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* * Universidade Federal de Lavras – UFLA Disciplina - GCA 188 2011/01 Thaís de Melo Ramos Doutoranda em Ciência dos Alimentos - UFLA * * tempo de lactação; qualidade genética e raça; condições do meio-ambiente; condições fisiológicas; tipo de manejo; freqüência da ordenha; entre outros fatores. Água................................ 87,0% Gordura........................... 3,9% Proteínas......................... 3,5% Carboidratos.................. 4,9% R.M.F................................ 0,7% SÓLIDOS TOTAIS Composição do leite * * O leite é um fluido complexo, nutritivo e estável, de gordura, proteínas, carboidratos e outros componentes. glóbulos + vit. lipossolúveis = emulsão Lactose + ptnas. soro + minerais + vit. hidrossolúveis + s. nitrogenadas não-protéicas = dispersas em solução caseínas = micelas em dispersão coloidal Composição do leite * * Padronização Diversos países (Brasil), não possuem legislação específica, teor mínimo G% (GES) e máximo de U%, o quais principais critérios p/ avaliar a uniformidade; Há uma tendência de fixar a G% do leite para cada queijo; Ideal fixar GES (relação caseína/gordura) Leite – coleta “Silos” –Resfriados Recepção Padronização Pasteurização Preparo leite COAGULAÇÃO Controle de Qualidade: Físico-químico Microbiológico Filtração * * Padronizadora Padronização * * Pasteurização do leite “tratamento térmico microbiocida destinado a reduzir o número de quaisquer microorganismos patogênicos no leite e produtos lácteos líquidos, quando presentes, para um nível em que eles não constituem um perigo significativo a saúde” (FAO/WHO, 2004). Objetivos secundários; Métodos utilizados; Microrganismo alvo; Padrão enzimático. OBS: No Brasil todos os derivados devem ser fabricados a partir de leite pasteurizado! * * Pasteurização Mycobacterium tuberculosis e Coxiella burnettii (febre Q) * * Pasteurização do leite MODIFICAÇÕES Diminui teor de ptnas solúveis, interação com a κ-caseína; Equilíbrio sais de cálcio e fósforo solúveis e colidais são rompidos. INFLUÊNCIA NA ELABORAÇÃO DO QUEIJO Coagulação inicial ligeiramente retardada (20% leite cru); Eleva ligeiramente o rendimento (proteínas solúveis); Maior retenção de água (coalhada + branda, dificuldade dos grãos dessorar); Redução do cálcio iônico, ligação entre micelas de paracaseína são mais fracas; Potencial sabor amargo (retenção excessiva de coalho e ptnas soluveis); Destruição da xantina oxidase (prejudica adição de nitrato de sódio). * * A pasteurização pode ser feita por dois processos: lento e rápido. Pasteurização lenta aquecimento do leite até 65°C, mantendo-o nessa temperatura por 30 minutos, resfriando em seguida, até 34ºC, temperatura necessária para a fabricação do queijo. Pasteurização do leite (65°C, durante 30 minutos). Pasteurização do leite * * Processo caseiro pode ser feito numa panela, em banho-maria. Grande volume de leite, é recomendável um pasteurizador de placas, no qual o leite deve ser aquecido a temperatura de 72ºC a 75°C, durante 12 a 15 segundos, sendo imediatamente resfriado a 34°C. Esse é o chamado processo rápido. Resfriamento do leite (34°C). Pasteurização do leite * * Pasteurizados de placas Injeção direta de vapor * * * * * * * * Injeção direta de vapor * * * * * * * * * * * * * * Universidade Federal de Lavras – UFLA Disciplina - GCA 188 2011/01 Thaís de Melo Ramos Doutoranda em Ciência dos Alimentos - UFLA * * COMPOSIÇÃO ESPERADA (FRESCO) Fermento tipo “O” O queijo Minas Frescal encontra-se entre os queijos mais consumidos no Brasil. Apresenta massa crua, coloração esbranquiçada, consistência mole e textura fechada. * * Segundo o R.T.F.I.Q.: “Entende-se por Queijo Minas Frescal, o queijo fresco obtido por coagulação enzimática do leite com coalho e/ou outras enzimas coagulantes apropriadas, complementada ou não com ação de bactérias lácticas específicas.” (Alteração pela Instrução Normativa nº 4 de 01/03/2004) Muito alta umidade; Queijo semi-gordo; Deve ser consumido fresco, de acordo com a classificação estabelecida no R.T.F.I.Q.; Formato cilíndrico; Peso entre 0,3 kg a 5,0 Kg; Durabilidade média de 20 dias; Rendimento 6,0-6,5 litros/Kg; Padronização, 3% a 3,2% de gordura. * * Etapas do processo de produção de queijo Minas Frescal Pasteurização Mexedura de 20-30 min (ligeira firmeza dos grãos) Adição do Cloreto de Cálcio, Coalho Enformagem Salga Embalagem Tratamento da massa (corte, repouso Armazenamento Ajuste da temperatura 35-37°C T < mais macio T > mais duro Prematuração do leite com fermento Corte: 1,5-2 cm Mexedura: 20-30 minutos, para obter ligeira firmeza dos grãos. * * Tecnologia de fabricação de queijo Minas Frescal Pré-maturação deve ser exercida em função de cada tipo de queijo produzido: Fermento é uma cultura lática, selecionada, que deve ser adicionada ao leite para a fabricação de queijos. O fermento possui as seguintes finalidades: Produzir ácido lático e, conseqüentemente, diminuição do pH e redução do crescimento de microrganismos