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Governança de TI e internet

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Governança de TI e Internet| Melhores Análises, Melhores Insights 2 
 
Índice 
Como Traduzir Custos em Valor - Integrando BSC e TI 3 
Contra-Governança, Leis de Newton & Governança de TI 7 
Governança de TI para Modelos de Negócios Únicos 10 
Governança para Web: Imperativa para o 
Crescimento Organizado 13 
Mobilidade Corporativa: Barreira Está no Modelo 16 
Pessoas, Processos e Tecnologia - a Base para Uma 
Gestão Eficiente 17 
Web como Rede É Complicado. Transforme-a em Ferramenta 19 
Web-Governar é Preciso... 21 
A Governança de TI em um Mundo Globalizado 23 
CIO: Cuide do Seu Jardim! 27 
Da Convergência Digital à Convergência Corporativa 29 
 
 
 
 
 
 
 
Governança de TI e Internet| Melhores Análises, Melhores Insights 3 
 
Como Traduzir Custos em Valor – 
Integrando BSC e TI 
 
Muitos CIOs já se deram conta da insuficiência de se medir o valor (e os gastos) 
associado à TI simplesmente com métricas tecnológicas. Este é o grande paradoxo de 
TI. De um lado, exerce um papel importante na geração de valor e crescimento do 
negócio (através da automação, revisão de processos, inovação, etc); de outro, é 
geralmente incapaz de provar seu valor. 
O Grande Paradoxo de TI 
A razão disso é que os demais executivos da organização são incapazes de traduzir 
métricas tecnológicas em métricas de “valor”. Para eles, métricas tecnológicas 
significam “nada” (ou seja, não contribuem para a geração de valor). E, como 
significam “nada”, são tratadas como custos. Ao serem tratadas como custos, passam 
a ser objetos de redução de custos... e o resto da história todos já sabemos... 
Os demais executivos de uma organização precisam ser capazes de compreender como 
a infra-estrutura, processos e aplicativos de TI auxiliam no atingimento dos objetivos 
corporativos e na geração de valor para a empresa e para seus acionistas. 
A adoção de métricas estratégicas baseadas em modelos como o BSC permite aos 
responsáveis pela TI migrarem da “linguagem dos custos” para a “linguagem do 
valor”. 
 
O BSC é uma metodologia que permite monitorar o desempenho de uma 
organização à luz de suas escolhas estratégicas. 
Apresentando o BSC 
A metodologia utiliza métricas financeiras e não financeiras para gerenciar as partes de 
uma organização que não estão alcançando o desempenho esperado. Uma pesquisa 
realizada pela consultoria Bain & Company revelou que cerca de 60% das grandes 
empresas mundiais utilizam o BSC – em algum nível de implementação - como 
ferramenta estratégica. 
 
Governança de TI e Internet| Melhores Análises, Melhores Insights 4 
 
 
O modelo original prevê quatro dimensões: Financeira, Clientes e Mercados, Processos 
Internos e Aprendizado & Crescimento. Tais dimensões são contrapostas à luz da 
missão e da estratégia da organização. Da mesma forma, o BSC pode incorporar em 
seu modelo a gestão do desempenho da TI e sua contribuição aos objetivos da 
organização. 
Modelo de BSC Tradicional 
Trecho da entrevista Dr. Kaplan à Management TV sobre BSC (duração 4 min) 
Sugestão de Vídeo: 
Link: http://www.youtube.com/watch?v=_A02vKgE4NQ&feature=related 
Legenda em Português 
 
Martinsons e Tse* sugeriram uma modificação no modelo tradicional que permite 
gerenciar a TI estrategicamente. De acordo com os autores, as quatro perspectivas 
seriam: 
Integrando BSC e TI 
1. Orientação ao Futuro (ante Aprendizado) - Como garantir a melhoria futura? 
2. Orientação ao Usuário (ante Cliente) - Como os clientes enxergam TI? 
 
Governança de TI e Internet| Melhores Análises, Melhores Insights 5 
 
3. Valor para o Negócio (ante Financeiro) - Como garantir que a TI gere valor para 
o negócio? 
4. Excelência Operacional (ante Processos Internos) - Como garantir que TI seja 
eficiente? 
 BSC de TI 
 
 
Governança de TI e Internet| Melhores Análises, Melhores Insights 6 
 
Comunicar a contribuição da TI para a geração de valor do negócio é muito 
importante. Dessa maneira evita-se que o orçamento de TI seja tratado apenas como 
custo e, portanto, objeto de “redução de custos”. 
Conclusão 
A utilização de um framework modificado a partir da dinâmica do BSC pode permitir a 
tradução das métricas tecnológicas da TI em métricas de performance de negócios e 
métricas estratégicas de valor. Dessa maneira, o foco em redução de custos passa a ser 
um foco importante em gestão de performance; ap passo que a inovação via TI pode 
ser, por exemplo, relevante para a geração de valor. Para tanto, é necessário que os 
gestores de TI sejam capazes de identificar e selecionar as métricas relevantes para seu 
negócio a partir dos drivers estratégicos da organização, do mercado e do modelo 
produtivo-operacional da empresa. 
Caso tenha interesse em conhecer mais sobre a metodologia entre em contato 
conosco. 
Links: 
Referências 
* http://maaw.info/ArticleSummaries/ArtSumMartinsonsDavisonTse99.htm 
 
http://www.e-consultingcorp.com.br/midia/ultimos-artigos/como-traduzir-custos-em-
valor-2013-integrando-bsc 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Governança de TI e Internet| Melhores Análises, Melhores Insights 7 
 
 
Contra-Governança, Leis de Newton 
& Governança de TI 
 
O conceito de Contra-Governança foi originalmente cunhado para explicar o processo 
de ruptura nas formas tradicionais de comunicação em massa. 
A premissa do conceito é que a comunicação em massa explorava o fato de ser 
unidirecional – e, portanto não participativa e colaborativa - para embutir em usuários-
consumidores a sua visão de mundo (representada por seus padrões, tecnologias e 
produtos preferidos). 
Os chamados canais de massa (tanto TV e rádio quanto canais de distribuição de 
produtos/ serviço em massa), com suas capacidades únicas de audiência, influência e 
capilaridade, foram utilizados pelas empresas como plataformas de transformar 
tendências (políticas, sociais, culturais, tecnológicas e de consumo) em verdades 
absolutas e inquestionáveis. 
Afinal, quem ousaria duvidar da seriedade do apresentador do telejornal ou da 
qualidade dos produtos veiculados em seu intervalo? O mesmo se deu em tecnologia; 
afinal se os “experts” recomendam a utilização de determinada tecnologia, eles 
provavelmente fizeram testes criteriosos, certo? Se os “experts” dizem que a Apple é 
“cool”, ela provavelmente o deve ser, não é verdade? Quantas tecnologias não se 
tornaram padrão por terem sido ovacionadas pelos “experts” de plantão? 
A chegada da Web 2.0 e da mobilidade traz consigo as sementes da ruptura. A “massa” 
se transformou em “nicho” e o “macro” em “micro”. O marketing de massa se 
transformou em marketing one-to-one. O que aconteceu com Marketing se dará com a 
TI. A contra-governança chega a TI e esse é o conceito expandido que estamos 
defendendo. 
Contra-Governança chega à TI e questiona até Newton 
A 3ª Lei de Newton, sob a ótica de negócios, pode ser compreendida sob a seguinte 
ótica: Quando um Ator A (“empresas) exerce uma força (“padrões impostos”) em B 
(“usuários-consumidores”), B simultaneamente exerce uma força sobre A (“aceitação 
de produtos e padrões”), em mesma intensidade e direção inversa. 
 
