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BBAARROONNEESSSSEE ‐‐ CCUURRSSOO PPRRÁÁTTIICCOO BBÁÁSSIICCOO DDEE PPRROODDUUÇÇÃÃOO DDEE CCEERRVVEEJJAA AAmmeerriiccaann PPaallee AAllee Curitiba ‐27/11/2010 João Paulo Zanelatto Gonçalves Roberto Borba Valiente CURSO MINISTRADO EM:__________/ __________/__________ BBAARROONNEESSSSEE ‐‐ CCUURRSSOO PPRRÁÁTTIICCOO BBÁÁSSIICCOO DDEE PPRROODDUUÇÇÃÃOO DDEE CCEERRVVEEJJAA� Os autores proíbem a utilização deste material para fins comerciais. Permitida utilização e distribuição gratuita em formato digital. Se alguém estiver vendendo ou ministrando cursos utilizando este material, que não sejam os autores, denuncie: zanelatto@baronesse.com.br ou valiente@baronesse.com.br Ín di ce 2 ÍÍnnddiiccee Índice ............................................................................................................................................. 2 CAPITULO I ‐ Definições ................................................................................................................. 3 CAPITULO II ‐ Planejamento da cerveja ........................................................................................ 5 CAPITULO III ‐ Escolha dos Ingredientes ....................................................................................... 8 CAPITULO IV ‐ Brassagem ............................................................................................................ 11 CAPITULO V ‐ Fermentação ......................................................................................................... 15 CAPITULO VI ‐ Envase .................................................................................................................. 16 ANEXO 1 ‐ LISTA DE EQUIPAMENTOS ........................................................................................ 18 ANEXO 2 ‐ BJCP 2008 ................................................................................................................... 24 10. AMERICAN ALE ............................................................................................................................................ 24 10A. American Pale Ale .................................................................................................................................... 24 10B. American Amber Ale ................................................................................................................................ 25 10C. American Brown Ale ................................................................................................................................ 25 ANEXO 3 ‐ PLANILHA DE PRODUÇÃO .......................................................................................... 30 BBAARROONNEESSSSEE ‐‐ CCUURRSSOO PPRRÁÁTTIICCOO BBÁÁSSIICCOO DDEE PPRROODDUUÇÇÃÃOO DDEE CCEERRVVEEJJAA� Os autores proíbem a utilização deste material para fins comerciais. Permitida utilização e distribuição gratuita em formato digital. Se alguém estiver vendendo ou ministrando cursos utilizando este material, que não sejam os autores, denuncie: zanelatto@baronesse.com.br ou valiente@baronesse.com.br CA PI TU LO I ‐ De fin iç õe s 3 CCAAPPIITTUULLOO II ‐‐ DDeeffiinniiççõõeess Comecemos pelo óbvio: O que é cerveja? Líquido amarelo dourado vendido em bares e supermercados, envasado em latinhas de alumínio ou garrafas de vidro, o qual deve ser servido estupidamente gelado e consumido com moderação? Bom, segundo o dicionário Aurélio não é bem isso. Segue: Aurélio: s.f. Bebida levemente alcoólica, obtida pela fermentação da cevada e aromatizada com lúpulo. Segundo o governo federal brasileiro é o seguinte: Lei Federal 8918/94 Regulamentada pelo decreto 2314/97 Art. 64. Cerveja é a bebida obtida pela fermentação alcoólica do mosto cervejeiro oriundo do malte de cevada e água potável, por ação da levedura, com adição de lúpulo. Podemos ainda dizer que é a bebida alcoólica mais conhecida, mais produzida, mais comercializada e mais variada de todos os tempos. Na verdade a cerveja é apenas o resultado de uma grande, longa e complexa reação enzimática se analisada bem a fundo. Bem, e o que é o tal malte? Podemos dizer que malte é o resultado da malteação de um cereal. O cereal mais comumente malteado é a cevada. Outros cereais também podem ser malteados, como o trigo e centeio. E o que diferencia o cereal não malteado do cereal maltado? Bom, o cereal malteado passa por um processo de pré‐germinação e uma subseqüente inativação desta germinação pelo aumenta da temperatura e diminuição da umidade. Isso faz com que o cereal ative as enzimas que converteriam o carboidrato em energia. Isso permite que o amido (carboidrato) seja convertido em açucares pequenos pelas enzima, que podem assim serem consumidos pela levedura. O que é a água? Opa!!! Essa eu sei. É o grande segredo para se produzir uma ótima cerveja. Se você tem acesso a um monte de água das montanhas, o sucesso da sua cerveja esta garantido. Na verdade não é bem assim. Vamos inicialmente nos satisfazer com as definições básicas. Aurélio: s.f. Líquido incolor e inodoro composto de hidrogênio e oxigênio (H2O). Wikipedia: A água é uma substância química onipresente que é composta de hidrogênio e oxigênio e é essencial para todas as formas conhecidas de vida. Outros: Solvente universal Para a cerveja, poderíamos dizer que água é o solvente universal, incolor, insípido e inodoro que permite que as enzimas tenha acesso ao amido para formação do mosto cervejeiro e que ela também permite, posteriormente, que a levedura tenha acesso aos açucares diluídos neste mosto. Já o lúpulo é uma liana européia da espécie Humulus lupulus, da família Cannabaceae. O lúpulo é tradicionalmente usado, junto com o malte, a cevada e o levedo, na fabricação de BBAARROONNEESSSSEE ‐‐ CCUURRSSOO PPRRÁÁTTIICCOO BBÁÁSSIICCOO DDEE PPRROODDUUÇÇÃÃOO DDEE CCEERRVVEEJJAA� Os autores proíbem a utilização deste material para fins comerciais. Permitida utilização e distribuição gratuita em formato digital. Se alguém estiver vendendo ou ministrando cursos utilizando este material, que não sejam os autores, denuncie: zanelatto@baronesse.com.br ou valiente@baronesse.com.br CA PI TU LO I ‐ De fin iç õe s 4 cerveja. No calor do cozimento da mistura, o lúpulo libera suas resinas de sabor amargo, dando à cerveja sabor característico. O parte do lúpulo que é utilizada na cerveja é apenas a flor desta trepadeira. Esta flor, e apenas a flor da trepadeira fêmea, esta coberta por resinas e óleos essenciais, os quais conferem o aroma e o amargor característicos à cerveja. E o tal adjunto? É coisa de repartição pública? Como explicação livre podemos dizer que um adjunto é uma coisa associada a outra similar para ajudá‐la em suas funções. Na cerveja um adjunto pode ter um ou mais dentre vários papeis secundários. Pode adicionar açúcar, que será transformado em álcool, sem adicionar corpo. Pode adicionar aroma. Pode adicionar sabor. Pode adicionar cor. Adjunto é qualquer outra coisa que não seja água, malte, lúpulo e levedura que é adicionada a brassagem, fervura ou fermentação que altere alguma característica importante da cerveja. E agora a grande estrela entra no palco. Eu lhes apresento a levedura. Mas não era fermento? Ou será que era levedo? Não lembro direito. Se acalme, pois é tudo a mesma coisa. Fermento, levedo e levedura fazem referência a mesma coisa: microrganismo unicelular responsável pela fermentação alcoólica do mosto cervejeiro. Ainda esta difícil? Fermentação vem do latim fervere que significa ferver. Isto porque a fermentação é a transformação química acompanhada de efervescência causada por microrganismos. No caso da cerveja, os fungos unicelulares Saccharomyces Cerevisiae ou Saccharomyces Pastorianus consomem os açucares simples dissolvidos no mosto cervejeiro e os convertem em álcool, gás carbônico e energia. Na verdade, durante as reações enzimática que ocorrem dentro da levedura, para esta conversão, alguns outros subprodutos extravasam pela membrana celular destes microrganismos e acabam conferindo aromas e sabores característicos da cerveja e que não são resultados direto da adição malte, lúpulo ou adjunto. Um bom exemplo é o aroma de banana e cravo comumente encontrado nas cervejas de trigo, que são conferidos pela levedura e não pela adição de banana ou cravo. BBAARROONNEESSSSEE ‐‐ CCUURRSSOO PPRRÁÁTTIICCOO BBÁÁSSIICCOO DDEE PPRROODDUUÇÇÃÃOO DDEE CCEERRVVEEJJAA� Os autores proíbem a utilização deste material para fins comerciais. Permitida utilização e distribuição gratuita em formato digital. Se alguém estiver vendendo ou ministrando cursos utilizando este material, que não sejam os autores, denuncie: zanelatto@baronesse.com.br ou valiente@baronesse.com.br CA PI TU LO II ‐ Pl an ej am en to da ce rv ej a 5 CCAAPPIITTUULLOO IIII ‐‐ PPllaanneejjaammeennttoo ddaa cceerrvveejjaa Antes de podermos produzir temos que planejar como queremos que nossa cerveja venha a ficar. Mesmo que a primeira produção não seja o exato produto que esperávamos, um bom planejamento permite que saibamos o que estava pior, o que estava igual e o que estava melhor que o esperado. Existem algumas formas fáceis de planejar uma boa cerveja, mas a melhor de todas é uma combinação destas que vou apresentar. A mais simples de todas é fazer uma ficha de planejamento da cerveja e compará‐la com uma ficha de avaliação da cerveja. Estas fichas devem conter. inicialmente informações básicas e quanto mais apurado for a percepção dos cervejeiros/avaliadores, mais complexa ela pode ficar. Informações importantes para a produção de uma boa cerveja devem ser: Cor Colarinho Aroma Sabor Textura da cerveja Qual a cor esperada? Cobre? A cerveja será/esta límpida ou turva? O colarinho será/esta muito espesso? Muito Ralo? Se mantém por muito ou pouco tempo? Que aromas serão/ foram alcançados? Terá/Tem aroma de caramelo? Eu quero/queria aroma de caramelo? E aroma de maça‐verde?