Buscar

Poríferos e Cnidários _ Vestibular Seriado

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Veja também
Teste Vocacional
Dicas do Vestibulando
Exercícios
 Segredos do Enem
Conteúdo
Português
Literatura
Redação
Inglês
História
Geografia
Biologia
Química
Física
Matemática
Humor
Você também vai gostar:
 Segredos do Enem
Poríferos e Cnidários
Apostila sobre Esponjas e Cnidários.
1. Esponjas (Filo Porifera)
Os poríferos ou espongiários (esponjas)
constituem-se nos animais menos evoluídos de
todos. São multicelulares, mas suas células não
formam tecidos bem definidos e muito menos se
estruturam em órgãos. A sua constituição é muito
simples. Por isso, muitos especialistas preferem
distingui-lo dos outros grupos de animais, dividindo
o reino Metazoa em dois sub-reinos: O Parazoa
(onde se situam os poríferos) e o Eumetazoa (que
engloba todos os demais filos).
Os poríferos (do latim porus, ‘poro’, ‘orifício’, e ferre, ‘que transporta’, ‘portador’) são todos de habitat
aquático, predominantemente marinhos, vivendo presos às rochas ou outros substratos do fundo do
mar ou dos rios. Têm o corpo perfurado por grande número de poros, por onde entra a água (poros
inalantes ou óstios) e um único poro grande exalante (o ósculo), pelo qual sai a água de percorrer a
cavidade central do corpo.
Os poríferos não possuem sistemas (digestivo, respiratório, nervoso e reprodutor). Eles realizam a
digestão intracelular. A respiração e a excreção se fazem por difusão direta entre a água circulante e
as sua células.
O corpo de uma esponja apresenta um revestimento esterno de células achatadas — a epiderme —,
um revestimento interno com células flageladas e providas de gola ou colarinho, chamadas
coanócitos, e uma camada intermediária na qual se encontram células móveis que se deslocam
intensamente por meio de pseudópodos — os amebócitos. No mesênquima, pode-se encontrar uma
espécie de arcabouço ou silicosas e uma rede de uma proteína específica chamada espongina.
Assim, distinguem-se esponjas rígidas (calcárias e silicosas) e esponjas macias (esponjas córneas).
Estas últimas, muito usadas no banho, não possuem espículas e a sustentação do corpo é feita
tão-somente pela rede de espongina. No mesênquima, além dos amebócitos encontram-se as
células formadoras das espículas e células geradoras dos gametas (mas não há "gônodas"
propriamente).
A água ambiental penetra na esponja pelos poros inalantes, percorre os canais do corpo e alcança
uma grande cavidade central — o átrio ou espongiocele. Os coanócitos revestem o átrio e, em
muitos casos, pequenas câmaras que ficam no trajeto dos canais. O agitar dos flagelos dessas
células provoca um fluxo de circulação da água, puxando-a de fora para dentro do corpo. Os
coanócitos, além disso, retêm as partículas alimentares trazidas pela água e as digerem em vacúolos
digestivos. O alimento, total ou parcialmente digerido, é então entregue aos amebócitos do
mesênquima, a fim de estes concluam a digestão ou simplesmente o distribuam para todas as outras
células. O oxigênio é retido por difusão direta pelas células, da mesma forma como são expelidos os
excretas. Estes últimos vão ao exterior arrastados pela água que sai pelo ósculo.
Poríferos e Cnidários | Vestibular Seriado http://www.vestibularseriado.com.br/biologia/apostilas/item/251-porif...
1 de 4 26/10/2015 14:01
Os poríferos se dividem em três tipos: Áscon (do grego, ‘saco’, ‘odre’), Sícon (do grego sykon, ‘figo’)
e Lêucon (do grego leukos, ‘branco’).
1.1. Áscon
A forma primitiva dos espongiários é a de um tubo ou vaso, fixado no substrato. Na extremidade
apical aparece uma grande abertura — o ósculo — que serve para a saída da água que
continuamente atravessa o corpo da esponja. A parede do corpo é provida de um grande número de
poros (daí o nome de porífera), através dos quais penetram água e partículas alimentares.
Nos áscon, bem como nos outros dois tipos, não existem órgão diferenciados, mas, distinguem-se
diversos tipos celulares adaptados a determinadas funções. A parede do corpo é formada por duas
camadas celulares. A camada mais externa é dermal, de origem ectodérmica, e a mais interna,
denominada gastral, tem origem endodérmica. Entre as duas camadas celulares, há um mesênquima
gelatinoso. A cavidade central do corpo é chamada átrio ou espongiocela. Nas duas camadas
celulares e no mesênquima, encontramos os seguintes tipos celulares:
· Pinacócitos: são células achatadas que, justapostas, formam a camada dermal.