Governança de TI e Internet| Melhores Análises, Melhores Insights 8 
 
“To every action there is always an equal and opposite reaction: or the forces of two 
bodies on each other are always equal and are directed in opposite directions.”Esse movimento de Contra-Governança, caracterizado pelo descontrole de uso, 
formatos e padrões tecnológicos dentro das empresas (hoje muitos aplicativos e 
conteúdos são grátis, por download, customizável e imediato) redefiniu, de certa 
forma, a terceira de Lei de Newton. Agora, a reação não se dá na direção contrária, 
mas sim em formato de dispersão. Na Web 2.0, as leis da mecânica são substituídas 
pelas leis do caos. A reação aos movimentos de A se darão em várias formas 
(concordar, reforçar, refutar, compartilhar, descartar), por vários grupos (heavy users, 
soft users, followers, prospects, etc) e em vários momentos (hoje, amanhã, nunca). 
 
E mais: conceitos e leis tradicionais, como a que prega que 2 corpos não podem ocupar 
o mesmo lugar no espaço, bem como a lei de que um corpo não pode estar 
simultaneamente em 2 lugares ao mesmo tempo praticamente são sabotadas, com os 
diversos avatares e personagens criados pelos usuários. 
 E Agora Governança de TI? 
 
Governança de TI e Internet| Melhores Análises, Melhores Insights 9 
 
A Governança de TI deriva da Governança Corporativa, que por sua vez se reforçou a 
partir dos escândalos que culminaram com as regulações de compliance da Lei 
Sarbanes Oxley. Uma das maneiras de se compreender a Governança de TI é entender 
que se trata de um modelo que visa padronizar as decisões, regras e gestão para 
encorajar comportamentos desejáveis para TI, da aquisição, desenvolvimento e 
customização, ao uso e disseminação. As intenções da Governança de TI são garantir a 
máxima performance e previsibilidade dos sistemas de TI, com o mínimo possível de 
riscos e impactos diretos e indiretos. 
No entanto, isso é compreendido de maneira diferente por muitos usuários e 
consumidores de TI (sejam de sistemas, aplicativos, produtos ou conteúdos). A 
Governança de TI tem sido compreendida como um conjunto de regras arbitrárias, 
impostas por “alguém lá em cima” para defender práticas pouco funcionais. Para os 
usuários corporativos, principalmente os mais jovens (entre 20 e 30 anos), Governança 
de TI é algo que atrapalha sua experiência de uso/consumo da tecnologia e, ainda por 
cima, torna os fluxos internos mais burocráticos e lentos. 
Afinal, para quê esperar (ou como justificar) que determinada funcionalidade ou 
aplicativo que o RH ou o Marketing precisam com rapidez seja implementada em 2 ou 
3 meses, com inúmeras idas e vindas de validação de escopo e testes, se a nuvem da 
Web oferece ferramentas em ASP ou aplicativos para download, gratuitamente ou a 
custos módicos, que fazem “quase” exatamente o que RH ou Marketing necessitam? 
Os ingredientes para o surgimento de movimentos de Contra-Governança estão sobre 
a mesa. E rapidez, flexibilidade, disponibilidade, atualização e baixos custos são alguns 
deles. Isso afora, ainda existem outros ingredientes mais apimentados, como o 
questionamento à imposição de padrões, a defesa de interesses individuais e a 
oposição às relações unidirecionais. 
Usuários-consumidores já estão buscando suas soluções de TI na “nuvem” e em 
formatos como o SaaS. O modelo tradicional de distribuição, precificação e 
desenvolvimento de TI já está sendo questionado. 
 De maneira similar ao ocorrido com o Marketing, a TI e seus CIOs deverão ser capazes 
de lidar com esse novo mindset de preferências e expectativas de seus usuários-
consumidores. 
A TI continuará a ter um papel indispensável na gestão operacional e na contribuição 
às formulações estratégicas da empresa. A diferença agora é que seu desempenho 
será avaliado também por outras variáveis, como capacidade de customização, 
flexibilidade e velocidade (time to market). 
 
Governança de TI e Internet| Melhores Análises, Melhores Insights 10 
 
 
Link: http://www.e-consultingcorp.com.br/midia/ultimos-artigos/contra-governanca-leis-de-
newton-governanca-de-ti 
 
Governança de TI e Internet| Melhores Análises, Melhores Insights 11 
 
Governança de TI para Modelos 
de Negócios Únicos 
 
Quando procuramos desenvolver cenários que representem a competitividade futura 
da grande maioria dos mercados, é inevitável compreender que dentre as diversas 
forças de influência, a evolução tecnológica será a que terá maior impacto e influência 
na forma de se fazer negócios. Por este motivo, grande parte da evolução futura das 
organizações passará por habilitar e beneficiar tecnologicamente seus processos – 
sejam eles core ou periféricos – como caminho para adoção de padrões superiores de 
complexidade que viabilizem o desenvolvimento de modelos de negócio únicos. 
Conforme as novas camadas de possibilidades derivadas da evolução tecnológica são 
absorvidas pelo modus operandi das empresas, gerenciá-las, tanto de forma 
estratégica - garantindo alinhamento aos objetivos corporativos - como no âmbito 
tático e operacional, torna-se um desafio sem tamanho para aquelas empresas que 
não evoluem em seus instrumentos e frameworks de governança e gestão. 
Diante deste contexto, o aumento da relevância que a Governança de TI e a 
normatização dos Modelos de Gestão assumem dentro da Governança Corporativa é 
proporcional, considerando que esta consiste em um conjunto de processos e 
diretrizes que orientam a conduta dos gestores para a tomada de decisão, garantindo 
a preservação dos direitos e interesses dos stakeholders da organização, 
essencialmente o de seus acionistas. 
Tratando especificamente do primeiro, Governança de TI, podemos entendê-lo como a 
estrutura de políticas, relações e processos que permitem o gerenciamento 
balanceado do risco com o retorno do investimento de TI. Para muitas organizações, a 
informação e a tecnologia que suportam o negócio representam o seu mais valioso 
recurso e são essenciais para que a TI suporte as tomadas de decisão de forma rápida, 
constante e com custos cada vez mais baixos. 
Os caminhos para que a TI atinja os objetivos de uma auto-governança eficiente e 
alinhada aos padrões internacionais são muitos, representados pela famosa sopa de 
letrinhas de TI. Dentre as principais metodologias, detalhamos aquelas que possuem 
alta relevância para TI: Cobit, ITIL, CMMI e CGEIT, e apesar de modelos mais genéricos 
e aplicáveis a diversas áreas, 6 Sigma e PMP também entram no bolo. 
 
