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DPC1_T12_Oposição

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UNIVERSIDADE CATÓLICA DO SALVADOR - UCSAL
FACULDADE DE DIREITO
DIREITO PROCESSUAL CIVIL I
Tema 12 :	Oposição. Conceito. Competência. Procedimento. Julgamento.
A oposição é uma das modalidades de intervenção de terceiros em uma demanda, com o processo em curso, da qual ele não é parte, intervindo com o propósito de excluir as partes e sob o pretexto de ser o verdadeiro titular do direito ou de coisa questionada, conforme o entendimento doutrinário atual, mais abalizado, a exemplo do Professor Humberto Theodoro Júnior, in obra citada, Volume I, págs. 118/119: 
“Conceito
Segundo o art. 56 do CPC - Código de Processo Civil, “quem pretender, no todo ou em parte, a coisa ou o direito sobre que controvertem autor e réu poderá, até ser proferida a sentença, oferecer oposição contra ambos”.
Consiste a oposição, portanto, na “ação de terceiro para excluir tanto o autor como o réu”.
Com essa intervenção no processo alheio, o terceiro visa a defender o que é seu e está sendo disputado em juízo por outrem.
É medida de livre iniciativa do terceiro, simples faculdade sua, visto que nenhum prejuízo jurídico pode lhe causar a sentença a ser proferida num processo em que não figura como parte.
Mas, sem dúvida, pode o processo alheio acarretar-lhe dano de fato, que exigirá, mais tarde, uma outra ação para obter a respectiva reparação.
Desde logo, portanto, pode o oponente, para abreviar a solução da pendência entre ele e as duas partes do processo, pedir o reconhecimento judicial de seu direito, que exclui o dos litigantes.
A oposição, no sistema de nosso Código, pode ser total ou parcial, isto é, pode referir-se a toda a coisa ou direito litigioso, ou apenas parte deles.
É admissível a medida em todos os procedimentos, sejam as ações reais ou pessoais, e até mesmo no processo de execução.
Sua admissibilidade , todavia, está subordinada à existência de uma disputa de outrem sobre a coisa ou direito que o opoente pretende seu. Assim, se a pretensão do terceiro for de apenas defender passivamente sua posse sobre bens apreendidos judicialmente, sem discussão sobre o mérito do direto ou da posse, na ação principal (como nas penhoras, arrestos etc.), a medida adequada será a ação de embargos de terceiros (art. 1.046) e não a de oposição.
Por outro lado, a oposição é uma nova e verdadeira ação, com pretensão e partes diferentes da que inicialmente se ajuizou entre os opostos. A pretensão do opoente é também diversa e contrária à de ambos os litigantes e visa a uma sentença que pode ser declaratória ou condenatória, conforme pedir apenas o reconhecimento do direito ou também a entrega da coisa em poder de um dos opostos.
Vem a nova ação juntar-se à que estava proposta, não para simplesmente cumular um outro pedido, mas para opor um pedido que tem por escopo precisamente excluir o pedido pendente. A reunião das duas ações, destarte, decorre de conexão oriunda do objeto comum.
Dada, porém, a diversidade de objetivo, a pretensão do opoente nunca é processada nos próprios autos da ação que deu oportunidade à intervenção do terceiro. A oposição é, no procedimento adotado pelo Código, sempre autuada separadamente (arts. 59 e 60), embora possa ter eficácia suspensiva com relação à ação principal (art. 60, segunda parte).
O limite temporal de admissibilidade da oposição é o trânsito em julgado da sentença da causa principal”.
No tocante a competência, procedimento e julgamento, preferimos, igualmente, transcrever o texto de Lei para comentário e discussão em sala de aula:
“Da Oposição
Art. 56 – Quem pretender, no todo ou em parte, a coisa ou o direito sobre que controvertem autor e réu, poderá, até ser proferida a sentença, oferecer oposição contra ambos.
Art. 57 – O oponente deduzirá o seu pedido, observando os requisitos exigidos para a propositura da ação (arts. 282 e 283). Distribuída a oposição por dependência, serão os opostos citados, na pessoa dos seus respectivos advogados, para contestar o pedido no prazo comum de 15 (quinze) dias.
Parágrafo único – Se o processo principal correr à revelia do réu, este será citado na forma estabelecida no Título V, Capítulo IV, Seção III, deste livro.
Art. 58 – Se um dos opostos reconhecer a procedência do pedido, contra o outro prosseguirá o oponente.
Art. 59 – A oposição, oferecida antes da audiência, será apensada aos autos principais e correrá simultaneamente com a ação, sendo ambas julgadas pela mesma sentença.