É/Era desejado? Será/Esta amarga demais ou de menos? Sentirei/Sinto um sabor adocicado/seco quando termino de engolir a cerveja. É/era isso que eu queria? A cerveja será/é efervescente? Ela será/é muito grossa/fina quanto a textura na língua? Parecerá/parece suave ou marcante? Neste ponto qualquer aroma e gosto estranho devem ser considerados como "off‐ flavor". Com a melhoria da percepção sensorial dos avaliadores, estes "off‐flavors" pode começar a ser subcategorizados . Mas não se preocupe com isso agora, já que leva algum tempo e geralmente alguns cursos de análise sensorial para estar apto para identificar a maior parte dos aromas e defeitos de uma cerveja. E mesmo com estes cursos o avaliador ainda tem que aprender a calibrar seu paladar, já que cada um tem um limiar de percepção diferente do outro. Uma característica básica da cerveja que ajuda muito a definir sua cerveja é o tipo de levedura e a que temperatura esta levedura deve trabalhar. Entre os tipos de levedura, podemos classificá‐las como leveduras lager (Saccharomyces Pastorianus) e ale (Saccharomyces Cerevisiae). Existem ainda uma categoria dentro das leveduras ale que são as leveduras super fenólicas, que produzem uma quantidade BBAARROONNEESSSSEE ‐‐ CCUURRSSOO PPRRÁÁTTIICCOO BBÁÁSSIICCOO DDEE PPRROODDUUÇÇÃÃOO DDEE CCEERRVVEEJJAA� Os autores proíbem a utilização deste material para fins comerciais. Permitida utilização e distribuição gratuita em formato digital. Se alguém estiver vendendo ou ministrando cursos utilizando este material, que não sejam os autores, denuncie: zanelatto@baronesse.com.br ou valiente@baronesse.com.br CA PI TU LO II ‐ Pl an ej am en to da ce rv ej a 6 de muito grande de fenóis com subprodutos da fermentação. Estes fenóis são as substâncias que conferem o aroma de banana às cervejas de trigo, tradicionais na Alemanha. As leveduras lager normalmente trabalham em temperaturas entre 4°C e 15°C, enquanto as leveduras ale trabalham normalmente entre 17°C e 24°C. Veja que isso é um espectro grande para cada tipo de levedura e cada cepa prefere uma intervalo específico, e estreito. Quando utilizamos uma levedura fora de seu intervalo ideal de fermentação podemos ter grandes problemas ou grandes descobertas. Alguns estilos híbridos de cerveja são produzidos utilizando leveduras fora de sua temperatura ideal. Isso faz com que a levedura produza mais ou menos subprodutos aromáticos durante a fermentação. Um exemplo clássico é a o estilo California Common Beer, que usa um fermento que originariamente trabalhava em temperaturas entre 8°C e 12°C, mas que é colocado para fermentação entre 14°C e 16°C. Este processo faz com que a levedura, que é geralmente bem neutra, produza aromas levemente frutados. Outra forma de se planejar uma boa cerveja é tentando copiar uma cerveja que já tenhamos experimentado ou seguir algum guia que permita‐nos basear o planejamento. Existem ainda, um programa certificador de juízes avaliadores de cerveja que chama‐ se BJCP: "Beer Judge Certification Program". Este programa serve para ajudar os juízes a balizar sua avaliação das cervejas durante os concursos internacionais. Este programa confecciona um guia com as características de cada estilo de cerveja, inclusive sugerindo os ingredientes que compõe normalmente estas cervejas, além de limitar algumas características destes estilos, como cor, amargor, teor alcoólico e densidades iniciais e finais. Traduzo aqui um trecho do BJCP 2008, especificamente sobre o estilo 10A American Pale Ale. Este trecho encontra‐se, não traduzido, no anexo 2 deste curso. 10A. American Pale Ale ‐ Traduzido Aroma: Normalmente possui aroma de moderado a forte de lúpulo devido ao dry hopping ou adições tardias de lúpulos de variedades norte americanas. A presença de caráter cítrico devido a lúpulos com esta característica é comum, mas não é obrigatória. Presença moderada de aromas maltados ajuda na apresentação do lúpulo e pode, opcionalmente, apresentar características de maltes especiais (panificação, tostado e biscoito).Ésteres frutados podem variar de moderado a inexistentes.Sem diacetil. Dry hopping, se adicionado, pode conferir notas herbáceas, apesar desta característica não dever ser excessiva. Aparência: Dourado claro até âmbar escuro. Colarinho moderadamente alto de cor "branco‐ sujo" e com boa retenção. Geralmente bem límpida, apesar de versões com dry hopping poderem ter uma leve turbidez. Sabor: Sabor de moderado a alto de lúpulo, geralmente mostrando caráter cítrico tradicional de algumas variedades de lúpulos norte americanos (apesar de que outras variedades podem ser utilizadas). Sabor límpido de malte variando de baixo a elevado ajuda na apresentação do lúpulo e pode, opcionalmente, apresentar características de maltes especiais (panificação, tostado e biscoito) . A balança pende geralmente para o sabor de adições tardias de lúpulo e amargor, mas a presença substancial do caráter maltado pode se fazer presente. Sabor de BBAARROONNEESSSSEE ‐‐ CCUURRSSOO PPRRÁÁTTIICCOO BBÁÁSSIICCOO DDEE PPRROODDUUÇÇÃÃOO DDEE CCEERRVVEEJJAA� Os autores proíbem a utilização deste material para fins comerciais. Permitida utilização e distribuição gratuita em formato digital. Se alguém estiver vendendo ou ministrando cursos utilizando este material, que não sejam os autores, denuncie: zanelatto@baronesse.com.br ou valiente@baronesse.com.br CA PI TU LO II ‐ Pl an ej am en to da ce rv ej a 7 caramelo esta geralmente bastante restrito ou ausente. Ésteres frutados podem variar de moderado a inexistentes. Amargor proveniente do lúpulo pode variar de moderado a alto e fornecer um final seco médio. O sabor e o amargor geralmente persistem até o final. Sem diacetil. Dry hopping, se adicionado, pode conferir notas herbáceas, apesar desta característica não dever ser excessiva. Textura: Corpo variando de médio‐leve a médio. Carbonatação de moderada a alta. Final geral macio e sem a adstringência normalmente associada às grandes adições de lúpulo. Impressão geral: Lupulado e refrescante, mas ajudado com suficiente caráter maltado. História: Adaptação norte americana do estilo English Pale Ale, refletindo a utilização de ingredientes nativos (lúpulo, malte, levedura e água). Geralmente mais clara e com menos presença de subprodutos da fermentação, tendo também menos sabor de caramelo que sua contraparte inglesa. Comentários: Existe uma sobreposição de cores entre a American Pale Ale e a American Amber Ale. Mas a American Pale Ale será sempre mais limpa e com menos caráter de malte caramelado, além de ter corpo mais suave e geralmente final mais lupulado. Ingredientes: Malte Pale Ale, tipicamente o malte americano de duas fileiras (2‐row). Lúpulo norte americano, mas nem sempre os de característica. Levedura tipo ale originaria dos Estados Unidos. A água pode ter seus valores de sulfatos bastante variados, mas os valores de carbonatos deve ser relativamente baixa. Maltes especiais podem conferir caráter e complexidade, mas geralmente somam apenas uma pequena parte do total de grãos utilizados. Grãos que conferem sabores maltados e de riqueza da terra, doçura suave, e tostado ou de panificação são normalmente utilizados (em conjunto com adições tardias de lúpulo) para diferenciar as marcas. Estatísticas fundamentais: OG: 1.045 – 1.060 IBUs: 30 – 45 FG: 1.010 – 1.015 SRM: 5 – 14 ABV: 4.5 – 6.2% Exemplos comerciais: Sierra Nevada Pale Ale, Stone Pale Ale, Great Lakes Burning River Pale Ale, Bear Republic XP Pale Ale, Anderson Valley Poleeko Gold Pale Ale, Deschutes Mirror Pond, Full Sail Pale Ale, Three Floyds X‐Tra Pale Ale, Firestone Pale Ale, Left Hand Brewing Jackman’s Pale Ale A última boa forma de se planejar uma receita seguir alguma receita que alguém ja tenha produzido com sucesso, como as que encontramos em livros ou revistas de "clonagem" de cerveja ou seguindo a orientação de livros específicos de planejamento de receitas. A compreensão da características esperadas da cerveja, em conjunto com a percepção de cada característica incorporada pela cerveja com a adição ou variação na quantidade