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Subdivisão do ambiente marinho

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Subdivisão do ambiente marinho
1 - Introdução
2 - Em função da topografia
	2.1 – Oceanos
	2.2 - Mares
	2.3 - Perfil dos fundos submarinos
3 – Em função da latitude
4 – Em função da profundidade
1 – Introdução
Os mares e oceanos que cobre mais de 71% da superfície do nosso planeta são povoados de diversos organismos vivos em todos os lugares e profundidades. Estes organismos vivem numa interdependência formando uma cadeia alimentar onde os menores são consumidos pelos maiores.
O ambiente marinho comparado com o ambiente continental apresenta características que lhes são próprias e que não ocorre no ambiente continental.
Estas características são:
A continuidade – os oceanos se estendem de pólo a pólo e estão ligados uns aos outros de leste a oeste ao redor do mundo. Também alguns mares interiores ou mediterrâneos se comunicam ainda que de maneira precária com os grandes oceanos. Esta continuidade contrasta com a descontinuidade das massas de terra.
A uniformidade relativa das condições do meio, principalmente da temperatura, cuja variação anual nos meios continentais se aproxima a 90oC, e não passa de 30oC nos meios oceânicos.
O povoamento nas três direções do espaço.
Na verdade, a continuidade e uniformidade são mais aparentes que reais, pois os organismos e as águas estão longe de possuir as mesmas características físicoquímicas. As diferentes camadas de água apresentam uma certa independência em relação umas às outras.
Os meios oceânicos são povoados de maneira rica e variada. Todos os grandes grupos do reino vegetal e animal estão representados neles e chegam a existir bom número de grandes subdivisões zoológicas que são unicamente constituídos de formas marinhas.
As condições ambientais do oceano são bem diversas e a disposição das massas continentais e insulares permite que se estabeleçam certas distinções. Assim é possível uma separação de áreas de acordo com os seguintes fatores:
Topografia – é de importância capital para os organismos (tanto aqueles situados próximo aos continentes quanto aqueles situados distantes destes).
Latitude (grosso modo) – as grandes regiões oceânicas de superfície, baseada na temperatura superficial.
Profundidade – as camadas superficiais, médias e profundas, onde as condições físicas essenciais (temperatura, luz e agitação) apresentam grandes diferenças.
2 – Em função da topografia
	Sob este aspecto pode-se observar uma variação muito grande entre os oceanos, face aos processos internos da Terra. Estas feições variam também com o tempo, visto que o oceano atual pode não ser igual ao de 50 milhões de anos atrás.
	De acordo com a topografia podemos distinguir os oceanos e mares.
	2.1 – Oceanos 
Os oceanos são considerados antigas formações na morfologia da Terra. Os mares adjacentes, por outro lado, que são separados dos oceanos por cadeias de ilhas ou por elevações submarinas que surgem do solo marinho, tem estado sujeitos a trocas consideráveis no decorrer da história geológica.
Os oceanos são caracterizados por:
a) Superfície elevada – torna-se impossível fixar com exatidão as áreas dos oceanos, porém se admite os seguintes valores, dados em milhões de km2. Oceano Pacífico, 180; Atlântico, 106; Indico, 75.
	No hemisfério sul as fronteiras entre os 3 oceanos são definidas por convenção: o meridiano 20o L é tido como fronteira entre o Atlântico e o Índico, enquanto que o 147o L separa o Índico do Pacífico.
	No hemisfério Norte os continentes é que separam o Atlântico do Pacífico. As regiões de águas mornas dos 3 oceanos são separadas umas das outras pelos continentes, enquanto que na região sul, existe uma contínua conexão entre eles. Em volume e área superficial o Pacífico é maior o de todos.
b) Larga comunicação entre si, tanto na superfície como na profundidade;
c) suas margens são formadas pelas massas continentais bastante afastadas e pertencendo sempre aos continentes diferentes;
d) sua profundidade média elevada.
	2.2 – Mares
Os mares são menos importantes do ponto de vista de superfície e apresentam quase sempre em relação aos oceanos, condições parcialmente diferentes:
profundidade média menor
maior aproximação dos continentes
presença mais numerosa de ilhas ou quase ilhas
comunicação com os oceanos estreita e pouco profunda.
