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MATERIAL DE APOIO DIREITO CIVIL VII - FAMILIA CONTEUDO 10 – PODER FAMILIAR – 1.0 CONCEITO. 2.0. PILARES. 3.0. FINALIDADE. 4.0. TITULARIDADE. 5.0. PESSOAS SUJEITAS. 6.0. CARACTERÍSTICAS. 7.0. EXTINÇÃO. 8.0. SUSPENSÃO. 9.0. PERDA/DESTITUIÇÃO PODER FAMILIAR. 10.0. RESTITUIÇÃO. 11.0. DIFERENÇAS ENTRE DESTITUIÇÃO E SUSPENSÃO DO PODER FAMILIAR. 12.0 REFERÊNCIAS. OBJETIVO: - - Explicar, com base na legislação, o poder familiar, a tutela, curatela e ausência. - Identificar os institutos da tutela da curatela. - Diferenciar os institutos da tutela e da curatela. - Discutir quais os seus efeitos na esfera pessoal, patrimonial e social. - Descrever as peculiaridades dos institutos. METODOLOGIA: aula expositiva e com debate PODER FAMILIAR 1.0. CONCEITO- Feixe de direitos e obrigações exclusivos dos pais relativos aos seus filhos menores e não emancipados. Código Civil- arts 1630 e seg. Constituição Federal/88 – art 229 Lei 8.069/90 – arts 19 e seg. 2.0 - PILARES DO PF: guarda, sustento e educação dos filhos (CF/88 229, CC 1634) 3.0 - FINALIDADE-. a proteção do ser humano que, desde a infância, precisa de alguém que o crie, eduque, ampare, defenda, guarde e cuide de seus interesses, regendo sua pessoa e seus bens. O filho deixou de ser objeto do direito para ser sujeito de direitos 4.0 - TITULARIDADE: Pai e a mãe - a CF/88 encerrou a desigualdade entre os cônjuges, conforme se verifica do § 5º do art. 226 da mesma forma dispôs o art. 21 do ECRIAD. 5.0 - PESSOAS SUJEITAS CC 1.630 e 1.631 - os filhos menores e não emancipados. Durante o casamento e união estável é atribuído ao pai e a mãe e havendo divergências é assegurado aos mesmos recorrer ao juiz para solução do desacordo. 6.0 - CARACTERÍSTICAS: Múnus Publico: é o Estado quem deve fixar normas para o seu exercício, interessa seu bom desempenho concernente a atuação do poder dos pais na pessoa dos filhos. Irrenunciabildiade: os pais não podem, em regra, subtrair-se ao dever de proteção dos filhos, ou seja os pais não podem abrir mão do PF, não se permite à transferência do encargo. EXCEÇÃO: adoção - para a doutrina majoritária. Indispensabildiade: pois é necessário para o próprio desempenho ou cumprimento das obrigações que tem os pais de sustento, criação e educação dos filhos. Inalienável ou indisponível: não pode ser transferido pelos pais a outrem, a título gratuito ou oneroso. Imprescritível: no sentido de que dele o genitor não decai pelo fato de não exercitá-lo, somente podendo perdê-lo na forma e nos casos expressos em lei; Temporariedade: cessa, a rigor, quando o filho atingir a maioridade. Incompativel com a tutela: não se pode nomear tutor a menor, cujo pai ou mãe não foi suspenso ou destituído do poder familiar. 7.0 - EXTINÇÃO - Decorre da própria natureza, independentemente da vontade dos pais Art. 1635. Extingue-se o poder familiar: I – pela morte dos pais ou do filho – a morte do filho, ocasiona a extinção do PF, pois desaparece o sujeito ativo do direito. Porém, com o falecimento de um dos genitores, o PF somente cessará ao que falece, permanecendo com o outro. Somente com a morte de ambos os pais, o PF será extinto e se nomeará tutor ao menor. II – pela emancipação, nos termos do art. 5°, p.ú CC – concedida a emancipação por vontade dos pais, ou de um deles, torna-se maior o filho. III – pela maioridade – a maioridade se alcança aos 18 anos, ocasião em que se extinguirá o PF dos pais em relação aos filhos. IV – pela adoção – é forma de extinção do PF, pois se os pais concordam com a mesma, renunciam o PF, ou se forem destituídos de tal poder. V – por decisão judicial, na forma do art. 1638. – se dá nos moldes do artigo 1638 CC e 23 e 24 do ECRIAD, ou seja quando os pais descumprem os deveres a eles inerentes. 