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Linguagens da Arte e Regionalidades AV

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10/12/2015 Estácio
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Avaliação: CEL0247_AV_201505078911 (AG) » LINGUAGENS DA ARTE E REGIONALIDADES
Tipo de Avaliação: AV
Professor: NADIA REGINA BARBOSA DA SILVA Turma: 9008/AB
Nota da Prova: 7,0    Nota de Partic.: 2   Av. Parcial 2  Data: 18/11/2015 10:34:01
 
1a Questão (Ref.: 201505125143) Pontos: 1,5  / 1,5
A pintura acima, O Nascimento de Vénus, pertence ao pintor Sandro Botticelli. Caracterize o estilo renascentista
na pintura.
Resposta: A pintura O Nascimento de Vênus, de Botticelli, apresenta a temática da mitologia grega, baixo
relevo, figuras de aparência etérea e voluptuosa. Pouca profundidade nos contornos.
Gabarito: O Renascimento na pintura de Botticelli, pintor florentino, apresenta estilo linear,a pouca profundidade
e a ênfase dada aos contornos produzem um efeito de baixo­relevo. Os corpos das figuras parecem
etéreos,voluptuosos e o tema se refere à mitologia grega.
  2a Questão (Ref.: 201505125031) Pontos: 0,5  / 1,5
O Açúcar (Ferreira Gullar)
 
O branco açúcar que adoçará meu café
Nesta manhã de Ipanema
Não foi produzido por mim
Nem surgiu dentro do açucareiro por milagre.
Vejo­o puro
E afável ao paladar
Como beijo de moça, água
Na pele, flor
Que se dissolve na boca. Mas este açúcar
Não foi feito por mim.
Este açúcar veio
Da mercearia da esquina e
Tampouco o fez o Oliveira,
Dono da mercearia.
Este açúcar veio
De uma usina de açúcar em Pernambuco
Ou no Estado do Rio
E tampouco o fez o dono da usina.
Este açúcar era cana
E veio dos canaviais extensos
Que não nascem por acaso
No regaço do vale.
Em lugares distantes,
Onde não há hospital,
Nem escola, homens que não sabem ler e morrem de fome
Aos 27 anos
Plantaram e colheram a cana
Que viraria açúcar.
Em usinas escuras, homens de vida amarga
E dura
Produziram este açúcar
Branco e puro
Com que adoço meu café esta manhã
Em Ipanema.
O poeta ao tratar de tema tão coloquial, o torna social e engajado.Caracterize a transformação do coloquial para o
social.
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10/12/2015 Estácio
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Resposta: O poeta retrata a sociedade brasileira e faz uma dura crítica aos problemas sociais. Como no verso: "
Em lugares distante, Onde não há hospital, Nem escolas, homens que não sabem ler e morrem de fome Aos 27
anos..." O poeta usou da linguagem coloquial, informal, para que suas críticas à realidade social brasileira fosse
transmitidade e compreendida por diferentes classes. O poema enfatiza a miséria, as desigualdades e injustiças
do cotidiano brasileiro. Ele, então, utilizou o coloquial transformando­o, assim, em discussão social com intuito
de que essa sua abordagem fosse recebida por todas as camadas, para alertá­las, informá­las. Ou apenas
como apelo ou desabafo.
Gabarito: O poema trata do açúcar e de sua produção, dos trabalhadores explorados das plantações de cana de
açúcar,vítimas do sistema.
  3a Questão (Ref.: 201505138090) Pontos: 0,5  / 0,5
Considere o texto abaixo para responder à questão:
 
É célebre a escultura de Laocoonte, em que estão representados pai e filhos envolvidos por serpentes. Nela está tematizada a dor
de um pai que vê os filhos serem devorados. O crítico alemão Lessing sentiu­se intrigado pela seguinte questão: como entender que
a personagem principal do grupo representado mal abra a boca, apesar de sofrer de modo tão intenso?
Para explicar a composição moderada da dor, assinala: É que as leis da escultura impõem a figuração da dor de modo totalmente
diverso  do  da  poesia.  A  escultura  e  a  pintura  não  podem  representar  senão  um  único momento  de  uma  ação;é  preciso  então
escolher o momento mais  fecundo; ora, só é  fecundo aquilo que deixa campo  livre à  imaginação; não é preciso, pois, escolher o
momento do paroxismo [o momento mais intenso], mas o que o precede ou segue.
Quanto à arte literária, é correta a seguinte inferência:
o processo de criação artística, em qualquer gênero literário que se considere, representa as paixões
segundo modelos historicamente prestigiados.
  os discursos literários, graças à natureza da linguagem verbal, podem retomar uma mesma ação em
distintos momentos, diferentemente do que ocorre na escultura ou na pintura.
uma obra de arte bem realizada (um romance ou um conto, por exemplo) renuncia ao clímax da
situação narrada, em busca do ideal de preservar o imaginário do leitor.
a brevidade do poema lírico o aproxima da pintura e da escultura, pois o eu poético só tem tempo para o
desenrolar de uma única ação.
a literatura distingue­se da escultura porque, nela, em todos os gêneros literários (lírico, épico e
dramático), predomina a expressão de tempos simultâneos.
  4a Questão (Ref.: 201505177931) Pontos: 0,5  / 0,5
Qual a posição dos artistas brasileiros diante da censura?
Silenciaram, preocupados com a perseguição que viriam a sofrer.
  Reagiram através de seus trabalhos artísticos
Aceitaram a censura e modificaram sua forma de trabalhar
Fugiram do Brasil.
Ignoraram a censura, sabendo que a perseguição política não seria intensa.
  5a Questão (Ref.: 201505178128) Pontos: 0,5  / 0,5
A arte cristã medieval é definida por imagens que fazem referência:
às vidas dos reis
à astronomia
à vida humana na terra
  às histórias bíblicas e às vidas de santos
às vidas dos padres
  6a Questão (Ref.: 201505351229) Pontos: 0,5  / 0,5
O quadro acima, intitulado Les Champs‐Elysées (1717), pertence ao pintor Antoine Watteau.
Marque a alternativa que identifica corretamente o contexto histórico dessa obra de arte.
  O período denominado Neoclassicismo ou Arcadismo, por representar a vida
bucólica dos campos.
O período denominado Modernismo, pela coletividade presente na tela.
O período denominado Barroco, pelos efeitos claro‐escuro representados.
 
