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Apostila de Anatomia Aplicada a psicologia

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Produzido por Prof. Dr. Athelson Stefanon Bittencourt i 
 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO 
CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E NATURAIS 
DEPARTAMENTO DE MORFOLOGIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
APOSTILA DE AULAS TEÓRICAS E QUESTÕES PROPOSTAS 
DISCIPLINA DE ANATOMIA APLICADA À PSICOLOGIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROFESSOR COORDENADOR: 
Dr. Athelson Stefanon Bittencourt 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Vitória, 2012 
Produzido por Prof. Dr. Athelson Stefanon Bittencourt ii 
 
ÍNDICE 
 
PRIMEIRA PARTE: ANATOMIA SISTÊMICA 
 
 INTRODUÇÃO À ANATOMIA 1 
 SISTEMA MUSCULAR 4 
 SISTEMA RESPIRATÓRIO 5 
 SISTEMA DIGESTÓRIO 8 
 SISTEMA CÁRDIO-CIRCULATÓRIO 12 
 SISTEMAS URINÁRIO 16 
 SISTEMAS GENITAL MASCULINO 17 
 SISTEMAS GENITAL FEMININO 19 
 
 
 
SEGUNDA PARTE: NEUROANATOMIA (MÓDULO I) 
 
 SISTEMA NERVOSO: ORIGEM, TECIDO E ORGANIZAÇÃO 21 
 NERVOS EM GERAL, RECEPTORES E NERVOS ESPINHAIS 25 
 SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO 27 
 MEDULA 29 
 TRONCO ENCEFÁLICO, CEREBELO 32 
 FORMAÇÃO RETICULAR 34 
 NERVOS CRANIANOS 36 
 
 
 
TERCEIRA PARTE: NEUROANATOMIA (MÓDULO II) 
 
 DIENCÉFALO 39 
 CENTRO BRANCO MEDULAR DO CÉREBRO 44 
 NÚCLEOS DA BASE 45 
 TELENCÉFALO 48 
 CÓRTEX CEREBRAL 50 
 SISTEMA LÍMBICO 54 
 VASCULARIZAÇÃO CEREBRAL 62 
 ESTUDO DIRIGIDO 66 
 
Produzido por Prof. Dr. Athelson Stefanon Bittencourt 1 
 
Introdução à Anatomia 
 
Anatomia: 
 É o estudo da estrutura e função do corpo; 
 Inicialmente estudada formalmente 3000 a.c. 
 Hipócrates é o pai da medicina e da anatomia (460 – 377 a.c.) 
 Aristóteles foi o 1º a usar o termo anatomia (gr. Cortar em pedaços, separar como dissecare do 
latim); 
 Por volta do século XVII, a dissecção humana se tornou uma característica importante nas escolas 
de medicina de toda a Europa. 
 Em 1832 na Inglaterra foi aprovado o “Anatomy Act”; 
o Legalizou a utilização de cadáveres em escolas de medicina. 
Abordagens para estudar a anatomia: 
 Anatomia regional; 
 Anatomia sistêmica; 
 Anatomia clínica; 
Anatomia sistêmica 
 Sistema tegumentar; 
 Sistema esquelético; 
 Sistema articular; 
 Sistema muscular; 
 Sistema nervoso; 
 Sistema circulatório; 
 Sistema digestório; 
 Sistema respiratório; 
 Sistema endócrino; 
Terminologias anatômicas 
 Importante para utilizar um único vocabulário anatômico internacional; 
 Facilita o intercâmbio médico-científico; 
o Axila ao invés de suvaco. 
Nova terminologia – “Anatomical terminology” (Federal committee on Anatomical terminology, 1998), 
Ainda persiste divergência entre terminologia official e não oficial: 
 Artéria torácica interna (oficial) x artéria mamária interna (não oficial); 
Epônimos: 
 Termos que incorporam nomes de pessoas; 
 Não é mais utilizado; 
 Não oferece indicação de localização e estrutura; 
 Ex.: trompa de eustáquio x tuba auditiva (oficial) 
Terminologia anatômica deriva do latim e grego: 
 Latim é uma língua morta; 
 Grego é utilizado desde os filósofos; 
 Ex.: Camada decídua do útero; 
o Decíduo (latim: desprende-se, como folhas decíduas) 
Estrutura do termo: 
 Músculo deltóide (óide = significa) 
 Músculo bíceps (duas cabeças) 
Termos de posição e direção devem ser aprendidos e utilizados: 
Posição anatômica: 
Posição supino ou deitado: 
Planos anatômicos (4): 
 Plano mediano; 
o Divide o corpo em partes direita e esquerda; 
 Plano sagital; 
o Paralelo ao plano médio; 
 Plano coronal; 
o Atravessa o corpo em ângulo reto com o plano médio; 
 Plano horizontal; 
o Possui ângulo reto com o plano coronal e mediano; 
o Divide o corpo em parte superior e inferior; 
o É útil dar um ponto de referência; 
Produzido por Prof. Dr. Athelson Stefanon Bittencourt 2 
 
o Também chamado de axiais ou transaxiais; 
Secções: 
 Longitudinais; 
 Transversais; 
 Oblíquas; 
Termo de relação e comparação: 
 Superficial; 
 Intermediário; 
 Profundo 
 Medial; 
 Lateral; 
 Posterior ou dorsal; 
 Anterior ou ventral (rostral); 
 Inferior (caudal); 
o Próximo da sola do pé 
 Superior (cranial) 
o Próximo da parte mais alta da cabeça; 
 Termos combinados: 
o Ínfero-medial; 
o Súpero-lateral; 
 Termos direcionais: 
o Proximal; 
 Próximo da origem ou fixação; 
o Distal: 
 Distante de sua origem ou fixação; 
 Dorso: 
o Face superior ou dorsal de estruturas que se projetam anteriormente do corpo: 
 Ex. língua, pé 
 Sola do é e palma da mão, são opostos ao dorso. 
Termo de lateralidade: 
 Unilateral; 
 Bilateral; 
 Ipsilatera;l 
 Contralateral. 
Termos de movimento: 
 Extensão: 
o Aumentar endireitar ou o ângulo; 
 Flexão: 
o Indica curvatura ou diminuição do ângulo; 
 Abdução: 
o Afastar do plano mediano no plano coronal; 
 Adução: 
o Aproximar do plano mediano 
 Rotação: 
o Girar em torno de seu eixo; 
 Circulação: 
o Adução + abdução + flexão + extensão; 
 Oposição: 
o Polegar x indicador; 
 Elevação (ombro); 
 Abaixamento 
 Protrusão ou protração (queixo); 
 Retração 
 Eversão: 
o Mover a sola do pé para longe do plano mediano. 
 Inversão; 
 Pronação; 
 Supinação 
Produzido por Prof. Dr. Athelson Stefanon Bittencourt 3 
 
Variações anatômicas 
Pele: 
 Maior órgão do corpo; 
 Indicador de saúde; 
 Função: 
o Proteção 
o Regulação térmica; 
o Sensibilidade; 
 Composição 
o Epiderme; 
 Camada superficial e avascular 
o Derme: 
 Tecido conectivo profundo 
 Camada vascular 
 Folículo piloso (músculo eretor) 
 Glândulas sebáceas 
 Glândulas sudoríparas; 
 Suprida por terminações nervosas; 
Fáscial: 
 Fáscia superficial (tecido subcutâneo com presença de gordura); 
 Fáscia profunda: 
o Lâmina densa; 
o Revestem músculos esqueléticos. 
 
 
ANATOMIA SISTÊMICA 
SISTEMA MUSCULAR 
 
1. Conceito 
Músculo: tecido especializado com função de gerar sustentação, movimento e força. 
2. Classificação geral dos músculos 
2.1. Músculo esquelético 
- Adjacentes aos ossos e tecido subcutâneo; 
- Função primordial de locomoção, sustentação, manutenção da postura, geração de força e expressão 
facial; 
- Responsável por 40 a 45% peso corporal; 
- Composto por células longas, de grande diâmetro, multinucleadas, apresentado estriações transversais; 
- Sob controle do sistema nervoso somático, portanto de controle voluntário. 
2.2. Músculo Liso 
- Localizado no interior de vísceras ocas, vasos sanguíneos e porção inferior do trato respiratório; 
- Função primordial de garantir o adequado funcionamento visceral, como movimentos peristálticos, controle 
do tônus vascular, broncodilatação ou broncoconstrição; 
- Composto por células uninucleadas sem estriações transversais; 
- Sob regulação do sistema nervoso autônomo (SNA) e hormônios circulantes, portanto de controle 
involuntário (com algumas exceções). 
2.3. Músculo cardíaco 
- Constituinte dos átrios e ventrículos; 
- Função primordial de produção de trabalho mecânico para bombeamento do sangue aos tecidos; 
- Composto por células uni ou binucleadas, apresentado estriações transversais; 
- Sob regulação do sistema nervoso autônomo (SNA) e hormônios circulantes, portanto de controle 
involuntário. 
3. Componentes anatômicos do músculo esquelético 
- Ventre muscular; 
- Extremidades musculares; 
- Tendões; 
- Aponeuroses; 
- Fáscias musculares; 
- Nervo motor. 
4. Classificação dos músculos esqueléticos 
4.1. Quanto à forma e arranjo de suas fibras 
 Paralelos – longos (ex.: bíceps braquial) e largos (ex.: peitoral maior) 
Produzido por Prof. Dr. Athelson Stefanon Bittencourt 4 
 
 Oblíquos – unipenado(ex.: extensor longo dos dedos do pé) e bipenado (ex.: reto da coxa) 
4.2. Quanto à origem 
 Bíceps (ex.: bíceps braquial) 
 Tríceps (ex.: tríceps braquial) 
 Quadríceps (ex.: quadríceps da coxa) 
4.3. Quanto à inserção 
 Bicaudado (ex.: flexor curto do hálux) 
 Policaudado (ex.: extensor longo dos dedos do pé) 
4.4. Quanto ao nº de ventres musculares 
 Digástrico (ex.: músculo digástrico) 
 Poligástrico (ex.: reto abdominal) 
4.5. Quanto à ação 
 Flexor 
 Extensor 
 Adutor 
 Abdutor 
 Rotador 
 Pronador 
 Supinador 
4.6. Quanto à função 
 Agonista 
 Antagonista 
 Sinergista 
 Fixadores posturais 
 
SISTEMA RESPIRATÓRIO 
 
Conceito: Conjunto de órgãos que promovem a respiração. 
Respiração: Processo de aquisição de oxigênio e eliminação de CO2. 
 