Governança de TI e Internet| Melhores Análises, Melhores Insights 12 
 
O COBIT (Control Objectives for Information and Related Technology) é um guia de 
boas práticas apresentado como framework, dirigido para a gestão de tecnologia de 
informação (TI). 
Especialistas em gestão e institutos independentes recomendam o uso do CobiT como 
meio para otimizar os investimentos de TI, melhorando o retorno sobre o investimento 
(ROI) percebido, fornecendo métricas para avaliação dos resultados. 
O CobiT independe das plataformas de TI adotadas nas empresas, tal como independe 
do tipo de negócio e do valor e participação que a tecnologia da informação tem na 
cadeia produtiva da empresa. Dessa forma, é a metodologia mais conhecida e 
adotada, ainda mais pelo benefício relacionado de que 80% de seus processos 
suportam a lei americana Sarbanes-Oxley (Sox), de 2002, que criou mecanismos de 
auditoria e segurança para as empresas, obrigatório para aquelas listadas na Bolsa de 
Valores de NY. 
Já a ITIL, (Information Technology Infrastructure Library) é um conjunto de boas 
práticas a serem aplicadas na infraestrutura, operação e manutenção de serviços de 
tecnologia da informação (TI). A ITIL possui uma dimensão mais voltada a ampliação da 
visão operacional do ambiente de TI e seus standards e SLAs, com menos foco na 
gestão e integração com o negócio em comparaçãocom o COBIT. 
Aprofundando o aspecto tático e operacional da ITIL, o CMMI (Capability Maturity 
Model Integration) é um modelo de referência que contém práticas (Genéricas ou 
Específicas) necessárias à maturidade em disciplinas específicas como ao processo de 
desenvolvimento de produtos e serviços ou processos de aquisição e terceirização de 
bens e serviços relacionados a TI. 
Dentre estas e as dezenas de outras metodologias de governança relacionadas a TI, a 
CGEIT (Certified in the Governance of Enterprise IT) busca consolidar sob um mesmo 
framework todo o conhecimento relacionado. Utilizando como base a biblioteca ITIL e 
também o COBIT, o CGEIT aborda alinhamento estratégico, gestão de recursos, gestão 
de riscos, mensuração de performance e entrega de valor, com a proposta de ser a 
certificação completa que destaca profissionais que possuem conhecimento, 
habilidade e experiência em maximizar a contribuição de TI para o sucesso da empresa 
em gestão e mitigação de riscos apresentados pela TI. 
No campo das metodologias de gestão, o conhecimento e aplicação das diretrizes do 
PMP e 6 Sigma trazem uma dimensão de negócios e resultado à TI. O PMO, Project 
Management Office (Escritório de Projetos) é uma atribuição normatizada pela 
certificação no modelo PMP, que atesta aos profissionais habilitados profundos 
conhecimentos nas boas práticas de gerenciamento de projetos, responsabilidade 
 
Governança de TI e Internet| Melhores Análises, Melhores Insights 13 
 
social e ética. O Seis Sigma, por sua vez é um conjunto de práticas originalmente 
desenvolvidas para melhorar sistematicamente processos produtivos. Hoje em dia, o 
Seis Sigma é visto como uma prática de gestão com ênfase no controle da qualidade, 
análise e solução de problemas, uso sistemático de ferramentas estatísticas e 
utilização do DMAIC (define-measure-analyse-improve-control: definir, medir, analisar, 
melhorar, controlar) e do PDCA (plan-do-check-action: planejar, executar, verificar, 
agir). 
A adoção de tais metodologias de Governança de TI e Gestão têm como objetivo maior 
melhorar o processo de análise de riscos e tomada de decisão de TI, garantindo 
alinhamento aos objetivos corporativos e principalmente à Governança Corporativa e 
seus padrões de excelência do mercado. 
Links: http://www.e-consultingcorp.com.br/midia/ultimos-artigos/governanca-de-ti-para-
modelos-de-negocio-unicos/?searchterm=gest%C3%A3o 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Governança de TI e Internet| Melhores Análises, Melhores Insights 14 
 
Governança para Web: Imperativa para o 
Crescimento Organizado 
Diversas organizações têm apresentado enormes dificuldades em criar, implementar 
e gerenciar uma estratégia digital. Dos ambientes e canais, à definição de públicos, 
modelos colaborativos, ferramentas, conteúdo e funcionalidades disponíveis, as 
corporações vêm se complicando em compreender como fenômenos do tipo 
convergência (multicanal, multiformato, multimídia), mobilidade, redes e 
comunidades, dentre outros, estão dominando a Internet e redefinindo seu papel e 
peso nas estratégias corporativas, principalmente no que chamamos na E-Consulting 
de tripé da Estratégia Web: Vendas, Relacionamento e Branding ou VRB. 
Acreditamos que essas dificuldades serão cada vez maiores tendo em vista que a 
presença das empresas na Web vai aumentar forçosamente (inclusive à sua revelia, 
nos chamados ambientes terceiros, onde marcas, produtos e serviços são objetos 
contínuos de opiniões, análises, críticas...), assim como a complexidade da mesma. 
Além disso, este aumento de demanda por presença e o crescimento das experiências 
em novas tecnologias, canais, modelos e formatos têm se dado de maneira 
desorganizada e desestruturada, uma vez que é latente a ausência de políticas, 
pessoas e processos adequados. 
Os riscos dessa desorganização são variados e não devem ser desprezados. Dentre eles 
podemos citar: 
• Baixa eficácia e pouca clareza nas ações digitais (comerciais, marketing, 
posicionamento, relacionamento, atendimento, etc), fator que pode canibalizar 
as ações off-line, confundindo estratégia, posicionamento, mensagem e, 
portanto, minimizando as chances de bons resultados, 
• Disponibilização de informações e conteúdo inconsistentes, desatualizados e 
desalinhados, gerando frustração e confusão nos diversos públicos, 
• Incapacidade de posicionar ambientes, mídias e ferramentas com o conteúdo 
certo, para os públicos certos, nos momentos certos, inclusive na Web aberta, 
• Incapacidade de escolher, moldar e gerir canais de forma integrada (abordagem 
multicanal, integração com CRM, etc), associada à baixa compreensão dos 
públicos de interação e seu life cycle, 
• Inconsistência nos modelos de colaboração com os diversos públicos, ora pouco 
atrativos, ora pouco interativos, ora pouco interessantes, 
 
Governança de TI e Internet| Melhores Análises, Melhores Insights 15 
 
• Baixa capacidade de gerenciar os ciclos de transacionais de clientes e 
consumidores, principalmente em ambientes multimídia e em relacionamentos 
continuados, 
• Inexistência de métricas e modelos de mensuração de performance e valor 
adequados à gestão corporativa – e não somente à gestão do canal, 
• Indefinição sobre autoridades e padrões, bem como sobre convocatórias e 
responsabilidades entre áreas e departamentos da empresa (ex. Marketing e TI 
ou Marketing e Clientes), 
• Riscos de litígio, problemas com segurança da informação, difamação nas redes 
2.0, presença em Sites de reclamação, gestão de problemas com 
atendimento/trocas/garantias/delivery, dentre outros fatores ligados às 
chamadas liabilities, 
• Gestão precária e sem rotina definida (ex. PDCA), baixa integração com os 
chassis operacional da empresa (processos e modelos de gestão), má gestão de 
projetos e iniciativas digitais (ex. PMO), orçamentos insuficientes, ausência de 
accountability clara e reconhecida, pouca ou nenhuma integração com a 
estratégia corporativa, desconexão das metas e modelos de compensação de 
empresa e escolha de tecnologias inadequadas ajudam a rechear a lista... 
A Governança da Web é, similarmente à Governança Corporativa e à Governança de 
TI, um instrumento capaz de fornecer modelos maduros de resolução destas questões, 
pois estabelece como os recursos (pessoas, tempo, dinheiro, etc) devem ser alocados 
frente às estratégias, objetivos e metas traçadas. 
A Governança da Web estabelece autoridades, responsabilidades e regras que são 
necessárias para efetivamente gerenciar todo o ciclo de operação digital da empresa, 
desde a concepção até a execução, independente de canais, ambientes, mídias, 
ferramentas, funcionalidades, públicos, conteúdo, formatos, finalidades, tecnologias e 
processos ligados. 
Podemos dizer, em suma, que uma boa Governança de Web, em qualquer dimensão 
relacional (B2C, B2B, C2C, etc) presume a perfeita orquestração entre o que 
chamamos de 3Ps (Pessoas, Processos e Padrões) da Gestão Digital. 
Pessoas Relacionado à definição de responsabilidades e autoridades 
(sponsors, matriz de responsabilidades, mapa de stakeholders 
impactados, clientes e fornecedores internos e internos, etc) 
Processos Métodos e modelos de organização e gerenciamento da 
operação digital da empresa, incluindo tecnologias, sistemas, 
funcionalidades, ferramentas, ambientes, canais, mídias, 
 
Governança de TI e Internet| Melhores Análises, Melhores Insights 16 
 
conteúdo, públicos, etc, além de rotinas de gestão, relatórios, 
métricas, dashboards, dentre outros. 
Padrões Definições de padrões (guidelines) a seremseguidos, em 
dimensões como Marcas, Mensagem, Conteúdo, Segurança 
da Informação, Gestão de Projetos, Qualidade, Questões 
Jurídicas, Gestão de TI, Modelagem e Integração de TI, 
Implementação e Operação de TI, Orçamentação, 
Investimentos, Bonificação, Desempenho e Remuneração, 
Relacionamento com Stakeholders Internos e Externos, 
Práticas de Compras, etc. 
 