O período denominado Romantismo, por representar a subjetividade.
O período denominado Renascimento, pela retomada dos valores greco‐
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10/12/2015 Estácio
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romanos.
  7a Questão (Ref.: 201505110877) Pontos: 0,5  / 0,5
Leia o poema abaixo:
Escapulário
(Oswald de Andrade)
No Pão de Açúcar
De cada Dia
Dai­nos Senhor
A Poesia De Cada Dia
O poema Escapulário, de Oswald de Andrade, pertence ao modernismo brasileiro, movimento vanguardista
que faz uma releitura da cultura e poesia brasileira. Neste texto, o poeta relê a oração Pai Nosso, trazendo­a
para o contexto poético brasileiro.
Assinale a alternativa que explicita um significado presente no poema:
A religião e a poesia não podem estar no mesmo contexto..
O uso de um símbolo religioso é importante em nossa cultura.
O escapulário, cordão com duas imagens religiosas, é uma proteção.
A poesia religiosa não pertence ao modernismo brasileiro.
  A presença da religiosidade está em nossas raízes culturais.
  8a Questão (Ref.: 201505099023) Pontos: 0,5  / 0,5
Ao reeditar seu primeiro livro – Alguma poesia –, Carlos Drummond de Andrade suprimiu dois poemas, a saber,
“Eu também já fui brasileiro” e “Europa, França e Bahia”, mas incluiu “Sentimental”. Leia os trechos dos poemas
abaixo para responder o que se pede:
Eu  também  já  fui  brasileiro:  "Eu  também  já  fui  brasileiro/ Moreno  como vocês./  Ponteei  viola,  guiei  forde/  e
aprendi na mesa dos bares/ que o nacionalismo é uma virtude/ Mas há uma hora em que os bares se fecham/ e
todas as virtudes se negam./ […]" Europa, Françae Bahia: " […] Meus olhos brasileiros se enjoam da Europa./
[…]/ Chega!/ Meus olhos brasileiros se fecham saudosos./ Minha boca procura a "Canção do Exílio"./ Como era
mesmo a  "Canção do Exílio"?/ Eu  tão esquecido de minha  terra.../ Ai  terra que  tem palmeiras/ onde canta o
sabiá!" Sentimental: "Ponho­me a escrever teu nome/ com letras de macarrão./ No prato, a sopa esfria, cheia
de escamas/ e debruçados na mesa todos contemplam/ esse romântico trabalho.// Desgraçadamente falta uma
letra,/ uma letra somente/ para acabar teu nome!/ Eu estava sonhando.../ E há em todas as consciências este
cartaz amarelo:/ ”Neste país é proibido sonhar.”" 
Assinale a alternativa que traz uma declaração de Drummond, em carta a Mário de Andrade, que tenha relação
com mudança na estrutura do livro.
“É sobre o Osvaldo, e não pode prestar porque, além de eu não fazer crítica que preste, foi feito em
condições particularmente penosas. Brinquei um pouco com Osvaldo; diga se fui injusto. Não quis sê­lo,
isso não. O povo talvez não compreenda, mas ele, você, alguns mais compreenderão.” (ANDRADE,
Carlos Drummond de & ANDRADE, Mário. Op. cit. p.165)
  “Também eu já estou aporrinhando de brasileirismo confessado. Meu brasileirismo agora já está
assimilado, já faz parte de mim, não me preocupa mais. Se não enxergo errado em mim mesmo, estou
percebendo que meus versos agora pendem para um sem­vergonhismo dos sentidos quase ingênuo de
tão cínico, e se preocupam cada vez mais em falar de mulher, de amor, de besteiras universais, não de
Brasil, de palmeiras, onças, papagaios, Ouro Preto etc..” (ANDRADE, Carlos Drummond de & ANDRADE,
Mário. Op. cit. p.325­326)
“Não me sinto capaz de grandes coisas, por isso também não sinto dificuldade em renunciar a executá­
las. […] E não me queira mal, se um dia eu te escrever que rasguei o meu caderno de versos.”
(ANDRADE, Carlos Drummond de & ANDRADE, Mário. Op. cit. p.208)
“O resto falhou, mas a boa vontade continua. Tem muitíssimos defeitos, a colaboração é o que há de
mais arca­de­Noé, a parte material não agrada, mas em Minas é isso mesmo, não se pode fazer muito
melhor do que fizemos. Teu magnífico ‘Capítulo’ salvou a nossa honra literária, comprometida pelo
inevitável passadismo de alguns colaboradores. Obrigado pelo inestimável apoio que você nos deu.”
(ANDRADE, Carlos Drummond de & ANDRADE, Mário. Op. cit. p.133)
“Tímido e inexperiente como sou, acompanho com interesse as suas pesquisas e tentativas no sentido de
‘“estilizar o brasileiro vulgar’; não me meto nelas porque, para mim, ainda é cedo. Não fiz a volta à
língua, nem me libertei de todo da carga filológica que todos nós trazemos do grupo escolar.” (ANDRADE,
Carlos Drummond de & ANDRADE, Mário de. Correspondência de Carlos Drummond de Andrade e Mário
de Andrade. Rio de Janeiro: Bem­Te­Vi, 2002. p.108)
  9a Questão (Ref.: 201505110398) Pontos: 1,0  / 1,0
   
