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Direito tributário
Direito tributário é o segmento do Direito Financeiro que define como serão cobrados os 
tributos dos cidadãos para gerar receita para o estado. Tem como contraparte o Direito Fiscal ou 
Orçamentário, que é o conjunto de normas jurídicas destinadas à regulamentação do 
financiamento das atividades do Estado. Direito tributário e Direito fiscal, estão assim, ligados, 
por meio do Direito Financeiro, ao Direito Público.
A disciplina se ocupa das relações jurídicas entre o Estado e as pessoas de direito privado, 
concernentes à imposição,escrituração, fiscalização e arrecadação dos impostos, taxas e 
contribuições de melhoria.
Finalidades
Para atingir sua finalidade de promover o bem comum, o Estado exerce funções para cujo 
custeio é preciso de recursos financeiros ou receitas. As receitas do Estado provêm de atividades 
econômico-privadas dos entes públicos, de monopólios, de empréstimos, e principalmente da 
imposição tributária (fiscal, parafiscal e extrafiscal).
O direito de tributar do Estado decorre do seu poder de império pelo qual pode fazer "derivar" 
para seus cofres uma parcela do patrimônio das pessoas sujeitas à sua jurisdição e que são 
chamadas "receitas derivadas" ou tributos, divididos em impostos, taxas e contribuições.
Tanto o Estado, ao "exigir" como a pessoa sob sua jurisdição, ao "contribuir", devem obedecer a 
determinadas normas, cujo conjunto constitui o Direito Tributário. "É preferível o apelativo 
Direito Tributário porque indica com mais precisão a disciplina (Direito) e seu conteúdo 
(tributos) - nomina sunt consequentia rerum (Dante Alighieri, Vita nuova)".
O Direito Tributário cria e disciplina assim relações jurídicas entre o Estado na sua qualidade de 
fisco e as pessoas que juridicamente estão a ele sujeitas e se denominam contribuintes ou 
responsáveis. Se para obter esses meios o fisco efetuasse arrecadações arbitrárias junto às 
pessoas, escolhidas ao acaso, não se poderia falar de um Direito Tributário.
A característica de uma imposição sob os princípios do Estado de Direito está exatamente na 
disciplina da relação tributária por meio da norma jurídica. A lei outorga ao Estado a pretensão 
ou direito de exigir de quem está submetido à norma, uma prestação pecuniária que chamamos 
de tributo, que é resultante do poder de tributar. O Direito Tributário é assim um direito de 
levantamento pecuniário entre os jurisdicionados, porém, disciplinado sobre a base dos 
princípios do Estado de Direito.
No Brasil
A Constituição Federal estabelece a competência tributária, conceito que atribui a um 
determinado ente o poder de tributar. Tal poder foi dividido entre os entes federativos: União, 
Estados, Distrito Federal e Municípios. Tal medida consagrou o princípio do federalismo. O 
poder de tributar, porém, diz respeito à cobrança dos tributos, sendo que a determinação das 
alíquotas e criação dos próprios tributos ficou restrita à esfera federal.
O Direito tributário é regido por alguns princípios, dos quais trata a Constituição Federal:
Princípios tributários
Os princípios tributários norteiam a competência dos entes políticos, e junto com as imunidades, 
que são regras que proíbem a tributação sobre certos bens, pessoas ou fatos, determinam os 
limites ao poder de tributar destes entes políticos. Os princípios tratados pela Constituição 
Brasileira estão elencados abaixo:
• Princípio da legalidade ( art. 150, I)
O texto do referido art. 150, I da CF estabelece que "é vedado à União, aos Estados, ao Distrito 
Federal e aos Municípios exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça". É o princípio da 
legalidade tributária, que limita a atuação do poder tributante em prol da justiça e da segurança 
jurídica dos contribuintes. Seria temeroso permitir que a Administração Pública tivesse total 
liberdade na criação e aumento dos tributos, sem garantia alguma que protegesse os cidadãos 
contra os excessos cometidos.
O princípio da legalidade tributária nada mais é que uma reverberação do princípio encontrado 
no art. 5º, II da CF onde lemos que "ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma 
coisa senão em virtude de lei", o constituinte quis deixar bem claro a total submissão dos entes 
tributantes ao referido princípio, para que não restasse dúvida de natureza alguma. A lei a que se 
refere o texto constitucional é lei em sentido estrito, entendida como norma jurídica aprovada 
pelo legislativo e sancionada pelo executivo, ao contrário da lei em sentido amplo que se 
entende como qualquer norma jurídica emanada do estado que obriga a coletividade, assim os 
tributos só podem ser criados ou aumentados através de lei strictu sensu.