Dentre os benefícios de adoção da Governança da Web podemos citar: 
• Aumento da eficácia, performance e resultados em função de maior controle e 
transparência dos processos e investimentos da empresa, 
• Definição de papéis, responsabilidades e processos de todo o ciclo de Web, 
facilitando o fluxo interno das questões ligadas à Web na empresa, 
• Definição de linhas gerais para o desenvolvimento estratégico, comercial, 
mercadológico, criativo e técnico, mais alinhados ao modelo off-line vigente, 
• Definição de orçamentos adequados para a criação e operação da estratégia 
digital e suas iniciativas, projetos e ambientes. 
 No entanto, a implementação de um modelo de Governança da Web não é fácil. Para 
ter sucesso, o novo modelo deve ter o apoio e a cooperação de toda a organização, 
estabelecendo, inicialmente, líder(es) para mobilização e formatação da nova 
arquitetura de gestão a ser implementada. 
A relevância, o orçamento e os riscos associados às iniciativas digitais só vão crescer 
nos próximos anos. Mais precisamente triplicar nos próximos 4 anos. Sua empresa vai 
continuar gerindo a Internet como um campo de provas? 
 
 
 
 
 
 
 
 
Governança de TI e Internet| Melhores Análises, Melhores Insights 17 
 
 
Mobilidade Corporativa: Barreira 
Está no Modelo 
Os serviços móveis oferecidos ao mercado corporativo ainda se restringem a projetos 
isolados com grandes e médias empresas ou serviços específicos de gestão de uso da 
rede de celular, mas o investimento na expansão das redes 3G pode mudar este 
cenário. Ou não. Na visão de Jorge Inafuco, diretor da consultoria Oficina de Negócios 
e Talentos, possibilidades de negócios no mundo móvel já existem agora, 
independente da cobertura da banda larga móvel. 
 Inafuco apresentou nesta quinta-feira, 29/04, durante evento Inovacomm Mobile 
Corporate, realizado na cidade de São Paulo, pela Vivo Empresas e Inova, uma 
possibilidade de utilizar o SMS como meio para fechar pedidos de anúncios feitos pela 
TV. 
 “O ShopTime, por exemplo, é o maior canal de vendas de cama, roupa e mesa, mas 
quando você tenta comprar o produto na hora do anúncio promocional, o canal é o 
telefone que segue a política dos call centers com um atendimento bastante 
demorado. Um código via SMS poderia aumentar as vendas dos anúncios”, sugere. 
 O que não falta são idéias como essa na cabeça de Inafuco que se baseia muito mais 
nas necessidades do negócio que nos desafios tecnológicos. Ele ensina que o varejo 
tem uma cultura pragmática e precisa vender mais: “se vai ser m-commerce, e-
payment ou qualquer outro conceito não importa para o varejo. Ele precisa descobrir 
que esses conceitos podem resultar em mais venda”. 
 Inafuco ressalta que o mundo móvel retrata um contexto diferente do comércio 
eletrônico, mas precisa ser avaliado como um serviço inclusivo aos negócios já 
existentes e não como um negócio exclusivo. É esse olhar de inovação que pode 
transformar o cenário dos serviços corporativos. Ou seja, as operadoras ou os 
prestadores de serviços vão ter que sair dos conceitos fechados da tecnologia ou das 
redes para conhecer de perto os negócios da indústria e apresentar novas 
possibilidades para fazer as mesmas coisas. 
 Inafuco alerta ainda para o fato de que até agora a mobilidade corporativa foi 
explorada para reduzir custos, mas ela também pode ser o meio para aumentar as 
vendas. 
Clique aqui para ler a matéria no site. 
 
Governança de TI e Internet| Melhores Análises, Melhores Insights 18 
 
 
http://www.e-consultingcorp.com.br/midia/e-consulting-na-midia/mobilidade-corporativa-
barreira-esta-no-modelo 
 
Governança de TI e Internet| Melhores Análises, Melhores Insights 19 
 
Pessoas, Processos e Tecnologia – a Base para 
uma Gestão Eficiente 
O ritmo e a complexidade das atividades desenvolvidas nas empresas vêm 
aumentando significativamente ao longo dos últimos anos. Processos inter-
departamentais, equipes multidisciplinares atuando de maneira integrada em projetos 
comuns, dispersões geográficas de equipes e colaboradores, assim como a busca de 
organização e agilidade na otimização dos processos corporativos acabam por fornecer 
o pano de fundo para que a eficiência nos processos corporativos passe a ser um tema 
de extrema relevância para as empresas. 
Tudo o que é produzido dentro de uma empresa, de uma maneira ou outra, acontece 
via algum processo (estruturado ou não). A padronização e a otimização dos processos 
é, sem dúvida, um fator que contribui para a eficiência empresarial, principalmente na 
medida em que aumentam a qualidade dos produtos finais e a produtividade dos 
recursos humanos, automatizam a burocracia, definem papéis e responsabilidades, 
reduzem erros e inconsistências, enfim, tratam de organizar o fluxo de informações e 
atividades por etapas a serem cumpridas, muitas vezes por pessoas/áreas/funções 
distintas e com características e perfis/prerrogativas complementares. 
A eficiência da cadeia de atividades e informações depende, principalmente, da 
eficiência individual de cada um de seus elos, e, para tal, a necessidade, decorrente do 
cenário competitivo exige níveis de performance cada vez maiores: fazer mais com 
menos, mais rápido, com menor custo e tudo de maneira organizada e controlada. A 
falta de visibilidade das relações de causa e efeito entre processos que fazem parte de 
uma cadeia maior de valor podem afetar todo um resultado corporativo, expondo a 
empresa a toda a sua cadeia de valor, potencializando riscos e perdas de 
competitividade. 
Diferenciar-se é sobre ocupar uma posição de destaque no ecossistema corporativo e 
requer agilidade e qualidade nas decisões, sejam elas estratégicas e/ou táticas, que 
por sua vez requerem dados e informações qualificadas e analíticas acerca das 
principais variáveis que impactam os resultados, assim como de indicadores de 
performance e valor. 
Metodologias, melhores práticas, modelos de gestão, operações e tecnologia se 
fundem com processos. Neste cenário vemos os sistemas de ERP (Enterprise Resource 
Planning) como o grande destaque no provimento de soluções corporativas de gestão. 
O amplo escopo de atuação dos sistemas de ERP, que promovem a gestão e visão 
integrada de processos internos e externos, foram - e tem sido - uma das principais 
plataformas geradoras de dados e informações para a tomada de decisões nas 
 
Governança de TI e Internet| Melhores Análises, Melhores Insights 20 
 
organizações, assim como promotoras de ganhos de produtividade e eficiência 
operacional. 
Outro benefício colateral da adoção de sistemas de gestão (ERPs) constitui-se na 
definição ou homologação formal de regras de negócio, muitas das quais passíveis de 
serem realizadas por um sistema. Pessoas cada vez mais passam a ter foco em 
atividades de maior valor agregado e não na execução mecânica de tarefas, já que são 
liberadas para atuarem sobre as informações geradas e assim utilizarem sua 
capacidade intelectual e experiência como diferencial. 
Um dos fatores críticos de sucesso para uma correta implantação de sistemas de 
gestão (ERPs) está na participação ativa de uma equipe multidisciplinar interna que 
possua o conhecimento de todos ou, pelo menos, dos principaisprocessos que serão 
integrados. Vale ressaltar que o acompanhamento e suporte de consultorias externas, 
via de regra, estão presentes nos projetos, constituindo-se de uma força tarefa focada 
única e exclusiva para o desenvolvimento das atividades relacionadas ao mesmo. 
Pessoas, processos e tecnologia, trabalhando de forma integrada, acabam por formar 
o tripé de sustentação, execução e entrega das estratégias corporativas. Assim, quanto 
maior a aderência e resposta deste tripé às exigências e definições estratégicas da 
empresa, maior será sua capacidade competitiva da mesma. 
 