O sistema respiratório está funcional e didaticamente dividido em 2 partes: 
 Porção de condução; 
o Função de conduzir o ar inspirado ou expirado para ou dos locais de troca gasosa; 
 Nariz; 
 Faringe; 
 Laringe; 
 Traquéias; 
 Brônquios; 
 Porção respiratória; 
o São os pulmões onde ocorrem as trocas; 
 
Nariz: 
 Externamente apresenta uma forma de pirâmide com um vértice (superior) e uma base (inferior); 
 Possui duas narinas (aberturas) separadas por um septo (parte óssea e parte cartilaginosa); 
 Comunicam o meio externo com as cavidades nasais; 
 Apresentam um ápice e um dorso; 
 A forma do nariz varia com a raça; 
 O esqueleto do nariz é ósteo-cartilaginoso; 
 
Cavidade nasal; 
 Comunica-se com o meio externo pelas narinas e com a faringe pelas coanas; 
 Função: 
o Conduzir o ar; 
o Umedece o ar; 
o Aquecer o ar; 
 Em nº de duas separadas pelo septo nasal; 
 O septo nasal quase sempre se apresenta com pequeno desvio para direita ou esquerda e é 
constituído: 
o Cartilagem; 
o Lâmina perpendicular do osso etmóide; 
o Osso vômer; 
Produzido por Prof. Dr. Athelson Stefanon Bittencourt 5 
 
 Apresentam as conchas nasais, que são irregularidades da parede lateral que aumentam a 
superfície de contato; 
o Tipos: 
 Conchas nasais superiores (do osso etmóide); 
 Concha nasal média (do osso etmóide); 
 Concha nasal inferior (osso concha nasal inferior); 
o A mucosa é bastante vascularizada 
o As conchas delimitam espaços: 
 Meato nasal superior; 
 Aqui se abrem os seios frontais e etimoidais; 
 Meato nasal médio; 
 Aqui se abrem os seios maxilar e etimoidal; 
 Meato nasal inferior; 
 Aqui se abre o ducto lacrimonasal; 
o A área olfatória é pequena; 
 Concha nasal superior e 1/3 superior do septo nasal; 
Seios paranasais: 
 São cavidades presentes em 4 ossos do crânio: 
o Frontal – se abre no meato nasal médio; 
o Maxilar – se abre no meato nasal médio; 
o Esfenoidal – se abre no recesso esfenoetimoidal; 
o Etmoidal – se abre no meato nasal superior e médio; 
 Funções: 
o Conferir leveza ao crânio; 
o Permitir ressonância do som produzido (linguagem); 
Faringe: 
 Tubo muscular comum ao sistema respiratório e digestório; 
 Dependendo do nível é subdividida em: 
o Nasofaringe; 
 Comunica-se com a cavidade nasal anteriormente pelas coanas; 
o Orofaringe; 
 Comunica-se com a cavidade bucal anteriormente pelo ístimo das fauces; 
o Laringofaringe; 
 No nível da laringe (anteriormente) e continua-se inferiormente pelo esôfago; 
 Óstio faríngeo da tuba auditiva; 
o Abre-se na parte nasal da faringe; 
o Tem função de equilibrar a pressão entre meio externo e o ouvido médio. 
Laringe: 
 Órgão tubular semi-rígido; 
 Situa-se no plano mediano; 
 Função de fonação e condução do ar; 
 Sem esqueleto é ósteo-cartilaginoso; 
o Osso hióide; 
o Cartilagens: 
 Epiglótica; 
 Tireóide (maior); 
 Cricóide; 
 Aritenóide; 
 Corniculada; 
 Na cavidade da laringe encontra-se: 
o Adito da laringe (entrada); 
o Vestíbulo da laringe; 
 Espaço ente a entrada da laringe (adito) e as pregas vestibulares; 
o Pregas vestibulares; 
 (Função protetora, evitando a entrada de partículas sólidas e líquidas); 
 Ventrículo da laringe; 
 Espaço entre as pregas vocais e vestibulares; 
 Pregas vocais; 
 Constituídos de ligamentos e músculos vocais; 
 Tensão nas pregas modula a voz; 
o Cavidade infraglótica; 
Produzido por Prof. Dr. Athelson Stefanon Bittencourt 6 
 
 Músculos intrínsecos da laringe: 
o Aduzem e abduzem as pregas vocais, produzindo sons neste nível. 
Traquéia: 
 Estrutura cilíndróide; 
 Constituídos de anéis cartilaginosos incompletos posteriormente; 
o Ligados entre si pelos ligamentos anulares; 
 Posteriormente apresenta a parede membranácea da traquéia; 
o Com músculo liso (m. traqueal); 
 Apresenta uma rigidez que conserva uma boa flexibilidade; 
 Divid-se no nível da vértebra T3 nos brônquios principais (direito e esquerdo); 
Brônquios: 
 Brônquios principais (1ª ordem) originam; 
o Brônquios lobares (2ª ordem), sendo 3 na direita e 2 na esquerda, originam; 
 Brônquios segmentares (3ª ordem) que supre os segmentos; 
Pulmão e pleura 
 Órgãos principais de respiração em nº de 2; 
 Estão contidos na cavidade torácica; 
 Mediastino é o espaço que separa os 2 pulmões; 
o Onde se encontra o coração, vasos, nevos, esôfago, parte da traquéia e brônquios 
principais; 
 Cada pulmão está envolvido por 2 camadas da pleura; 
o Pleura visceral (aderida ao pulmão); 
o Pleura parietal (aderida à parede do tórax); 
 Cavidade da pleura; 
o Espaço virtual preenchido por um filme de líquido pleural; 
o Permite o livre deslizamento de um folheto pleural contra o outro durante a respiração; 
o Sua pressão é subatmosférica; 
 Fator necessário para a inspiração; 
o As cavidades pleurais direita e esquerda são independentes; 
 O diafragma é o músculo principal da respiração; 
o Os pulmões descansam sobre ele; 
o Ele separa a cavidade torácica da abdominal; 
 Pulmão direito: 
o Apresenta 3 lobos: 
 Superior; 
 Médio; 
 Inferior; 
o Duas fissuras; 
 Horizontal; 
 Oblíqua; 
 Pulmão esquerdo; 
o Apresenta 2 lobos (normalmente); 
 Superior; 
 Inferior; 
o Uma fissura (oblíqua) 
Respiração (inspiração e expiração): 
 Toda inspiração é ativa (ação muscular); 
 Nem toda expiração é ativa 
Músculos da respiração: 
 Inspiração basal (repouso): 
o Somente o diafragma; 
 Expiração basal (repouso); 
o Retração elástica do pulmão (não há participação de músculos; 
 Inspiração ativa (no esforço físico); 
o Diafragma; 
o Intercostais externos; 
o Escalenos 
o Serrátil anterior; 
o Esternocleidomastóideo; 
o Peitoral maior 
Produzido por Prof. Dr. Athelson Stefanon Bittencourt 7 
 
 Expiração ativa (no esforço físico); 
o Intercostais internos; 
o Reto abdominal; 
o Oblíquos do abdome; 
 
SISTEMA DIGESTÓRIO 
 
Responsável pela transformação dos alimentos para que estes possam ser aproveitados pelo organismo. 
 Mastigação; 
 Deglutição; 
 Digestão; 
 Absorção; 
 Excreção de resíduos. 
Divisões do sistema digestivo: 
 Canal alimentar 
 Órgãos anexos. 
 
Boca e cavidade bucal: 
 Primeira porção do canal alimentar; 
 Comunica-se com o exterior através da rima bucal; 
 Comunica-se com a porção bucal da faringe através do istmo das fauces. 
Limites: 
 Lateral – bochechas 
 Superior – palato 
 Inferior – músculos do assoalho da boca 
Saliências: 
 Gengivas, dentes e língua. 
Divisão da cavidade bucal: 
 Vestíbulo da boca; 
 Cavidade bucal propriamente dita. 
Palato (“céu da boca”): 
 Palato duro (anterior, ósseo) 
 Palato mole (posterior, muscular) 
o Dividem a cavidade nasal da cavidade bucal. 
 Pode-se ainda observar uma saliência cônica projetada do palato mole – a úvula, e duas pregas 
laterais: arco palatoglosso (anterior) e arco palatofaríngico (posterior). 
 Entre estes arcos existe a fossa tonsilar, onde se alojamas tonsilas palatinas (também chamadas de 
amígdalas). 
Língua: 
 Órgão muscular revestido por mucosa. 
 Importantes funções para mastigação, deglutição, gustação e articulação da palavra. 
 Observa-se no dorso da língua uma divisão – o sulco terminal – que divide a língua em duas 
porções: corpo e raiz. 
 Observam-se também as papilas linguais, onde se localizam os receptores gustativos. 
Dentes: 
 Estruturas rijas e esbranquiçadas implantadas na maxila e na mandíbula. 
 Distinguem-se três partes: Coroa, Raiz e Colo. 
 No homem adulto se encontram 32 dentes: 
Apresentam morfologias distintas. 
 Incisivos: oito dentes, com margem cortante e raiz única. 
 Caninos: quatro, com coroa cônica terminando em ponta e raiz única. 
 Pré-molares: oito dentes, com coroa apresentando dois tubérculos e raiz única ou bífida. 
 Molares: doze dentes, coroa com três a cinco tubérculos e duas a três raízes. 
 O homem apresenta duas dentições, a primeira com 20 dentes. 
 Mamíferos apresentam heterodontia. 
Glândulas salivares: 
 Anexos do sistema digestório. 
 Responsáveis pela secreção de saliva. 
 Parótidas: 
 Laterais na face e inferiores ao pavilhão da orelha externa. 
Produzido por Prof. Dr. Athelson Stefanon Bittencourt 8 
 
 Ducto parotídico se abre no vestíbulo da boca (próximo ao 2º molar superior) 
 Submandibulares: 
 Anterior à porção inferior da parótida. 
 Ducto submandibular se abre no assoalho da boca, abaixo da língua. 
 Sublinguais: 
 Laterais e inferiores à língua. 
 Secreção lançada na porção sublingual anterior. 
Faringe 
 Comunica-se anteriormente com a cavidade bucal através do istmo das fauces e posteriormente 
com o esôfago. 
 Durante a deglutição: 
o O palato mole é elevado, bloqueando a comunicação com a cavidade nasal. 
o A cartilagem epiglótica fecha o adito da laringe, evitando aspiração do alimento. 
Esôfago 
 Tubo muscular contínuo com a faringe. 
 Dividido em três porções: 
o Cervical 
o Torácica 
o Abdominal 
 Posiciona-se anterior (ventral) à coluna vertebral e posterior (dorsal) à traquéia. 
 Apresenta peristaltismo. 
ABDOME 
Diafragma: 
Músculo que separa tórax a abdome. 
Morfologia: 
 Centro tendíneo; 
 Porção muscular (presa às 6 últimas costelas, esterno e coluna vertebral); 
 Hiato aórtico; 
 Forame da veia cava; 
 Hiato esofágico. 
O diafragma exerce importante função na mecânica respiratória. 
Peritônio: 
 Membrana serosa que reveste os órgãos abdominais. 
 Constituído por duas lâminas: 
 Parietal (reveste as paredes da cavidade abdominal); 
 Visceral (que envolve as vísceras). 
o Lâminas contínuas, que apresentam entre elas um “espaço virtual” denominado cavidade 
peritoneal. 
 Algumas vísceras são retroperitoniais. 
o As vísceras retroperitoniais são fixas. 
 Algumas vísceras são móveis, destacando-se do abdome juntamente com o revestimento peritonial; 
o Forma-se uma lâmina peritonial denominada meso ou ligamento. 
Exemplos: 
 Mesentério; 
 Omentos (pregas que se estendem entre dois órgãos). 
Estômago: 
 Dilatação do canal alimentar onde se inicia a digestão. 
 Segue-se ao esôfago e é contínuo com o intestino. 
 Apresenta dois orifícios: 
 Óstio cárdico 
 Óstio pilórico. 
o Apresentam feixes musculares que constituem um mecanismo de abertura e fechamento dos 
óstios; 
o Na porção próxima ao óstio pilórico, recebe o nome de piloro. 
 Partes do estômago: 
o Porção cárdica 
o Fundo; 
o Corpo; 
o Porção pilórica; 
o Curvaturas maior e menor. 
Produzido por Prof. Dr. Athelson Stefanon Bittencourt 9 
 