Na própria CF encontramos algumas exceções em relação ao princípio da legalidade, o Poder 
Executivo tem liberdade de alterar as alíquotas dos impostos sobre exportação, importação, 
produtos industrializados e sobre operações financeiras através de decreto. É importante frisar 
que em relação à criação de tributos não existem exceções, ou seja, todos os tributos devem ser 
criados por lei (em sentido estrito).
O art. 5º, II, da Constituição Federal reza que ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer 
alguma coisa senão em virtude da lei. Este é o princípio da legalidade. Já o art. 150, I, da 
Constituição Federal exclama que “ sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao 
contribuinte, é vedado à União , aos Estados, ao Distrito Federal e Municípios: I - exigir ou 
aumentar tributo sem lei que o estabeleça.” Este é o princípio que os autores chamam de 
princípio da estrita legalidade. Porém, o STF sempre admitiu, por exemplo, o uso de medidas 
provisórias para trato de todas as matérias submetidas à "reserva de lei ordinária", já que, 
entende aquele pretório, as MP´s têm força de lei, podendo, portanto, instituir, majorar, isentar, 
enfim, tratar de todos os assuntos enumerados no artigo 97 do CTN.
• Princípio da igualdade ou da Isonomia
Este princípio consigna que a lei, em princípio não deve dar tratamento desigual a contribuintes 
que se encontrem em situação equivalente.
• Irretroatividade e anterioridade
O princípio da irretroatividade da lei é princípio geral de direito, salvo quando interpretativa ou 
para beneficiar. A jurisprudência brasileira, de acordo com a súmula 584 do Supremo Tribunal 
Federal, vinha consagrando, mormente em IR a irretroatividade da lei fiscal. Ora, no Brasil, o 
imposto de renda está calcado no dualismo: ano-base da declaração. Dessa forma, ano-base é de 
1º de janeiro a 31 de dezembro, sendo que o ano da declaração é o momento em que nas 
palavras de Sacha Calmon Navarro Coelho o contribuinte "recata os fatos tributáveis, 
dimensiona a base imponível, aplica as alíquotas, obtém o quantum devido e recolhe o imposto, 
sob a condição suspensiva de, a posteriori, o fisco concordar com o imposto declarado".
• Anualidade e anterioridade
O princípio da anualidade explana que deverá haver a inclusão da lei tributária material na lei 
orçamentária, o princípio da anualidade não mais tem guarida na Constituição Federal, no 
entanto, o mesmo é um velho princípio que vem desde o império, passando pela primeira 
república, sendo que foi ignorado pelo Estado Novo, e voltando na Constituição de 1946, 
submergindo novamente na Constituição de 1967.
No entanto, a atual Constituição Federal não mais abrange tal princípio, sendo que 
independentemente de autorização orçamentária, as leis tributárias já existentes continuam com 
seus efeitos ano após ano, até serem modificadas ou revogadas. O princípio da anualidade 
abrange um plus com relação ao princípio da anterioridade, ou seja, este faz com que a cobrança 
de determinado tributo seja feita de acordo com a lei vigente no exercício financeiro anterior, já 
a anualidade exclama que a para que a cobrança seja efetuada de modo válido é necessário que 
haja a autorização orçamentária da referida lei.
O princípio da anualidade alude que é necessária uma subordinação dacobrança do tributo à 
prévia autorização orçamentária. Dessa forma a lei tributária material deverá ser anterior à lei 
orçamentária. A anualidade compreende a anterioridade da lei e a autorização orçamentária. 
Ora, a anterioridade somente exige que a lei que criou ou majorou o tributo haja existência antes 
do início do exercício financeiro em que ocorrer o fato imponível do tributo.
É importante explanar, como fora visto, que no direito pátrio na esfera federal apenas existe o 
princípio da anterioridade, sendo, porém, que nada obsta que o princípio da anualidade seja 
acamado pela Constituição estadual dos Estados-membros, exigindo o princípio para os tributos 
locais, ampliando as garantias do contribuinte estadual. O mesmo ocorre com os Municípios e 
com o Distrito Federal, uma vez que os mesmo poderão, em suas leis orgânicas, criar o 
princípio da anualidade. Assim a anualidade continua existindo em matéria orçamentária.
• Princípio da anterioridade mínima (nonagesimal);
Proíbe que os impostos sejam majorados sem que a lei que o faça seja publicada com uma 
antecedência mínima de 90 dias, também chamada de anterioridade mitigada.