de cada ingrediente são as principais ferramentas para um planejamento consistente e bem sucedido de uma cerveja. BBAARROONNEESSSSEE ‐‐ CCUURRSSOO PPRRÁÁTTIICCOO BBÁÁSSIICCOO DDEE PPRROODDUUÇÇÃÃOO DDEE CCEERRVVEEJJAA� Os autores proíbem a utilização deste material para fins comerciais. Permitida utilização e distribuição gratuita em formato digital. Se alguém estiver vendendo ou ministrando cursos utilizando este material, que não sejam os autores, denuncie: zanelatto@baronesse.com.br ou valiente@baronesse.com.br CA PI TU LO III ‐ E sc ol ha do s In gr ed ie nt es 8 CCAAPPIITTUULLOO IIIIII ‐‐ EEssccoollhhaa ddooss IInnggrreeddiieenntteess Comecemos então a preparar a receita. Produziremos neste curso 25 litros de American Pale Ale. Teremos em torno de 22 litros de cerveja envasada, pois perdemos um pouco dela para a levedura, lúpulo e proteínas que ficam decantadas no fermentador . Isso deve nos dar algo em torno de 36 garrafas de 600 ml. O primeiro ingrediente a ser selecionado é a água. Já sabemos que ela é importante, mas ainda não sabemos que água utilizar. Devemos utilizar água potável direto da torneira? Água mineral? Qual água mineral? Neste curso utilizaremos água potável, mas não direto da torneira. O cloro que esta presente na água pode atrapalhar muito as reações enzimáticas que pretendemos realizar, além de poder alterar significativamente o armo sabor da cerveja. Para retirarmos o cloro utilizaremos um filtro doméstico com carvão ativado. Este carvão vai reter o cloro e outras substâncias que podem causar danos à nossa cerveja. O BJCP sugere que utilizemos água com qualquer quantidade de sulfatos, mas que devemos escolher águas com baixo teor de carbonatos. Isso quer dizer que nossa água deve ter um pH neutro ou ácido. Água mineral geralmente é muito rica em carbonatos e por isso não foi escolhida para esta cerveja. A bem da verdade, você pode utilizar água potável filtrada para fazer qualquer cerveja, mas não deve utilizar água mineral para produzir cervejas mais suaves e delicadas. Utilizaremos na brassagem uma proporção de 2,3 litros de água para cada quilograma de malte utilizado, num total de 14,80 litros. E utilizaremos mais 28,3 litros para a filtragem. Devemos ter na nossa tina de fervura um volume total de mosto de 34 litros. Se não atingir este volume, complete com água potável filtrada. Utilizaremos alguns adjuntos para nos ajudar com esta cerveja. Utilizaremos 0,5 grama de cloreto de cálcio e 4 gramas de sulfato de cálcio. O cálcio vai nos ajudar a acidificar a mistura de grãos e água, facilitando a reação enzimática que quebra o amido em açúcares menores, vai servir também como um íon importante para a atividade da levedura. O sulfato vai ajudar a realçar o sabor e amargor do lúpulo. Utilizaremos o malte PALE MALT da maltearia Weyermann como malte base de nossa cerveja. Mesmo sendo um malte alemão, ele é muito parecido com o malte americano e não deve nos trazer maiores problemas. Utilizaremos 5,50 Kg deste malte como base para nossa cerveja. Esta quantidade vai representar mais de 82% da receita. Utilizaremos com maltes especiais os seguintes: Carared, Carahell, Biscuit e Carafa Special II. Todos estes maltes especiais são europeus. Isso poderia nos trazer algum problema, pois preferimos sempre utilizar ingredientes do pais de origem da receita, Estados Unidos no nosso caso. Mas não existem fornecedores destes maltes no Brasil e os maltes listados são relativamente semelhantes ao encontrados nos Estados Unidos. Segue uma tabela com a descrição destes maltes. Leia e compare com a tradução do estilo American Pale Ale do BJCP 2008. BBAARROONNEESSSSEE ‐‐ CCUURRSSOO PPRRÁÁTTIICCOO BBÁÁSSIICCOO DDEE PPRROODDUUÇÇÃÃOO DDEE CCEERRVVEEJJAA� Os autores proíbem a utilização deste material para fins comerciais. Permitida utilização e distribuição gratuita em formato digital. Se alguém estiver vendendo ou ministrando cursos utilizando este material, que não sejam os autores, denuncie: zanelatto@baronesse.com.br ou valiente@baronesse.com.br CA PI TU LO III ‐ E sc ol ha do s In gr ed ie nt es 9 Malte Cor (EBC) Utilização Quant Resultado Malte Pale Ale 5,5 ‐ 7,5 • Apropriado para todas as cervejas • Ale • Stout • Porter 100 % • Produz cerveja tipo Lager e Ales excepcionais. CARAHELL® 20 ‐ 30 • Cervejas claras • Cervejas festivas • Cervejas nutritivas 10 a 15 % • Incremento do corpo da cerveja. • Intensificação do aroma de malte. • Influência positiva na espuma da cerveja. CARAHELL® 20 ‐ 30 • Cervejas de trigo • Schankbiere • Cervejas leves • Cervejas com reduzido teor de álcool • Cervejas sem álcool Até 30 % • Paladar mais cheio e arredondado. • Cerveja de cor mais saturada. • Correção de cores muito claras de cerveja do tipo Pilsen ou Lager. • Otimização do paladar das cervejas de trigo com leveduras. CARARED® 40 ‐ 50 • Cervejas castanhas • Cervejas tipo Bock • Cervejas tipo âmbar • Cervejas tipo Altbier • Cervejas de trigo • Red Ales • Ales escocesas Até 25 % • Incremento do corpo da cerveja. • Intensificação do aroma de malte. • Cores de cerveja mais escuras. • Cor de cerveja avermelhada. CARAFA® ESPECIAL II a partir de cevada sem casca 1100‐ 1200 • Cervejas escuras, p.ex., Munique ou Kulmbach • Cervejas fortes • Altbier • Cervejas tipo Bock • Cervejas pretas 1 a 5 % • Intensificação do aroma típico de cervejas escuras, assim como da cor da cerveja. • Fabricado a partir de cevada sem casca, acentua o aroma típico das cervejas escuras, assim como a cor da cerveja, menos amargor do torrado do que CARAFA®, através de um processamento especialmente desenvolvido de eliminação do amargor. Biscuit Belga 45,3 • English ales • brown ales • porters 15% O malte Biscuit produz um final tostado bem pronunciado. Confere a cerveja aroma e sabor de pão quentinho e também biscoito. Este malte ainda uma coloração marrom media e quente. Este malte é utilizado para acentuar sabores de torreficação característico de algumas ales e algumas lagers, emprestando propriedades de maltes pretos ou chocolate, mas de forma sutil. BBAARROONNEESSSSEE ‐‐ CCUURRSSOO PPRRÁÁTTIICCOO BBÁÁSSIICCOO DDEE PPRROODDUUÇÇÃÃOO DDEE CCEERRVVEEJJAA� Os autores proíbem a utilização deste material para fins comerciais. Permitida utilização e distribuição gratuita em formato digital. Se alguém estiver vendendo ou ministrando cursos utilizando este material, que não sejam os autores, denuncie: zanelatto@baronesse.com.br ou valiente@baronesse.com.br CA PI TU LO III ‐ E sc ol ha do s In gr ed ie nt es 1 0 Quanto ao lúpulo, escolhemos três variedades norte americanas: Nugget, Amarillo Gold e Mount Hood. O Nugget é um lúpulo de amargo e deve ser fervido por 60 minutos. 25 g deste lúpulo, fervidos por 60 minutos vão nos dar 31,1 IBU ao amargor total da cerveja. O Amarillo Gold é um lúpulo aromático e terá duas adições no mosto: uma com 15 minutos antes do final da fervura e uma no momento que desligarmos a fervura. Esta primeira adição de 8 g do lúpulo Amarillo Gold, fervida por 15 minutos, vai nos adicionar 1,7 IBU ao amargor total da cerveja. A segunda adição de 8 g do lúpulo Amarillo gold não adicionará amargor, pois os ácido alfa (responsáveis pelo amargor) são insolúveis em água e precisam passar por uma reestruturação molecular para tal. Esta reestruturação chama‐se isomerização e acontece durante a fervura apenas. Esta segunda adição do Amarillo Gold, então, só fornecerá aroma a cerveja. Assim como o Mt. Hood que será adicionado à cerveja durante a maturação desta. Destes lúpulos, o Amarillo Gold é uma das variedades de lúpulo norte americano que tem uma característica cítrica marcante. Lúpulo de Amargor Nugget Lúpulo aromático Amarillo Gold A levedura escolhida foi a SafAle US‐05 do laboratório Fermentis. Segue uma descrição do próprio laboratório: "A mais famosa levedura encontrada nos Estados Unidos, agora disponível como fermento seco pronto para ser usado. Produz cervejas bem balançadas, com níveis baixos de diacetil e paladar final limpo e fresco. Sedimentação: média. Gravidade específica final: média." Esta levedura vai bem de encontro com a descrição que encontramos no BJCP 2008. Portanto utilizaremos um envelope de 11,5 g para fermentar nossa cerveja. Mas temos que nos atentar à seguinte característica: Sedimentação média. Isso quer dizer que a levedura não vai sedimentar facilmente. E uma das características do estilo é exatamente a limpidez. Para isso vamos deixar a cerveja maturar em um segundo fermentador e em temperatura mais baixa, 7°C, por pelo menos 7 dias e após termos certeza de que as garrafas estão carbonatadas, vamos executar o mesmo procedimento, deixando as garrafas na geladeira por mais uns 15 dias para garantir uma boa sedimentação da levedura. BBAARROONNEESSSSEE ‐‐ CCUURRSSOO PPRRÁÁTTIICCOO BBÁÁSSIICCOO DDEE PPRROODDUUÇÇÃÃOO DDEE CCEERRVVEEJJAA� Os autores proíbem a utilização deste material para fins comerciais. Permitida utilização e distribuição gratuita em formato digital. Se alguém estiver vendendo ou ministrando cursos