Várias categorias distintas podem ser encontradas entre os mares:
mares costeiros, abertos ou adjacentes – situados nas margens das grandes extensões oceânicas e se comunicando com eles de forma ampla bem mais no plano horizontal do que no vertical, participando de uma certa forma da vida desses oceanos. Exemplos são: o mar da Arábia, o mar de Bengala, Mar do Norte, Bering, Irlandês, Andaman, Okhotsk, etc:
Os mares mediterrâneos ou continentais – estes são os mares que penetram mais profundamente nos continentes, ou entre um continente e um grupo de ilhas, e que só se comunicam com os oceanos através de passagens estreitas cuja profundidade é menor do que a do mar. Certos mares mediterrâneos são muitas vezes chamados de “mares de grinaldas insulares”. Entre os mares mediterrâneos podem ser citados: o Mar Mediterrâneo (mundo antigo), o mar Vermelho, o mar das Caraíbas, o mar da China, o mar do Japão, o mar do Coral, etc: Estes mares possuem uma deficiente circulação profunda, devido aos estreitos serem de pequena proporção e pouco profundos. Os mares mediterrâneos apresentam grandes diferenças de salinidade em relação aos oceanos e também diferenças na temperatura em relação à profundidade. Os mares mediterrâneos mostram diferenças consideráveis, pois suas massas d´água reagem mais marcadamente do que os oceanos abertos às condições climáticas locais. Nos oceanos a temperatura decresce com a profundidade (com exceção de grandes profundidades onde existe um rápido aquecimento devido ao aumento da pressão). Ao contrário, os mares mediterrâneos possuem até nas suas maiores profundidades, uma temperatura próxima aquela da profundidade do mar aberto ao qual está ligado. Por exemplo: o mar Mediterrâneo tem em média 13oC depois de 350m (temperatura da profundidade da parte que liga ao Gibralatar) até às maiores profundidades (mais ou menos 1500 m nas fossas de Matapan). Em muitos mares parece que a temperatura das águas profundas está condicionada pela temperatura superficial mais fria do ano e não pelas águas oceânicas da profundidade que se liga ao mar. Por esta razão, biologicamente estes mares apresentam marcadas diferenças com as regiões oceânicas. Entre os mares mediterrâneos o Mar Glacial ártico ocupa um lugar á parte por sua elevada superfície (14 milhões de Km2). 
 São considerados mares interiores aqueles que se ligam através de um estreito pouco profundo a um outro mar e não a um oceano, como por exemplo: o Mar Báltico, Mar Negro, Golfo Pérsico, Baía de Hudson, etc:
os mares fechados ou isolados, como o mar Cáspio ou o mar Aral, verdadeiros lagos de salinidade mais ou menos elevada, possuem características particulares, e o seu estudo pertence mais à Limnologia do que à Oceanografia.
	2.3 - Perfil dos fundos submarinos
O estudo do relevo submarino dos oceanos e mares, através de sondagens, indicam feições topográficas comuns a todos os oceanos. A forma do fundo marinho é também de importância aos processos biológicos. Os resultados dessas sondagens mostram que existem 3 feições topográficas principais: as margens continentais, os soalhos das bacias oceânicas e os grandes sistemas de cordilheiras oceânicas. Além dessas feições principais existe também cordilheiras e elevações adicionais ocorrendo por todas as bacias oceânicas. Partindo da margem, na direção contrária aos continentes, a inclinação do solo é geralmente suave, e até uma distância mais ou menos grande se estende uma plataforma submersa, que é a continuação do continente, com modificações causadas pela erosão marinha ou pela deposição de sedimentos. Esta plataforma denomina-se Plataforma Continental. Quando esta plataforma atingeuma profundidade variável entre 120 a 300 metros, a inclinação do solo marinho aumenta bruscamente formando o talude Continental que desce até 1500 a 2000-2500 metros, profundidade onde o declive volta a ser suave. O talude Continental é geralmente entalhado por vales submarinos de paredes relativamente íngremes, contendo uma série de escarpamentos ou, pode ser ele mesmo o lado continental de uma fossa profunda como é o caso das fossas de Porto Rico, Aleutas e Peru. No sopé do Talude Continental pode também existir uma elevação continental que pode