• Princípio do não-confisco
É uma derivação do Direito de propriedade, é uma limitação negativa ao poder de tributar 
imposta ao Estado. Proíbe o estado de usar os tributos para confiscar os bens ou o patrimônio de 
particulares.
• Princípio da liberdade de tráfego
Não pode a lei tributária limitar o tráfego interestadual ou intermunicipal de pessoas e bens, 
salvo o pedágio de via conservada pelo Poder Público.
• Princípio da uniformidade geográfica
• Princípio da não-diferenciação tributária
• Princípio da capacidade contributiva (art. 145, § 1º)
O princípio da capacidade contributiva estabelece que, "sempre que possível, os impostos terão 
caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à 
administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, 
respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as 
atividades econômicas do contribuinte". Ao criar os impostos, o legislador deve levar em conta, 
sempre que possível, a situação particular de cada contribuinte, permitindo com isso que seja 
realizada a justiça tributária ao não exigir imposto acima do suportável. O princípio da 
capacidade contributiva é realizado, por exemplo, no imposto de renda, onde existem alíquotas 
diferenciadas e se permitem várias deduções de acordo com a situação do contribuinte.
• Princípio da não-cumulatividade
• Princípio da seletividade
Em função da importância e necessidade de um produto se tem a diminuição da carga tributária, 
e aos que tem menos importância aumenta-se a carga tributária. O Estado seleciona tais 
produtos.
O Direito Tributário tem ainda por fim, diferenciar impostos, taxas e o expediente, ou seja, 
Impostos sobre propriedades, terrenos, bens Imóveis. As Taxas são aquelas licenças cedidas à 
comerciantes, e o Expediente, que são as contribuições de melhoria. Os demais serviços que não 
possuem a natureza de uma taxa, serão cobrados pelo Poder Executivo e adotam a nomenclatura 
de Preço Público.
Fontes do Direito tributário
As fontes do direito tributário são geralmente divididas em duas categorias, materiais e 
formais :
• Fontes materiais:
As fontes materiais são os fatos do mundo real sobre os quais haverá a incidência tributária. São 
os fatos geradores da incidência tributária, como os produtos industrializados, as operações de 
crédito entre outros.
• Fontes formais:
São basicamente os atos normativos que adicionam regras tributárias ao sistema. Podem assim 
ser consideradas fontes formais de Direito tributário as normas constitucionais, emendas 
constitucionais, leis complementares, leis ordinárias, medidas provisórias, leis delegadas, 
decretos legislativos e resoluções.
As fontes formais merecem ainda uma subdivisão em principais (ou primárias ou imediatas) e 
secundárias:
- As fontes formais principais são aquelas que modificam de maneira real o ordenamento 
jurídico. Exemplos são: Constituição Federal, emenda constitucional, lei complementar, lei 
ordinária, lei delegada, decreto legislativo, resolução e similares.
- As fontes secundárias por sua vez não modificam de maneira prática o ordenamento jurídico, 
estas apenas garantem a executividade das fontes primárias como por exemplo decreto 
regulamentar, regulamento, instruções ministeriais, ordens de serviço, normas complementares 
entre outras.
Imunidades
A imunidade tributária ocorre quando a Constituição (art.) impede a incidência de tributação, 
criando um direito subjetivo (que pode ser pleiteado em juizo) público de exigir que o Estado se 
abstenha de cobrar tributos (não sofrer a tributação). Ou seja, as entidades ou pessoas 
contempladas com a imunidades têm o direito de realizarem determinada ação que normalmente 
configuraria fato gerador de um tributo, mas sem sofrerem a respectiva tributação. Trata-se de 
uma não-incidência constitucionalmente qualificada. Logo, o que é imune não pode ser 
tributado.
Como exemplo clássico ou formal da imunidade temos a que existe entre os entes federativos, 
que são isentos uns dos outros em relação à impostos, bem como as organizações de caráter 
religioso, nos termos do art. 150, VI, alíneas "a" e seguintes da Constituição Federal.
Formação da obrigação tributária
A imposição de pagar o tributo surge do vínculo que se estabelece entre o particular (devedor - 
sujeito passivo - contribuinte) quando há a ocorrência de um fato gerador:a situação prevista em 
lei, que faz com que surja o vínculo entre o particular e o Estado (a obrigação tributária).
O particular fica determinado a pagar uma prestação de cunho patrimonial, prevista na 
legislação. A prestação pode servir para pagar tributo, ou penalidade, dependendo de como é 
definido pela lei o ato praticado pelo particular. O contribuinte pode ainda ser instado a fazer 
coisa no interesse do Fisco, ou deixar de praticar algum ato de acordo com a lei.

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