Link: http://www.e-consultingcorp.com.br/midia/ultimos-artigos/pessoas-processos-e-
tecnologia-2013-a-base-para 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Governança de TI e Internet| Melhores Análises, Melhores Insights 21 
 
Web como Rede É Complicado. 
Transforme-a em Ferramenta 
Em artigos recentes, como o “Empresas Anti Sociais” (http://www.e-
consultingcorp.com.br/midia/ultimos-artigos/empresas-anti-sociais), ilustramos o 
quanto a utilização da Web de forma corporativa ainda é um dilema para a maioria das 
empresas. Desconhecimento de como utilizá-la de forma estratégica para entrega do 
posicionamento e atributos de valor, desgovernança tática - com cada área 
implementando suas próprias iniciativas e ambientes, sem integração ou consistência 
mínima - e desespero ao cogitar assumir os riscos associados à atuação na Web e 
repetir os erros crassos que gigantes corporativos ainda cometem diariamente, são 
algumas das facetas do fenômeno que nos referimos. 
Apenas para ilustrar, a atuação da Nestlé no Facebook é um clássico recente de 
desastre na atuação em redes sociais, ao solicitar que seus usuários não utilizassem 
avatares com o logo da empresa alterado, sob pena de terem seus comentários 
apagados. Não é de se espantar a enxurrada de respostas indignadas que veio em 
seguida, acerca de temas como liberdade de expressão, conteúdo aberto na Web, 
dentre outros. As réplicas dos moderadores foram desastrosas. Entenda o thread 
abaixo como um pequeno exemplo de como não se relacionar online. 
Nestlé Errando a Mão nas Mídias Sociais 
 
 
Para o consumidor/usuário, fica a ruptura de seu conceito e percepção de marca. 
Como a moça do leite condensado pode ser tão grosseira? E o que a Nestlé ganha com 
isso? Detalhe: acima, temos a interação de apenas um dos ex-clientes da companhia, 
como o Sr. Paul Griffin acima (leia mais na matéria Nestle's Facebook Page: How a 
 
Governança de TI e Internet| Melhores Análises, Melhores Insights 22 
 
Company Can Really Screw Up Social Media Link: 
http://blogs.bnet.com/businesstips/?p=6786 
 
 A Web, como rede, para o bem ou para mal, tem suas oportunidades e ameaças, 
assim como qualquer relacionamento de natureza humana (fato é que ninguém, nem 
mesmo as grandes empresas com suas complexas políticas de governança, estão a 
salvo de deslizes). A Web é rede, mas não só rede. A Web também é ferramenta e essa 
compreensão é essencial para que um pouco do mito da utilização corporativa da Web 
seja derrubado. 
 Ganho de escala, alcance de novos mercados, consolidações de grande porte e 
ampliação exponencial da cadeia de relacionamentos só poderiam dar nisso mesmo: 
mais complexidade. A Web entendida como ferramenta é o conceito chave para a 
resolução e simplificação das complexidades que toda e qualquer empresa enfrenta 
atualmente, desde a Gestão até os aspectos de Infra-Estrutura, passando pela função 
BRV (Branding, Relacionamento e Vendas). 
 No campo da Gestão, as ferramentas e funcionalidades que a Web disponibiliza 
encontram larga aplicação. A possibilidade de gerenciar recursos remotamente e de 
forma integrada, em uma dinâmica de processos e sistemas, permite uma revolução 
na divisão do trabalho (assim como Ford fez com a linha de montagem no início do 
século passado), uma ampliação do grau de controle e monitoramento de variáveis em 
níveis de profundidade antes inimagináveis e uma capacidade de mensuração e 
consolidação de resultados e performance que efetivamente permitem a execução do 
PDCA como definido em sua essência. 
 Da Gestão do Conhecimento à Gestão de Projetos, inúmeras funcionalidades da Web 
cumprem este papel de gestão integrada e holística. Um bom exemplo são os sites de 
Gestão de Projetos que integram todas as ferramentas e funcionalidades para a gestão 
integral de um projeto no modelo PMI, porém em um ambiente intuitivo e de fácil 
utilização (que não exige dezenas de horas de treinamento ou certificações 
reconhecidas). 
 Em termos de Infra-Estrutura, a evolução do Cloud Computing é ainda muito recente 
para mostrar o potencial de resultados e impacto sistêmico que é capaz de gerar. O 
sonho de 10 entre 10 CIOs responsáveis por data centers proprietários ou complexos 
sistemas legados é o de se livrar da dor de cabeça de gerenciá-los. Sem falar dos 
investimentos em aumento de custos necessários para qualquer manutenção de maior 
porte ou ampliação da estrutura. Transformar as estruturas de TICs cada vez mais 
Web-based será prerrogativa competitiva básica – uma vez que convergência, 
mobilidade, interoperabilidade e segurança vêm tornando este tipo de abordagem 
mais e mais eficiente – e a atuação em nuvem atende diretamente a esta necessidade. 
 
Governança de TI e Internet| Melhores Análises, Melhores Insights 23 
 
Em última instância, resguardada a qualidade da performance e segurança da 
informação, pouco importa se a base de dados da empresa está hospedada no Ceará, 
na Califórnia ou na Eslovênia. 
 Uma vez atendido o contexto interno da empresa em seus aspectos de Gestão e Infra-
Estrutura, utilizar-se da Web (como ferramenta!) para potencializar a função de 
Branding-Relacionamento-Vendas e a Experiência decorrente junto aos stakeholders 
da empresa, principalmente clientes, consumidores, funcionários e acionistas. A 
essência da construção de uma experiência efetiva integra pontes e conexões entre 
percepção, interação e transação, partindo da primeira e objetivando a última. Afinal, 
de nada adianta a empresa fazer uma promessa ao mercado (através de seu 
posicionamento e atributos de valor defendidos) se isso não resplandece na prática e 
no cotidiano do relacionamento (walk the talk – onde a Nestlé falhou no exemplo 
acima) e, finalmente, se traduz na confiança e prestígio atribuído pelos stakeholders: o 
cliente, que decide adquirir os produtos e serviços da empresa, o acionista, que 
mantém ou amplia suas cotas de investimento e o funcionário, que se engaja e 
reafirma seu compromisso, apenas para nos restringirmos aos exemplos citados. 
 E a Web como ferramenta BRV é a forma mais clara e efetiva de desenvolver tal 
experiência, através do direcionamento do usuário para ambientes específicos e 
exclusivos. Conforme o usuário utiliza cada ambiente e suas funcionalidades, ele terá 
acesso a novos ambientes direcionados, específicos e exclusivos (com conteúdos e 
oportunidades únicas), seja porque o link está disponível no final de um podcast, seja 
porque os usuários heavy-users são convidados. 
 Ou seja, não há novo ambiente, funcionalidade ou tecnologia por si só. Há a apenas a 
utilização dos elementos já existentes de forma estratégica, inteligente e integrada aos 
modelos de gestão de stakeholders e aos objetivos estratégicos da empresa. Apesar de 
todo potencial que a Web possui, recomenda-se cautela na sua utilização e 
exploração. Compreender seu papel como ferramenta, apesar de menos “nobre”, já é 
um bom começo. 
Link: http://www.e-consultingcorp.com.br/midia/ultimos-artigos/web-como-rede-e-
complicado.-transforme-a-emGovernança de TI e Internet| Melhores Análises, Melhores Insights 24 
 
