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Tecido Nervoso_2015

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TECIDO NERVOSO
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INTRODUÇÃO
☼ O sistema nervoso é o principal regulador de nossas funções, exercendo controle sobre quase todas as atividades ou eventos que ocorrem a cada momento no nosso corpo. Tal controle é feito através da transmissão de impulsos que percorrem os diversos circuitos neuronais e liberação de mediadores químicos através das numerosas terminações encontradas nas células nervosas.
☼ Em nós, humanos, o sistema nervoso atingiu o mais alto e sofisticado grau de desenvolvimento (quando comparado com o de outros animais mais inferiores) possibilitando que executemos atividades bastante complexas como pensamento, planejamento, emoções, comunicação pela fala e pela escrita e, com isso permitindo que continuemos a aprofundarmos cada vez mais as nossas possibilidades de sobrevivência.
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TECIDO NERVOSO
 O sistema nervoso é constituído por todos os tecidos nervosos do organismo.
SNC
SNP
Encéfalo
Medula espinhal
Nervos, gânglios e terminações nervosas
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FUNÇÕES BÁSICAS DO SISTEMA NERVOSO
A ) Função Sensorial
A todo momento nosso sistema nervoso recebe milhares de informações oriundas de receptores espalhados por todo nosso corpo, dos mais variados tipos e adaptados a excitarem-se aos mais variados tipos de estímulos.
Dessa forma, informações como visão, audição, olfato, tato, gustação constantemente atingem nosso cérebro informando-o do que se passa com o nosso corpo. 
Além das informações acima, que chegam inclusive à nossa consciência, numerosas informações chegam a todo instante e nem sequer atingem áreas relacionadas à consciência, mas informam o sistema nervoso a respeito da situação do corpo a cada momento. Ex.: Receptores localizados na parede de grandes vasos excitam-se com a distensão dos mesmos, quimioceptores excitam-se quando certas alterações químicas (como redução da concentração de oxigênio ocorre no meio ou quando a concentração de certos íons ultrapassa certos níveis) ocorrem e enviam tais informações ao sistema nervoso central, etc.
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FUNÇÕES BÁSICAS DO SISTEMA NERVOSO
B) Função integrativa
Através desta função o sistema nervoso nos permite processar as informações recebidas a cada instante, armazená-las em bancos de memórias ou mesmo utilizá-las associando-as às novas sensações recebidas a cada instante. Através da função integrativa o sistema nervoso também nos permite pensar, raciocinar, calcular, planejar, sentirmos emoções, etc.
C) Função motora
Com esta função o sistema nervoso controla nosso corpo, comanda as contrações dos diversos músculos, sejam os mesmos esqueléticos, cardíaco ou lisos, controla as secreções das diversas glândulas, endócrinas ou exócrinas, controla o tônus vasomotor ideal a cada instante, o ritmo respiratório ideal, o peristaltismo intestinal.
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Tecido Nervoso
Constituído por dois tipos de células:
 Células nervosas  Neurônios
 Células de Sustentação  
 Neuróglia ou Glia - (SNC) 
 Células de Schwann - (SNP) 
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NEURÔNIOS
Para executar suas funções, nosso sistema nervoso funciona como um verdadeiro processador de dados, como um computador. 
Como num computador, as informações trafegam a todo instante através de verdadeiros e complexos circuitos formados por células vivas, feitas de material orgânico, carboidratos, proteínas e gorduras, que se comunicam umas com as outras através da liberação de substâncias químicas (os mediadores químicos) em suas extremidades. 
As informações trafegam, ao invés de condutores ou cabos, através de fibras nervosas, na forma de impulsos nervosos (potenciais de ação, que se propagam ao longo do axônio da célula nervosa).
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NEURÔNIOS 
As células responsáveis por todo o processamento de informações no sistema nervoso são denominadas neurônios. Existem mais de 100 bilhões dessas células em nosso sistema nervoso. São células que quando excitadas, despolarizam-se e a despolarização, cada vez que ocorre,  propaga-se ao longo de um prolongamento da célula, o axônio. 