utilizando este material, que não sejam os autores, denuncie: zanelatto@baronesse.com.br ou valiente@baronesse.com.br CA PI TU LO IV ‐ B ra ss ag em 1 1 CCAAPPIITTUULLOO IIVV ‐‐ BBrraassssaaggeemm Iniciemos então a preparação da nossa cerveja. A primeira etapa é a brassagem. Esta etapa consiste em permitir que as enzima, ativadas estas pelo processo de malteação, diluídas em água, entrem em contato com as proteínas e com os carboidratos, neste caso o amido, e quebrem estas estruturas, dando origem a aminoácidos e açúcares, respectivamente. Utilizaremos uma média de 2,3 litros de água para cada quilograma de malte, ou seja 14,8 litros, para a brassagem e utilizaremos mais 28,3 litros para filtragem. Isso nos leva a separar aproximadamente 43 litros de água, potável e filtrada. Neste volume total dissolveremos os sais que nos ajudaram tanto na acidificação do mosto quanto no realce do amargor do lúpulo. Adicionamos então 0,5 gramas de cloreto de cálcio e 4 gramas de sulfato de cálcio. Misture bem. Separamos agora 14,8 litros de água e começamos a aquecê‐lo até perto de 70°C. Nesta temperatura, adicionando os grão que moeremos em alguns instantes, a temperatura se estabilizará perto de 63°C ‐ 64°C, o que esta bem próximo da temperatura que desejamos. Mas antes temos que moer os grãos. Existem algumas técnicas e princípios que devemos seguir para que tenhamos uma boa moagem. Um boa moagem quer dizer, basicamente, que os grãos estão suficientemente bem moídos para que as enzimas consigam alcançar uma boa parte do amido e que a moagem não foi tão fina a ponto da filtragem, que utiliza a casca da cevada como filtro natural, seja prejudicada. Entenda prejudicada da seguinte forma: moagem muito fina significa que as cascas foram muito danificadas. Isso acaba ajudando a formar um filtro muito fino, que pode até parecer interessante. Mas um filtro muito fino permite uma vazão muito pequena de mosto e isso, somado a perda normal de temperatura, acaba por diminuir a eficiência da filtragem, já que boa parte do mosto já estará em uma temperatura menor que a ideal para a máxima extração dos açucares. Em moinhos de rolos, uma regulagem entre 0,9 e 1,1 milímetros é geralmente a ideal. Para moinhos de disco (geralmente utilizados para moer café), só a experiência pode ajudar a acertar a distância entre os discos. A ilustração a seguir mostra a diferença entre um grão mal moído, um adequadamente moído e um muito moído. BBAARROONNEESSSSEE ‐‐ CCUURRSSOO PPRRÁÁTTIICCOO BBÁÁSSIICCOO DDEE PPRROODDUUÇÇÃÃOO DDEE CCEERRVVEEJJAA� Os autores proíbem a utilização deste material para fins comerciais. Permitida utilização e distribuição gratuita em formato digital. Se alguém estiver vendendo ou ministrando cursos utilizando este material, que não sejam os autores, denuncie: zanelatto@baronesse.com.br ou valiente@baronesse.com.br CA PI TU LO IV ‐ B ra ss ag em 1 2 Quando for moer os grão lembre de moer primeiro os grãos mais escuros primeiro e lembre‐se de moer grãos muito duros, separados dos demais. No nosso caso, moeremos primeiro o carafa special II, depois moeremos o carared, depois o carahell e depois o malte pale, e sempre moendo‐os separadamente, pois não temos nenhum malte que tenha cor e dureza parecida, que pudesse ser moído junto com outro. Terminando a moagem, nossos 14 litros de água já devem estar perto da temperatura desejada. Simplesmente vá adicionando o malte moído à água, lembrando de mexer constantemente para evitar que o malte moído forme "pelotas" que impediriam o acesso da água e conseqüentemente o acesso das enzima. Terminando de homogeneizar a mistura, verifique a temperatura e, sendo necessário e sempre mexendo para não queimar o grão que esta no fundo da panela, acenda a chama e suba a temperatura da mistura para 65 °C. Neste ponto podemos medir o pH da mistura e caso tenhamos acesso, podemos acidificar mais o mosto, caso necessário, com a adição de algumas gotas de ácido lático de grau alimentício. O pH ideal para a ação das enzimas esta entre 5,2 e 5,3. A temperatura de 65°C é a ideal para termos a ação das duas principais enzimas do processo, a alfa‐amilase e a beta‐amilase. Atingindo esta temperatura, apague a chama, tampa a panela e verifique a cada 5 minutos, novamente mexendo a mistura para homogeneização, a temperatura.Tenha certeza de manter os 65°C. Acenda a chama e mexa por mais uns poucos minutos para recuperar qualquer calor perdido. Passados os 30 minutos de brassagem devemos proceder com a inativação ou desnaturação das enzimas envolvidas, para garantir que as enzimas não reduzirão ainda mais o corpo (podemos dizer que o corpo da cerveja esta ligado a sua viscosidade) final da cerveja. Mas antes devemos fazer um teste de iodo para saber se tivemos uma boa conversão do amido. O Iodo reagem com o amido, produzindo uma cor negra intensa. Caso você verifique esta cor, permita que o mosto fique mais 15 minutos à 65°C. Repita este processo por no máximo 2 vezes, tendo um tempo total no pior caso de 75 minutos. Após 75 minutos o amido provavelmente não terá mais nenhuma conversão. Tendo como resultado de um teste de iodo uma cor âmbar, proceda com a inativação enzimática. Para isso subiremos a temperatura da mistura para 76°C. Neste ponto, é recomendado que a chama que aquecerá a água da filtragem seja acesa. Isso nos poupará alguns tempo na próxima etapa. Voltando à brassagem, a elevação da temperatura da mistura tem que ser gradual, permitindo um aumento de apenas 1°C por minuto. Lembre‐se de continuar a mexer a mistura sempre que a chama estiver acesa. Atingindo os 76°C, deixe a mistura em repouso por 10 minutos para a completa desnaturação das enzimas. BBAARROONNEESSSSEE ‐‐ CCUURRSSOO PPRRÁÁTTIICCOO BBÁÁSSIICCOO DDEE PPRROODDUUÇÇÃÃOO DDEE CCEERRVVEEJJAA� Os autores proíbem a utilização deste material para fins comerciais. Permitida utilização e distribuição gratuita em formato digital. Se alguém estiver vendendo ou ministrando cursos utilizando este material, que não sejam os autores, denuncie: zanelatto@baronesse.com.br ou valiente@baronesse.com.br CA PI TU LO IV ‐ B ra ss ag em 1 3 Procederemos agora com a filtração, que nada mais é do que separar o mosto, rico em açucares, do bagaço do malte. Para isso transferiremos a mistura para a tina de filtração, que conta com um pré filtro em seu fundo, que permitirá a coleta do mosto. É recomendado, que esta tina seja pré aquecida com um pouco da água que será utilizada para a filtração. Esta água pode retornar para seu recipiente de origem para recuperar o calor perdido. Terminando de transferir a mistura, deixe‐a repousar por uns 5 minutos para que a mistura sedimente. Após estes 5 minutos, comece uma recirculação do mosto. Esta recirculação permitirá que qualquer poeira, pedaço de grão ou casca retorne para o topo da camada. Ao final da recirculação estaremos separando um mosto bem límpido. Assim que o mosto atingir um bom grau de limpidez, comece a extraí‐lo e armazená‐lo na tina de fervura. Lembre‐se de continuar completando a água perdida com a água pré aquecida para a filtragem. Manter uma coluna de 5 centímetros de água acima da camada de grãos é uma boa prática e é comumente chamada de fly sparge. Quando a panela de fervura já contiver uns 10 ou 12 litros de mosto, você já pode acender a chama desta panela, para começarmos a fervura. Lembre‐se de ir adicionando todo mosto recém extraído à esta tina de fervura. Lembre‐se também de manter o mosto em movimento, mexendo ocasionalmente, para evitar a caramelização indesejada de parte do mosto. Esta caramelização pode adicionar sabor e aromas de caramelo, que no caso de nossa cerveja tem de ser sutil e já foi prevista com a adição dos maltes especiais. ao terminar de extrair todo o mosto da tina de filtração, meça a densidade do mosto. Devemos estar com algo em torno de 1,040. Este estiver mais alto e o volume de mosto estiver certo, tivemos uma eficiência maior que 60%, se estiver menor significa que nossa eficiência foi inferior. Isso nos permitirá planejar correções. Quando o mosto começar a ferver, você poderá deixar de mexer‐lo, pois as correntes convectivas farão isto para você. Neste ponto cronometre 30 minutos. Terminados os 30 minutos, adicione as 25 gramas do lúpulo Nugget. Cronometre mais 45 minutos. Ao final destes 45 minutos, adicione 8 gramas do lúpulo Amarillo Gold, 2,5 gramas de nutriente para levedura e 1 grama de coagulador de proteína (whirlflock). Neste ponto você deve mergulhar seu resfriador de mosto por imersão na tina de fervura. Assim que o mosto voltar a ferver, cronometre mais 15 minutos. Encerrado este tempo, adicione as últimas 8 gramas de lúpulo Amarillo Gold e comece a circular a água fria por dentro do resfriador de imersão. Enquanto Esperamos a temperatura do fermentador diminuir para perto de 25°C, podemos suavemente, para evitar a absorção de oxigênio pelo mosto ainda aquecido fato que pode resultar em sabores indesejados posteriormente, mexer o mosto com o próprio trocador