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ODONTOGÊNESE Trata-se do estudo do desenvolvimento dentário no indivíduo. Esse estudo envolve desde a formação das lâminas dentárias até a erupção do dente. No embrião, a migração de células das cristas neurais forma um espessamento celular na futura maxila e mandíbula, originando a lâmina dentária. Nela a proliferação celular continua em diversos pontos que formarão os dentes no indivíduo. Existem basicamente três tipos de lâminas: -Lâmina dentária primária- origina os dentes decíduos. -Lâmina dentária secundária- origina os dentes permanentes de substituição. -Lâmina dentária terciária- origina os dentes permanentes sem substituição (molares). Além das lâminas dentárias, ainda existe a lâmina vestibular, responsável pela formação do vestíbulo oral. A lâmina dentária tem ação durante cerca de cinco anos, quando se formam os molares. Em alguns indivíduos a lâmina dentária apresenta hiperatividade, o que pode gerar problemas de oclusão, dicção, estética, etc. Na lâmina dentária formam-se os dentes. Enquanto estão em formação, os dentes podem ser denominados germes dentários. Um germe dentário passa por, basicamente, três estágios: Estágio de Botão- a lâmina dentária está em proliferação. Inicialmente observa-se somente um aumento em espessura na lâmina dentária e uma aglomeração de células ao redor da lâmina. Posteriormente, a aglomeração de células na lâmina aumenta formando uma estrutura com a forma de botão. No entanto, o crescimento da estrutura ocorre de forma igual, formando um botão. As células ao redor dele formam a papila dentária. O “botão” propriamente dito é o órgão do esmalte que formará o esmalte. A papila dentária formará a dentina e a polpa. Estágio de Capuz- nesse estágio o órgão do esmalte cresce de forma diferenciada, aumentando nas extremidades e menos que no centro do órgão. O órgão do esmalte envolve parcialmente a papila. No órgão do esmalte diferenciam-se quatro tecidos: O epitélio interno (responsável pela formação do esmalte, pois suas células se diferenciam em ameloblastos), estrato intermediário (um tipo de sinalizador para a formação do esmalte), retículo estrelado (formado por células com prolongamentos e muita substância intercelular rica em albumina na qual as células estão ancoradas) e epitélio externo (conjunto de células que em próximo estágio auxiliará a dar forma à coroa). Nesse estágio também se tornam visíveis a papila dentária, quase envolta pelo órgão do esmalte e folículo dentário. Estágio de Campânula- Várias modificações são observadas nessa etapa. O retículo estrelado, inicialmente em crescimento, sofre ao final do estágio, um colapso e não se diferencia do estrato intermediário, formando o retículo estratificado. O epitélio externo também sofre diferenciação, onde suas células tornam-se alongadas. O epitélio interno sofre as maiores diferenciações, onde suas células inicialmente cúbicas tornam-se alongadas e são denominadas ameloblastos. Antes da amelogênese, os ameloblastos sinalizam uma diferenciação das células periféricas da papila, induzindo a formação de odontoblastos e a produção de dentina. O órgão do esmalte adquire, ao final do estágio, a forma das cúspides ou bordas incisais. No estágio de campânula avançado as bordas do órgão do esmalte, que não possuem estrato intermediário se alongam formando a bainha epitelial de Hertwig, que se dobrará em formação de diafragma e é responsável pela delimitação das porções coronária e radicular. Podemos, então, resumir o processo da seguinte forma: O retículo estrelado entra em colapso determinando a forma da coroa dentária. As extremidades do órgão do esmalte continuam em crescimento formando a bainha epitelial de Hertwig, que contém somente epitélio externo e interno que se dobra e forma o diafragma epitelial. Esse diafragma delimita o local de formação da raiz e quantas raízes serão formadas. O epitélio interno do órgão do esmalte inicia a diferenciação de suas células em ameloblastos. No entanto, antes que o processo termine, as células da superfície da papila se diferenciam em odontoblastos e depositam a primeira camada de dentina. A deposição de dentina possibilita o término da diferenciação das células do epitélio interno em ameloblastos e a deposição do esmalte.
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