Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 TEORIAS MOTIVACIONAIS Conceito Etimológico de Motivo: A palavra motivação vem do latim “Movere, motum”, e que significa aquilo que faz mover. Assim podemos determinar que motivar significa provocar movimento, actividade no indivíduo. A motivação é, então, aquilo que é susceptível de mover o indivíduo, de o levar a agir para atingir algo (o objectivo), e de lhe produzir um comportamento orientado. (Energia Psíquica). Conjunto de forças internas que estimulam o indivíduo para atingir um dado objectivo como resposta a um estado de necessidade, carência ou desequilíbrio, sempre fruto de uma interacção entre a pessoa e o ambiente. Classificação dos Motivos: 1- Quanto à sua Origem a) Podem ser primários ou biológicos: fome, sede, sono sexo, etc. b) Secundários, adquiridos pela aprendizagem: medo de serpentes, desejo de aprovação social, etc. 2- Quanto à sua Natureza a) Biológicos: Fome, sede, sono, etc. b) Psicológicos: Auto-expressão, afeição medo, raiva, etc. c) Sociais: Desejo de auto-afirmação, de liderança, de aprovação social, de se associar aos outros, etc. Formas ou Tipos de Motivação 1- Motivação intrínseca – motivação resultado por necessidades e motivos da pessoa. 2- Motivação extrínseca – motivação gerada por processos de reforço e punição. Principais Teorias Motivacionais 1. Hierarquia das Necessidades de Maslow 2. Teoria ERC 3. Teoria de Dois Factores 4. Teoria do Reforço 5. Teoria da Equidade 6. Teoria da Fixação de Metas 1. HIERARQUIA DAS NECESSIADADES DE MASLOW Para Maslow as necessidades humanas estão arranjadas em uma pirâmide de importância e tem muita influência no comportamento humano. Na base da pirâmide estão as necessidades mais baixas e recorrentes, enquanto no topo estão as mais sofisticadas e intelectualizadas. Necessidades Fisiológicas: constituem o nível mais baixo de todas as necessidades humanas como a necessidade de alimentação (fome e sede), de sono e repouso (cansaço), abrigo (frio ou calor) ou desejo sexual 2 (reprodução da espécie). As necessidades fisiológicas são também denominadas biológicas ou básicas e exigem a satisfação cíclica e incessante para garantir a sobrevivência do indivíduo. Elas orientam a vida humana desde o nascimento, ou seja, o início da vida humana é uma constante busca da satisfação dessas necessidades elementares, mas inadiáveis. Sua principal característica é a premência quando alguma dessas necessidades não esta satisfeita, ela domina a direcção do comportamento. Ex: a pessoa de estômago vazio não tem outra preocupação maior do que se alimentar. Porém, quando come regularmente e de maneira adequada, a fome deixa de ser uma motivação importante. Quando todas as necessidades estão insatisfeitas, a maior motivação será a das necessidades fisiológicas e o comportamento da pessoa terá a finalidade de encontrar alívio na pressão que essas necessidades produzem sobre o organismo humano. Necessidades de Segurança: o 2º nível leva a pessoa a proteger-se de qualquer perigo real ou imaginário, físico ou abstracto: a busca da protecção contra ameaça ou privação, a fuga ao perigo, o desejo de estabilidade, a busca de um mundo ordenado e previsível, são manifestações típicas dessas necessidades. Surgem no comportamento humano quando as necessidades fisiológicas estão relativamente satisfeitas. Necessidades Sociais: são as necessidades relacionadas com a vida associativa do indivíduo com outras pessoas. São necessidades de associação, participação, de aceitação por parte dos colegas, de troca de amizade, de afecto e amor. Surgem quando as necessidades mais baixas (fisiológicas e de segurança) se encontram relativamente satisfeitas. Quando as relações sociais não estão suficientemente satisfeitas a pessoa se torna resistente, antagónica e hostil com relação as pessoas que a cercam. A frustração dessas necessidades conduzem geralmente a falta de adaptação social e a solidão. A necessidade de dar e receber afecto é de grande importante na definição do comportamento humano quando se utiliza a administração