Intestino: 
Dividido em duas porções de acordo com seu diâmetro: intestino delgado e intestino grosso. 
Intestino Delgado: 
Dividido em três segmentos: (duodeno Jejuno e íleo) 
Duodeno 
o Inicia-se no óstio pilórico e termina na flexura dudodeno-jejunal (angulação brusca). 
o Quase todo retroperitoneal. 
o Forma de “U”, abraçando a cabeça do pâncreas. 
o Recebe os ductos colédoco e pancreático. 
Jejuno e íleo 
o Porção móvel do intestino delgado. 
o Não apresentam delimitação nítida. 
o Apresentam inúmeras alças intestinais presas à parede posterior do abdome pelo mesentério. 
Intestino Grosso: 
 Porção terminal do canal alimentar. 
o Mais calibroso e curto que o intestino delgado 
 Distinguem-se: 
o Haustros (dilatações); 
o Tênias (feixes musculares longitudinais); 
o Apêndices epiplóicos (acúmulos de gordura). 
Subdivisões: 
 Cécum – segmento inicial 
o Apêndice vermiforme. 
 Colona ascendente (direção cranial); 
 Cólon transverso; 
 Cólon descendente; 
 Cólon sigmóide; 
 Reto; 
o Canal anal. 
ÓRGÃOS ANEXOS: 
Fígado: 
 Órgão mais volumoso do corpo humano (1/40 do peso corporal) 
 Localizado imediatamente abaixo da porção direita do diafragma. 
 Desempenha papel importante no metabolismo e digestão. 
 Apresenta duas faces: 
o Face diafragmática 
 Separada em duas porções (lobo direito e lobo esquerdo) pelo ligamento falciforme. 
o Face visceral 
Na face visceral se distinguem quatro lobos: 
 Direito; 
 Esquerdo; 
 Quadrado; 
 Caudado. 
 Entre o lobo direito e o lobo esquerdo situa-se a vesícula biliar; 
 Entre o lobo direito e o caudado há o sulco da veia cava inferior; 
 Entre os lobos quadrado e caudado: Porta do fígado, por onde passam a artéria 
hepática, veia porta e ducto hepático (pedículo hepático). 
O fígado produz a bile. 
 Trajeto da bile: 
o Ductos hepáticos direito e esquerdo; 
o Ducto hepático comum; 
o Conflui para o ducto cístico (que drena a vesícula biliar), formando o ducto colédoco. 
o Este se abre no duodeno, juntamente com o ducto pancreático. 
 Vesícula biliar: local de armazenamento da bile produzida pelo fígado. 
o Faz com que a bile não flua diretamente para o duodeno. 
Pâncreas: 
 Glândula anexa volumosa. 
 Situada posteriormente ao estômago, retroperitonialmente. 
 Constituída por três partes: 
o Cabeça; 
o Corpo; 
Produzido por Prof. Dr. Athelson Stefanon Bittencourt 10 
 
o Cauda. 
 Apresenta função endócrina e exócrina: 
o Endócrina: Insulina, Glucagon 
o Exócrina: Suco pancreático. 
 Recolhido por ductos que confluem para o ducto pancreático. 
 Este normalmente se junta ao ducto colédoco para desembocar no duodeno por um óstio 
comum. 
 
 
SISTEMA CIRCULATÓRIO 
 
Funções básicas do sistema circulatório: 
 Transporte de nutrientes absorvidos pela digestão de alimentos a todas as partes do organismo; 
 Transporte do oxigênio incorporado ao sangue durante a circulação pulmonar; 
 Transporte de produtos residuais do metabolismo celular até os órgãos encarregados de eliminá-
los. 
Sistema circulatório: sistema fechado, sem comunicação com o exterior, constituído por “tubos” dentro dos 
quais circulam os “humores”, os quais são impulsionados por uma “bomba”. 
 Vasos; 
 Sangue e linfa; 
 Coração. 
As trocas entre sangue e tecidos ocorrem em extensas redes de vasos de calibre reduzido e paredes muito 
finas, que são os capilares. 
 As trocas ocorrem através de permeabilidade seletiva. 
Constituição do sistema circulatório: 
 Sistema sanguífero (vasos e coração); 
 Sistema linfático (vasos condutores de linfa e órgãos linfóides) 
 Órgãos hematopoéticos (medula óssea e órgãos linfóides). 
 
CORAÇÃO: 
 Órgão muscular oco, que funciona como uma bomba contrátil-propulsora. 
 Constituído por um tecido muscular estriado especial (miocárdio); 
o A irrigação do músculo cardíaco é feita pelas artérias coronárias; 
o Oclusão das coronárias pode prejudicar severamente a função cardíaca. 
 Angina pectoris 
 Isquemia do tecido cardíaco (infarto do micárdio) 
 Forrado por uma camada interna (endotélio cardíaco, ou endocárdio) que é contínua com a camada 
interna dos vasos que chegam ou saem do coração. 
 O coração é dividido em quatro câmaras (átrios eventrículos) que se comunicam através de valvas. 
Revestimento do coração: 
Revestido externamente por duas membranas: 
 Pericárdio seroso 
o Lâmina visceral (epicárdio) 
o Lâmina parietal – aderida ao pericárdio fibroso 
 Entre estas duas membranas existe um “espaço virtual” – a cavidade do pericárdio, 
ocupada por uma camada líquida que permite o deslizamento das duas 
membranas. 
 Pericárdio fibroso. 
Forma e localização do coração: 
 Atrás do osso esterno; 
 Acima do músculo diafragmático; 
 Entre os dois sacos pleurais (mediastino). 
 O coração tem a forma de um cone truncado, apresentando uma base, um ápice, e as faces 
esternocostal, diafragmática e pulmonar. 
Morfologia interna do coração: 
 A cavidade cardíaca apresenta septos que o dividem em quatro câmaras. 
o Septo horizontal: divide o coração em porções superior e inferior (átrios e ventrículos), e é 
denominado septo átrio-ventricular. 
o Septo inter-atrial: divide a porção superior em átrios esquerdo e direito. 
o Septo inter-ventricular: divide a porção inferior em duas câmaras: ventrículo esquerdo e 
ventrículo direito. 
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 Átrios e ventrículos se comunicam através de dois orifícios – os óstios átrio-ventriculares esquerdo e 
direito. 
Os óstios atrioventriculares possuem dispositivos que permitem a passagem de sangue somente do átrio 
para o ventrículo, que são as valvas átrio-ventriculares. 
 As valvas são formadas por uma lâmina de tecido conjuntivo, revestida pelo endocárdio. 
 Esta lâmina é descontínua, apresentando subdivisões que são denominadas válvulas ou cúspides. 
o Valva átrio-ventricular direita: tricúspide (três válvulas) 
o Valva átrio-ventricular esquerda: mitral (duas válvuas). 
 As valvas são presas a músculos papilares, presentes nas paredes do miocárdio, por cordas 
tendíneas, o que previne o refluxo de sangue do ventrículo para o átrio. 
Vasos da base do coração: 
Vasos através dos quais o sangue chega ou sai do coração. 
 Átrio direito: veias cava superior e inferior; 
 Átrio esquerdo: veias pulmonares (duas de cada pulmão); 
 Ventrículo direito: tronco pulmonar, que se bifurca em artérias pulmonares direita e esquerda; 
 Ventrículo esquerdo: artéria aorta. 
 Os orifícios de saída do tronco pulmonar e da artéria aorta apresentam valvas, constituídas por três 
válvulas semilunares, que impedem o retorno do sangue após esvaziamento dos ventrículos. 
 Patologias que acometem as valvas e vasos: 
 Estenose mitral; 
 Estenose aórtica; 
 Sopro cardíaco; 
 Aneurisma de aorta. 
Circulação do sangue: 
Passagem do sangue através do coração e dos vasos. 
Se faz por meio de duas correntes sanguíneas que partem ao mesmo tempo do coração. 
Correntes sanguíneas: 
 A primeira sai do ventrículo direito através do tronco pulmonar (pequena circulação); 
 A segunda sai do ventrículo esquerdo através da artéria aorta (grande circulação). 
 Ventrículo direito 
 Tronco pulmonar 
 Artérias pulmonares 
 Veias pulmonares 
 Átrio esquerdo 
 Ventrículo esquerdo 
 Artéria aorta (circulação sistêmica) 
 Veias cava inferior e superior 
 Átrio direito. 
Tipos de circulação: 
 Circulação pulmonar: coração-pulmão-coração 
 Circulação sistêmica: copração-tecidos-coração 
 Circulação colateral: ocorre em função das anastomoses dos vasos 
o Aparentemente serve como um mecanismo de defesa em situações em que há obstrução 
dos grandes vasos que fazem a irrigação de determinadas regiões. 
 Circulação portal: tipo de circulação em que uma veia se interpõe entre duas redes de capilares. 
o Exemplos: circulação portal-hepática (veia porta se interpõe entre os capilares do fígado e 
intestino). 
Complexo estimulante do coração: 
 Responsável pela coordenação do ciclo cardíaco; 
 Consiste em células musculares cardíacas e fibras de condução altamente especializadas que 
iniciam os batimentos cardíacos e coordenam as contrações das quatro câmaras do coração. 
 Nó sinoatrial: 
o Localizado logo abaixo do epicárdio e na junção da veia cava superior ao átrio direito. 
o É o marcapasso do coração: inicia e regula os impulsos para contração, emitindo um 
impulso cerca de 70 vezes por minuto na maioria das pessoas. 
o Este impulso se propaga pela musculatura de ambos os átrios. 
o O nó sinoatrial é inervado por ambas as divisões do sistema neurovegetativo. 
 SNV Simpático: aumenta a freqüência de disparos. 
 SNV Parassimpático: diminui a freqüência de disparos. 
 Nó atrioventricular: 
o Localizado na região postero-inferior do septo interatrial. 
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o O sinal gerado pelo nó sinoatrial passa através das paredes dos átrios, rapidamente se 
propagando até o nó atrioventricular. 
o Este, então, distribui o sinal para os ventrículos, provocando sua contração 
simultaneamente. 
 