Na extremidade do axônio existem numerosas ramificações (dependendo da célula, o número de ramificações axônicas varia desde algumas centenas até algumas centenas de milhares ramificações num único axônio). 
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NEURÔNIOS (continuação)
Cada ramificação axônica termina de forma dilatada e libera, com a chegada de cada potencial de ação, mediadores químicos em sua extremidade, através de sua membrana. Tais mediadores, em contato com a membrana de um outro neurônio, alteram a permeabilidade da membrana desta outra célula excitável a certas substâncias dissolvidas no líquido intra ou extra celular (Na, K, etc.), tornando-a mais excitável ou mais inibida, dependendo das características da substância química liberada e dos receptores localizados na membrana da célula receptora.  
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NEURÔNIOS (continuação)
A comunicação entre uma célula excitável e outra célula excitável, através da liberação de mediadores químicos, denomina-se sinápse. Portanto, através de numerosas sinápses os neurônios comunicam-se uns com outros. podendo existir num único neurônio, milhares de sinápses. 
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COMPONENTES DOS NEURÔNIOS 
Pericário ou corpo celular: é nesta estrutura que se dá a síntese protêica, sendo também nesta aqui  que ocorre a convergência das correntes elétricas geradas na árvore dendrítica. Cada corpo celular neuronal contém apenas um núcleo. É também nesta estrutura que estão alojadas todas as funções celulares em geral. É centro trófico da célula.
Dendritos: São extensões citoplasmáticas  ou prolongamentos especializados em receber e transportar os estímulos das células sensoriais, dos axônios, e de outros neurônios. Possuem múltiplas ramificações e extremidades arborizadas, o que lhes dá a capacidade de receber multiplos estimulos de vários neurônios simultaneamente.
Axônios: são prolongamentos únicos (exceto nas células amácrinas da retina), de calibre constante ao longo da ramificação. Os axônios têm como função  a condução dos impulsos elétricos que partem do corpo celular para outros neurônios, músculos, ou glândulas. 
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COMPONENTES DOS NEURÔNIOS 
Pericário
Dendritos
Axônio
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COMPONENTES DOS NEURÔNIOS (cont.)
AXÔNIO: Em toda sua extensão, o axônio é envolvido por células que se dispõem em torno de sua superfície, formando um envoltório espiralado que constitui a chamada bainha de Schwann ou neurilema. Em muitos axônios, as células de Schwann, enrolando-se em espiral no axônio, determinam a formação de um invólucro membranoso pluriestratificado. Esse invólucro, de natureza lipídica, é denominado bainha de mielina. Essa bainha atua como isolante elétrico e contribui para o aumento da velocidade de propagação do impulso nervoso ao longo do axônio. A bainha de mielina, porém, não é contínua. 
Entre uma célula de Schwann e outra existe uma região de descontinuidade da bainha, o que acarreta a existência de uma constrição (estrangulamento) denominada nódulo de Ranvier. Existem axônios em que as células de Schwann não formam a bainha de mielina. Por isso, há duas variedades de axônios: os mielínicos e os amielínicos. 
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COMPONENTES DOS NEURÔNIOS 
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 CÉLULA DE SCHWANN
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 NÓDULO DE RANVIER
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COMPONENTES DOS NEURÔNIOS (cont.)
Fibras Nervosas: As fibras nervosas são formadas pelos prolongamentos dos neurônios (dendritos ou axônios) e seus envoltórios Cada fibra nervosa é envolvida por uma camada conjuntiva denominada endoneuro. Assim, em uma fibra mielinizada, temos três bainhas envolvendo o axônio: bainha de mielina (de natureza lipídica), bainha de Schwann e o endoneuro. 
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COMPONENTES DOS NEURÔNIOS (cont.)
 