de calor (CUIDADO PAR NÃO SE QUIMAR ‐ SEGURE O TROCADOR PARA PARTE POR ONDE A ÁGUA ENTRA) para ajudar na redução de temperatura. BBAARROONNEESSSSEE ‐‐ CCUURRSSOO PPRRÁÁTTIICCOO BBÁÁSSIICCOO DDEE PPRROODDUUÇÇÃÃOO DDEE CCEERRVVEEJJAA� Os autores proíbem a utilização deste material para fins comerciais. Permitida utilização e distribuição gratuita em formato digital. Se alguém estiver vendendo ou ministrando cursos utilizando este material, que não sejam os autores, denuncie: zanelatto@baronesse.com.br ou valiente@baronesse.com.br CA PI TU LO IV ‐ B ra ss ag em 1 4 Enquanto aguardamos, podemos também sanitizar o fermentador. Podemos utilizar a água quente que sai do trocador de calor para uma pré sanitização e devemos em seguida deixar o fermentador em contato com algum sanitizador na diluição e pelo tempo recomendados pelo sua fabricante. Nós utilizaremos 25 ml de Iodofor para 20 litros de água filtrada por pelo menos 2 minutos ou 30 ml de starsan para 20 litros de água por pelo menos 2 minutos. Após isso deixaremos o fermentador tampado, aguardando que o mosto esteja com sua temperatura reduzida para pelo menos 25°C. Transferiremos o mosto então para o fermentador. Tentaremos providenciar alguma oxigenação para o mosto. Quando o oxigênio é absorvido pelo mosto a uma temperatura de 40°C ou inferior, ele é pouco nocivo, e sabendo que todo o oxigênio vai ser absorvido pela levedura nos próximos 120 minutos, podemos ficar tranqüilos. Temos que oxigenar o mosto para que tenhamos uma quantidade de pelo menos 8 ppm de oxigênio dissolvidos no mosto. Isso é muito difícil, tanto para atingir, quanto para ,medir. Como a levedura que utilizaremos já vem do laboratório com uma excelente reserva de energia, podemos simplesmente permitir que o mosto caia de uma altura de 1 metro, para dentro fermentador, para que tenhamos uma oxigenação razoável. Quando o fermentador estiver com aproximadamente metade do mosto você já poderá inocular a levedura. Lembre de tirar da geladeira assim que você encerrar a fervura, para permitir que ela ganhe temperatura de forma gradual. Abra o envelope utilizando uma faca ou tesoura previamente sanitizada e despeje todo conteúdo do envelope dentro do fermentador. Utilize o resto do mosto ou uma colher grande (a mesma que você utilizou para misturar os grãos com a água, mas lembre‐se de lavá‐la bem) e sanitizada para homogeneizar bem o mosto com a levedura. Neste ponto, lembre‐se de ter o máximo cuidado com a higiene e sanitização. Não respire sobre o fermentador. Não coloque a mão dentro do fermentador. Lembre‐se que tudo que for entrar em contato com o mosto, como termômetros e outros equipamentos, devem estar limpos e sanitizados. Separe a qualquer momento, direto da tina de fervura, 200 ml de mosto que serão utilizados para medir a densidade inicial da cerveja. Lembre‐se de manter um registro completo de sua produção para poder corrigir problemas ou para manter uma boa repetibilidade. No anexo 3, você encontrará uma planilha de produção, que o ajudará a se lembrar de todos os passos e lhe permitirá manter um registro completo da brassagem. Agora simplesmente feche seu fermentador, fixe o seu sifão (airlock) no todo fermentador e proceda com a fermentação. BBAARROONNEESSSSEE ‐‐ CCUURRSSOO PPRRÁÁTTIICCOO BBÁÁSSIICCOO DDEE PPRROODDUUÇÇÃÃOO DDEE CCEERRVVEEJJAA� Os autores proíbem a utilização deste material para fins comerciais. Permitida utilização e distribuição gratuita em formato digital. Se alguém estiver vendendo ou ministrando cursos utilizando este material, que não sejam os autores, denuncie: zanelatto@baronesse.com.br ou valiente@baronesse.com.br CA PI TU LO V ‐ Fe rm en ta çã o 1 5 CCAAPPIITTUULLOO VV ‐‐ FFeerrmmeennttaaççããoo Para nossa American Pale Ale vamos tentar mantê‐la fermentando sempre entre 17°C e 19°C. Isso deve garantir que os ésteres frutados sejam formados em quantidade muito pequena. Nossa fermentação deve estar concluída em aproximadamente 5 dias, mas nós não somos apressados e daremos mais 5 dias para que a levedura consuma todos os açucares, mesmo os de mais difícil absorção. A fermentação de todo este período de 10 dias deve ter a temperatura registrada e controlada e se possível permitiremos que a temperatura de fermentação suba para 20‐21°C nos últimos dois dias, para facilitar a reabsorção de alguns subprodutos da fermentação pela levedura, como o diacetil. Utilizar uma geladeira com um termostato digital acoplado pode ser uma boa opção para os meses mais quentes e utilizar um lençol térmico acoplado a um termostato digital pode ser uma boa opção para meses mais frios. A fermentação por si só já libera uma boa quantidade de calor e o fato de simplesmente enrolarmos um coberta no fermentador nos meses mais frios pode ser o suficiente para manter a temperatura estável. Para termos certeza que a fermentação esta ocorrendo sem problemas ou já ocorreu sem problemas, podemos fazer verificações regulares da densidade em que a cerveja se encontra. Quando ela não diminui em três dias consecutivos podemos ter certeza que a fermentação acabou. Esta diferença entre a densidade inicial do mosto em relação com a densidade final da cerveja é chamada atenuação aparente. Aparente porque não levamos em conta que o álcool presente ali é menos denso que a água e isso gera um erro. Mas como a troca deste álcool por água é um processo complicado mesmo para cervejaria de maior porte, continuaremos nos atendo a este valores aparentes. Nossa cerveja deve ter uma atenuação aparente na casa dos 70%. Ou seja 70% dos açúcares disponíveis no mosto original serão consumidos pela levedura ou terão sua densidade compensada pelo álcool. Utilizando softwares de controle podemos estimar que nossa atenuação real ficará na casa dos 57‐60%. Se a densidade final esta próxima da esperada podemos passar para a maturação. A maturação é um processo pelo qual passa a cerveja, mesmo durante a fermentação. Neste período permitimos que reações químicas complexa ocorram. Por serem complexas, damos a ela um tempo adicional e somamos a este processo a diminuição da temperatura para facilitar a sedimentação da levedura. Esta sedimentação é resultado de uma característica da levedura de se "grudar" a outra levedura quando alguns requisitos são atingidos. Mesmo os microbiologistas tem dúvidas de como realmente se da este fenômeno, mas ele é chamado de floculação. Para facilitar a sedimentação da levedura, durante a troca de fermentadores para a fermentação, tentamos movimentar o mínimo possível o fermentador primário e tentamos transferir a cerveja para o fermentador secundário, ou maturador, com um vazão pequena e sem arrastar a levedura que já está sedimentada no fermentador primário. No nosso caso, é neste momento, assim que toda cerveja foi transferida, que adicionamos as 10 g de lúpulo Mt. Hood para o dry hopping. Este maturador deve ficar armazenado na geladeira a uma temperatura entre 4°C e 7°C. Esta faixa de temperatura auxilia a floculação da levedura. BBAARROONNEESSSSEE ‐‐ CCUURRSSOO PPRRÁÁTTIICCOO BBÁÁSSIICCOO DDEE PPRROODDUUÇÇÃÃOO DDEE CCEERRVVEEJJAA� Os autores proíbem a utilização deste material para fins comerciais. Permitida utilização e distribuição gratuita em formato digital. Se alguém estiver vendendo ou ministrando cursos utilizando este material, que não sejam os autores, denuncie: zanelatto@baronesse.com.br ou valiente@baronesse.com.br CA PI TU LO VI ‐ E nv as e 1 6 CCAAPPIITTUULLOO VVII ‐‐ EEnnvvaassee Terminada a maturação da cerveja, podemos partir para o envase desta. E para isso precisaremos de garrafas limpas e sanitizadas, além de um pouco mais de açúcar para que a levedura produza mais um pouco de gás carbônico, este que ficará preso dentro da garrafas, obrigado a se dissolver no meio. Precisaremos de aproximadamente 35 garrafas de 600 ml para envasar os 22 litros de cerveja. Mas espere ai: não eram 25 litros? Eram, mas geralmente perdemos 10% do volume de cerveja para a biomassa da levedura. Perdemos ainda em torno de 200 ml de cerveja cada vez que temos que fazer uma medição de densidade. Por isso geralmente acabamos envasando um pouco mais ou um menos de 22 litros originários de bateladas de 25 litros. Mas voltando às garrafas, esta devem estar livre de incrustações e sujidades. Uma inspeção visual das garrafas pode ajudar. Garrafas com tais incrustações e sujidades devem ser descartadas ou separadas para uma limpeza pesada. Esta limpeza pode ser feita de várias formas, desde utilizar uma solução de soda cáustica a 4% em uma temperatura de 80°C, passando por banhos prolongados em solução com água sanitária ou longos banhos em água fervendo. Geralmente acabamos utilizando a força bruta, uma escova de garrafas, detergente neutro e paciência. Considerando que as garrafas estão limpas, devemos proceder com a sanitização. Veja que limpeza é uma coisa (eliminação de sujeira e incrustações) e sanitização é outra (diminuição significativa das populações de microorganismos que possam contaminar a