Art. 60 – Oferecida depois de iniciada a audiência, seguirá a oposição o procedimento ordinário, sendo julgada sem prejuízo da causa principal. Poderá o juiz, todavia, sobrestar o andamento do processo, por prazo nunca superior a 90 (noventa) dias, a fim de julgá-la conjuntamente com a oposição.
Art. 61 – Cabendo ao juiz decidir simultaneamente a ação e a oposição, desta conhecerá em primeiro lugar”.
De outra sorte, merecem destaques colocações outras do mencionado autor:
“Dessa forma, como terceiro interveniente, não é dado ao opoente interpor exceção de incompetência relativa do juízo; mas poderá perfeitamente argüir a suspeição, a incompetência absoluta, a coisa julgada e a lispendência.
Se o processo principal já estiver em grau de recurso, perante o tribunal superior, a oposição deverá ser proposta no juízo do primeiro grau.
Não haverá, in casu, possibilidade de revogar ou modificar, propriamente, o juiz de primeiro grau uma decisão do Tribunal, pois a lide que aquele vai apreciar é outra. No caso de acolhimento da oposição haveria apenas uma nova sentença que atingiria aquele que eventualmente tivesse obtido ganho de causa no Tribunal, sujeitando-o à força do que ficou decidido no procedimento incidental.
 ....................................................................................................................................
A oposição pode ocorrer sob a forma de intervenção no processo (art. 59), ou de ação autônoma (art. 60).
Dá-se a primeira quando o pedido do opoente é ajuizado antes da audiência de instrução e julgamento. A segunda se verifica após iniciada a audiência, mas sempre antes do trânsito injulgado da sentença. 
Em qualquer dos dois casos, será o pedido do opoente manifestado em petição inicial, observados os requisitos dos art. 282 e 283. Sua distribuição será feita ao juízo da causa principal, por dependência formando-se, porém, uma autuação própria (art. 57).
..............................................................................................................................
Mesmo quando o réu for revel na causa originária, sua citação pessoal para a ação de oposição haverá de ser promovida na forma estabelecida no Título V, Capítulo IV, Seção 3ª, do Código de Processo Civil (art. 57, parágrafo único), isto é, através de mandado, edital, carta etc. 
..............................................................................................................................
O procedimento da oposição admite julgamento de extinção do processo, com ou sem solução de mérito, nos mesmos casos previstos no Código, para o processo de conhecimento em geral (arts. 267 e 269).
A revelia pode ocorrer e produzir os efeitos do art. 319, se não incidirem as vedações do art. 320.
O reconhecimento da procedência do pedido do interveniente, por ambas as partes da ação principal, conduz a julgamento antecipado da oposição, em favor do opoente (art. 269, nº II). 
Mas, se apenas uma das partes reconhecer a procedência do pedido, a ação de oposição continuará seu curso normal contra o outro litigante (art. 58).
A sentença que decidir a oposição, separadamente ou em conjunto com a causa principal, com ou sem solução de mérito, imporá à parte sucumbente as sanções pertinentes às despesas processuais e honorários advocatícios, observados os arts. 34 e 23.
O recurso interponível, em todos os casos, será o de apelação (art. 513)”. 
(fls. 119/120)._________________________________________________________
_________________________________________
APOSTILA ELABORADA PELO PROFESSOR LUIZ SOUZA CUNHA.
AUTORES CITADOS E CONSULTADOS
Moacyr Amaral Santos 	Primeiras Linhas de Direito Processual Civil 
	2º Vol. - 23ª Edição – 2004 – Saraiva 
Humberto Theodoro Júnior	Curso de Direito Processual Civil
	1º Vol. – 50ª Edição – 2009 - Abril
Atenção:	A apostila é, tão somente, um resumo da matéria que pode ser aprendida pelo aluno. Ela deve servir de guia do ensino-aprendizado, sob orientação pedagógica.
	
	Esta apostila se destina, pois, exclusivamente ao estudo e discussão do texto em sala de aula, como diretriz do assunto, podendo substituir os apontamentos de sala de aula, a critério do aluno.
	
	Consulte a bibliografia anteriormente indicada além de outros autores.
Atualizada em julho/2009
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DPC I_T12_Oposição

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