Na década de 1970, não era raro encontrar em portas de bares, teatros e cinemas de grandes cidades
brasileiras alguns poetas vendendo seus livros, em geral produzidos com parcos recursos gráficos. Essa
expressão poética brasileira tinha como poetas: Ana Cristina Cesar, Paulo Leminski, Chacal, Francisco
Alvim  e  Cacaso.  Esse  grupo  fundou  em  1970  a  Poesia  Marginal,  movimento  cultural,    criado  num
momento  de  exceção  no  país",  afirma  o  carioca  Ricardo  Carvalho  Duarte,  ou  simplesmente  Chacal.
Esse momento de exceção diz respeito à ditadura militar vigente no país a partir de 1964, e que teve
sua  fase mais contundente no mesmo período em que os poetas marginais escancaravam ao público
suas  diferentes  vozes  literárias,  muitas  vezes  dissonantes  entre  si.Eram  cabeludos,  universitários  e
poetas.  Imprimiam  seus  livros  em  pequenas  gráficas  ou  mesmo  em  casa,  num  mimeógrafo  ­  uma
velha  máquina  à  base  de  álcool  e  papel  carbono  (nas  escolas,  quase  todas  as  provas  eram
mimeografadas).Os  livros  tinham,  assim,  um  caráter  artesanal,  sendo  às  vezes  grampeados,  ou
simplesmente dobrados e colocados em envelopes. Isso era o menos importante. O que esses poetas
queriam mesmo era que a poesia feita por eles chegasse logo às mãos do leitor.  Vários representantes
dessa  vertente  foram  poetas  originais,  porque  seus  trabalhos  foram  instigantes,  privilegiando  a
coloquialidade e a objetividade dentro de um modelo enxuto de expressão. (texto adaptado do ensaio
"De mão em mão: a poesia marginal dos anos 70", de Heitor Ferraz Mello).
O texto acima caracteriza os poetas marginais e a sua poesia. Segundo o texto, escolha a opção que
contenha o objetivo mais importante do grupo:
vender seus livros para conseguir lucro, produzindo­os com parcos recursos gráficos.
imprimir seus livros em pequenas gráficas ou mesmo em casa, num mimeógrafo.
criar um movimento poético em um momento de exceção na história política do país.
criar um movimento poético marcado pela exaltação ao país e às suas glórias.
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10/12/2015 Estácio
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  fazer com que a poesia produzida por eles chegasse rapidamente às mãos do leitor.
  10a Questão (Ref.: 201505767083) Pontos: 1,0  / 1,0
Em Vidas Secas (1937), um dos mais emblemáticos romances da literatura brasileira moderna, Graciliano
Ramos retrata a luta de uma família de retirantes para sobreviver à seca. Anos depois, a obra seria fielmente
adaptada por um dos mestres do Cinema Novo, Nelson Pereira dos Santos (1963). Fugindo a uma abordagem
meramente determinista, Graciliano faz a luta da família de retirantes desdobra­se em dois planos. Assinale a
opção que apresenta corretamente os dois planos da luta da família de retirantes em Vidas Secas de Graciliano
Ramos.
  o plano da natureza adversa e das injustiças sociais.
o plano da sexualidade e das relações afetivas.
o plano dos conflitos psicológicos e das questões existenciais.
o plano da educação e da saúde.
o plano da religiosidade e da cultura popular.
Período de não visualização da prova: desde 12/11/2015 até 24/11/2015.
 
 
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