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COMPONENTES NEURONAIS (Fibras Nervosas)
 
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CLASSIFICAÇÃO DOS NEURÔNIOS QUANTO AO TAMANHO E FORMA DOS SEUS PROLONGAMENTOS:
Multipolares – mais de dois prolongamentos celulares;
b) Bipolares – um dendrito
e um axônio;
c) Pseudounipolares – apresentam próximo ao corpo celular um prolongamento único, que logo se divide em dois.
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Baseado no número de prolongamentos que se estendem a partir do corpo celular os neurônios são classificados como:
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CLASSIFICAÇÃO DOS NEURÔNIOS QUANTO A FUNÇÃO:
►MOTORES (eferentes): controlam órgãos efetores, como glândulas e fibras musculares.
► SENSORIAIS (aferentes): recebem estímulos do organismo ou do ambiente.
► INTERNEURÔNIOS: estabelecem conexões entre outros neurônios, formando circuitos complexos. 
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SINAPSE
Sinapses são regiões de conexão química estabelecidas entre um neurônio e outro ou entre um neurônio e uma fibra muscular ou entre um neurônio e uma célula glandular. 
Logo, as sinapses podem ser interneurais (entre um neurônio e outro), neuromusculares (entre um neurônio e uma fibra muscular) ou neuroglandulares (entre um neurônio e uma célula glandular). 
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SINAPSE
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SINAPSE (contin.)
Um neurônio não se comunica fisicamente com outro neurônio nem com a fibra muscular ou com a célula glandular. Existe entre eles um microespaço, denominado espaço sináptico, no qual um neurônio transmite o impulso nervoso para outro através da ação de mediadores químicos ou neurormônios. 
Os neurormônios mais comuns são as acetilcolina e a adenalina. Assim, as fibras nervosas podem ser classificadas, basicamente em colinérgicas (quando liberam acetilcolina) ou adrenérgicas (quando liberam adrenalina). 
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Sinapse
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Células de sustentação do tecido nervoso
Além dos neurônios, o sistema nervoso apresenta-se constituído pelas células glia, ou células gliais, cuja função é dar sustentação aos neurônios e auxiliar o seu funcionamento. 
As células da glia constituem cerca de metade do volume do nosso encéfalo. Há diversos tipos de células gliais. 
Os astrócitos, por exemplo, dispõem-se ao longo dos capilares sanguíneos do encéfalo, controlando a passagem de substâncias do sangue para as células do sistema nervoso.
 Os oligodendrócitos e as células de Schwann enrolam-se sobre os axônios de certos neurônios, formando envoltórios isolantes.
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Células de sustentação do tecido nervoso
► TIPOS CELULARES: astrócitos, oligodendrócitos, micróglia e células ependimárias (presentes no SNC ao lado dos neurônios); células de Schwann (SNP) 
Estas células não geram impulsos nervosos e nem formam sinapses, mas participam do controle do meio químico onde estão localizados os neurônios. 
Ao contrário dos neurônios, estas células são capazes de se multiplicarem por mitose. 
Na vida embrionária estas células participam da orientação do crescimento dos dendritos e axônios, o que leva à formação de sinapses adequadas.
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Células de sustentação - ASTRÓCITOS
►São as maiores células da neuróglia e estão associados à sustentação e à nutrição dos neurônios. 
► Preenchem os espaços entre os neurônios, regulam a concentração de diversas substâncias com potencial para interferir nas funções neuronais normais (Ex. concentrações extracelulares de K), regulam os neurotransmissores (restringem a difusão de neurotransmissores liberados e possuem proteínas especiais em suas membranas que removem os neurotransmissores da fenda sináptica). 
► Estudos recentes também sugerem que podem ativar a maturação e a proliferação de células-tronco nervosas adultas.
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Células de sustentação - ASTRÓCITOS
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Células de sustentação - ASTRÓCITOS
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Células de sustentação – ASTRÓCITOS
► Podemos distinguir os astrócitos, por suas variações morfológicas decorrentes de suas diferentes localizações, nos seguintes tipos:
Astrócito protoplasmático – com várias ramificações curtas, essencialmente ocorre na substância branca.
* Astrócito fibroso – com prolongamentos longos com poucas ramificações, essencialmente ocorre na substância cinzenta.
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 astrócito 
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 astrócito protoplasmático 
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 astrócito fibroso 
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Células de sustentação e Nutrição do SNC
Células da Neuróglia 
Possuem numerosos prolongamentos que se estendem dos vasos sangüíneos e aos neurônios, onde se expande. 
(Astro = estrela; cyte = célula)
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►Possuem um corpo celular arredondado e de pequenas dimensões, com poucos prolongamentos, curtos, finos e pouco ramificados
► São encontrados apenas no sistema nervoso central 
Funções:
Exercem papeis importantes na manutenção dos neurônios 
- Síntese das bainhas de mielina dos axônios do SNC
OLIGODENDRÓCITOS
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(Oligo = poucos; dendro = árvore)
Produzem a bainha de mielina no SNC; cada oligodendrócito enrola mielina em torno de vários axônios.
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(Oligo = poucos; dendro = árvore)
Produzem a bainha de mielina no SNC; 
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(Oligo = poucos; dendro = árvore)
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MICRÓGLIA
A micróglia é constituída por células fagocitárias, análogas aos macrófagos e que participam da defesa do sistema nervoso.
Possuem núcleo alongado e denso, semelhante à morfologia do restante da célula. 
São em pequena quantidade e apresentam prolongamentos curtos, cobertos por finas saliências que fazem com que pareçam ser espinhosos. 
FUNÇÕES:
 Defesa imunológica do SNC (têm capacidades fagocitárias e antigênicas)
- Ingerem e destroem bactérias e células; ao morrerem, segregam proteínas que atraem macrófagos do sistema imunitário para o local infectado.
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Micróglia (micro = pequeno; glia = cola
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Micróglia (micro = pequeno; glia = cola)
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Micróglia (micro = pequeno; glia = cola)
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►
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Micróglia (micro = pequeno; glia = cola)
►
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 CÉLULAS EPENDIMÁRIAS 
Histologicamente, derivam do revestimento interno do tubo neural primitivo e possuem arranjo epitelial, enquanto que as demais células têm prolongamentos, que se transformarão em células da glia ou neurônios.
 