participativa. Necessidades de Estima: são as necessidades relacionadas com a maneira pela qual a pessoa se vê e se avalia, isto é, com auto avaliação e auto estima. Envolvem auto apreciação, auto confiança, a necessidade de aprovação social e de reconhecimento, de status, prestígio e de consideração. A satisfação dessas necessidades conduz a sentimentos de autoconfiança, de valor, força prestígio, poder, capacidade de utilidade. A sua frustração pode produzir sentimentos de inferioridade, fraqueza, dependência e desamparo. Necessidades de Auto Realização: são as necessidades humanas mais elevadas e que se encontram no topo da hierarquia. São as necessidades que levam cada pessoa a realizar o seu próprio potencial e de se desenvolver continuamente ao longo da vida. Essa tendência se expressa através do impulso da pessoa em tornar-se “mais do que é e de vir a ser tudo o que pode ser”. Estão relacionadas com a plena realização daquilo que cada pessoa tem de potencial e de virtual, da utilização plena dos talentos individuais. 2. TEORIA ERC Existência, Relacionamento e Crescimento de Alderfer, foi uma das tentativas de corrigir algumas deficiências de Maslow, nesta teoria existem 3 em vez de 5 níveis de necessidades que são organizadas num continuum, e não em Hierarquia. A sua ideia básica é de que as pessoas podem se mover para frente e para trás de uma categoria de necessidade para outra, e que a não satisfação de necessidades em uma categoria pode afectar as necessidades em outra. As necessidades de existência envolvem objectos materiais, bem como aqueles relativos a desejos físicos e as necessidades de sobrevivência, como a água e comida. As necessidades de Relacionamento são parecidas com as necessidades sociais de Maslow e englobam relacionamentos com pessoas de importância para o indivíduo, como membros da família, amigos, colegas de trabalho e supervisores. As necessidades de Crescimento referem-se a criatividade ou produtividade interna ou no ambiente. Crescimento sugere que a pessoa 3 esteja utilizando completamente suas habilidades ou seja ainda desenvolvendo novas habilidades. 3. TEORIA DOS DOIS FACTORES Herzeberg formulou a chamada teoria dos dois Factores para melhor explicar o comportamento das pessoas em situação de trabalho. Para ele, dois Factores orientam fortemente o comportamento das pessoas: - Factores Higiénicos - Factores Motivacionais 3.1 Factores Higiénicos: também denominados Factores extrínsecos ou ainda Factores ambientais. Estão localizados no ambiente que rodeia as pessoas e abrange as condições dentro das quais elas desempenham o seu trabalho, como: salário, benefícios sócias, tipo de gerência que as pessoas recebem, condições físicas e ambientais de trabalho e clima organizacional etc. A característica principal dos factores higiénicos é que quando elas são óptimos conseguem apenas evitar a insatisfação das pessoas, pois não conseguem elevar consistentemente a satisfação e, quando a elevam, não conseguem sustenta-la elevada por muito tempo. Porém, quando são péssimas ou precárias, os factores higiénicos provocam insatisfação das pessoas. Devido a essa influência voltada para insatisfação, Herzeberg atribui o nome de Factores Insatisfatórios (são higiénicos porque são essencialmente profiláticos e preventivos: elas apenas evitam a insatisfação, mas não provocam a satisfação). 3.2 Factores Motivacionais: também denominados factores intrínsecos, pois estãorelacionadas com o conteúdo do cargo, com a natureza do trabalho e com a natureza das tarefas que a pessoa executa. Assim sendo, os factores motivacionais estão sob o controle da pessoa, pois estão relacionadas com aquilo que ele faz e desempenha. Elas envolvem os sentimentos de crescimento individual, reconhecimento profissional e as necessidades auto – realização. A característica mais importante dos factores motivacionais é que quando são óptimos, eles elevam a satisfação das pessoas no trabalho. Porém, quando precários evitam a satisfação. 