cerveja). Existem diversos produtos e processos que podem ser utilizados para este fim. Listarei alguns: Ferver a garrafa por 15 minutos e deixá‐la esfriar de cabeça para baixo. Assar a garrafa em um forno à 180°C por 10 minutos e deixá‐la esfriar dentro do forno ou fora deste de cabeça para baixo. Deixar a garrafa de molho em solução de 4% ou 5% de ácido peracético por 10 minutos. Deixar a garrafa de molho em solução de 1% de iodo ativo por 1 minuto. Deixar a garrafa de molho em solução de 30ml de starsan para 20 litros de água por 1 minuto. Você deverá escolher qual meio lhe trará mais vantagens. Nós utilizaremos starsan ou iodo na forma de Iodofor, que são mais fáceis e rápidos de trabalhar, mesmo não sendo mais as opções mais baratas. Assim que suas garrafas estiverem limpas e sanitizadas você pode adicionar o primming a cada uma delas com a ajuda de uma seringa descartável devidamente sanitizada. Primming nada mais é do que uma dose extra de açucares simples para que a levedura produza um pouco mais de gás carbônico, este que por sua vez formará o colarinho de sua cerveja. BBAARROONNEESSSSEE ‐‐ CCUURRSSOO PPRRÁÁTTIICCOO BBÁÁSSIICCOO DDEE PPRROODDUUÇÇÃÃOO DDEE CCEERRVVEEJJAA� Os autores proíbem a utilização deste material para fins comerciais. Permitida utilização e distribuição gratuita em formato digital. Se alguém estiver vendendo ou ministrando cursos utilizando este material, que não sejam os autores, denuncie: zanelatto@baronesse.com.br ou valiente@baronesse.com.br CA PI TU LO VI ‐ E nv as e 1 7 Para nossa receita utilizaremos 200 g de açúcar cristal. Diluiremos este açúcar em água declorada e ferveremos por 10 minutos para garantir que não existam micróbios vivos neste primming. Como teremos 35 garrafas, temos que tentar ter um volume final de 350 ml de primming para que seja fácil dividi‐lo uniformemente entre as garrafas. Estes 200 g de açúcar devem nos adicionar aproximadamente 2,8 volumes de gás carbônico à cerveja. Este é o limite superior deste estilo cerveja para este quesito. Após a adição do primming de garrafa em garrafa, devemos proceder com o enchimento destas. Existem muitas formas para encher uma garrafa, mas a mais simples para nós é a utilização de um cano de acrílico, conectado à torneira do fermentador, com um registro regulado por mola na ponta inferior. Veja uma imagem deste no anexo 1. Tente não agitar a garrafa para evitar a oxidação da cerveja causada pelo oxigênio presente no ar. Coloque um tampinha metálica sobre a garrafa e aguarde. A cerveja foi recém retirada da geladeira e por isso deve estar com uma temperatura de aproximadamente 7°C. Permitindo que a temperatura da garrafa suba, permitimos que uma parte do gás carbônico que estava diluído na cerveja se desprenda e como é mais denso que o ar, empurre este para fora da garrafa. Sugerimos só fechar a tampinha que esta sobre a garrafa quando já tiver se passado pelo menos uma hora desde a hora do enchimento da garrafa. Após fechar a tampinha na garrafa, permita que esta repouse por uns 15 dias a uma temperatura entre 15°C e 20°C. Isso dará tempo suficiente à levedura para que esta consuma todo o açúcar adicionado e produza o gás carbônico desejado. Deixe então as garrafas na geladeira por mais 15 dias para que a cerveja atinja sua melhor condição. Levar a garrafa à geladeira antes que a levedura tenha consumido adequadamente o primming pode resultar em dois problemas: baixa carbonatação (colarinho ralo ou inexistente) e sabor adocicado incompatível com o estilo da cerveja. Portanto, abra uma garrafa e tenha certeza que esta está bem carbonatada antes acondicioná‐las na geladeira. Uma ressalva, quando estiver aguardando a carbonatação das garrafas, prefira armazená‐las em caixas de papelão fechadas e sempre utilize óculos de proteção quando estiver manuseando‐as. Algumas garrafas são menos resistentes que outras e podem ter alguns defeitos não facilmente visíveis. Estas garrafas pode estourar devido a pressão interna e os vidros podem acabar lhe machucando. Quando esta gelada a pressão interna diminui e as chances de acidentes são menores. TENHA SEMPRE CUIDADO. BBAARROONNEESSSSEE ‐‐ CCUURRSSOO PPRRÁÁTTIICCOO BBÁÁSSIICCOO DDEE PPRROODDUUÇÇÃÃOO DDEE CCEERRVVEEJJAA� Os autores proíbem a utilização deste material para fins comerciais. Permitida utilização e distribuição gratuita em formato digital. Se alguém estiver vendendo ou ministrando cursos utilizando este material, que não sejam os autores, denuncie: zanelatto@baronesse.com.br ou valiente@baronesse.com.br AN EX O 1 ‐ LI ST A D E E Q U IP AM EN TO S 1 8 AANNEEXXOO 11 ‐‐ LLIISSTTAA DDEE EEQQUUIIPPAAMMEENNTTOOSS Para produzir 25 litros de cerveja American Pale Ale, você vai precisar dos seguintes equipamentos. 1 Balde graduado de 20 litros para medir a água utilizada no processo. 1 Filtro de carvão ativado ou um suprimento de água mineral. 1 Moedor de cereais, de disco ou de cilindro. 3 Panelas de inox ou alumínio de 40 litros. BBAARROONNEESSSSEE ‐‐ CCUURRSSOO PPRRÁÁTTIICCOO BBÁÁSSIICCOO DDEE PPRROODDUUÇÇÃÃOO DDEE CCEERRVVEEJJAA� Os autores proíbem a utilização deste material para fins comerciais. Permitida utilização e distribuição gratuita em formato digital. Se alguém estiver vendendo ou ministrando cursos utilizando este material, que não sejam os autores, denuncie: zanelatto@baronesse.com.br ou valiente@baronesse.com.br 1 9 3 Válvulas tipo esféricas para extração de água/mosto das tinas. 1 Fundo falso. 1 Resfriado de imersão, contra‐fluxo ou de placas. 1 Proveta de plástico graduada de 250 ml. BBAARROONNEESSSSEE ‐‐ CCUURRSSOO PPRRÁÁTTIICCOO BBÁÁSSIICCOO DDEE PPRROODDUUÇÇÃÃOO DDEE CCEERRVVEEJJAA� Os autores proíbem a utilização deste material para fins comerciais. Permitida utilização e distribuição gratuita em formato digital. Se alguém estiver vendendo ou ministrando cursos utilizando este material, que não sejam os autores, denuncie: zanelatto@baronesse.com.br ou valiente@baronesse.com.br 2 0 1 Densímetro de massa específica graduado de 1,000 à pelo menos 1,100. Pelo menos 1 termômetro analógico ou digital tipo espeto, com faixa de operação entre ‐10°C e +150°C. 3 Baldes de plásticos atóxico de 30 litros. Destes um para fermentação, um para maturação e um para o envase. 3 Torneiras tipo italiana, de plástico. Destas uma para fermentação, uma para maturação e uma para o envase. BBAARROONNEESSSSEE ‐‐ CCUURRSSOO PPRRÁÁTTIICCOO BBÁÁSSIICCOO DDEE PPRROODDUUÇÇÃÃOO DDEE CCEERRVVEEJJAA� Os autores proíbem a utilização deste material para fins comerciais. Permitida utilização e distribuição gratuita em formato digital. Se alguém estiver vendendo ou ministrando cursos utilizando este material, que não sejam os autores, denuncie: zanelatto@baronesse.com.br ou valiente@baronesse.com.br 2 1 1 Sifão tipo Airlock com rolha. Mangueiras atóxicas para transferência de mosto e cerveja. 1 Regulador de vazão para envase em garrafa. 1 Arrolhador. BBAARROONNEESSSSEE ‐‐ CCUURRSSOO PPRRÁÁTTIICCOO BBÁÁSSIICCOO DDEE PPRROODDUUÇÇÃÃOO DDEE CCEERRVVEEJJAA� Os autores proíbem a utilização deste material para fins comerciais. Permitida utilização e distribuição gratuita em formato digital. Se alguém estiver vendendo ou ministrando cursos utilizando este material, que não sejam os autores, denuncie: zanelatto@baronesse.com.br ou valiente@baronesse.com.br 2 2 O‐rings atóxicos para vedar as torneiras e valvulas BBAARROONNEESSSSEE ‐‐ CCUURRSSOO PPRRÁÁTTIICCOO BBÁÁSSIICCOO DDEE PPRROODDUUÇÇÃÃOO DDEE CCEERRVVEEJJAA� Os autores proíbem a utilização deste material para fins comerciais. Permitida utilização e distribuição gratuita em formato digital. Se alguém estiver vendendo ou ministrando cursos utilizando este material, que não sejam os autores, denuncie: zanelatto@baronesse.com.br ou valiente@baronesse.com.br 2 3 Opcionais: 1 Refratômetro graduado entre 0 e 30 Brix para agilizar as medidas de densidade do mosto. 1 pHmetro de bolso. 2 Termômetro tipo capela para serem afixados à tina de água quente e à tina de brassagem. 