Web-Governar é Preciso... 
Há muito que a Web deixou de ser um ambiente com limitações de papéis e funções 
específicas e isoladas. No ambiente virtual corporativo foram gradativamente 
acrescidas e disponibilizadas as mais variadas formas de interação, ferramentas e 
conteúdos para todos os público e interesses, sejam eles corporativos ou mesmo 
pessoais (para colaboradores, por exemplo). 
 A liberdade, assim como as possibilidades apresentadas pela evolução do uso da 
Internet, se, por um lado impulsionaram e criaram um ambiente que pode ser 
moldado e adequado, adaptado aos mais variados objetivos, por outro, criaram uma 
diversidade caótica e imensa de conteúdos, propósitos e utilidades. Como organizar os 
esforços e normatizar a utilização de um ambiente por natureza aberta, livre, 
colaborativa e descentralizada para que seu uso traga os melhores resultados e, ao 
mesmo tempo, minimize o risco de uma utilização incorreta ou danosa para pessoas 
e/ou empresas? 
Com a crescente pressão exercida sobre as empresas no que concerne à confiabilidade 
e maturidade dos níveis de gestão, transparência e controle, diversos padrões foram 
sendo criados a fim de se instituir standards de governança e normatização, 
formatados por diretrizes atuantes nos mais diversos âmbitos – do corporativo às 
áreas funcionais. No mundo digital isso também se tornou imperativo e, na medida em 
que a Web se propôs a englobar atividades e escopos dos mais variados impactos nas 
corporações – agregando diferentes perfis de riscos, inclusive -, a rede, como 
ambiente, passou a demandar aprofundamentos e maiores estudos focados em gerar 
diretrizes suficientemente eficazes para sua sadia governabilidade. 
Apesar da possibilidade de estabelecer políticas de governança em diferentes 
instâncias e níveis hierárquicos, as políticas e diretrizes corporativas devem prevalecer 
em qualquer aspecto, podendo haver customizações e adaptações conforme as 
particularidades específicas de um determinado canal ou área, desde que não 
maculem as diretrizes primárias, ou seja, que regulam o “todo” da organização. 
 Via de regra, em primeira instância, quando falamos em governança devemos ter em 
mente que seu escopo deve levar em consideração os valores, a estratégia, seu 
posicionamento e os princípios de definição de regras, normativas e responsabilidades 
da empresa, independente da particularização em áreas, canais, processos, funções e 
indivíduos. De maneira complementar e simultânea, devem existir ajustamentos e 
customizações capazes de incorporar as demandas específicas de áreas, canais, etc, 
assim como metodologias e controles relacionadas à operação da empresa e seus 
indicadores de desempenho que se “alimentam” dos processos e fluxos corporativos. 
 
 
Governança de TI e Internet| Melhores Análises, Melhores Insights 25 
 
Ainda como papéis centrais da Governança, mais especificamente para o canal Web, 
podemos destacar sua importância ao estabelecer autoridades, responsabilidades e 
regras necessárias para efetivamente gerenciar todo o ciclo de operação digital da 
empresa, desde a concepção até à execução, prevendo o comportamento e 
possibilidades (oportunidades e riscos) de variáveis como canais, ambientes, mídias, 
ferramentas, funcionalidades, públicos, conteúdo, formatos, finalidades, tecnologias e 
processos relacionados nos níveis estratégicos, táticos e operacionais. 
 Apesar de a Web ser um ambiente largamente utilizado por usuários sem 
conhecimento técnico, algumas precauções e cuidados deve ser tomado a fim de que 
este ambiente (ou conjunto de ambientes) e suas ferramentas (proprietárias ou 2.0) 
sejam utilizados de forma segura e completa, provendo com eficácia e agilidade as 
informações e serviços para quem de direito. 
 O grande desafio consiste em preservar as características de liberdade e interatividade 
que a Web permite (de forma particular em função da natureza de cada ambiente) 
com os padrões e metodologias capazes de prover o desejado alinhamento do mundo 
digital com as políticas internas da empresa e seus padrões de controle. 
Podemos dizer, em suma, que uma boa Governança de Web, em qualquer dimensão 
relacional (B2C, B2B, C2C, etc) presume a perfeita orquestração entre Pessoas, 
Processos e Padrões. 
 A governança de Web é um processo participativo que necessita do apoio e 
cooperação de toda a organização, estabelecendo, inicialmente, líder(es) para 
mobilização e formatação da nova arquitetura de gestão a ser implementada. 
 A relevância, o orçamento e os riscos associados às iniciativas digitais só vão crescer 
nos próximos anos. A necessidade de se estabelecer uma política de Governança 
digital forte e consistente tem a mesma importância e relevância que a Internet e 
demais canais de relacionamento vêm assumindo. E isso não é pouca coisa... 
Link: http://www.e-consultingcorp.com.br/midia/ultimos-artigos/Web-Governar-e-Preciso.. 
 
 
 
 
 
 
 
Governança de TI e Internet| Melhores Análises, Melhores Insights 26 
 
A Governança de TI em um 
Mundo Globalizado 
Em todo o mundo as empresas têm se preparado para a realidade inescapável do 
mundo globalizado. 
A Governança de TI existe para definir como usar melhor tudo o que já existe (direta 
ou indiretamente) ligado à TI na empresa, com vistas a facilitar e tornar transparente o 
processo de gestão tecnológica neste contexto globalizado. 
A Internet tem sua função bem definida, aproximando empresas localizadas em 
qualquer ponto do mundo de seus clientes, fornecedores, parceiros, etc, facilitando a 
interação e as transações entre eles. 
Ocorre que, atualmente, a competitividade das corporações está diretamente ligada à 
eficácia e à eficiência de seus processos operacionais; i.e., à sua performance. E 
processos, cada vez mais são tecnologia. 
Assim, competitividade empresarial, de fato, passa por excelência em performance 
tecnológica e esta só é possível para as empresas que escolherem implementar os 
padrões de metodologias e normatizações capazes de garantir sua competência 
execucional, tais como CobIT, ITIL e CMM, dentre outras. 
Como sempre, as grandes empresas, dos países desenvolvidos, foram as primeiras a 
criar e a adotar esses padrões e, por decorrência, forçarem o roll-out dos mesmos para 
toda sua cadeia de valor. Passaram então a exigir que seus fornecedores, 
distribuidores, revendedores, etc se obrigassem a adotar os mesmos padrões de nível 
de performance e interoperabilidade, mais ou menos como aconteceu com o processo 
de qualidade, vide ISO 9000. Com seu poder de barganha, essas grandes empresas 
passaram a exigir de seus pares modelos processuais consistentes e previsíveis como 
garantia de qualidade nos serviços prestados. 
Não há como negar que tenham sua razão. O grande reason-why dessas metodologias 
é que sua implementação traz maturidade aos processos – e, portanto, às áreas que as 
adotam. As empresas brasileiras – e o Brasil como um todo – estão entrando nesse 
jogo, ato inexorável, de forma um pouco mais lenta. Ainda hoje, não é vasto o número 
de empresas genuinamente nacionais que vêm adotando tais metodologias de 
normatização de processos de forma integral, apesar de muito se falar sobre isso, 
principalmente na imprensa especializada. 
Mesmo com literatura razoavelmente escassa, algumas metodologias se difundiram de 
maneira mais rápida, inclusive pelo exemplo das companhias multinacionais aqui em 
operação. Algumas dessas metodologias foram o ITIL, CMM, CobIT, PMI e 6Sigma. 
 