4. TEORIA DO REFORÇO A Teoria do Reforço descreve como recompensas ou reforços podem afectar o comportamento. A teoria não lida com estados internos como a motivação. Então, de certa forma, essa é uma teoria não motivacional. Ela explica o comportamento como função de experiências recompensadoras anteriores ou históricas de reforço. O comportamento é visto como uma resposta ao ambiente. O princípio mais importante da teoria do reforço é a Lei do Efeito (Thorndike, 1913) ela declara que a ocorrência de um determinado comportamento aumenta se for seguida por uma recompensa; inversamente, a probabilidade de um comportamento diminui se ele for seguido de punição. Isso quer dizer que no contexto de trabalho, os comportamentos relevantes para o desempenho aumentarão em frequência, se forem recompensados. As recompensas podem ser tangíveis (dinheiro) ou intangíveis (reconhecimento), e podem ser dadas pela organização ou serem derivadas das tarefas em si. Assim a empresa pode oferecer um prémio pelo bom desempenho, ou pode resultar em uma noção de realização por si própria. Ambos podem igualmente reforçar a levar a um bom desempenho contínuo. 5. TEORIA DA EQUIDADE A teoria da Equidade (Adams, 1965), afirma que as pessoas são motivadas a alcançar uma condição de igualdade ou justiça nas suas relações com outras pessoas e com as organizações. Para Adams os funcionários que se encontram em situação de desigualdade experimentam uma insatisfação e tensão emocional que eles procurarão reduzir. A desigualdade é um estado psicológico que surge nos funcionários quando eles se comparam com os outros. O que é especificamente comparado é a razão entre o resultado e a sua contribuição. O resultado (ou 4 retorno) é composto das recompensas ou da valorização pessoal que o funcionário conquista trabalhando para uma organização, incluindo o salário, benefícios, bom tratamento, prazer e status. Contribuição refere-se as contribuições feitas pelo funcionário a organização, incluindo não apenas o trabalho que realiza, mas também a sua experiência e o seu talento. Dessa forma um funcionário com vários anos de experiência traria maiores contribuições do que um em início de carreira. A teoria supõe que os funcionários fazem comparações psicológicas de suas razões resultados / contribuição com a de outros funcionários. Ou seja, eles avaliam psicologicamente o quanto recebem do trabalho (resultado) em relação as suas contribuições. 6. TEORIA DA FIXAÇÃO DE METAS A teoria da motivação que provavelmente tem sido mais útil para os psicólogos organizacionais é a teoria de fixação de metas de (Locke e Latham, 1990). O princípio básico dessa teoria diz que o comportamento das pessoas é motivado por suas intenções e seus objectivos, que podem estar intimamente relacionados a comportamentos específicos. Ex: um profissional de Vendas pode ter o objectivo de vender uma quantidade do seu produto dentro de um mês. Pelo facto de os objectivos estarem relacionados a comportamentos relevantes para o desempenho é que a teoria de fixação de metas tem sido fortemente relacionada ao comportamento. Segundo essa teoria, a meta é aquilo que uma pessoa conscientemente deseja atingir ou obter. As metas podem ser específicas como tirar 10 em uma prova ou genéricas como ter bom desempenho na escola. Essa teoria afirma que as pessoas empenharão esforços na consecução de seus objectivos e que o desempenho trabalho é uma função dos objectivos definidos. Do ponto de vista organizacional, a fixação de metas pode ser uma forma eficiente de manter ou aumentar o desempenho no trabalho, e várias empresas tem utilizado essa a fixação de metas justamente para isso. Vários são os factores para que a fixação de metas aumente o desempenho no trabalho. > 1º Comprometimento com a meta. Ou seja devem tê-la aceitado. O objectivo da organização não é necessariamente o objectivo pessoal de um funcionário, e apenas objectivos pessoais motivam os comportamentos. > 2º Feedback é necessário porque permite que as pessoas saibam se o seu comportamento as esta levando ou não na direcção dos seus objectivos. > 3º Quanto mais difícil a meta, melhor deve ser o seu desempenho.
Compartilhar