TIPOS DE VASOS SANGUÍNEOS: 
Artérias: 
 Tubos cilindróides elásticos, com diâmetros variáveis. 
 Podem ser classificadas como de calibre grande (diâmetro interno de 7mm), médio (2,5 – 7mm), 
pequeno (0,5 – 2,5mm), ou arteríolas, com, calibre interno de menos de 0,5mm. 
 As artérias apresentam elasticidade tanto transversal (em seu diâmetro), permitindo acomodar 
maior volume sanguíneo, quanto longitudinalmente, o que permite distensão atendendo aos 
segmentos corpóreos. 
 As artérias podem situar-se superficialmente ou profundamente. 
 Na maioria das vezes elas estão situadas profundamente 
 Apresentam “filia” pelos ossos e “fobia” pela pele. 
 As artérias se bifurcam em diversos ramos ou colaterais, para levar o sangue arterial do coração 
para as regiões periféricas. 
Veias 
 Fazem seqüência aos capilares, transportando o sangue que já sofreu trocas com os tecidos 
periféricos em direção ao coração. 
 Possuem calibres que podem ser classificados como de pequeno a grande; 
 Apresentam grande potencial de distensão no sentido transversal; 
 Ao contrário das artérias, as veias apresentam um grande número de de tributárias, ou 
afluentes, que se unem para formar as grandes veias. 
 Em geral, o número de veias é bem maior que o de artérias. 
 Em compensação à menor velocidade do sangue venoso com relação ao arterial. 
Veias podem ser superficiais ou profundas: 
 Superficiais: visíveis por transparência, mais calibrosas nos membros e no pescoço. 
 Permitem o esvaziamento rápido de veias dos músculos durante a contração dos mesmos. 
 São bastante utilizadas na clínica para aplicação de injeções endovenosas. 
 Profundas: podem ser “solitárias” ou satélites às artérias. 
 Algumas são denominadas comunicantes. 
 
Algumas veias – especialmente as veias dos membros inferiores – apresentam válvulas que impedem a 
congestão sanguínea, facilitando o retorno venoso. 
 A deficiência no funcionamento destas válvulas leva à dilatação das veias e conseqüente estase 
sanguínea – induzindo formação de varizes. 
Capilares Sanguíneos: 
 Vasos microscópicos, interpostos entre artérias e veias. 
 Neles se processam as trocas entre sangue e tecidos. 
 Apresentam distribuição em praticamente em todos os órgãos e tecidos. 
 
SISTEMA LINFÁTICO: 
 Sistema formado por vasos e órgãos linfóides, onde circula a linfa. 
 Funciona como um sistema auxiliar de drenagem: 
o Moléculas de grande tamanho, que não passam pelos capilares, são recolhidas pelos 
capilares linfáticos. 
o Dos capilares linfáticos a linfa segue para os vasos linfáticos, e destes para os troncos 
linfáticos. 
o Estes, por sua vez, lançam a linfa em veias de médio e grande calibre 
 Os vasos linfáticos também apresentam válvulas, que asseguram o fluxo unidirecional da linfa. 
 Maior tronco linfático: ducto torácico, que desemboca na junção das veias jugular e subclávia, no 
lado esquerdo do corpo. 
 O fluxo da linfa, emboralento, pode ser estimulado por atividade de uma área ou órgão. 
Linfonodos: 
 Interpostos no trajeto dos vasos linfáticos; 
 Agem como uma barreira, ou filtro, contra a penetração de microorganismos, toxinas ou substâncias 
estranhas na corrente circulatória. 
o Para tanto, produzem os glóbulos brancos, principalmente os linfócitos. 
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 Como reação a uma inflamação, os linfonodos se tornam intumescidos e doloridos, formando as 
denominadas “ínguas”. 
Funções do sistema linfático: 
 Drenagem do líquido tecidual, coleta do plasma linfático dos espaços teciduais e transporte da linfa 
para o sistema venoso; 
 Absorção e transporte de gordura, a qual é feita por capilares linfáticos especiais (lácteos); 
 Formação de um mecanismo de defesa para o organismo. 
 
 
SISTEMA URINÁRIO 
 
Responsável pela formação e excreção de urina. 
Órgãos do sistema urinário: 
RIM 
 Órgão PAR, localizado no abdome, retroperitonealmente. 
 Localizam-se mais baixos no lado direito do corpo. 
 Forma de grão de feijão, com faces anterior, posterior, medial e lateral. 
 Sobre a extremidade superior situa-se a Glândula Supra-renal (adrenal). 
 Envolvidos por uma cápsula fibrosa e uma cápsula adiposa. 
 Apresenta um HILO em sua borda medial. 
Porção interna: 
 Córtex renal; 
 Medula renal; 
o Colunas renais; 
o Pirâmides renais: 
 Ápices voltados para a pelve renal (papilas renais); 
 Base voltada para a superfície do órgão. 
 Pelve renal: dividida em cálices maiores e cálices menores. 
URETER 
 Tubo muscular que une os rins à bexiga. 
 Inicia na pelve renal e tem trajeto descendente, penetrando na bexiga através do óstio ureteral. 
 Apresenta duas porções – abdominal e pélvica; 
 Apresenta peristaltismo. 
BEXIGA URINÁRIA 
 Bolsa situada posteriormente à sínfise púbica. 
 Funciona como reservatório de urina. 
 A posição da bexiga no interior da pelve depende de seu conteúdo urinário, idade e sexo. 
URETRA 
 Último segmento das vias urinárias, estabelecendo conexão entre a bexiga e o meio exterior. 
 Difere nos dois sexos. 
PELVE 
 Do Latim: Bacia 
 Parte do tronco ínfero-posterior ao abdome, sendo a área de transição entre o tronco e os 
membros inferiores. 
 Embora contínua com a cavidade abdominal, é estudada separadamente. 
 Pelve óssea: anel de ossos em forma de bacia que protegem os órgãos distais do sistema urinário e 
os órgãos genitais. 
 Bexiga urinária 
 Parte dos ureteres 
 Órgãos genitais 
 Reto 
 Vasos sanguíneos e linfáticos associados. 
 
 
SISTEMA GENITAL MASCULINO 
 
Órgãos genitais masculinos: 
 Gônadas (testículos); 
 Vias condutoras de gametas; 
 Órgão de cópula; 
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 Glândulas anexas; 
 Estruturas eréteis; 
 Genitália externa. 
Testículos: 
Órgãos produtores dos espermatozóides e dos hormônios sexuais masculinos. 
 Forma ovóide; 
 Alojados no escroto. 
 Revestidos por uma membrana fibrosa (túnica albugínea). 
 Dividido incompletamente por septos 
 Formam os lóbulos cuneiformes 
 Os ápices destes lóbulos convergem, formando o mediastino do testículo. 
 No interior dos lóbulos se encontram os túbulos seminíferos (contorcidos e retos), onde ocorre a 
espermatogênese. 
o Os túbulos seminíferos retos se anastomosam e formam a rede testicular; 
o Desta rede se formam os ductos eferentes do testículo, que penetram no epidídimo. 
 
Epidídimo: 
 Estrutura em forma de C, situada na margem posterior do testículo; 
 Local de armazenamento dos espermatozóides. 
Ductos deferentes: 
 Continuação do epidídimo; 
 Comprimento de aproximadamente 30cm; 
 Conduzem os espermatozóides até o ducto ejaculatório, passando pelo canal inguinal. 
o Também passam por este canal estruturas como artérias, veias, linfáticos e nervos 
relacionados com os testículos. 
Ducto ejaculatório: 
 Formado pela junção do ducto deferente com o ducto da vesícula seminal. 
 Passa através da próstata, desembocando na porção prostática da uretra. 
Uretra: 
 Porção comum ao sistema urinário e genital. 
 Inicia-se no óstio interno da uretra (bexiga), atravessando a próstata, o assoalho da pelve, 
terminando na extremidade do pênis. 
 Apresenta uma saliência em sua porção prostática – o colículo seminal – onde desembocam os 
ductos ejaculatórios. 
Vesículas seminais: 
 Bolsas situadas na porção postero-inferior da bexiga; 
 Formam os ductos da vesícula seminal, que se unem aos ductos deferentes constituir o ducto 
ejaculatório. 
Próstata: 
 Situada inferiormente à bexiga, sendo atravessado pela uretra. 
 Produz secreção que se junta à das vesículas seminais, sendo lançada diretamente na porção 
prostática da uretra. 
Pênis: 
 Formado por três cilindros de tecido erétil – corpos cavernosos e corpo esponjoso – envolvidos por 
camadas de tecido fibroso, com revestimento externo de uma pele fina altamente distendível. 
o Corpos cavernosos: fixam-se aos ossos da bacia (ísquio e pube) 
o Corpo esponjoso: Apresenta duas dilatações, glande e bulbo, e fixa-se ao assoalho da 
pelve. 
 A uretra percorre a porção esponjosa do pênis, abrindo-se no óstio externo da uretra. 
 Possui duas porções: raiz e corpo. 
 Na extremidade do corpo do pênis encontra-se a glande, recoberta por uma camada de pele 
denominada prepúcio. 
Escroto: 
 Bolsa situada atrás do pênis e abaixo da sínfise púbica, alojando os testículos. 
 Constituído por várias camadas: 
o A mais externa, epidérmica, hiperpigmentada e coberta por pelos; 
o Internamente encontra-se a Túnica de Dartos (tecido muscular liso), responsável pela 
manutenção da temperatura dos testículos através de contração/relaxamento. 
 
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SISTEMA GENITAL FEMININO 
 
 Composto por órgãos gametógenos, gametóforos, e pelo órgão que “acolhe” o novo ser vivo – o 
útero. 
 Esta função torna o sistema genital feminino mais complexo que o masculino. 
Ovários: 
 Responsáveis pela produção dos gametas femininos – óvulos – bem como dos hormônios sexuais 
femininos. 
 Fixados à face posterior do ligamento largo do útero, não revestidos pelo peritônio 
(intraabdominais). 
 Possuem coloração rosada e textura lisa antes da primeira menstruação. 
 Modificam coloração e textura após as subseqüentes ovulações. 
 Diminuem de tamanho na velhice. 
Tubas uterinas: 
 Tubos de luz estreita, que possuem dois óstios – uterino e abdominal. 
 Encontram-se inseridas na borda superior do ligamento largo do útero. 
o O óstio abdominal representa uma comunicação entre a cavidade peritoneal e o meio 
externo, a qual é inexistente nos homens. 
 Transportam os óvulos que romperam a superfície do ovário para o útero. 
 Por onde passam os espermatozóides (no sentido contrário). 
o Local onde normalmente ocorre a fecundação 
 A tuba é dividida em quatro partes: uterina, istmo, ampola e infundíbulo. 
 O infundíbulo contém franjas irregulares denominadas fimbrias. 
Útero: 
 Órgão que aloja o embrião. 
 Dividido em quatro partes: Fundo, Corpo, Istmo e Cérvix. 
o Corpo: comunica-se com as tubas uterinas. 
o Fundo: localizado acima das tubas uterinas. 
o Istmo: porção inferior do corpo. 
o Cérvix: colo do útero. 
 O útero varia de forma e posição de acordo com a idade, estado da bexiga/reto e de acordo com o 
estágio gestacional. 
 O útero apresenta três camadas: 
o Endométrio 
 Prepara-se mensalmente para receber o futuro embrião; 
o Miométrio 
 Camada muscular bastante espessa; 
o Perimétrio 
 Peritônio. 
Vagina: 
 Órgão de cópula feminino. 
 Possui paredes musculares normalmente colabadas, que juntamente com a cavidade uterina 
constituem o canal do parto. 
 A vagina também dá passagem aos produtosda menstruação. 
 A comunicação da vagina com o útero se dá através do óstio do útero, e com o meio externo 
através do óstio da vagina. 
o Em virgens, este é fechado parcialmente por uma membrana de tecido conjuntivo revestida 
por mucosa, o Hímen. 
Genitália externa: 
 Pudendo feminino ou vulva. 
 Monte púbico (anterior à sínfise púbica); 
 Lábios maiores; 
 Lábios menores: 
 Onde se encontra o vestíbulo da vagina. 
 Óstio externo da uretra; 
 Òstio externo da vagina 
 Orifícios dos ductos das glândulas vestibulares 
Estruturas eréteis 
 Clitóris: 
o Equivalente dos corpos cavernosos masculinos; 
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o Possui extremidades ligadas aos ossos do quadril (ramos do clitóris) 
o Constituído por três porções: ramos, corpo e glande. 
 Bulbo do vestíbulo: 
o Massas eréteis posicionadas na porção interna do óstio da vagina. 
 Glândulas vestibulares maiores: 
o Responsáveis pela produção de muco durante o ato sexual. 
o Situadas profundamente e nas proximidades do vestíbulo vaginal. 
Mamas 
 “Anexos da pele, com parênquima formado de glândulas modificadas que se especializam na 
produção de leite”. 
Estrutura da mama: 
 Parênquima – tecido glandular (glândula mamária), formada por 15-20 lobos piramidais (corpo da 
mama); 
o Os ductos lactíferos provenientes dos lobos piramidais desembocam na papila mamária, 
uma região de musculatura lisa altamente inervada 
 Estroma – tecido conjuntivo, que envolve cada lobo e o corpo mamário como um todo, conferindo o 
tamanho e formato da mama; 
 Pele 
A forma das mamas varia muito, dependendo da quantidade de tecido adiposo e do estado funcional. 
 