Governança de TI e Internet| Melhores Análises, Melhores Insights27 
 
 
Mas como podemos iniciar o processo de desenvolvimento de uma estrutura de 
Governança em TI numa empresa? Em muitas organizações, este processo se inicia 
pela demonstração do risco envolvido na falta de controle sobre a TI e seus impactos. 
A Governança de TI está lentamente se tornando prioridade. Imagine-se pilotando um 
avião em uma grande tempestade, sem nenhum equipamento tecnológico 
funcionando? Como o piloto tomaria as decisões referentes ao vôo? Esta situação, 
hipotética, com certeza faria com que você desejasse jamais entrar neste avião. 
Analogamente, como então imaginar uma área estratégica para os negócios da 
empresa, suportada pela TI, ser conduzida aos seus objetivos sem os instrumentos 
para direcionar as decisões e ações necessárias? Estes instrumentos são efetivamente, 
e sem nenhuma dúvida, indicadores qualitativos e quantitativos que permitem 
direcionar ações preventivas e corretivas, ajustando a rota das ações para garantir a 
obtenção dos objetivos estratégicos especificados pelos acionistas e pelo corpo 
executivo. 
Mas como saber qual modelo processual deve ser aplicado? Como fazer para não ficar 
perdido no meio de tantos modelos e siglas? Como alinhar as estratégias da empresa 
às estratégias de tecnologia? 
Com tantas tecnologias assombrando a vida dos CIOs, torna-se difícil saber o que deve 
ser implementado e como se aplicar ao negócio a metodologia mais adequada ao seu 
modelo. 
Outro exemplo: cada vez mais é fundamental se organizar a TI para alinhar as 
operações da empresa às novas leis e práticas que possuem influência global como, 
por exemplo, se verificou com a Sarbanes-Oxley, que gerou novas responsabilidades e 
sanções aos administradores, com o objetivo de coibir práticas contábeis irregulares, 
capazes de expor as sociedades anônimas a elevados níveis de risco. 
No Brasil, essa lei se aplicou às empresas com ações negociadas nos mercados de 
capitais dos Estados Unidos, ou seja, multinacionais de capital americano e empresas 
brasileiras com ações naquele país. No entanto, as responsabilidades criadas pela lei 
são de interesse de todas as empresas que queiram se atualizar sobre práticas 
rigorosas de gestão de riscos, que estão entraram em vigor nos Estados Unidos e que 
causaram ressonância global. 
O CobIT, metodologia desenvolvida nos Estados Unidos e criada a partir de 
ferramentas de auditoria pelo Information Systems Audit and Control Association 
(ISACA – associação internacional sem fins lucrativos), já é velho conhecido dos 
executivos da área. 
 
Governança de TI e Internet| Melhores Análises, Melhores Insights 28 
 
 A proposta da metodologia é assegurar à empresa que a área de TI esteja alinhada aos 
objetivos de negócio, de maneira que os serviços sejam entregues na qualidade e 
segurança necessárias. O público-alvo são gestores das áreas de negócio, 
administradores das áreas de TI e auditorias. 
O CobIT funciona como um grande guarda-chuva de gestão, utilizando processos de 
trabalho já estabelecidos no mercado, tais como CMM, BS7799/ISO17799 (conjunto de 
normas voltado para segurança da informação), ISO 9000 para qualidade e ITIL para 
gestão do departamento de TI. Seu foco é apontar onde é preciso melhorar, 
entretanto, sem dizer como. 
A Governança de TI traz para as empresas uma nova cultura de gestão: a cultura 
baseada em medições que considerem aspectos não só financeiros, mas que 
controlem fatores que apontem para o futuro, através de outros indicadores, como a 
criação e manutenção de capital intelectual, que permitirão garantir a perenidade da 
corporação. 
Com a incorporação do Balanced Scorecard (BSC), que também está presente no leque 
de opções de gestão da Governança de TI com o BSCTI (muito contestado), pode-se 
realizar a avaliação e a gestão de uma organização não apenas de forma restrita às 
medidas tradicionais de resultados e performance financeira, mas, sim, complementá-
la com medidas de outras três dimensões, que focam a atenção na satisfação dos 
clientes, nos processos internos e a capacidade de inovação e aprendizado. Essas 
dimensões adicionais buscam garantir, quando integradas, os resultados financeiros 
futuros... e não simplesmente fornecer uma visão dos resultados passados, obtidos 
dentro da perspectiva de gestão puramente financeira. 
A Governança de TI, assim como as metodologias aqui citadas e outras, chegou sem 
qualquer hipótese de não se tornar imperativa. Sua aplicação nesse mundo 
globalizado, adequada em amplitude e profundidade a variáveis como tamanho da 
empresa, setor de atuação e perfil de dependência da TI, dentre outros, será vital para 
a vida saudável das grandes corporações. 
As estratégias de implantação devem levar em conta diversos fatores organizacionais, 
como por exemplo, a capacitação de pessoal e nível de maturidade gerencial da 
empresa e a existência de processos formais e documentados. Change Management, 
portanto, passa a ser fundamental nessa hora... mas isso é tema para outro artigo. 
Link: http://www.e-consultingcorp.com.br/midia/ultimos-artigos/a-governanca-de-ti-em-um-
mundo-globalizado 
 
 
Governança de TI e Internet| Melhores Análises, Melhores Insights 29 
 
CIO: Cuide do seu Jardim! 
Para muitos CIOs habituados a tratar dos temas críticos e estratégicos de TI (infra, 
sistemas, aplicações, integrações, desenvolvimentos, outsourcing, etc) a Internet 
costuma ser considerada mais uma das derivadas de todo arcabouço tecnológico 
desenvolvido. Uma rede como qualquer outra intranet ou extranet, porém em escala 
planetária e com riscos e ameaças proporcionalmente maiores. 
Frente a um mundo tão desconhecido e potencialmente ameaçador, as diretrizes de TI 
e Segurança - derivadas do mindset da maioria dos CIOs (e boa parte dos C*Os) - 
postulam o óbvio bloqueio corporativo à Web para grande parte do escalão 
hierárquico e áreas de negócios. Afinal, não há nada “lá fora” que seja tão essencial 
para o trabalho “aqui dentro” que não se possa abrir mão. 
Na tentativa de se estabelecer fronteiras, perímetros, construir muros (firewalls) e 
cercas (necessários, porém com escala e proporção adequadas), alguns CIOs – como 
jardineiros aprendizes – podam em demasia e sufocam o que em tese deveriam 
cultivar com responsabilidade: a disseminação da Web produtiva, colaborativa, 
informativa e até transacional em todas as camadas e níveis corporativos. 
Em suma, mais do que gerenciar e desempenhar suas tradicionais atividades, os CIOs 
deverão gradativamente assumir responsabilidades para as quais não há profissional 
mais habilitado na empresa do que ele. Compreender a essência e dinâmica da Web 
como rede e como expressão dos interesses, potencialidades e comportamentos 
corporativos no mercado e dos indivíduos na corporação. Diversas são as questões 
atualmente “abandonadas”, tais como: qual a topologia e padrões característicos da 
Web? Como as estruturas de navegação são construídas? Como maximizar a 
usabilidade dos sistemas que nela operam? Quais as leis que regem sua expansão e 
funcionamento: Leis de Potência, Sistemas Dinâmicos, Hubs, Conexões Preferenciais, 
Rewiring? O que significam? O que são redes colaborativas, afinal... e como podem ser 
adotadas para maximizar o trabalho na empresa? Home-office funciona? Mobilidade e 
convergência de que jeito?... 
Tanta filosofia, conceito e metodologia para o CIO têm seu motivo de ser, pois cada 
vez mais a Internet está assumindo papel deveras estratégico e disruptivo nos modelos 
de negócios e práticas corporativas (processos e rotinas) e o principal responsável por 
sua viabilização e gestão não pode estar à parte da discussão e, muito menos, ser 
carregado nas ondas da Web pelas requisições das áreas de negócios.Assim como a miopia de marketing acontece quando o cliente se torna o “rei”, a 
miopia do CIO surge em meio ao paradigma da Internet como geração de valor vs. 
proteção de valor. A balança historicamente pesa para o lado de cá, da proteção, 
porém os resultados e oportunidades derivados da inovação web-based são mais do 
 