Estas células estão em contato com o líquido cefalorraquidiano, encontrado nas cavidades que este “epitélio” reveste, como as cavidades do encéfalo e da medula. 
 
Sua morfologia é cilíndrica com a base afilada e geralmente ramificada, formando prolongamentos que se deslocam no interior do tecido nervoso. Seus núcleos são  alongados.
Durante as fases embrionárias, as células ependimárias são ciliadas. No animal adulto algumas mantém este caráter. 
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( Ependyma = revestimento superior)
Revestem os ventrículos do encéfalo (preenchidos por líquido cefalorraquidiano) e o canal central da medula espinhal, participam da formação dos plexos.
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 SUBSTÂNCIA BRANCA E CINZENTA
● No sistema nervoso central há uma certa segregação entre os corpos celulares dos neurônios e os seus prolongamentos. Isto faz com que sejam reconhecidas no encéfalo e na medula espinhal duas porções distintas, denominadas substância branca e substância cinzenta. 
 
● A substância cinzenta é assim chamada porque mostra essa coloração quando observada macroscopicamente. É formada principalmente por corpos celulares de neurônios e células da glia, contendo também prolongamentos de neurônios.
 
● A substância branca não contém corpos de neurônios, sendo constituída prolongamentos de neurônios e células da glia.  Seu nome origina-se da presença de grande quantidade de um material esbranquiçado (mielina), que envolve certos prolongamentos dos neurônios (axônios).
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Substância Branca
Substância Cinzenta
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Substância Branca
Substância Cinzenta

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