indesejáveis; • Desenvolver pequena acidez, que aumentará ação enzimática do coalho. • Aumento do grau de acidificação facilita a expulsão de soro dos grãos e o queijo tende a menor teor de umidade (também desmineralização); Para a fabricação de queijo minas frescal é utilizado fermento composto pelas bactérias (microrganismos) Lactococcus lactis e Lactococcus cremoris. Esses microrganismos são classificados como mesófilos, ou seja, crescem bem na faixa de temperatura entre 30ºC e 37°C. A quantidade a ser adicionada é de 1% a 1,5% em relação à quantidade de leite utilizada na fabricação dos queijos. * * Tecnologia de fabricação de queijo Minas Frescal Adição (poder coagulante): Coalho - “É o extrato rico em enzimas proteolíticas obtido do abomaso de ruminantes lactentes ou adultos, destinado a promover a coagulação do leite para produção de queijos.” Agente Coagulante - Entende-se por “coagulante”, o substitutivo enzimático obtido de outras espécies animais, de microrganismos ou de vegetais, conhecido por suas propriedades coagulantes e que possa ser utilizado como alternativa ao coalho, opcionalmente ou por exigência tecnológica. PROCESSO DE COAGULAÇÃO * * Tecnologia de fabricação de queijo Minas Frescal PROCESSO DE COAGULAÇÃO * * Tecnologia de fabricação de queijo Minas Frescal PROCESSO DE COAGULAÇÃO * * Ponto de corte Tecnologia de fabricação de queijo Minas Frescal O final da coagulação é determinado pela identificação do ponto de corte da coalhada. Nesse ponto, a massa sofrerá fragmentação, com o objetivo de promover a retirada do soro. Determinação do ponto de corte, com o uso de uma espátula. * * Corte Corte da massa em lâminas. * * Corte da massa em tiras. * * Corte da massa em cubos. * * Agitação da massa. * * Corte da coalhada * * Universidade Federal de Lavras – UFLA Disciplina - GCA 188 2011/01 Thaís de Melo Ramos Doutoranda em Ciência dos Alimentos - UFLA * * Art. 614 - O queijo Minas (padrão) é o produto obtido de leite integral ou padronizado, pasteurizado, de massa crua, prensado mecanicamente e devidamente maturado durante 20 dias. Deve apresentar: Formato cilíndrico, de faces planas e bordos retos, formando ângulo vivo; Peso de 1 a 1,2 kg; Crosta fina amarelada; Consistência semi-dura, tendente a macia, de untura manteigosa; Textura com buracos mecânicos e em cabeça de alfinete, pouco numerosos; Cor branco a creme, homogênea; Odor e sabor próprios, ácidos, agradáveis e não picantes. * * QUEIJO MINAS PADRÃO COMPOSIÇÃO ESPERADA (FRESCO) Maturação: 20 dias Popularmente: Minas Curado, Minas Prensado, Minas pasteurizado Fermento tipo “O” Massa não lavada, crua Peso: 0,5 a 1,2 kg * * QUEIJO MEIA CURA * * QUEIJO MEIA CURA COMPOSIÇÃO ESPERADA (Maturado por 30 dias) Fermento tipo “O” Massa lavada e aquecida (40 ºC) Peso: 0,8 a 1,2 kg) * * Etapas do processo de produção de queijo Minas Padrão Pasteurização 1° Mexedura Adição do Cloreto de Cálcio, Coalho 2° Mexedura Dessora Salga na massa e homogeneização Tratamento da massa (corte, repouso Enformagem Ajuste da temperatura 33°C T < mais macio T > mais duro Prematuração do leite com fermento Maturação Dessora Prenssagem * * Apresentação esquemática de um grão de coalhada * * Corte da coalhada * * Primeira mexedura Segunda mexedura * * Prensagem * * Tanque de salga * * Universidade Federal de Lavras – UFLA Disciplina - GCA 188 2011/01 Thaís de Melo Ramos Doutoranda em Ciência dos Alimentos - UFLA * * Ricota A ricota é de origem italiana e é fabricada em diversos países sob várias denominações. É conhecida também por queijo de Albumina, por se constituir basicamente desta e de lactoglobulina, que são os principais componentes protéicos do soro e não são coaguláveis por coalho. RICOTA FRESCA Consistência: mole, não pastosa e friável; Cor branca ou branco-creme; Crosta rugosa não formada ou pouco nítida; Odor característico; Sabor característico; Textura fechada ou com alguns buracos mecânicos. Formato cilídrico. * * QUEIJO RICOTA COMPOSIÇÃO ESPERADA Peso: 0,3 a 1,0 kg. * * Etapas do processo de produção de queijo Ricota Soro Aquecimento 80 – 90°C Adição Bicarbonato de sódio ou outro neutralizante 6 - 8° D Acidificação Interromper Aquecimento Aguardar massa se firmar Opcional: adição de leite Enformagem Acidez de preferência 11 – 14°D Ácido lático (100 mL/100L) Ácido acético (200mL/100L) Ácido cítrico * * Princípio de fabricação da Ricota O principio básico de fabricação da ricota se deve a precipitação das proteínas do soro (basicamente lactoalbumina e lactoglobulina) por meio de calor associado à acidificação. O soro é neutralizado e aquecido a uma temperatura em torno de 85o C, então se adiciona ácido e logo após observa-se precipitados de massa. A massa é retirada e então enformada. O objetivo de se neutralizar o soro antes do aquecimento é de evitar que durante o processo de aquecimento as proteínas não comecem a coagular por causa do calor, então ao adicionar o ácido obtém-se uma precipitação homogênea. * * OBRIGADA! 5 5 6 6 8 8
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