· Coanócitos: são células flageladas e providas de um colarinho, uma formação membranosa que
envolve o flagelo. Revestem a cavidade atrial e constituem a camada gastral.
· Porócitos: são células, percorridas por uma perfuração cônica. São estas perfurações dos porócitos
que constituem os numerosos poros que ligam o átrio ao meio externo.
· Miócitos: são células alongadas e contrácteis, que formam esfíncter em torno dos poros e do ósculo.
· Amebócitos: células, situadas no mesênquima, que possuem movimento emebóide, realizando
várias funções.
1.2. Sícon
Observada externamente, apresenta-se como uma urna alongada, fixada pela extremidade superior,
circundado por uma coroa de espículas longas e afiliadas. A superfície do corpo possui numerosas
elevações ou papilas, das quais saem pequenas espículas. Entre as papilas aparecem os poros.
Cortada longitudinalmente, apresenta a parede do corpo espessa e com uma série de dobras,
formando curtos canais horizontais. Distinguimos dois tipos de canais: inalantes e exalantes. Os
primeiros abrem-se na superfície externa e terminam em fundo cego. Os canais exalantes, são
internos e desembocam no átrio.
A superfície externa e os canais inalantes são revestidos pela camada dermal, formada por
pinacócitos, ficando os coanócitos limitados aos canais exalantes. O mesênquima gelatinoso é bem
mais desenvolvido do que no áscon, contém amebócitos e espículas.
1.3. Lêucon
É o tipo mais evoluído, o átrio é reduzido, enquanto a parede do corpo é bastante desenvolvida e
percorrida por um complicado sistema de canais e câmaras. Os coanócitos encontram-se revestindo
câmaras esféricas, também denominada câmaras vibráteis, interpostas num sistema de canais. Os
canais partem dos poros e atingem as câmaras transportando água são denominadas inalantes ou
aferentes. Das câmaras saem os canais exalantes ou eferentes que atingem o átrio.
Os coanócitos só aparecem nas câmaras vibráteis. Os pinacócitos revestem a superfície externa, o
átrio e os diversos canais. No desenvolvimento do mesênquima encontramos amebócitos e espículas.
1.6. Reprodução
Assexuada: no brotamento formam-se pequenos brotos laterais que se desenvolvem em novos
indivíduos, originando as formas coloniais. Na gemulação formam-se agregados de células
amebóides indiferenciadas, envoltas por dura camada de espículas justapostas. As gêmulas
constituem formas de resist6encia, pois sobrevivem a condições desfavoráveis de seca e/ou frio.
Merece destaque a grande capacidade de regeneração de partes danificadas da esponja.
Sexuada: os poríferos são hermafroditas, porém não possuem gônadas. Os gametas, que se formam
a partir de amebócitos que sofrem meiose, são lançados no átrio, onde ocorre a fecundação. Cada
indivíduo apresenta maturação de óvulos e espermatozóides em épocas diferentes, o que evita a
Poríferos e Cnidários | Vestibular Seriado http://www.vestibularseriado.com.br/biologia/apostilas/item/251-porif...
2 de 4 26/10/2015 14:01
autofecundação. O desenvolvimento é indireto: após a fecundação o zigoto se desenvolve em uma
larva livre-natante — anfiblástula — que sai pelo ósculo, fixa-se em um substrato e cresce,
originando novo indivíduo.
2. Cnidários (Filo Coelenterata)
Etimologicamente, a palavra cnidário vem do grego (knidos, ‘urticante’). O mesmo ocorre com o
vocábulo celenterado (do grego koilos, ‘oco’, e enteron, ‘intestino’).
Neste filo se enquadram os animais mais inferiores dentre os que já possuem tecidos bemdefinidos
com alguma organização de sistemas. Eles possuem um esboço de sistema nervoso difuso (uma
rede de células nervosas pelo corpo) e gônodas, isto é, órgãos produtores de gametas. Também
possuem células epitélio-musculares de cuja contração resultam os movimentos rápidos do corpo.
A estrutura do corpo de um celenterado é formada por duas camadas de células: a epiderme
(camada de revestimento externo) e a gastroderme (camada de revestimento interno). Entre as duas,
situa-se a mesogléia, uma fina lâmina acelular, gelatinosa, constituída de substâncias segregadas
pelas células das duas camadas citadas. Na epiderme, distinguem-se as células epitélio-musculares,
as células intersticiais, as células sensitivas e os cnidoblastos. Estes últimos são células
especializadas para a defesa, contendo uma pequena cápsula — o nematocisto — capaz de
projetar um estilete canaliculado e injetar uma substância paralisante ou irritante na pele do animal
que lhe toque na superfície.
