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QUESTÕES PROPOSTAS 
 
1. (FCC/Juiz do Trabalho/TRT 11ª/2005) De acordo com o 
Código Civil de 2002, a utilização do termo "comerciante" para 
designar todo aquele a quem são dirigidas as normas de 
Direito Comercial 
a) permanece correta, em razão da adoção, pelo Código Civil, 
da teoria objetiva dos atos de comércio. 
b) perdeu sentido, pois a revogação de parte expressiva do 
Código Comercial operou a extinção do Direito Comercial. 
c) tornou-se equivocada, pois o Código Civil estendeu a 
aplicação do Direito Comercial a todos os que exercem 
atividade econômica organizada e profissional, não apenas 
comerciantes. 
d) permanece correta, em razão da adoção, pelo Código Civil, 
da teoria da empresa. 
e) tornou-se equivocada, pois os antigos "comerciantes" são 
hoje denominados "empresários", embora designando os 
mesmos conceitos. 
 
2. (MPE/AP/2006/FCC) As sociedades comerciais passaram a 
ser reguladas pelo novo Código Civil Brasileiro e, quanto à 
figura do empresário, não se distingue da figura da empresa. 
 
3. (FCC/TCM-BA/Procurador Especial de Contas/2011)É 
correto afirmar: 
a) O impedimento legal quanto à capacidade civil não obsta o 
exercício pessoal da atividade empresarial. 
b) Não se considera empresário quem exerce profissão 
intelectual, de natureza científica, literária ou artística, mesmo 
que com o concurso de auxiliares ou colaboradores, a não ser 
que o exercício da profissão constitua elemento de empresa. 
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c) É facultativa a inscrição do empresário no Registro Público 
de Empresas Mercantis da respectiva sede, antes do início de 
sua atividade. 
d) Não haverá tratamento legal favorecido ou diferenciadoa 
qualquer empresário em face de sua envergadura ou pela 
natureza de suas atividades. 
e) É considerado empresário quem exerce profissionalmente 
atividade, econômica ou não, organizada para a produção, 
criação ou circulação de bens ou de serviços. 
 
4. (FCC/MPE-CE/Promotor de Justiça/2011) Se o empresário 
tornar-se incapaz 
a) poderá, por meio de representante ou devidamente 
assistido, continuar a empresa antes exercida por ele 
enquanto capaz, independentemente de autorização judicial, 
que estará implícita nos poderes conferidos ao curador 
nomeado pelo juiz. 
b) não poderá, ainda que por meio de representante, 
continuar a empresa, salvo, por intermédio deste, até a 
liquidação, e os bens que possuir, estranhos à atividade 
empresarial, não responderão pelas dívidas contraídas para o 
funcionamento dela. 
c) poderá, por meio de representante ou devidamente 
assistido, continuar a empresa antes exercida por ele 
enquanto capaz, devendo, para isso, preceder autorização 
judicial que é revogável e não ficam sujeitos ao resultado da 
empresa os bens que o incapaz possuía ao tempo da 
interdição, desde que estranhos ao acervo daquela. 
d) somente poderá continuar a empresa, se o curador 
nomeado pelo juiz puder exercer atividade de empresário, 
respondendo a caução, que este prestar, pelas dívidas que 
assumir durante o exercício da empresa, se os bens do 
incapaz vinculados à atividade empresarial forem insuficientes 
para o pagamento das dívidas caso venha a ser decretada a 
falência do incapaz. 
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e) só poderá continuar a exercer atividade empresária como 
sócio não administrador e desde que autorizado pelo juiz no 
processo de interdição, não ficando, porém, outros bens, 
exceto as cotas societárias, sujeitos ao pagamento das dívidas 
contraídas no exercício da empresa. 
 
5. (FCC/Prefeitura de São Paulo – SP/Auditor Fiscal do 
Município/2007) O menor com dezesseis anos, titular de 
estabelecimento empresarial mantido com economia própria, 
a) poderá ser empresário se for emancipado. 
b) poderá ser empresário se obtiver autorização judicial. 
c) poderá ser empresário se constituir pessoa jurídica para 
administrar o estabelecimento. 
d) é empresário. 
e) não poderá ser empresário. 
 
6. (FCC/TJ-AP/Titular de Serviços de Notas e de 
Registros/2001) Empresário que exerce atividade empresária 
sem prévia inscrição no Registro do Comércio 
a) poderá pleitear recuperação judicial em caso de crise 
econômico financeira. 
b) estará sujeito à decretação de sua falência no caso de 
impontualidade. 
c) poderá requerer a falência de empresário irregular. 
d) poderá requerer a falência de empresário regular. 
e) não poderá habilitar seu crédito na recuperação judicial de 
empresário regular. 
 
7. (FCC/TJ-PE/Juiz/2011)É correto afirmar que 
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a) a lei assegurará tratamento isonômico ao empresário rural 
e ao pequeno empresário, quanto à inscrição empresarial e 
aos efeitos dela decorrentes. 
b) o empresário casado pode, sem necessidade de outorga 
conjugal, qualquer que seja o regime de bens, alienar os 
imóveis que integrem o patrimônio da empresa ou gravá-los 
de ônus real. 
c) é facultativa a inscrição do empresário no Registro Público 
de Empresas Mercantis da sede respectiva, antes do início de 
sua atividade. 
d) quem estiver legalmente impedido de exercer atividade 
própria de empresário, se a exercer, não responderá pelas 
obrigações que contrair. 
e) é vedado aos cônjuges contratar sociedade entre si ou com 
terceiros, qualquer que seja o regime de bens escolhido. 
 
