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Introdução à Subjetividade Humana

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Alunas: Aline Rochembach
 Carolina Comitti
Gabriela Macedo
 Gisele Colato
Grazielle Dutra
 Indianara Rodrigues
 Tais Seibel
Introdução à Subjetividade Humana
Subjetividade Humana 
O entendimento da Subjetividade depende dos aspectos psíquicos e físicos singulares de cada indivíduo. 
Conceito inerente à subjetividade: o rizoma.
 
“Rede em que se interconectam várias situações para a formação de ligações com vários elementos próprios a cada indivíduos.”
		“Pesadelo do pensamento linear, o rizoma não se fecha sobre si, é aberto para experimentações, é sempre ultrapassado por outras linhas de intensidade que o atravessam. Como um mapa que se espalha em todas as direções, se abre e se fecha, pulsa, constrói e desconstrói. Cresce onde há espaço, floresce onde encontra possibilidades, cria seu ambiente.”
				(Deleuze & Guattari, Mil Platôs I).
		“Meu desenho número 1 era assim. Mostrei minha obra prima às pessoas grandes e perguntei se o meu desenho lhes fazia medo. Responderam-me: "Por que é que um chapéu faria medo?" Meu desenho não representava um chapéu. Representava uma jibóia digerindo um elefante. Desenhei então o interior da jibóia, a fim de que as pessoas grandes pudessem compreender. Elas têm sempre necessidade de explicações.”
A Constituição do Psiquismo: 
Da Sensação ao Afeto
Desde o nascimento, diversas sensações vividas deixam suas marcas no corpo. 
O psiquismo é constituído por imagens sensoriais, ideias e afetos. 
A partir da experimentação, percebemos o mundo e a nós mesmos por meio dos 5 sentidos.
A Constituição do Psiquismo: 
Da Sensação ao Afeto
De acordo com experiências alguns indivíduos dão mais ênfase à alguns sentidos aos invés de outros. 
 Exemplo: “A ira de um anjo” (Psycho Child)
 https://www.youtube.com/watch?v=onVu2qnlb_k
Os Afetos e as Palavras
A linguagem está relacionada com os afetos. 
Uma palavra é um signo linguístico constituído por um conceito e um fonema. A palavra a priori não significa nada.
A palavra precisa estar encadeada com outras palavras.
Os Afetos e as Palavras
Caso Clínico
Nome: Dolores
Idade: 41 anos
Estado civil: casada
		 Somatização de doenças 
Não estou bem parece que a minha cabeça vai explodir . Acho que é gripe. Já estou melhor da gripe, mas parece que está tudo congestionado. Acho que é sinusite. A dor de cabeça começou semana passada. Mas ontem piorou. Esses médicos não ajudam. (...) Levei meu marido ao médico por causa das varizes. (...) O médico internou meu marido, só que meu marido pediu para ele esperar pois não queria perder o churrasco de domingo. Meu marido ficou doze dias internado e acabou indo parar na UTI. 
Somatização de doenças
O médico não queria me deixar entrar na UTI e eu comecei a brigar porque aquilo nem era caso de UTI, o médico me chamou de mau educada e analfabeta. (...)No final meu marido saiu do hospital e foi trabalhar no dia seguinte. Que nem a filha da minha vizinha . (...). um dia acordou com dor no braço e ele internou dizendo que era coluna. (...).
Chegou em casa num dia, no dia seguinte acordou paralítica das pernas e morreu. A família acha que foi o remédio que o médico deu. Fizeram B.O e tudo, mas não descobriram o que a matou.
Somatização de doenças
Defesas contra a angústia
Todo acontecimento vivenciado pelo sujeito imprime em seu psiquismo um traço de memória e carrega um significado afetivo.
Porém, nem sempre ideia e afeto são compatíveis. 
Exemplo: 
		A dor para cada indivíduo
Mecanismos de Defesa