Na mesogléia, logo abaixo da epiderme, localizam-se ramificações das células nervosas, que não se
assemelham funcionalmente aos dendritos e axônios dos neurônios ou células nervosas
desenvolvidas dos animais mais evoluídos. Essas células nervosas fazem contato direto com os
prolongamentos das células sensitivas e com as fibras contráteis das células epitélio-musculares.
Dessa forma, surge um mecanismo sensitivo-neuromotor: as células sensitivas recebem estímulos, as
células nervosas conduzem os impulsos e as fibras contráteis reagem com a contração e os
movimentos do corpo.
A gastroderme também possui diversos tipos de célula: células sensitivas, células flageladas, células
intersticiais, células glandulares e células epitélio-digestivas. As células glandulares produzem
enzimas digestivas que são lançadas na cavidade central ou cavidade gastrovascular, contribuindo
para a digestão extracelular. Contudo, as células flageladas captam alimentos não digeridos ou
parcialmente digeridos e os transferem às células epitélio-digestivas da gastroderme, em cujos
vacúolos ocorre também a digestão intracelular.
Lembre-se de que os poríferos fazem somente digestão intracelular. Já os celenterados realizam
digestão intracelular e extracelular. Os animais mais evoluídos fazem habitualmente só a digestão
extracelular. Veja nisso uma evidência da Evolução.
Os celenterados ou cnidários podem ser vistos como pólipos ou como medusas. Estas últimas têm
aspecto de cúpula transparente, são flutuantes e se deslocam mais facilmente. Os pólipos vivem
preferentemente fixos às rochas e, salvo raras exceções, têm deslocamentos lentos. Muitas espécies
de cnidários reproduzem-se por metagênese ou alternância de gerações, passando por uma fase
sexuada de medusa e por uma fase assexuada de pólipo. Assim se reproduz a Aurelia aurita. Outros
celenterados só se reproduzem sexuadamente. E outros, ainda, nunca passam pela fase de medusa,
só existindo na forma de pólipos. Os corais e a anêmona-do-mar estão neste caso.
2.1. Classificação
O filo Coelenterata é dividido em três classes:
Poríferos e Cnidários | Vestibular Seriado http://www.vestibularseriado.com.br/biologia/apostilas/item/251-porif...
3 de 4 26/10/2015 14:01
Início Quem Somos Sobre o Site Perguntas Frequentes O que é Vestibular Seriado Fale Conosco
· Classe Hydrozoa: A forma predominante é a de pólipos, ainda que em muitas espécies ocorra
também a forma de medusas. As medusas são pequenas e dotadas de véu. Exemplo: Hydra sp.,
Chlorohydra sp., Bougainvillia sp., Obelia sp., Physalia sp.
· Classe Scyphozoa: Predominam as medusas. Medusas sem véu. As dimensões variam de poucos
centímetros a vários metros. A fase pólipo é passageira. Exemplos: Tamoya sp., Aurelia sp. (água-
viva).
· Classe Anthozoa: Exclusivamente pólipos. Reprodução habitualmente sexuada, à custa de
gametas formados em gônodas masculinas e femininas, na parede do corpo. Em alguns casos,
entretanto, pode-se observar a divisão assexuada, por brotamento, no pólipo. Exemplos: Coralllium
rubrum (coral vermelho), Pennatula sp. (coral branco), Actinia sp. (anêmona-do-mar).
2.2. Reprodução
A maioria dos celenterados apresenta reprodução sexuada e assexuada, sendo grande número de
espécies que apresenta alternância de gerações (metagênese). Nesse caso, a forma polipóide
produz assexuadamente pequenas medusas que, após um período de desenvolvimento, produzem
gametas de cuja fusão resulta o zigoto.
A fecundação é externa na maioria dos celenterados, havendo espécies em que o encontro dos
gametas ocorre dentro da cavidade gástrica. Nos casos em que o desenvolvimento é indireto (todas
as espécies marinhas) o zigoto formado dá origem a uma larva ciliada (plânula). Após algum tempo a
larva se fixa ao substrato dando origem a um novo organismo (pólipo).
Nas espécies que apresentam apenas forma de pólipo, esse se reproduz sexuadamente originando
novos pólipos. Os espermatozóides são liberados na água, nadando ao encontro do óvulo. A
fecundação e as primeiras divisões ocorrem com o zigoto ainda preso ao organismo materno. Como
seqüência do processo, o embrião se destaca e transforma-se em um pólipo jovem que na
maturidade repete o ciclo.
Poríferos e Cnidários | Vestibular Seriado http://www.vestibularseriado.com.br/biologia/apostilas/item/251-porif...
4 de 4 26/10/2015 14:01

Outros materiais