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NEUROANATOMIA 
 
SISTEMA NERVOSO - ORIGEM – TECIDO – ORANIZAÇÃO 
 
O que é o sistema nervoso? 
Qual a função do sistema nervoso? 
Filogênese do sistema nervoso: 
Funções básicas necessárias: 
 Irritabilidade; 
 Condutibilidade; 
 Contratilidade; 
Ameba (protozoário) 
Esponja do mar; 
 Protótipo do sistema nervoso; 
Evolução da célula nervosa: 
 Neurônio sensitivo; 
 Neurônio motor; 
 Neurônio associativo; 
Evolução da posição do corpo célula do neurônio sensitivo. 
Arco reflexo 
Neurônio de associação (interneurônio): 
 Aumento do nº de sinapses; 
 Formou gânglios 
 Ajudou a formar o encéfalo; 
 Permitiu as funções psíquicas; 
 O ápice do sistema nervoso está no humano. 
Embriologia – Divisão e Organização do Sistema Nervoso: 
 O sistema nervos se origina do ectoderma: 
o Mais externo; 
o Em contato com o meio; 
 Placa neural: 
o 1º indício do surgimento do SN; 
o É um espessamento do ectoderma; 
 Situado acima da notocorda. 
o Cresce progressivamente; 
o Forma um sulco; 
 Goteira neural; 
 Os lábios da goteira se fundem; 
 Formam o tubo neural; 
o O ectoderma não diferenciado une-se sobre o tubo neural; 
 Forma a crista neural; 
 O tubo neural origina: 
o Elementos do sistema nervoso central; 
 Incluindo dura-máter e aracnóide; 
 A crista neural origina: 
o Elementos do sistema nervoso periférico: 
 Neurônio sensitivo; 
 Gânglios sensitivos; 
 Gânglios do sistema nervos autônomo; 
 Medula da adrenal (ou supra renal); 
 Células de schwann;melanócitos; 
 Células C da tireóide; 
 Odontoblastos; 
 Neuróporos são as últimas partes do goteira a se fechar: 
o Neuróporo rostral 
 Origina o encéfalo primitivo ou arquencéfalo; 
o Neuróporo caudal; 
 Origina a medula 
 Tubo neural se dá pelo fechamento da goteira 
 No arquencéfalo distinguem-se 3 dilatações: 
o Vesículas encefálicas primordiais: 
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 Prosencéfalo 
 Telencéfalo; 
o Vesículas telencefálicas laterais; 
 Serão os hemisférios cerebrais: 
 Diencéfalo (apresenta 4 divertículos); 
o 2 laterais (vesículas laterais) – forma as retina 
o 1 dorsal – forma a glândula pineal; 
o 1 ventral - forma a neuro-hipófise; 
 Mesencéfalo; 
 Permanece mensencéfalo no adulto; 
 Rombencéfalo: 
 Origina cerebelo, ponte e bulbo; 
 Cavidade do tubo neural: 
o A luz da medula primitiva forma o canal medular: 
o Cavidade do rombencéfalo forma o IV ventrículo; 
o A cavidade do diencéfalo e da parte medial do telencéfalo forma o III ventrículo; 
o A luz do mesencéfalo: 
 Aqueduto cerebral (de Sylvius) 
 Une III ao IV ventrículo. 
o A luz das vesículoas telencefálicas laterais: 
 Ventrículos laterais; 
 Unem-se ao III ventrículo pelos forames interventriculares (de Monro); 
o Estas concavidades são forradas de epitélio cuboide; 
 Epêndima, que em alguns locais secreta o Líquido céfalo-raquidiano; 
Divisão do sistema nervoso (SN): 
 O SN é um todo; 
 É dividido por motivo didático; 
 Suas divisões têm critérios: 
o Anatômicos; 
o Embriológicos; 
o Funcionais; 
Divisão por critério anatômico: 
 Sistema Nervoso Central (SNC): 
o Encéfalo: 
 Cérebro; 
 Cerebelo; 
 Tronco encefálico; 
 Mesencéfalo; 
 Ponte; 
 Bulbo; 
o Medeula espinhal; 
 Sistema Nervoso Periférico (SNP): 
o Nervos; 
 Espinhais; 
 Cranianos; 
o Gânglios; 
o Terminações nervosas; 
Gânglios: 
 Sensitivo; 
 Motor visceral; 
Fibras: 
 Sensitiva (aferente); 
 Motora (eferente); 
Divisão com base embriológica: 
 Prosencéfalo; 
o Telencéfalo; 
o Diencéfalo 
 Mesencéfalo; 
 Rombencéfalo; 
o Metencéfalo; 
 Cerebelo; 
Produzido por Prof. Dr. Athelson Stefanon Bittencourt 19 
 
 Ponte; 
o Mielencéfalo; 
 Bulbo; 
Divisão com critério funcional: 
 Sistema nervoso somático: 
o Aferente; 
o Eferente; 
 Sistema nervoso autonômico: 
o Aferente; 
o Eferente; 
 Simpático; 
 Parassimpático; 
Divisão com base na segmentação ou metameria; 
 Sistema nervoso segmentar é composto: 
o Sistema nervoso periférico; 
o Parte central que tem relação com os nervos típicos: 
 Espinhais e do tronco cerebral; 
 Sistema nervoso supra-segmentar: 
o Cérebro e cerebelo; 
o Apresenta córtex; 
o Substância cinzenta está por fora da branca; 
Organização morfolológica do SISTEMA NERVOSO: 
 Interação entre segmentar e supra-segmentar; 
 Segmentar (reflexo de retirada). 
 
Tecido nervoso 
 Células constituintes do sistema nervos: neurônios e células gliais (neuroglia). 
 Neurônio: corresponde à unidade fundamental do sistema nervoso, com a função básica de 
receber, processar e enviar informações e é formado pelo corpo celular, dendritos e o axônio. 
 Corpo celular: onde se encontra o núcleo o retículo endoplasmático rugoso (sede da síntese 
protéica), local de onde emanam os dendritos e axônios. 
 Dendrito: prolongamento celular curto e em grande número, com ramificação em forma de 
galhos de árvores, normalmente recebe impulsos de outros neurônios (localizados no SNC ou 
gânglios). 
 Axônio: prolongamento celular geralmente único e longo, podendo ter mais de um metro de 
comprimento, e levam o impulso do corpo celular para outros neurônios ou órgãos. 
 Desmielinizado: não apresenta bainha de mielina e tem condução de baixa velocidade. 
 Mielinizado: apresenta a bainha de mielina, um envoltório celular rico em lipídio 
(esfingomielina), qual funciona como um isolante elétrico, aumentar assim a velocidade 
de condução dos impulsos nervosos, fazendo este ocorra de forma saltatória. 
 Corpúsculos de Nissl: Reticulo endoplasmático rugoso, qual é a sede da síntese protéica, e 
é bem corado pelo método de nissl. 
 Rede de microtúbulos: uma rede de microfilamentos protéicos que se distribui por todo o 
neurônio, inclusive axônio, transportando inúmeras substâncias (ex.: proteínas) para várias 
partes da célula. 
 NOS MAMÍFEROS: 
 No SNC = 1010 a 1012 neurônios 
 Fora do SNC = 2 a 3 milhões de neurônios motores 
 1 neurônio motor para3 a 5000 interneurônios 
 Células gliais: são células que ocupam os espaços entre os neurônios, com funções de 
sustentação, revestimento ou isolamento, modulação de atividade neuronal e defesa. Colaboram 
portanto com o funcionamento do sistema nervoso. 
 Astrócito: semelhante a estrelas, envolve os corpos celulares, axônios e sinapses, 
apresentando função de sustentação, isolamento, ajudam na manutenção das concentrações 
iônicas, armazenamento de glicogênio, fagocitam partes neuronais em degeneração (botão 
sináptico), ocupam áreas lesas (cicatriz),. 
 Oligodendrócito (SNC) e as células de Schwann (SNP): formam a bainha de mielina, que 
protege e isola eletricamente a fibra nervosa (axônio). 
 Microgliócito: apresentam função de defesa, fagocitando estruturas estranhas. 
 Ependimária: coletivamente classificadas como epitélio ependimário, forram as paredes dos 
ventrículos cerebrais, do aqueduto cerebral e do canal da medula espinhal, além de e 
Produzido por Prof. Dr. Athelson Stefanon Bittencourt 20 
 
participar da constituição do plexo coróide, que é responsável pela formação do líquido 
cérebro-espinhal. 
 Proporção de neurônio para células gliais varia: 1:10 a 1:50. 
 