8.0 - SUSPENSÃO. Art. 1.637 CC, Arts. 22, 23, 24 e outros do ECRIAD – relação genérica das causas que podem levar a suspensão de todos ou alguns dos atributos do PF, podendo ser temporário. Hipóteses de Suspensão: CC 1.637 e parágrafo-único. a) Abuso da autoridade; b) Falta aos deveres pelos pais, por negligência, incapacidade, impossibilidade de seu exercício, ou omissão habitual no cumprimento; c) Ruína ou dilapidação dos bens dos filhos; d) Condenação por sentença irrecorrível em virtude de crime com pena de prisão superior a dois anos. Cumprida a pena, restaura-se o poder familiar, se nada mais de grave aparecer contra os pais; e) Se o genitor empregar o filho em ocupação proibida ou manifestadamente contrária à moral e aos bons costumes, que lhe ponha em risco à saúde, a vida, a moralidade; f) Se o genitor, por maus-tratos ou privação de alimentos ou de cuidados indispensáveis, puser em perigo a saúde do filho; g) Se o genitor através de maus exemplos, crueldade, exploração ou perversidade, são comprometidas a saúde, a segurança e a moralidade do filho ;h) Deixar ou colaborar para que o filho fique em estado habitual de vadiagem, mendicidade e criminalidade. 9.0. PERDA/DESTITUIÇÃO PODER FAMILIAR- É de maior relevância e é medida mais grave que a suspensão, em regra é permanente, embora o seu exercício possa ser restabelecido, se provada a regeneração do genitor ou se desaparecida a causa que a determinou, mediante processo judicial. Aqui não se trata do exercício do poder familiar, mas de sua titularidade; Hipóteses de Perda : CC 1.638 10.0. RESTITUIÇÃO: A restituição do poder familiar só não será possível, se o menor estiver definitivamente inserido em família substituta sob a modalidade de adoção, encontrando óbice no art. 41, caput, do Estatuto da Criança e do Adolescente. 11.0. DIFERENÇAS ENTRE DESTITUIÇÃO E SUSPENSÃO DO PODER FAMILIAR Destituição do poder familiar Suspensão do poder familiar Dá-se por sentença judicial Dá-se por sentença judicial, mas pode o juiz deferi-la pelo despacho liminar ou no decorrer da ação. Em regra é permanente (embora possa ser revertida) É temporária Atinge toda a prole, incluindo eventual nascituro. Pode atingir apenas um ou alguns filhos (IN D’ANDREA, Giuliano, Noções de Direito da Criança e do Adolescente, Ed. OAB). 12.0. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALMEIDA, Renata Barbosa de. Direito Civil: famílias, Walsir Edson Rodrigues Júnior – Rio de janeiro: Lumen júris, 2010. DIAS, Maria Berenice, Manual de Direito das Famílias- São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2008. DINIZ, Maria Helena. Curso de direito Civil Brasileiro. 28. ed. São Paulo: Saraiva, 2004. FARIAS, de Cristiano Chaves e Nelson Rosenvald, Direito das Famílias, Rio de Janeiro, Ed. Lumen Júris/2010. GAMA, Guilherme Nogueira da, Direito Civil: família- São Paulo: atlas, 2008. GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro: direito de família. 3. ed. vol VI. São Paulo: Saraiva, 2007. LÔBO, Paulo. Direito Civil. Famílias 3ª ed.São Paulo: Saraiva. MADALENO, Rof, Curso de Direito de Família- Rio de Janeiro:Forense/2008. RODRIGUES, Sílvio. Direito Civil – Direito de Família. Vol. 6. 27. ed., São Paulo: Saraiva, 2002. VENOSA, Sílvio de Salvo. Direito Civil: Direito de Família. São Paulo: 2008, 8ªed., vol. VI, p. 37. WALD, Arnold. Direito Civil V – Direito de Família. 17 ed. São Paulo : Saraiva, 2009.. BRASIL, Código Civil. BRASIL, Código de Processo Civil BRASIL, Constituição Federal. �PAGE � �PAGE �3�
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