8. (FCC/2006/BACEN/Procurador/2006) A sociedade 
cooperativa de crédito tem natureza 
a) empresária, registra-se na Junta Comercial e independe de 
autorização do BACEN. 
b) empresária, registra-se na Junta Comercial e depende de 
autorização do BACEN. 
c) simples, registra-se na Junta Comercial e depende de 
autorização do BACEN. 
d) simples, registra-se no Registro Civil das Pessoas Jurídicas 
e depende de autorização do BACEN. 
e) empresária, registra-se no Registro Civil das Pessoas 
Jurídicas e independe de autorização do BACEN. 
 
9. (FCC/DPE-SP/Defensor Público/2009) Assinale a 
alternativa correta. 
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a) Para que uma pessoa possa ser reputada empresária tem-
se que verificar sua inscrição perante o Registro Público de 
Empresas Mercantis. 
b) No ordenamento brasileiro, o incapaz não pode exercer a 
atividade de empresário, pois sobre os seus bens não podem 
recair os resultados negativos da empresa. 
c) O empresário casado, com exceção do regime de separação 
absoluta de bens, deve proceder à averbação dos pactos e 
declarações antenupciais no Registro Público de Empresas 
Mercantis, bem como fazer inserir nos assentamentos do 
registro público de imóveis a outorga uxória quando de 
gravação com ônus ou de alienação dos bens imóveis do 
patrimônio empresarial. 
d) Deve o empresário operar no mercado sob firma 
constituída, a qual poderá ser seu nome completo ou 
abreviado e, se quiser, designação de sua pessoa ou da 
atividade exercida. 
e) A instituição de sucursal, agência ou filial implica na 
averbação no primeiro assento do Registro Público de 
Empresas Mercantis para que se tenha como regular a 
atividade desta, sendo desnecessária outra inscrição. 
 
10. (FCC/BACEN/Procurador/2006) Pessoa incapaz pode ser 
empresária individual 
a) se autorizada judicialmente a continuar a exploração de 
estabelecimento recebido por ela em herança. 
b) se for maior de 14 (quatorze) anos e possuir 
estabelecimento com economia própria. 
c) na qualidade de sócia de sociedade de responsabilidade 
limitada, desde que não possua poderes de administração. 
d) como acionista, sem direito de voto, de sociedade anônima. 
e) em qualquer hipótese, desde que devidamente 
representada na forma da lei. 
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11. (FCC/MPE-CE/Promotor de Justiça/2008) Em relação ao 
empresário, é INCORRETO afirmar que 
a) se a pessoa legalmente impedida de exercer atividade 
empresarial assim agir, responderá pelas obrigações 
contraídas. 
b) de sua definição legal, destacam-se as noções de 
profissionalismo, atividade econômica organizada e produção 
ou circulação de bens ou serviços. 
c) a profissão intelectual, de natureza científica ou artística 
pode ser considerada empresarial, se seu exercício constituir 
elemento de empresa. 
d) a atividade empresarial pode ser exercida pelos que 
estiverem em pleno gozo da capacidade civil, não sendo 
impedidos legalmente. 
e) ainda que representado ou assistido, não pode o incapaz 
continuar a empresa antes exercida por ele enquanto capaz, 
por seus pais ou pelo autor da herança. 
 
12. (FCC/PGE-SP/Procurador/2009) O Código Civil prevê a 
inscrição do empresário individual no Registro Público de 
Empresas Mercantis da respectiva sede, antes do início de sua 
atividade. Esta inscrição é 
a) facultativa como requisito de regularidade da condição de 
empresário. 
b) obrigatória e é condição para a regularização da atividade 
de empresário. 
c) obrigatória, gerando efeito constitutivo. 
d) obrigatória e é condição para a caracterização da condição 
de empresário. 
e) facultativa e é condição para a caracterizaçãoda condição 
de empresário. 
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13. (FCC/TJ-GO/Juiz/2009) É correto afirmar, em relação ao 
empresário e sociedade empresária: 
a) Ainda que legalmente impedido, quem exercer a atividade 
empresarial não responde pessoalmente pelas obrigações 
contraídas e sim a pessoa jurídica que representa. 
b) A lei assegurará, ao empresário rural e ao pequeno 
empresário, tratamento diferenciado, favorecido e 
simplificado, quanto à inscrição e respectivos efeitos. 
c) Considera-se como empresário, como regra, também quem 
exerça profissão intelectual, de natureza científica, literária ou 
artística. 
d) É facultativa a inscrição do empresário no Registro Público 
de Empresas Mercantis da respectiva sede, antes do início de 
sua atividade. 
e) Em nenhuma hipótese poderá o incapaz exercer a atividade 
empresarial, já que privativa de quem estiver em pleno gozo 
da capacidade civil. 
 
14. (FCC/TRT 11ª/Juiz do Trabalho/2007) Determinada 
pessoa físicaexercia atividade empresarial e, em determinado 
momento, torna-se incapaz para os atos da vida civil. Nesse 
caso, a continuidade do exercício da empresa 
a) pode ser efetuada por mandatário do empresário. 
b) é ilegal. 
c) depende de autorização judicial. 
d) pode ser efetuada por curador, independentemente de 
autorização judicial. 
e) é possível por intermédio dos sócios do empresário. 
 
 
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GABARITO 
1. C 6. B 11. E 
2. ERRADA 7. B 12. B 
3. B 8. C 13. B 
4. C 9. D 14. C 
5. D 10. A

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