 
NERVOSO EM GERAL – RECEPTORES – NERVOS ESPINAIS 
 
Nervos: 
 São cordões esbranquiçados; 
 Conjuntos de fibras nervosas; 
 Envoltos por tecido conjuntivo; 
 Une o SNC aos órgãos periféricos; 
 De acordo com sua união com o SNC, podem ser: 
o Craniano; 
o Espinhal; 
 Função de conduzir impulsos nervosos: 
o Do SNC para a periferia (eferênte); 
o Da periferia para o SNC (aferência); 
Fibra nervosa (axônio); 
 Mielínica (ex. fibras do nervo óptico, fibras somáticas motoras, de dor rápida); 
 Amielínica (ex. fibras motoras viscerais, de dor lenta); 
Condução dos impulsos nervosos: 
Envoltório do nervo: 
 Epineuro; 
 Perineuro; 
 Endoneuro; 
Nervo não apresenta sensibilidade; 
 A sensibilidade sentida em um nervo se refere ao território que ele atende; 
 Dor em membro fantasma; 
Nervo pode sofrer bifurcação ou anastomose; 
 As fibras não se anastomosam; 
Origem de um nervo: 
 Origem real: 
o Onde estão os corpos celulares de suas fibras; 
 Ex. coluna anterior da medula; 
 Origem aparente; 
o Ponto de saída ou entrada do nervo na superfície do SNC. 
 Ex. origem aparente dos nervos espinhais está nos sucos lateral, anterior e 
posterior da medula. 
o Alguns consideram como origem aparente no esqueleto: 
 Forames cranianos ou intervertebrais. 
Quanto à disposição de seus prolongamentos, o neurônios podem ser: 
 Bipolar; 
 Pseudounipolar; 
 Multipolar; 
Velocidade de fibras 
Tipos de fibras: 
 Tipo A (grosso calibre); 
o Ricamente mielinizadas; 
o São divididas em alfa beta e gama; 
o – fibras que transportam informação de tato; 
 Tipo B (médio calibre) 
o Fibras pré-ganglionares; 
 Tipo C (amielínica e fino calibre); 
o Fibras pós-ganglionares, de dor lenta. 
Regeneração dos nervos: 
 Esmagamento ou corte produz degeneração da parte distal da fibra; 
 A parte proximal degenera até o próximo nodo de ranvier. 
o Degeneração walleriana. 
 Cotos afastados, a regeneração forma um neuroma desorganizado; 
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 Juntando as extremidades do coto, a regeneração é guiada pelas células de schwann; 
o A lâminina (glicoproteína) é um fator de crescimento presente nos nervos. 
 No esmagamento, quando o envoltório do nervo se mantém, a regeneração e recuperação das 
funções são mais fáceis; 
 No SNC, as fibras praticamente não se regeneram; 
o Falta algum fator de crescimento; 
o Existe substâncias inibidoras; 
Terminações nervosas (receptores): 
 Extremidades dos nervos; 
 Sensitivas (aferentes); 
o Calor, luz, tato, odor, dor, etc); 
 Motores (eferentes); 
o Junção neuromuscular; 
Quanto à morfologia os receptores são classificados: 
 Receptores especiais (neuroepitélios); 
o Retina; 
o Órgão de corti, 
o Olfato; 
 Receptores gerais (simples); 
o Tipo livre: 
 Esppalhados elo corpo (dor, tato, pressão); 
 Disco de Merkel; 
o Tipo encapsulado; 
 Corpúsculo de Meissner (tato e pressão); 
 Corpúsculo de Ruffini (tato e pressão); 
 Corpúsculo de Vater-Paccini (vibração); 
 Fuso neuromuscular (estiramento do músculo); 
 Órgão neurotendinoso de golgi (estiramento do tendão) 
Quanto à função os receptores são classificados: 
 Proprioceptores; 
 Interoceptores; 
 Quimiorreceptores; 
 Osmorreceptores; 
 Termorreceptores; 
 Nociceptores; 
 Mecanorreceptores; 
Quanto à localização os receptores são classificados: 
 Exteroceptores (na pele); 
 Proprioceptores (músculos e articulações); 
 Interoceptores (vísceras); 
Terminações nervosas motoras: 
 Somática (junção neuromuscular); 
 Visceral (autonômica); 
Nervos espinhais 
 Inerva o tronco, membros, pescoço e parte da cabeça; 
 Originam-se da medula espinha por forames intervertebrais situados na coluna vertebral: 
 Classificação (31 pares): 
o Cervical 8 pares; 
o Torácico 12 pares 
o Lombar 5 pares; 
o Sacral 5 pares; 
o Coccígeo 1 par 
 São formados pela união das raízes dorsais e ventrais; 
o Têm origem nos sulcos laterais, anterior e posterior respectivamente; 
 Raiz dorsal possui gânglio sensitivo; 
 Os nervos espinhais são mistos; 
 Componentes funcionais dos nervos espinhais: 
o Fibras aferentes; 
 Somáticas; 
 Exteroceptiva (temperatura, dor, pressão tato); 
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 Proprioceptiva (conscientes e inconscientes); 
 Viscerais; 
o Fibras eferentes; 
 Somáticas; 
 Músculo estriado esquelético; 
 Viscerais; 
 Músculo liso; 
 Músculo cardíaco; 
 Glândula; 
 Trajeto: 
o Logo após o forame intervertebral o nervo vertebral se divide: 
 Ramo dorsal; 
 Ramo ventral; 
 Ramos dorsais C5 a T1 se anastomosam; 
o Formam o plexo braquial; 
o Nervos plurissegmentados; 
 Os ramos dorsais torácicos mantêm a disposição metamérica; 
o Intercostais; 
o São unissegmentados; 
 Os nervos podem ter trajestos profundos ou superficiais; 
 Dermátomo; 
o É o território cutâneo inervado por fibras de uma única raiz dorsal; 
o Recebe o nome da raiz que o inerva (C3, T5); 
o Importante para localização de lesões; 
o Herpes zoster (cobreiro); 
 O vírus ataca a raiz dorsal; 
 Campo radicular motor; 
o É o território inervado por uma única raiz motora (ventral); 
 Músculos unirradiculares; 
 Intercostais; 
 Músculos plurirradiculares; 
 Maioria dos músculos; 
Unidade motora; 
 É o conjunto de: 
o Neurônio motor; 
o Seu axônio; 
o Fibras musculares por ele inervadas. 
 Quanto mais fino o trabalho do músculo, maior a quantidade de unidades motoras; 
Unidades sensitivas: 
 É o conjunto de: 
o Neurônio; 
o Suas ramificações; 
o Terminações sensitivas. 
Eletromiografia 
 
 
SISTEMA NERVOSO AUTONÔMICO 
 
É a porção do sistema nervoso que controla a maior parte das funções viscerais do corpo. 
Apresenta um controle independente da vontade consciente 
Controla diversas funções: 
 Pressão arterial; 
 Freqüência cardíaca e respiratória; 
 Sudorese; 
 Motilidade gastrointestinal; 
 Esvaziamento da bexiga; 
 Temperatura do corpo; 
 Dilatação pupilar; 
 Ereção; 
 Outros. 
A rapidez de suas ações é uma de suas características mais notáveis. 
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Sistemas ativadores do SNA: 
 Principalmente por centros localizados no hipotálamo, tronco cerebral e medula. 
 Porções do córtex límbico também podem influenciar o controle autonômico. 
 Informações periféricas das vísceras podem chegar aos gânglios autonômicos, hipotálamo e 
núcleos do tronco e retornar com respostas reflexas para o controle de determinada função. 
O sistemanervoso autonômico eferente é transmitido para vários órgãos do corpo através de duas 
subdivisões: 
 Sistema nervoso autonômico simpático; 
 Sistema nervoso autonômico parassimpático 
Sistema nervoso autonômico simpático: 
 A porção periférica está organizada em gânglios localizados em ambos os lados da coluna 
vertebral; 
o Gânglios paravertebrais e periféricos; 
 As fibras simpáticas originam-se na medula entre os seguimentos T1 e T2; 
 Os nervos simpáticos possuem dois neurônios entre a medula e o órgão; 
o Neurônio pré-ganglionar; 
 Seu corpo celular está na coluna intermédiolateral da medula; 
o Neurônio pós-ganglionar; 
 Seu corpo celular está localizado nos gânglios da cadeia simpática ou gânglios 
simpáticos periféricos; 
 Diferente dos nervos motores que só têm 1 neurônio entre a medula e o músculo 
As fibras simpáticas delgadas, do tipo C, correspondem a cerca de 8% no nervo esquelético médio; 
 Controlam vasos sanguíneos, glândulas sudoríparas e os músculos piloeretores. 
Distribuição segmentar aproximada dos nervos simpáticos: 
 Segmento espinhal e regiões de atuação: 
o T1 => cabeça; 
o T2 => pescoço; 
o T3 – T4 => tórax; 
o T7 – T11 => abdômen; 
o T12 – L2 => pernas 
Parassimpático: 
 Deixa o sistema nervoso central pelos: 
o III, VII, IX e X pares de nervos cranianos; 
o 2º e 3º nervos espinhais sacrais; 
o Eventualmente 1º e 4º nervos espinhais sacrais; 
 70% das fibras parassimpáticas estão no nervos vago (X par); 
o atendendo as regiões torácica e abdominal. 
 As fibras do III par craniano atendem: 
o Esfíncter pupilar; 
o Músculo ciliar; 
o Glândulas lacrimais, nasais e submandibulares; 
 As fibras dos níveis S2 e S3 (sacrais) atendem: 
o O colo descendente e reto; 
o Bexiga e porções inferiores dos ureteres; 
o Genitálias externas, produzindo ereção e outras funções; 
 As vias parassimpáticas são formadas de neurônios pré-ganglionares e pós-ganglionares; 
 As fibras pré-ganglionares passam sem interrupção até o órgão a ser controlado; 
 O neurônio pós-ganglionar está na parede do órgão atendido; 
 As fibras pré, fazem sinapses com os pós-ganglionares; 
o Fibras muito curtas (fração de mm a vários centímetros). 
 
Neurotransmissão: 
 SISTEMA NERVOSO AUTONÔMICO 
TIPO DE NEURÔNIO SÍMPÁTICO PARASSIMPÁTICO 
PRÉ-GANGLIONAR Colinérgico Colinérgico 
PÓS-GANGLIONAR *Noradrenérgico Colinérgico 
 
* Exceto na inervação de glândulas sudoríparas e musculatura lisa de vasos dos músculos esqueléticos, 
que são colinérgicos. 
 