Segundo Freud, “o mecanismo de defesa, como um conjunto de operações cuja finalidade é reduzir, suprimir qualquer modificação suscetível de colocar em risco a integridade e a constância do indivíduo biopsicológico.”
A negação é um dos primeiros mecanismos de defesa do indivíduo quando esse recebe alguma notícia ruim.
Mecanismos de Defesa
Outro mecanismo de defesa visto no caso de Dolores foi o recalque.
Dolores se achava muito parecida com a mãe, apesar de não saber como (PROJEÇÃO).
Presença da mãe resmungona, critica e exigente a irrita.
A racionalização, outro mecanismo comum, o paciente se informa e estuda a doença para ter a sensação de controle diante da doença.
Mecanismos de Defesa
Formação reativa é uma atitude psicológica, no sentido oposto a um desejo, ou a um sentimento ou situações insuportáveis. 
Essa formação pode acontecer quando o paciente não expõe sentimentos incômodos e desagradáveis, mas fala de suas vitórias e conquistas, como forma de defesa contra angústias.
As Angústias e as Defesas do Profissional
O profissional médico lida com diversas angústias do paciente, podendo se identificar com alguns desses sentimentos.
Assim, o profissional se “defende” disso, criando uma certa distância emocional da situação.
Um mecanismo de defesa para essa questão é a robotização do atendimento, evitando, assim pensar e sentir a tristeza do paciente.
Transferência
Processo pelo o qual os desejos inconscientes se atualizam. É uma repetição de protótipos infantis vivida com um sentimento de atualidade acentuada. 
Personalidades construídas na infância se repetem em situações da vida.
Isso se reflete no relacionamento entre o paciente e o profissional.
Contratransferência
Contratransferência é um conjunto de reações do profissional diante do paciente. 
 É a influência do doente sobre os sentimentos inconscientes do médico.
Conclusão
		Cada indivíduo é ímpar. Os estímulos recebidos e a vivência de cada ser alteram sua percepção de mundo e também seu psiquismo, tornando-o diferente de outrem. 	Essa excepcionalidade que confere a subjetividade humana torna, por vezes, árduo o trabalho dos profissionais da área da saúde. Cabe a estes profissionais, no entanto lidar com essas individualidades e – através disso - construir uma boa relação médico-paciente baseada em confiança sem, contudo, perder a profissionalidade. 
Questões
Como os estímulos recebidos na infância podem influenciar na formação do ser adulto e na sua visão de mundo?
O que fazer no caso de uma criança como a do documentário “A ira de um anjo”?
O que fazer quando um paciente prolixo chega ao consultório? Como lidar com um paciente assim?
Como o médico deve lidar para não absorver as angústias e sofrimentos dos pacientes sem realizar um atendimento robotizado/mecânico?
Referências
GUERNICA, Um Quadro. Disponível em: <https://www.google.com.br/search?q=quadro+guernica&biw=1600&bih=799&source=lnms&tbm=isch&sa=X&sqi=2&ved=0CAYQ_AUoAWoVChMI-JKQwvy4xwIVyg2QCh3AFwR-#imgrc=Wk3I_IdMwD3UwM%3A> Acesso em 19. Ago 2015
GUERNICA de Pablo Picasso animada. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=vJnvIGVq1HY> Acesso em 19. Ago 2015
PARPINELLI, Roberta Stubs; SOUZA, Edmilson Wantuil Freitas de. Pensando os fenômenos psicológicos: um ensaio esquizoanalítico. Psicol. estud., Maringá , v. 10, n. 3, p. 479-487, Dec. 2005 . Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-73722005000300016&lng=en&nrm=iso>. access on 20 Aug. 2015. http://dx.doi.org/10.1590/S1413-73722005000300016.
DE MARCO, Mario Alfredo. Psicologia Médica: abordagem integral do processo saúde-doença. Porto Alegre: ARTMED, 2012. p 145-165

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