1 Abridor de baldes. BBAARROONNEESSSSEE ‐‐ CCUURRSSOO PPRRÁÁTTIICCOO BBÁÁSSIICCOO DDEE PPRROODDUUÇÇÃÃOO DDEE CCEERRVVEEJJAA� Os autores proíbem a utilização deste material para fins comerciais. Permitida utilização e distribuição gratuita em formato digital. Se alguém estiver vendendo ou ministrando cursos utilizando este material, que não sejam os autores, denuncie: zanelatto@baronesse.com.br ou valiente@baronesse.com.br AN EX O 2 ‐ BJ CP 20 08 2 4 AANNEEXXOO 22 ‐‐ BBJJCCPP 22000088 10. AMERICAN ALE 10A. American Pale Ale Aroma: Usually moderate to strong hop aroma from dry hopping or late kettle additions of American hop varieties. A citrusy hop character is very common, but not required. Low to moderate maltiness supports the hop presentation, and may optionally show small amounts of specialty malt character (bready, toasty, biscuity). Fruity esters vary from moderate to none. No diacetyl. Dry hopping (if used) may add grassy notes, although this character should not be excessive. Appearance: Pale golden to deep amber. Moderately large white to off‐white head with good retention. Generally quite clear, although dry‐hopped versions may be slightly hazy. Flavor: Usually a moderate to high hop flavor, often showing a citrusy American hop character (although other hop varieties may be used). Low to moderately high clean malt character supports the hop presentation, and may optionally show small amounts of specialty malt character (bready, toasty, biscuity). The balance is typically towards the late hops and bitterness, but the malt presence can be substantial. Caramel flavors are usually restrained or absent. Fruity esters can be moderate to none. Moderate to high hop bitterness with a medium to dry finish. Hop flavor and bitterness often lingers into the finish. No diacetyl. Dry hopping (if used) may add grassy notes, although this character should not be excessive. Mouthfeel: Medium‐light to medium body. Carbonation moderate to high. Overall smooth finish without astringency often associated with high hopping rates. Overall Impression: Refreshing and hoppy, yet with sufficient supporting malt. History: An American adaptation of English pale ale, reflecting indigenous ingredients (hops, malt, yeast, and water). Often lighter in color, cleaner in fermentation by‐products, and having less caramel flavors than English counterparts. Comments: There is some overlap in color between American pale ale and American amber ale. The American pale ale will generally be cleaner, have a less caramelly malt profile, less body, and often more finishing hops. Ingredients: Pale ale malt, typically American two‐row. American hops, often but not always ones with a citrusy character. American ale yeast. Water can vary in sulfate content, but carbonate content should be relatively low. Specialty grains may add character and complexity, but generally make up a relatively small portion of the grist. Grains that add malt flavor and richness, light sweetness, and toasty or bready notes are often used (along with late hops) to differentiate brands. Vital Statistics: OG: 1.045 – 1.060 IBUs: 30 – 45 FG: 1.010 – 1.015 SRM: 5 – 14 ABV: 4.5 – 6.2% Commercial Examples: Sierra Nevada Pale Ale, Stone Pale Ale, Great Lakes Burning River Pale Ale, Bear Republic XP Pale Ale, Anderson Valley Poleeko Gold Pale Ale, Deschutes Mirror Pond, BBAARROONNEESSSSEE ‐‐ CCUURRSSOO PPRRÁÁTTIICCOO BBÁÁSSIICCOO DDEE PPRROODDUUÇÇÃÃOO DDEE CCEERRVVEEJJAA� Os autores proíbem a utilização deste material para fins comerciais. Permitida utilização e distribuição gratuita em formato digital. Se alguém estiver vendendo ou ministrando cursos utilizando este material, que não sejam os autores, denuncie: zanelatto@baronesse.com.br ou valiente@baronesse.com.br AN EX O 2 ‐ BJ CP 20 08 2 5 Full Sail Pale Ale, Three Floyds X‐Tra Pale Ale, Firestone Pale Ale, Left Hand Brewing Jackman’s Pale Ale 10B. American Amber Ale Aroma: Low to moderate hop aroma from dry hopping or late kettle additions of American hop varieties. A citrusy hop character is common, but not required. Moderately low to moderately high maltiness balances and sometimes masks the hop presentation, and usually shows a moderate caramel character. Esters vary from moderate to none. No diacetyl. Appearance: Amber to coppery brown in color. Moderately large off‐white head with good retention. Generally quite clear, although dry‐hopped versions may be slightly hazy. Flavor: Moderate to high hop flavor from American hop varieties, which often but not always has a citrusy quality. Malt flavors are moderate to strong, and usually show an initial malty sweetness followed by a moderate caramel flavor (and sometimes other character malts in lesser amounts). Malt and hop bitterness are usually balanced and mutually supportive. Fruity esters can be moderate to none. Caramel sweetness and hop flavor/bitterness can linger somewhat into the medium to full finish. No diacetyl. Mouthfeel: Medium to medium‐full body. Carbonation moderate to high. Overall smooth finish without astringency often associated with high hopping rates. Stronger versions may have a slight alcohol warmth. Overall Impression: Like an American pale ale with more body, more caramel richness, and a balance more towards malt than hops (although hop rates can be significant). History: Known simply as Red Ales in some regions, these beers were popularized in the hop‐ loving Northern California and the Pacific Northwest areas before spreading nationwide. Comments: Can overlap in color with American pale ales. However, American amber ales differ from American pale ales not only by being usually darker in color, but also by having more caramel flavor, more body, and usually being balanced more evenly between malt and bitterness. Should not have a strong chocolate or roast character that might suggest an American brown ale (although small amounts are OK). Ingredients: Pale ale malt, typically American two‐row. Medium to dark crystal malts. May also contain specialty grains which add additional character and uniqueness. American hops, often with citrusy flavors, are common but others may also be used. Water can vary in sulfate and carbonate content. Vital Statistics: OG: 1.045 – 1.060 IBUs: 25 – 40 FG: 1.010 – 1.015 SRM: 10 – 17 ABV: 4.5 – 6.2% Commercial Examples: North Coast Red Seal Ale, Tröegs HopBack Amber Ale, Deschutes Cinder Cone Red, Pyramid Broken Rake, St. Rogue Red Ale, Anderson Valley Boont Amber Ale, Lagunitas Censored Ale, Avery Redpoint Ale, McNeill’s Firehouse Amber Ale, Mendocino Red Tail Ale, Bell's Amber 10C. American Brown Ale Aroma: Malty, sweet and rich, which often has a chocolate, caramel, nutty and/or toasty quality. Hop aroma is typically low to moderate. Some interpretations of the style may feature a stronger hop aroma, a citrusy American hop character, and/or a fresh dry‐hopped aroma (all are optional). Fruity esters are moderate to very low. The dark malt character is BBAARROONNEESSSSEE ‐‐ CCUURRSSOO PPRRÁÁTTIICCOO BBÁÁSSIICCOO DDEE PPRROODDUUÇÇÃÃOO DDEE CCEERRVVEEJJAA� Os autores proíbem a utilização deste material para fins comerciais. Permitida utilização e distribuição gratuita em formato digital. Se alguém estiver vendendo ou ministrando cursos utilizando este material, que não sejam os autores, denuncie: zanelatto@baronesse.com.br ou valiente@baronesse.com.br AN EX O 2 ‐ BJ CP 20 08 2 6 more robust than other brown ales, yet stops short of being overly porter‐like. The malt and hops are generally balanced. Moderately low to no diacetyl. Appearance: Light to very dark brown color. Clear. Low to moderate off‐white to light tan head. Flavor: Medium to high malty flavor (often with caramel, toasty and/or chocolate flavors), with medium to medium‐high bitterness. The medium to medium‐dry finish provides an aftertaste having both malt and hops. Hop flavor can be light to moderate, and may optionally have a citrusy character. Very low to moderate fruity esters. Moderately low to no diacetyl. Mouthfeel: Medium to medium‐full body. More bitter versions may have a dry, resiny impression. Moderate to moderately high carbonation. Stronger versions may have some alcohol warmth in the finish. Overall Impression: Can be considered a bigger, maltier, hoppier interpretation of Northern English brown ale or a hoppier, less malty Brown Porter, often including the citrus‐accented hop presence that is characteristic of American hop varieties. History/Comments: A strongly flavored, hoppy brown beer, originated by American home brewers. Related to American Pale and American Amber Ales, although with more of a caramel and chocolate character, which tends to balance the hop bitterness and finish. Most commercial American Browns are not as aggressive as the original homebrewed versions, and some modern craft brewed examples. IPA‐strength brown ales should be entered in the Specialty Beer category (23). Ingredients: Well‐modified pale malt, either American or Continental, plus crystal and darker malts should complete the malt bill. American hops are typical, but UK or noble hops can also be used. Moderate carbonate water would appropriately balance the dark malt acidity. Vital Statistics: OG: 1.045 – 1.060 IBUs: 20 – 40 FG: 1.010 – 1.016 SRM: 18 – 35 ABV: 4.3 – 6.2% Commercial Examples: Bell’s Best Brown, Smuttynose Old Brown Dog Ale, Big Sky Moose Drool Brown Ale, North Coast Acme Brown, Brooklyn Brown Ale, Lost Coast Downtown Brown, Left Hand Deep Cover Brown Ale STYLE OG FG ABV% IBU SRM 1. LIGHT LAGER A. Lite American Lager 1.028‐40 0.998‐1.008 2.8‐4.2 8‐12 2‐3 B. Standard American Lager 1.040‐50 1.004‐10 4.2‐5.3 8‐15 2‐4 C. Premium American Lager 1.046‐56 1.008‐12 4.6‐6.0 15‐25 2‐6 D. Munich Helles 1.045‐51 1.008‐12 4.7‐5.4 16‐22 3‐5 E. Dortmunder Export 1.048‐56 1.010‐15 4.8‐6.0 23‐30 4‐6 2. PILSNER A. German Pilsner (Pils) 1.044‐50 1.008‐13 4.4‐5.2 25‐45 2‐5 B. Bohemian Pilsener 1.044‐56 1.013‐17 4.2‐5.4 35‐45 3.5‐6 C. Classic American Pilsner 