 
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ANATOMIA DA MEDULA ESPINHAL 
 
Miolo, “o que está dentro”. 
 É o órgão mais simples do sistema nervoso central; 
 Onde o tubo neural foi menos modificado durante o desenvolvimento 
Constitui-se de uma massa cilindróide de tecido nervoso situado dentro do canal vertebral; 
 Mede aproximadamente 45 cm no homem adulto. 
 Limitada cranialmente pelo bulbo 
 O limite caudal da medula situa-se aproximadamente na 2ª vértebra lombar. 
 Termina afilando-se para formar o cone medular 
 Continua com um delgado filamento meníngeo – filamento terminal 
Estrutura Geral da Medula: 
 Formato aproximadamente cilíndrico, achatado no sentido ântero-posterior 
 Seu calibre não é uniforme, apresentando duas dilatações: 
o Intumescência cervical 
o Intumescência lombar 
 As intumescências às áreas em que os plexos braquial e lombossacral fazem conexão com a 
medula. 
A superfície da medula apresenta sulcos longitudinais que percorrem toda sua extensão: 
 Sulco mediano posterior 
 Fissura mediana anterior 
 Sulco lateral anterior 
 Sulco lateral posterior 
o Nos sulcos laterais anteriores e posteriores fazem conexão, respectivamente, as raízes 
ventrais e dorsais dos nervos espinhais. 
A substância cinzenta localiza-se internamente à substância branca da medula espinhal. 
o Possui forma de borboleta, ou “H” 
 São distinguíveis o Canal do Epêndima e três colunas na substância cinzenta: 
o Anterior 
o Posterior 
o Lateral (ao nível da medula torácica e parte da lombar) 
A substância branca é formada por fibras (maioria mielínicas) ascendentes ou descendentes, que são 
agrupadas em três grandes grupos (ou cordões) denominados Funículos: 
 Funículo anterior 
 Funículo lateral 
 Funículo posterior. 
Conexões com os nervos espinhais: 
As raízes dorsais e ventrais conectam os nervos espinhais à medula 
 Os nervos espinhais são formados pela união das raízes dorsais e ventrais, que ocorre distalmente 
ao gânglio da raiz dorsal. 
 Ambas se dividem em vários filamentos (filamentos radiculares), os quais fazem a conexão com a 
medula espinhal; 
 Considera-se segmento medular de um determinado nervo a região da medula o local onde fazem 
conexão os filamentos radiculares que entram na composição deste nervo. 
Ao todo, existem 31 pares de nervos espinhais, os quais correspondem a 31 segmentos medulares: 
 Oito cervicais 
 Doze torácicos 
 Cinco lombares 
 Cinco sacrais 
 Um coccígeo. 
Topografia Vertebro-medular: 
A medula no adulto não ocupa todo o canal vertebral 
 Termina próxima à segunda vértebra lombar 
 Abaixo deste nível, o canal vertebral contém apenas as meninges e as raízes nervosas dos últimos 
nervos espinhais. 
 Estes, dispostos em torno do cone medular e juntamente com o filamento terminal formam a Cauda 
Eqüina. 
As diferenças de tamanho entre o canal vertebral e a medula resultam de ritmos de crescimento diferentes 
 Até o 4º mês intra-uterino, cada par de nervos espinhais ocupa o respectivo forame intravertebral; 
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 Após este período, o canal vertebral cresce mais rapidamente, sem, contudo, mudarem as relações 
entre os nervos espinhais e as vértebras. 
Como conseqüência desta diferença, os segmentos medulares não estão topograficamente relacionados 
com as respectivas vértebras. 
 O que é de grande importância clínica para diagnóstico, prognóstico e tratamento de lesões 
vertebromedulares. 
Envoltórios da medula: 
Como todo o SNC, a medula é revestida por três membranas fibrosas denominadas meninges: 
 Dura-máter 
o Mais externa e espessa 
o Formada por abundantes fibras colágenas 
o Envolve toda a medula, formando o saco dural. 
 Aracnóide 
o Disposta entre a dura e a pia-máter 
o Compreende um folheto justaposto à aracnóide e um emaranhado de trabéculas. 
 Pia-máter 
o Meninge mais delicada 
o Adere intimamente ao tecido nervoso, penetrando na fissura mediana anterior. 
Espaços intermeníngeos: 
 Espaço epidural (ou extradural): 
o Situa-se entre a dura-máter e o periósteo do canal vertebral; 
o Formado pelo tecido adiposo e pelo plexo venoso vertebral interno; 
o Onde se aplica a anestesia epidural (ou peridural). 
 Espaço subdural: 
o Situado entre a dura-máter e a aracnóide 
o Fenda estreita, contendo pouca quantidade de líquido. 
 Espaço subaracnóideo: 
o Situado entre a aracnóide e a pia-máter; 
o Contém grande quantidade de líquido cérebro-espinhal (líquor); 
o Bastante explorado em função das características anatômicas das meninges na região 
lombar da coluna vertebral: 
 O saco dural e a aracnóide terminam em S2, e a medula propriamente termina em 
L2. 
 O espaço subaracnóideo entre estes dois níveis é maior. 
 Isto permite exploração clínica para: 
1. Retirada de líquor para fins terapêuticos ou de diagnóstico; 
2. Medida da pressão do líquor; 
3. Introdução de substâncias que aumentam o contraste das radiografias (ar hélio e certos 
sais de iodo) para facilitar diagnósticos; 
4. Introdução de anestésicos (anestesias raquidianas). 
Vias descendentes na medula: 
Origem no córtex cerebral ou no tronco encefálico; 
Podem ser: 
 Neurônios viscerais (neurônios ganglionares); 
 Neurônios que fazemsinapse com a coluna posterior; 
o Ex: regulação da entrada de estímulos dolorosos no SNC. 
 Neurônios motores 
Principais vias: 
 Piramidal: 
o Via córtico-espinhal 
 Extrapiramidal: 
o Via rubro-espinhal 
o Via vestíbulo/retículo espinhal 
o Via tecto-espinhal 
Vias ascendentes na medula: 
 Fascículos grácil e cuneiforme 
o Grácil: inervação dos membros inferiores (do limite caudal da medula até torácica baixa); 
o Cuneiforme: inervação dos membros superiores (torácica alta/cervical) 
o Vias relacionadas com propriocepção consciente, tato discriminativo e sensibilidade 
vibratória. 
o Visíveis no funículo posterior. 
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 Tracto espino-talâmico: 
o Anterior: tato leve; 
o Posterior: Temperatura, dor aguda e bem localizada. 
 Tracto espino-retículo-talâmico 
o Dor lenta (queimação); 
 Tracto espino-cerebelar: 
o Posterior: propriocepção inconsciente 
o Anterior: Informação da atividade elétrica no tracto cérebro-espinhal. 
 
 
ANATOMIA DO TRONCO ENCEFÁLICO 
 
Localizado entre a medula e o diencéfalo; 
Ventralmente ao cerebelo. 
Constituído por três estruturas: 
 Bulbo (medula oblonga); 
 Ponte; 
 Mesencéfalo; 
O tronco cerebral é formado por: 
 Corpos neuronais, que se agrupam em núcleos; 
 Fibras nervosas; 
o Agrupadas em tractos, fascículos ou lemniscos. 
Muitos dos núcleos do tronco encefálico recebem ou emitem fibras nervosas que entram na constituição dos 
nervos cranianos. 
Identificação dos nervos cranianos é um importante aspecto no estudo do tronco encefálico. 
Partes do tronco encefálico: 
Bulbo 
 Formato de cone, cuja extremidade menor continua caudalmente com a medula. 
 Os limites do bulbo: 
o Inferior - está em um plano horizontal que passa imediatamente acima do filamento 
radicular mais cranial o 1º nervo cervical (nível do forame magno) 
o Superior - é dado pelo sulco bulbo-pontino; 
 (margem inferior da ponte). 
A superfície do bulbo é percorrida longitudinalmente por sulcos; 
 Contínuos com os sulcos da medula; 
 Estes sulcos delimitam as áreas: 
o Anterior; 
o Lateral; 
o Posterio. 
A fissura mediana anterior termina cranialmente no Forame Cego. 
 Divide a Pirâmide 
o Feixe compacto de fibras parte da via córtico-espinhal; 
o Estas fibras decussam na porção caudal do bulbo; 
 Decussação das pirâmides. 
 Entre os sulcos lateral anterior e lateral posterior está a oliva; 
o Formada pelo núcleo olivar inferior. 
o Ventralmente a ela saem os filamentos radiculares que formam o nervo hipoglosso (XII par 
craniano) 
 A metade caudal do bulbo é percorrida por um canal estreito; 
 Continuação do canal medular; 
o Este canal se abre para formar o 4º ventrículo. 
A porção posterior do bulbo é dividida pelos: 
 Sulco intermédio posterior e laterais posteriores; 
o Se continuam na medula espinhal. 
o Formado por dois grandes feixes ascendentes de fibras: 
 Fascículo Grácil; 
 Fascículo Cuneiforme; 
o Estes determinam o aparecimento dos tubérculos dos núcleos grácil e cuneiforme 
 Se afastam lateralmente para formar o 4º ventrículo. 
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Núcleos de nervos cranianos localizados no bulbo: 
 Hipoglosso; 
 Glossofagíngeo, 
 Vago; 
 Acessório; 
Ponte: 
 Situada entre o bulbo e o mesencéfalo 
 Possui diversas estriações que formam os Pedúnculos Cerebelares 
 Apresenta um único sulco na superfície ventral; 
o Sulco Basilar (onde se aloja a artéria basilar). 
 Contém os núcleos de diversos nervos cranianos: 
o Trigêmeo (V), 
 Emerge abaixo do pedúnculo cerebelar médio; 
o Abducente (VI), facial (VII) e vestíbulo-coclear (VIII); 
 Emergem do sulco bulbo-pontino. 
Mesencéfalo: 
 Interpõe-se entre a ponte e o diencéfalo. 
 É atravessado por um canal estreito 
o Aqueduto cerebral 
o Une os III e IV ventrículos. 
 A parte do mesencéfalo situada dorsalmente ao aqueduto cerebral; 
o Chama-se Tecto do Mesencéfalo 
 A porção ventral do mesencéfalo : 
o É o Pedúnculo Cerebral. 
Tecto do mesencéfalo: 
 Apresenta quatro eminências arredondadas: 
 Colículo Superior e Colículo Inferior 
 Separados por dois sulcos perpendiculares em forma de cruz 
 Caudalmente ao colículo inferior emerge o nervo troclear (IV par), 
 É o único nervo craniano que emerge dorsalmente 
Pedúnculos Cerebrais: 
 Aparecem como dois grandes feixes de fibras que surgem na borda superior da ponte 
 Divergem e penetram profundamente no cérebro. 
 É delimitado anteriormente por duas eminências diencefálicas – os corpos mamilares. 
Os pedúnculos cerebrais se dividem em: 
 Uma porção dorsal (tegmento); 
 Predominantemente celular; 
 Uma porção ventral (base do pedúnculo); 
 Formada por fibras longitudinais, 
 As duas porções são divididas por uma substância escura; 
 A substância negra 
 Formada por neurônios que contém melanina. 
4º ventrículo: 
 Situado entre: 
 As paredes dorsais do bulbo e da ponte e; 
 A porção ventral do cerebelo. 
 Se comunica: 
 Caudalmente com o canal medular; 
 Cranialmente com o aqueduto cerebral; 
 