Governança de TI e Internet| Melhores Análises, Melhores Insights 30 
 
que suficientes para determinar uma mudança de curso. Porém, algumas iniciativas 
são necessárias para permitir que o jardim do CIO floresça novamente. 
A primeira delas é o alinhamento com a estratégia corporativa. Como em qualquer 
crescimento desordenado, os processos, atividades, produtos, serviços, práticas, 
ambientes e demais elementos virtuais relacionados à Web costumam surgir 
organicamente, conforme as demandas dos diversos stakeholders atravessam as 
fronteiras dos canais tradicionais e as imposições competitivas (a grama do vizinho é 
mais verde!) movem as engrenagens corporativas. 
Em momento de maturidade, as empresas - conscientes da necessidade de renovar e 
inovar seu mindset competitivo e modelo de negócios - deve estruturar suas 
estratégias corporativas de Web e modelos de gestão e governança digital para 
consolidar o movimento bottom-up da Web e ganhar musculatura, skills competitivos 
digitais e sinergias entre as ações, projetos e práticas existentes e pulverizados. 
Para tanto, a arquitetura que faz mais sentido em grande parte das empresas é a 
existência de uma função com convocatória de Web, associada a TI em modelo shared 
services, responsável por prover suporte consultivo – menu de soluções, 
recomendações e resultados projetados, etc – para as áreas de negócio interessadas 
em potencializar suas ações através da Web. Adicionalmente (e essencialmente), a 
função é responsável por garantir o alinhamento das múltiplas frentes de atuação na 
Web, bem como a gestão e mensuração dos resultados e desenvolvimento dos planos 
de ação, cuja concepção está nas áreas de negócios ou usuárias (a Web também deve 
estar presente nas áreas de negócios, mas com caráter funcional e de business). 
Como parte do movimento corporativo de oficialização da Web, o CIO (em seu job 
description tradicional) deverá garantir a infra-estrutura de conectividade e diretrizes 
de acesso necessárias para que as áreas de negócios (produtos, marketing, 
comunicação, recursos humanos, comercial, etc) possam criar suas próprias conexões, 
ambientes, portais, funcionalidades transacionais, etc e explorar as possibilidades de 
negócio que a Web traz. 
Em sua atribuição e convocatória digital, o CIO se torna o suporte consultivo para se 
compreender os meandros tecnológicos da Web e sua potencialização nos modelos de 
negócios, distantes da realidade das áreas de negócio, provendo a visão estratégica de 
Web para a corporação (está aí uma parte da tal visão e papel estratégico que a área 
de TI tanto reclama!). 
Aos CIOs incautos ou céticos, um alerta: cuidado para a Web não “brotar” sob seus 
pés, com raízes e arbustos intrincados de tal forma que, no futuro, não seja mais 
possível apenas podar ou replantar algumas mudas para organizar o jardim. Cuidado 
com a contra-governança! Porque a governança tradicional da TI já se provou incapaz 
de evitar que os usuários – as áreas de negócios mesmo – desenvolvam suas 
 
Governança de TI e Internet| Melhores Análises, Melhores Insights 31 
 
atividades, projetos e interesses na Web aberta, 2.0, gratuita, instantânea (e muito 
mais rápida que o FIFO da área de TI), que se apresenta a um click de decisão. 
Link: http://www.e-consultingcorp.com.br/midia/ultimos-artigos/cio-cuide-do-seu-jardim 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Governança de TI e Internet| Melhores Análises, Melhores Insights 32 
 
Da Convergência Digital à 
Convergência Corporativa 
A utilização do elemento convergente como alavanca de diferenciação e vantagem 
competitiva é a principal tendência que direciona a estratégia atual das empresas e de 
suas áreas de Tecnologia da Comunicação e Informação (TICs). 
Direcionar a convergência digital (ferramentas, ambientes, funcionalidades, devices, 
redes, soluções etc) para a convergência de negócios é o principal desafio, esteja a 
inovação convergente relacionada ao core business da empresa ou não – ou seja, 
alinhada à sua missão, objetivos, produtos e serviços ou com impacto restrito à 
otimização de seus processos corporativos, às atividades de gestão, aos meios e 
veículos de comunicação interna, etc – adotar as novas tecnologias e práticas 
convergentes se torna cada vez mais uma prerrogativa e um habilitador competitivo. 
Na última década houve um aumento exponencial de conteúdos disponíveis em 
formato digital. Atualmente, quase a totalidade da produção musical e de cinema, 
programas televisivos e vídeo é produzida e distribuída em meios digitais. Revistas e 
jornais são produzidos em meios digitais antes de serem impressos. No meio cientifico, 
trabalhos como dissertações e relatórios técnicos são disseminados em meios 
eletrônicos. 
A codificação digital das fontes de informações é um dos pilares para percepção de 
valor da convergência. Dizer que o aumento de conteúdos disponíveis em formatos 
digitais foi uma revolução que ocorreu de forma silenciosa e constante nos últimos 20 
anos, atingindo quase a totalidade das formas e meios de produção cultural e 
científica, não seria um exagero. 
Quando transferimos este mesmo raciocínio para o mundo corporativo percebemos o 
quanto aquém está a formalização e disseminação de forma estruturada do 
conhecimento e inteligência corporativa. A implementação de processos de Gestão do 
Conhecimento, Inteligência Competitiva, CRM, BI, etc é apenas a ponta do iceberg da 
excelência e diferenciação. Fomentar estas e outras práticas e disciplinas relacionadas 
através das pelas tecnologias convergentes é o desafio principal, principalmente para a 
área de TI. 
Como exemplo, trazer o potencial de geração de novas oportunidades de negócio e de 
conhecimento da Web 2.0 para a malha corporativa de trocas, relações e 
relacionamentos corporativos se mostra uma tendência inevitável no curto e médio 
prazo, ainda mais com a perspectiva de tempos de crise. Segundo estudo da E-
Consulting de 2008, 11% das corporações já usam as redes sociais para vender seus 
produtos no Brasil. Para 2009, estimamos que este número cresça para perto de 25%. 
 
Governança de TI e Internet| Melhores Análises, Melhores Insights 33 
 
Reflexo do poder das redes sociais e comunidades e de novas práticas viabilizadas por 
ambientes como Orkut, MySpace, Facebook e MSN. 
Implementar a convergência esbarra, em primeira instância, em questões tecnológicas 
de ordem sistêmica e de arquitetura. A convergência, em oposição aos modelos 
verticais de sistemas e soluções, deve estar lastreada em infra-estruturas integradas de 
larga escala que permitam o roteamento da massa de dados, informações e conteúdos 
convergentes produzidos por seus usuários, bem como a integração dos serviços 
corporativos em uma plataforma acessível através de qualquer device. Falar é fácil, 
modelar e implementar tais soluções, considerando o parque tecnológico instalado e a 
natureza dos legados, nem tanto, dada a disrupção que os novos modelos tecnológicos 
trazem. 
Link: http://www.e-consultingcorp.com.br/midia/ultimos-artigos/da-convergencia-digital-a-
convergencia-corporativa 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Governança de TI e Internet|Melhores Análises, Melhores Insights 34 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Os textos são produzidos pelos analistas do SRC (Strategy Research Center) do Grupo ECC e pelos sócios 
e consultores da E-Consulting Corp. (www.e-consultingcorp.com.br) 
 
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