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DPC1_T13_Assistente

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UNIVERSIDADE CATÓLICA DO SALVADOR - UCSAL
FACULDADE DE DIREITO
DIREITO PROCESSUAL CIVIL I
Tema 13 :	ASSISTÊNCIA . Conceito. Pressupostos. Assistência simples e litisconsorcial. Procedimento. 
A intervenção para assistência a uma das partes, na relação processual está disciplinada pelos arts. 50 a 55 do CPC, que serão explicitados em sala de aula. 
O cabimento de intervenção na qualidade de assistente está regulado pelo art. 50 do CPC, Parágrafo Único e, “Enquanto não há coisa julgada, é possível a intervenção do assistente, mesmo que já exista sentença e a causa esteja em grau de recurso. Mas, porque a intervenção é apenas facultativa e dela não depende a eficácia da sentença, (mesmo nos casos de assistência litisconsorcial), o assistente recebe o processo no estado em que se encontra, sem direito a renovar os atos já praticados pelas partes ou de promover aqueles que sofreram preclusão por inércia do assistido. No processo de conhecimento, qualquer tipo de procedimento admite a assistência o mesmo ocorre com processo cautelar. Mas no processo de execução propriamente dito não há lugar para a assistência, porque a execução forçada não se destina a uma sentença, mas apenas à realização material do direito do credor. Assim, não haveria, na realidade, como coadjuvar a parte a obter sentença favorável (art. 50). Quando, porem, a execução for embargada, pelo devedor ou por terceiro, ai, sim, será admissível a assistência, porque os embargos são ação incidental de cognição, que se desenvolve em busca de uma sentença.”
Examinemos a disciplina codificada :
“Da Assistência
Art. 50 - Pendendo uma causa entre duas ou mais pessoas, o terceiro, que tiver interesse jurídico em que a sentença seja favorável a uma delas, poderá intervir no processo para assisti-la.
Parágrafo único – A Assistência tem lugar em qualquer dos tipos de procedimento e em todos os graus da jurisdição; mas o assistente recebe o processo no estado em que se encontra.
Art. 51 - Não havendo impugnação dentro de 5 (cinco) dias, o pedido do assistente será deferido. Se qualquer das partes alegar, no entanto, que falece ao assistente interesse jurídico para intervir a bem do assistido, o juiz:
I ( determinará, sem suspensão do processo, o desentranhamento da petição e da impugnação, a fim de serem autuadas em apenso;
II ( autorizará a produção de provas;
III ( decidirá, dentro de 5 (cinco) dias, o incidente.
Art. 52 - O assistente atuará como auxiliar da parte principal, exercerá os mesmos poderes e sujeitar-se-á aos mesmos ônus processuais que o assistido.
Parágrafo único – Sendo revel o assistido, o assistente será considerado seu gestor de negócios.
Art. 53 – A assistência não obsta a que a parte principal reconheça a procedência do pedido, desista da ação ou transija sobre direitos controvertidos; casos em que, terminando o processo, cessa a intervenção do assistente.
Art. 54 – Considera-se litisconsorte da parte principal o assistente, toda vez que a sentença houver de influir na relação jurídica entre ele e o adversário do assistido.
Parágrafo único – Aplica-se ao assistente litisconsorcial, quanto ao pedido de intervenção, sua impugnação e julgamento do incidente, o disposto no art. 51.
Art. 55 – Transitada em julgado a sentença, na causa em que interveio o assistente, este não poderá, em processo posterior, discutir a justiça da decisão, salvo se alegar e provar que:
I – pelo estado em que recebera o processo, ou pelas declarações e atos do assistido, fora impedido de produzir provas suscetíveis de influir na sentença;
II – desconhecia a existência de alegações ou de provas, de que o assistido, por dolo ou culpa, não se valeu.”
No particular ao conceito, pressupostos, modalidades de assistência e procedimento, preferimos optar, mais uma vez, pelos ensinamentos do Mestre Theodoro Júnior, transcrevendo-os das págs. 147/150 da sua citada obra . 
“Conceito
O Código preferiu tratar da assistência junto ao litisconsórcio fora do Capítulo da “Intervenção de Terceiros”.
Mas, na realidade, o ingresso do assistente no processo é o caso típico de intervenção voluntária de terceiro, mesmo quando é considerado litisconsorte da parte principal.
Segundo o art. 50, dá-se a assistência quando o terceiro, na pendência de uma causa entre outras pessoas, tendo interesse jurídico em que a sentença seja favorável a uma das partes, intervém no processo para prestar-lhes colaboração.
O assistente, portanto, não é parte da relação processual e nisso se distingue do litisconsorte. Sua posição é de terceiro que tenta apenas coadjuvar uma das partes a obter vitória no processo.
Não defende direito próprio, mas de outrem, embora tenha um interesse próprio a proteger indiretamente.
Pressupostos da intervenção
Normalmente, a sentença não produz efeito senão perante as partes do processo. Não beneficia nem prejudica terceiros.
Há casos, porém, em que a situação resultante da sentença para uma das partes tem conseqüências ou reflexos sobre outras relações jurídicas existentes entre a parte e terceiros. Embora essas relações não sejam objeto de discussão no processo, o terceiro tem interesse em que a solução seja no sentido que favoreça e não prejudique sua posição jurídica frente a uma das partes.
Trata-se de encarar a sentença não na função e força peculiares, mas como um simples fato que o terceiro não pode ignorar.