ser uma feição deposicional. “Canyons” atravessam a elevação continental atuando como canais de transporte de sedimentos rumo ao mar. Alguns “canyons” continuam pelos taludes e plataformas continentais. Em muitas partes do mundo, a margem continental, além da plataforma consiste em uma profunda fossa e a seguir uma cordilheira exterior. Estas fossas são as regiões mais profundas do mundo. A partir deste sopé começa um declive suave que vai até 6000-7000 metros, formando a Planície Abissal que é interrompida localmente por alguns vales e montanhas. Depois vêm os principais sistemas de cordilheiras (grandes fossas e ravinas que vão além de 7100 metros até 11500 metros, profundidade máxima conhecida). Nesta planície existem também cadeias de montanhas submarinas. Em todo o solo marinho existem montanhas submersas e algumas chegam a formar ilhas oceânicas e bancos. Os principais sistemas de Cordilheiras oceânicas formam uma série de áreas topograficamente altas, interligadas, presente em todos os oceanos. Essas cordilheiras têm de 1000 a 4100 km de largura, com relevo estimado entre 2 e 4 km acima do solo oceânico, emergindo em certos pontos sob a forma de ilhas. Na verdade o perfil dos solos submarinos não pode ser separado daqueles da terra emersa. O conjunto se inscreve em uma curva hipsográfica bem conhecida (Kossinna), obtida colocando-se em ordenadas as altitudes ou profundidades e em abcissas as superfícies ocupadas. A forma dessa curva permite distinguir no conjunto da crosta terrestre 5 partes distintas: os Cumes acima de 1000 metros, com uma altitude média de 2110 metros, a Plataforma Continental, também chamada de Margem Continental, com uma altitude máxima de 270 metros; o Talude Continental entre 200 e 2500 metros com uma profundidade média de 1270 metros; a Planície Abissal entre 2500 e 6000-7000 metros; as fossas e ravinas, além de 6000-7000 metros.
A Plataforma Continental não tem largura uniforme podendo-se assinalar que ela varia de acordo com o relevo terrestre. Se o relevo é montanhoso ela tem menor largura. Deste modo, na região do Chile e Peru, devido à existência da Cordilheira dos Andes, a plataforma continental é muito estreita, praticamente inexistente, já que o mar cai a grandes profundidades perto da costa; ao contrário, nas costas da Noruega e Sibéria, ela chega a ter 760 milhas náuticas de largura. Na costa brasileira ela varia entre 30 e 180 milhas. Segundo Shepard, a plataforma chega a ocupar cerca de 7,6 % da superfície dos oceanos. As extensões da plataforma continental possuem mudanças geológicas com o tempo. Sua origem tem sido explicada de diversas maneiras, a exemplo da abrasão marinha, sedimentação, a elevação das águas marinhas invadindo o continente, etc: Cada uma tem uma causa de origem diferente, não havendo, portanto, uma única origem.
	Os vales seguem sobre a plataforma continental emersa, em alguns acasos sendo a continuação dos vales continentais e foram causados por erosão como, por exemplo: na Mancha os vales submarinos dos rios da bacia de Sena e do Tamisa; o vale do Reno no mar do Norte, etc: (a Plataforma e Talude são em muitas regiões do mundo, entalhados por “canyons”, profundas gargantas submarinas, possuindo centenas de metros de profundidade. Alguns “canyons” atravessam a elevação continental atuando como canais de transportes de sedimentos rumo ao mar). Os mares que cobrem a plataforma continental são chamados de mares epicontinentais e seus contornos estão sujeitos às eras geológicas, e têm variações maiores e mais freqüentes que as que afetam os oceanos.
	O conjunto de mares epicontinentais contitue do ponto de vista biológico o que se chama de Província Nerítica em oposição à Província Oceânica, que engloba todas as outras áreas marinhas. A Província Nerítica é caracterizada por uma riqueza e variedade de povoamento (maior biodiversidade). A Província Oceânica tem povoamento menos variado e mais pobre, e os fundos são quase sempre formados de vasas ou de lama de consistência fraca. Apesar da Provícia Nerítica não apresentar mais do que 7% da superfície total dos meios oceânicos, ela é mais biodiversa e também melhor conhecida.

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