1.044‐60 1.010‐15 4.5‐6.0 25‐40 3‐6 3. EUROPEAN AMBER LAGER A. Vienna Lager 1.046‐52 1.010‐14 4.5‐5.5 18‐30 10‐16 B. Oktoberfest/Märzen 1.050‐57 1.012‐16 4.8‐5.7 20‐28 7‐14 4. DARK LAGER A. Dark American Lager 1.044‐56 1.008‐12 4.2‐6.0 8‐20 14‐22 B. Munich Dunkel 1.048‐56 1.010‐16 4.5‐5.6 18‐28 14‐28 C. Schwarzbier 1.046‐52 1.010‐16 4.4‐5.4 22‐32 17‐30 5. BOCK A. Maibock/Helles Bock 1.064‐72 1.011‐18 6.3‐7.4 23‐35 6‐11 B. Traditional Bock 1.064‐72 1.013‐19 6.3‐7.2 20‐27 14‐22 C. Doppelbock 1.072‐112 1.016‐24 7.0‐10.0 16‐26 6‐25 D. Eisbock 1.078‐120 1.020‐35 9.0‐14.0 25‐35 18‐30 6. LIGHT HYBRID BEER A. Cream Ale 1.042‐55 1.006‐12 4.2‐5.6 15‐20 2.5‐5 B. Blonde Ale 1.038‐54 1.008‐13 3.8‐5.5 15‐28 3‐6 C. Kölsch 1.044‐50 1.007‐11 4.4‐5.2 20‐30 3.5‐5 D. American Wheat or Rye Beer 1.040‐55 1.008‐13 4.0‐5.5 15‐30 3‐6 7. AMBER HYBRID BEER A. North German Altbier 1.046‐54 1.010‐15 4.5‐5.2 25‐40 13‐19 B. California Common Beer 1.048‐54 1.011‐14 4.5‐5.5 30‐45 10‐14 C. Düsseldorf Altbier 1.046‐54 1.010‐15 4.5‐5.2 35‐50 11‐17 8. ENGLISH PALE ALE A. Standard/Ordinary Bitter 1.032‐40 1.007‐11 3.2‐3.8 25‐35 4‐14 B. Special/Best/Premium Bitter 1.040‐48 1.008‐12 3.8‐4.6 25‐40 5‐16 C. Extra Special/Strong Bitter (English Pale Ale) 1.048‐60 1.010‐16 4.6‐6.2 30‐50 6‐18 9. SCOTTISH AND IRISH ALE A. Scottish Light 60/‐ 1.030‐35 1.010‐13 2.5‐3.2 10‐20 9‐17 B. Scottish Heavy 70/‐ 1.035‐40 1.010‐15 3.2‐3.9 10‐25 9‐17 C. Scottish Export 80/‐ 1.040‐54 1.010‐16 3.9‐5.0 15‐30 9‐17 D. Irish Red Ale 1.044‐60 1.010‐14 4.0‐6.0 17‐28 9‐18 E. Strong Scotch Ale 1.070‐130 1.018‐56 6.5‐10.0 17‐35 14‐25 BBAARROONNEESSSSEE ‐‐ CCUURRSSOO PPRRÁÁTTIICCOO BBÁÁSSIICCOO DDEE PPRROODDUUÇÇÃÃOO DDEE CCEERRVVEEJJAA� Os autores proíbem a utilização deste material para fins comerciais. Permitida utilização e distribuição gratuita em formato digital. Se alguém estiver vendendo ou ministrando cursos utilizando este material, que não sejam os autores, denuncie: zanelatto@baronesse.com.br ou valiente@baronesse.com.br AN EX O 2 ‐ BJ CP 20 08 2 8 10. AMERICAN ALE A. American Pale Ale 1.045‐60 1.010‐15 4.5‐6.2 30‐45 5‐14 B. American Amber Ale 1.045‐60 1.010‐15 4.5‐6.2 25‐40 10‐17 C. American Brown Ale 1.045‐60 1.010‐16 4.3‐6.2 20‐40 18‐35 11. ENGLISH BROWN ALE A. Mild 1.030‐38 1.008‐13 2.8‐4.5 10‐25 12‐25 B. Southern English Brown Ale 1.033‐42 1.011‐14 2.8‐4.1 12‐20 19‐35 C. Northern English Brown Ale 1.040‐52 1.008‐13 4.2‐5.4 20‐30 12‐22 12. PORTER A. Brown Porter 1.040‐52 1.008‐14 4.0‐5.4 18‐35 20‐30 B. Robust Porter 1.048‐65 1.012‐16 4.8‐6.5 25‐50 22‐35 C. Baltic Porter 1.060‐90 1.016‐24 5.5‐9.5 20‐40 17‐30 13. STOUT A. Dry Stout 1.036‐50 1.007‐11 4.0‐5.0 30‐45 25‐40 B. Sweet Stout 1.044‐60 1.012‐24 4.0‐6.0 20‐40 30‐40 C. Oatmeal Stout 1.048‐65 1.010‐18 4.2‐5.9 25‐40 22‐40 D. Foreign Extra Stout 1.056‐75 1.010‐18 5.5‐8.0 30‐70 30‐40 E. American Stout 1.050‐75 1.010‐22 5.0‐7.0 35‐75 30‐40 F. Russian Imperial Stout 1.075‐115 1.018‐30 8.0‐12.0 50‐90 30‐40 14. INDIA PALE ALE (IPA) A. English IPA 1.050‐75 1.010‐18 5.0‐7.5 40‐60 8‐14 B. American IPA 1.056‐75 1.010‐18 5.5‐7.5 40‐70 6‐15 C. Imperial IPA 1.070‐90 1.010‐20 7.5‐10.0 60‐120 8‐15 15. GERMAN WHEAT AND RYE BEER A. Weizen/Weissbier 1.044‐52 1.010‐14 4.3‐5.6 8‐15 2‐8 B. Dunkelweizen 1.044‐56 1.010‐14 4.3‐5.6 10‐18 14‐23 C. Weizenbock 1.064‐90 1.015‐22 6.5‐8.0 15‐30 12‐25 D. Roggenbier (German Rye Beer) 1.046‐56 1.010‐14 4.5‐6.0 10‐20 14‐19 16. BELGIAN AND FRENCH ALE A. Witbier 1.044‐52 1.008‐12 4.5‐5.5 10‐20 2‐4 B. Belgian Pale Ale 1.048‐54 1.010‐14 4.8‐5.5 20‐30 8‐14 C. Saison 1.048‐65 1.002‐12 5.0‐7.0 20‐35 5‐14 D. Bière de Garde 1.060‐80 1.008‐16 6.0‐8.5 18‐28 6‐19 E. Belgian Specialty Ale Variable Variable Variable Variable Variable 17. SOUR ALE A. Berliner Weisse 1.028‐32 1.003‐06 2.8‐3.8 3‐8 2‐3 B. Flanders Red Ale 1.048‐57 1.002‐12 4.6‐6.5 10‐25 10‐16 C. Flanders Brown Ale/Oud Bruin 1.040‐74 1.008‐12 4.0‐8.0 20‐25 15‐22 D. Straight (Unblended) Lambic 1.040‐54 1.001‐10 5.0‐6.5 0‐10 3‐7 E. Gueuze 1.040‐60 1.000‐06 5.0‐8.0 0‐10 3‐7 F. Fruit Lambic 1.040‐60 1.000‐10 5.0‐7.0 0‐10 3‐7 BBAARROONNEESSSSEE ‐‐ CCUURRSSOO PPRRÁÁTTIICCOO BBÁÁSSIICCOO DDEE PPRROODDUUÇÇÃÃOO DDEE CCEERRVVEEJJAA� Os autores proíbem a utilização deste material para fins comerciais. Permitida utilização e distribuição gratuita em formato digital. Se alguém estiver vendendo ou ministrando cursos utilizando este material, que não sejam os autores, denuncie: zanelatto@baronesse.com.br ou valiente@baronesse.com.br AN EX O 2 ‐ BJ CP 20 08 2 9 18. BELGIAN STRONG ALE A. Belgian Blond Ale 1.062‐75 1.008‐18 6.0‐7.5 15‐30 4‐7 B. Belgian Dubbel 1.062‐75 1.008‐18 6.0‐7.6 15‐25 10‐17 C. Belgian Tripel 1.075‐85 1.008‐14 7.5‐9.5 20‐40 4.5‐7 D. Belgian Golden Strong Ale 1.070‐95 1.005‐16 7.5‐10.5 22‐35 3‐6 E. Belgian Dark Strong Ale 1.075‐110 1.010‐24 8.0‐11.0 20‐35 12‐22 19. STRONG ALE A. Old Ale 1.060‐90 1.015‐22 6.0‐9.0 30‐60 10‐22 B. English Barleywine 1.080‐120 1.018‐30 8.0‐12.0 35‐70 8‐22 C. American Barleywine 1.080‐120 1.016‐30 8.0‐12.0 50‐120 10‐19 20. FRUIT BEER Varies with base beer style 21. SPICE/HERB/VEGETABLE BEER A. Spice, Herb, or Vegetable Beer Varies with base beer style B. Christmas/Winter Specialty Spiced Beer Varies with base beer style 22. SMOKE‐FLAVORED & WOOD‐AGED BEER A. Classic Rauchbier 1.050‐57 1.012‐16 4.8‐6.0 20‐30 12‐22 B. Other Smoked Beer Varies with base beer style C. Wood‐Aged Beer Varies with base beer style 23. SPECIALTY BEER Varies with base beer style BBAARROONNEESSSSEE ‐‐ CCUURRSSOO PPRRÁÁTTIICCOO BBÁÁSSIICCOO DDEE PPRROODDUUÇÇÃÃOO DDEE CCEERRVVEEJJAA� Os autores proíbem a utilização deste material para fins comerciais. Permitida utilização e distribuição gratuita em formato digital. Se alguém estiver vendendo ou ministrando cursos utilizando este material, que não sejam os autores, denuncie: zanelatto@baronesse.com.br ou valiente@baronesse.com.br AN EX O 3 ‐ PL AN IL HA DE PR O DU ÇÃ O 3 0 AANNEEXXOO 33 ‐‐ PPLLAANNIILLHHAA DDEE PPRROODDUUÇÇÃÃOO Planilha de Brassagem: Baronesse American Pale Ale ‐ Curso American Pale Ale Estilo: Apenas Malte (All Grain) Data: ________/________/________ Volume da Batelada: 25,00 L Cervejeiro: __________________________ Volume da Fervura: 33,93 L Assistente: __________________________ Tempo de Fervura: 90 min Equipamento: __________________________ Nota (de 0 a 50): 35,0 Eficiência estimada da Batelada: 60,00 % Comentários sobre Sabor: ___________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ Preparação para Brassagem Limpar e Preparar tinas e equipamentos Prepare 43,19 L Water for Brewing Qnt Item Tipo 0,50 g Cloreto de Cálcio (Brassagem 60,0 min) Misc 4,00 g Sulfato de Cálcio (Brassagem 60,0 min) Misc 43,20 L Curitiba ‐ Parcialmente Burtonizada Água Lista dos Grãos da Batelada Ingredientes para Brassagem Qnt Item Tipo % or IBU 5,50 kg Pale Malt (Weyermann) (6,5 EBC) Grão 85,27 % 0,40 kg Carahell (Weyermann) (25,6 EBC) Grão 6,20 % 0,40 kg Carared (39,4 EBC) Grão 6,20 % 0,10 kg Biscuit Malt (45,3 EBC) Grão 1,55 % 0,05 kg Carafa Special II (Weyermann) (817,6 EBC) Grão 0,78 % Rampas de Brassagem ‐ Baronesse Corpo Medio ‐ Curso Tempo Rampa Nome Descrição Temp Rampa 30 m Sacarificação Adicione 14,83 L de água a 72,1 C 65,0 C 10 m Inativação enzimática Heat to 76,0 C over 11 m 76,0 C Filtre com 28,35 L de água a 78,0 C. Ferver Mosto Adicionar água declorada até atingir o volume de 33,93 L BBAARROONNEESSSSEE ‐‐ CCUURRSSOO PPRRÁÁTTIICCOO BBÁÁSSIICCOO DDEE PPRROODDUUÇÇÃÃOO DDEE CCEERRVVEEJJAA� Os autores proíbem a utilização deste material para fins comerciais. Permitida utilização e distribuição gratuita em formato digital. Se alguém estiver vendendo ou ministrando cursos utilizando este material, que não sejam os autores, denuncie: zanelatto@baronesse.com.br ou valiente@baronesse.com.br AN EX O 3 ‐ PL AN IL HA DE PR O DU ÇÃ O 3 1 Densidade pré‐fervura esperada 1,040 Ingredientes da fervura Fervura Qnt Item Tipo 60 m 25,00 g Nugget [13,00 %] (60 m) Lúpulo 15 m 8,00 g Amarillo Gold [8,50 %] (15 m) Lúpulo 15 m 1,00 item Whirlfloc Tablet (Fervura 15,0 m) Misc 15 m 1,00 tsp Yeast Nutrient (Fervura 15,0 m) Misc 0 m 8,00 g Amarillo Gold [8,50 %] (0 m) Lúpulo Resfriar Mosto e preparar para fermentação Resfriar mosto até a temperatura de fermentação Transferir mosto para fermentador Adicionar água declorada, prefervida e resfriada até atingir o volume de 25,00 L Ingredientes para Fermentação Qnt Item Tipo % ou IBU 1 Pct SafAle American Ale (DCL Yeast ‐ Fermentis #US‐05) Fermento Ale Densidade Final medida _______ (Densidade Alvo: 1,048 SG) Volume Final da batelada _______ (Volume Alvo: 25,00 L) Fermentação 13/11/2010 ‐ Fermentação Primaria (10 dias a 20,0 C) 23/11/2010 ‐ Fermentação Secundária (7 dias a 7,0 C) N/A ‐ Fermentação Terciária (0 dias a 20,0 C) Preparar para Envase/Embarrilhamento Ingredientes Finais Qnt Item Tipo % ou IBU 10,00 g Mt. Hood [6,00 %] (Dry Hop 7 days) Lúpulo ‐ Densidade Final Medida: _________ (Estimada: 1,014 SG) 30/11/2010
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