 
FORMAÇÃO RETICULAR 
 
È a agregação mais ou menos difusa de neurônios de tamanhos e tipos diferentes 
 É estrutura intermediária ente substância branca e cinzenta. 
 É uma região muito antiga do SNC. 
 Preenche os “espaços vazios” entre os tractos ascendentes e descendentes 
 Estende-se dos níveis mais altos da medula ao diencéfalo. 
 Podem-se delimitar grupos relativamente definidos de neurônios (núcleos da formação reticular): 
o Núcleos da Rafe (nº 8); 
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 O núcleo mágno da rafe é o mais importante; 
 Apresenta neurônios serotoninérgicos; 
o Locus Ceruleus; 
 Assoalho do 4º ventrículo; 
 Apresenta neurônios noradrenérgicos; 
 Está envolvido com atenção e indução de sono paradoxal; 
o Substância Cinzenta Periaquedutal: 
 Circunda o aqueduto cerebral; 
 Rica em corpos celulares; 
 Envolvida com reação de defesa e analgesia; 
 Recebe e envia fibras para diversas áreas: 
 Córtex, hipotálamo, amigdala, etc. 
o Área Tegmentar Ventral: 
 Situa-se medialmente à substância negra; 
 Contem neurônios ricos em dopamina; 
Conexões da Formação Reticular: 
 Cérebro – se projeta e recebe aferências de: 
o Todo o córtex cerebral; 
o Hipotálamo ; 
o Sistema límbico. 
 Cerebelo – conexões bidirecionais 
 Medula: 
o Fibras rafe-espinhais; 
o Fibras retículo-espinhais e; 
o Fibras espino-reticulares. 
 Núcleos dos nervos cranianos. 
Funções da Formação Reticular: 
 Controle da atividade elétrica cortical – sono e vigília. 
 Controle eferente da sensibilidade: 
o Inibe ou modula a entrada de dor; 
o Prestar atenção ao filme e não ouvir o ventilador. 
 Controle da motricidade somática. 
 Controle do sistema nervoso autônomo. 
o Recebe influência do hipotálamo e sistema límbico; 
 Controle neuroendócrino. 
o Estimula a liberação de ACTH e ADH; 
 Integração de reflexos. Centro respiratório e vasomotor. 
o Controle de ventilação, pressão artéria e freqüência cardíaca. 
Controle da atividade elétrica cortical – sono e vigília: 
Sistema Ativador Reticular Ascendente (SARA): 
 Pesquisas demonstraram diferenças entre os traçados elétricos de animais com encéfalo isolado e 
cérebro isolado 
o Cérebro isolado: somente traçado de sono (o animal dorme sempre) 
o Encéfalo isolado: Ritmo diário normal (sono e vigília). 
 Levou à conclusão de que o ritmo de sono e vigília depende de estruturas localizadas no tronco 
cerebral. 
 Posteriormente, observou-se que um animal acorda com estimulação da formação reticular e dorme 
com a destruição de sua porção mais cranial. 
o Tal ativação o córtex cerebral se dá através dos Núcleos Inespecíficos do Tálamo. 
 O SARA é ativadotambém por estímulos sensoriais – por exemplo, um ruído forte. 
o Isto explica porque a redução nos estímulos sensoriais facilita o sono. 
 Obs.: O próprio córtex cerebral, através das vias cortico-reticulares, é capaz de manter a ativação da 
formação reticular, mantendo assim sua própria ativação. 
E o sono, como ocorre? 
o Núcleos específicos da formação reticular, ao serem estimulados, induzem o sono. 
o Animais seccionados no meio da ponte não dormem nunca – acredita-se que por não 
receberem os estímulos provenientes dos núcleos da rafe. 
 Coma: pode ser induzido por prejuízo ao SARA ou comprometimento do córtex cerebral propriamente. 
Centro Respiratório e Vasomotor: 
 Centro respiratório: localizado na formação reticular do bulbo. 
Produzido por Prof. Dr. Athelson Stefanon Bittencourt 29 
 
o Dele saem fibras retículo-espinhais que fazem sinapse com neurônios motores nas porções 
cervical e torácica da medula: 
 Os primeiros, pelo nervo frênico, inervam o diafragma; 
 Os segundos inervam os músculos intercostais 
o Importante salientar que ambos recebem aferências do tracto córtico-espinhal. 
 O centro respiratório é ativado por: 
o Inervação hipotalâmica 
o Concentração sanguínea de CO2. 
 Centro vasomotor: localizado na formação reticular do bulbo. 
o Coordena mecanismos que regulam o calibre vascular. 
 Informações sobre a pressão arterial chegam ao centro vasomotor através do nervo 
glossofaríngeo; 
 Este coordena respostas simpáticas e parassimpáticas. 
Neurônios e vias monoaminérgicas 
 Serotoninérgicas: 
o Principalmente nos núcleos da rafe; 
o Inibição deste núcleo causa insônia; 
o Daí se projetam para diversas áreas do encéfalo: 
 Córtex cerebral; 
 Cerebelo; 
 Diencéfalo; 
 Noradrenérgicas: 
o O lócus ceruleus é o núcleo mais importante; 
o Envolvido com atenção e deflagra o sono paradoxal. 
 Dopaminérgicas: 
o Localizão: 
 Área tegmental ventral (FR); 
 Projeta-se para córtex pré-frontal ; 
 Corpo amigdalóide; 
 Núcleo acumbens; 
 Substância negra; 
 Origina a via nigro-estriatal; 
 Controle motor somático; 
 
 
NERVOS CRANIANOS 
 
São nervos que fazem conexão com o encéfalo; 
Em nº de 12 pares 
Numerados em seqüência crânio caudal; 
Ligam-se ao tronco encefálico; 
 Exceto o nervo olfatório (I) e óptico (II); 
Os pares oculomotor (III), troclear (IV) e abducente (VI) inervam músculos do olho; 
 Oculomotor (III) 
o Eleva a pálpebra superior 
o M. reto superior e inferior e oblíquo inferior 
o Músculo ciliar e esfíncter da pupila; 
 Troclear (IV) 
o Músculo oblíquo superior do olho 
 Abducente (VI); 
o Músculo reto lateral do olho 
O trigêmeo (V) 
 Apresenta 3 ramos: 
o Oftálmico; 
o Maxilar; 
o Mandibular; 
 Sensibilidade geral? 
o Sensibilidade somática da pele da face e fronte; 
o Sensibilidade dos dentes; 
o 2/3 anterior da língua; 
o Músculos da mastigação; 
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o Mucosa da cavidade bucal, nariz e seios paranasais; 
o Conjuntiva ocular; 
o Propriocepção da articulação temporomandibular; 
 Pode produzir nevralgia com dor insuportável. 
Nervo facial (VII): 
 Emerge do sulco bulbo pontino; 
o Raiz motora e sensitiva; 
o Controle dos músculos da mímica; 
o Glândulas submandibulares (via parassimpática); 
o Glândula lacrimal (via parassimpática); 
o Sensibilidade gustativa de 2/3 anteriores da língua 
Nervo vestíbulo coclear (VIII): 
 Exclusivamente sensitivo; 
 Funções e origens distintas; 
 Penetra no sulco bulbo-pontino (próximo do VII); 
o Passa no meato acústico interno; 
 Parte vestibular; 
o Equilíbrio; 
 Parte coclear; 
o Audição; 
 Lesão pode provocar dificuldade auditiva e de equilíbrio; 
Nervo glossofaríngeo (IX): 
 É um nervo misto; 
 Emerge do sulco lateral posterior do bulbo; 
 Atravessa o forame jugular; 
 Apresenta dois gânglios 
o Superior; 
o Inferior 
 Função: 
o Gustação de 1/3 posterior da língua, 
o Sensibilidade da faringe, úvula, tonsilas, tuba auditiva e seio dos corpos carotídeos; 
o Inerva as glândulas parótidas (parassimpático); 
o Músculo constritor superior da faringe e m estilofarígneo; 
 Nevralgia produz: 
o Dor no 1/3 posterior da língua e faringe inclusive atingindo o ouvido. 
Nervo vago (X) (ou pneumogástrico) 
 Mais importante nervo craniano e parassimpático; 
 É misto; 
 É essencialmente visceral; 
 Emerge do sulco lateral posterior do bulbo; 
 Emerge do crânio pelo forame jugular; 
 Percorre o pescoço, tórax e termina no abdome, 
 Apresenta 2 gânglio: 
o Superior (jugular); 
o Inferior (nodoso); 
 O ramo interno do n. acessório reúne-se ao vago entre os dois gânglios; 
 Aferências: 
o Faringe; 
o Laringe; 
o Esôfago; 
o Traquéia; 
o Vísceras torácicas e abdominais; 
 Eferências: 
o Vísceras torácicas e abdominais; 
o Músculos da faringe e laringe; 
o Nervo laríngeo recorrente é o n. motor mais importante da laringe; 
 Apresenta fibras do n. acessório também; 
Nervo acessório (XI); 
 Diferente dos demais: 
o Apresenta raiz encefálica (bulbo); 
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o Raiz espinhal (5 ou 6 primeiros segmentos); 
 Penetra no crânio pelo forame magno; 
 Emerge do crânio pelo foram jugular 
 Ramo: 
o Interno; 
 Atende laringe e vísceras torácicas; 
o Externo: 
 Atende ao músculo trapézio e esternocleidomastóideo. 
Nervo hipoglosso (XII) 
 Essencialmente motor; 
 Emerge do sulco lateral anterior do bulbo; 
 Emerge do crânio pelo canal do hipoglosso; 
 Controla os músculos intrínsecos e extrínsecos da língua; 
 Lesão no hipoglosso resulta: 
 Paralisia de uma metade da língua; 
 A protusão desloca a língua para o lado lesado; 
Inervação da língua; 
 Trigêmeo; 
 Facial 
 Glossofaríngeo 
 Hipoglosso 
 
 
 
ANATOMIA DO DIENCÉFALO 
 
Diencéfalo, juntamente com o telencéfalo, forma o prosencéfalo, ou CÉREBRO, que ocupa 80% da 
cavidade craniana. 
Embora intimamente relacionados, telencéfalo e diencéfalo apresentam características próprias – por isso 
são estudados separadamente. 
O diencéfalo é formado pro: 
 Hipotálamo; 
 Subtálamo; 
 Epitálamo; 
 Tálamo; 
HIPOTÁLAMO: 
 Área pequena do diencéfalo, situada abaixo do tálamo; 
o Corresponde à 4g em 1,4kg de encéfalo. 
o Constituído fundamentalmente de substância cinzenta; 
o No plano mediano, o hipotálamo é separado do tálamo pelo Sulco Hipotalâmico. 
 O hipotálamo é atravessado por um importante feixe de fibras, o FÓRNIX: 
o Termina nos corpos mamilares; 
o Permite dividir o hipotálamo em 
 Área medial; 
 Entre o fórnix e a parede lateral do III ventrículo; 
 Rica em substância cinzenta; 
 Contém os principais núcleos do hipotálamo; 
 Área lateral; 
 Lateralmente ao fórnix; 
 Predominância de fibras de direção longitudinal; 
 Passagem do feixe prosencefálico medial (faz conexões aí também); 
o Conexão bidirecional entre área septal e formação reticular do 
mesencéfalo; 
 Importante função, principalmente no controle da atividade visceral. 
 Estruturas visíveis na base do encéfalo: 
o Corpos mamilares 
o Quiasma óptico 
 Recebe fibras dos nervos ópticos que ali cruzam em parte; 
 E segue pelos tractos ópticos até os corpos geniculados laterais. 
o Infundíbulo: formação nervosa em forma de funil que prende a hipófise ao hipotálamo. 
o Tuber cinéreo. 
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 O hipotálamo pode ser dividido em três regiões, rostro-caudalmente: 
o Hipotálamo supra-óptico; 
 Estrutura acima do quiasma óptico; 
 Núcleo supraquiasmático; 
 Núcleo supraóptico; 
 Núcleo Paraventricular; 
o Hipotálamo tuberal; 
 Onde se liga o infundíbulo; 
 Compreende o tuber cinéreo e o que está acima; 
 Núcleo ventromeidal; 
 Núcleo dorsomedial; 
 Núcleo

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