A intervenção do terceiro, como assistente, pressupõe interesse. Mas seu interesse não consiste na tutela de seu direito subjetivo, porque não integra ele a lide a solucionar; mas na preservação ou na obtenção de uma situação jurídica de outrem (a parte) que possa influir positivamente na relação jurídica não-litigiosa existente entre ele, assistente, e a parte assistida.
Se A., dono de uma coisa, convenciona alugá-lo ou emprestá-lo a B., e C. ajuíza uma ação reivindicatória sobre a mesma coisa, é intuitivo que B. tem interesse jurídico em que A. saia vitorioso na causa, pois, caso contrário, não poderá desfrutar da coisa que foi objeto do contrato. Legítima será destarte, sua intervenção no processo para ajudar A. a obter sentença que lhe seja favorável.
Por outro lado, o interesse do assistente há de ser jurídico, como reclama do art. 50, isto é, deve relacionar-se com um vínculo jurídico do terceiro com uma das partes, de sorte que não se tolera a assistência fundada apenas em “relação de ordem sentimental” – ou em “interesse simplesmente econômico”.
Diante disso, podemos sintetizar os pressupostos da assistência em:
existência de uma relação jurídica entre uma das partes e o terceiro (assistente); e
possibilidade de vir a sentença a influir na referida relação.
Assistência simples e assistência litisconsorcial
Quando o assistente intervém tão-somente para coadjuvar uma das partes a obter sentença favorável, sem defender direito próprio, o caso é da assistência adesiva ou simples (ad adiuvandum tantum).
Quando, porém, o terceiro assume a posição de assistente na defesa direta de direito próprio contra uma das partes o que se dá é a assistência litisconsorcial. A posição do interveniente, então, passará a ser a de litisconsorte (parte) e não mais de mero assistente (art. 54).
É o que se passa, por exemplo, com o herdeiro que intervém na ação em que o espólio é parte representada pelo inventariante. A sentença a ser proferida perante o espólio não terá apenas efeito reflexo para herdeiro, mas efeito direto e imediato sobre seu direito na herança litigiosa.
O assistente, na hipótese, não será apenas equiparado, será efetivamente um litisconsorte facultativo do espólio, na defesa de direito próprio.
”Nesse ponto reside a grande diferença entre o assistente coadjuvante (art. 50) e o considerado litisconsorte (art.54): aquele não pode assumir, em face do pedido, posição diversa a do assistido;esse, o assistente litisconsorte, de que trata este artigo, pode fazê-lo. A assistência simples cessa nos casos em que o processo termina por vontade do assistido (art. 53); a litisconsorcial permite que o interveniente prossiga para defender o seu direito, ainda que a parte originária haja desistido da ação, haja reconhecido a procedência do pedido ou haja transacionado com a outra parte”. 
Em suma: o assistente litisconsorcial é aquele que mantém relação jurídica própria com o adversário da parte assistida e que assim poderia desde o início da causa figurar como litisconsorte facultativo. Seu ingresso posterior, como assistente, assegura-lhe, assim, o status processual de litisconsorte.
Procedimento
A assistência deve ser requerida, por petição do terceiro interessado, dentro dos autos em curso. Ambas as partes serão ouvidas e qualquer delas poderá impugnar o pedido, em cinco dias, contados da intimação (art. 51).
Se não houver impugnação, ao juiz caberá, simplesmente, admitir a assistência sem apreciação em torno do pedido, segundo se depreende da primeira parte do art. 51, caput. Não se admite um veto simplesmente à assistência , porque havendo interesse jurídico do terceiro, é direito intervir no processo como assistente 
Se, todavia, houver impugnação, esta só poderá referir-se à falta de interesse jurídico do terceiro para interferir a bem do assistido (art. 51, caput, segunda parte).
Da impugnação decorre um procedimento incidental que não deverá prejudicar, nem suspender, o andamento do processo principal.
O procedimento da impugnação é o seguinte (art. 51):
1º) o juiz determinará o desentranhamento do pedido de assistência e da impugnação;
2º) essas peças serão autuadas em apenso aos autos principais;
3º) autorizará, então, o juiz a produção de provas, assinando as partes o prazo que julgar conveniente;
4º) encerrada a instrução, o juiz terá cinco dias para julgar o incidente, deferindo ou denegando o pedido de assistência.
Esse procedimento aplica-se tanto ao pedido de assistência simples como do litisconsorcial (art. 54, parágrafo único).
O julgamento do incidente provocado pelo pedido de assistência configura decisão interlocutória e, como tal, desafia recurso de agravo.”
Quanto aos demais aspectos jurídicos e legais, estes serão abordados em sala de aula, em face dos dispositivos legais acima transcritos.
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APOSTILA ELABORADA PELO PROFESSOR LUIZ SOUZA CUNHA.
AUTORES CITADOS E CONSULTADOS
Moacyr Amaral Santos 	Primeiras Linhas de Direito Processual Civil 
	2º Vol. - 23ª Edição – 2004 – Saraiva 
Humberto Theodoro Júnior	Curso de Direito Processual Civil
	1º Vol. – 49ª Edição – 2009 - junho
Atenção:	A apostila é, tão somente, um resumo da matéria que pode ser aprendida pelo aluno. Ela deve servir de guia do ensino-aprendizado, sob orientação pedagógica.
	
	Esta apostila se destina, pois, exclusivamente ao estudo e discussão do texto em sala de aula, como diretriz do assunto, podendo substituir os apontamentos de sala de aula, a critério do aluno.
	
	Consulte a bibliografia anteriormente indicada além de outros autores.
Atualizada em julho/2009
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