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ANÁLISES DOS REVESTIMENTOS ARGAMASSADOS E CERÂMICOS – EDIFÍCIO FRANCISCO PINTO

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ANÁLISES DOS REVESTIMENTOS ARGAMASSADOS E 
CERÂMICOS – EDIFÍCIO FRANCISCO PINTO. 
 
1Universidade Federal de Campina Grande. Graduando em Engenharia Civil, Caixa Postal 505, Campina Grande-PB, Fone: 
(83)2101-1024. Email: alyssonkaio@hotmail.com. 
2Universidade Federal de Campina Grande. Graduando em Engenharia Civil, Caixa Postal 505, Campina Grande-PB, Fone: 
(83)2101-1024. Email: andrey_be@hotmail.com. 
3Universidade Federal de Campina Grande. Graduando em Engenharia Civil, Caixa Postal 505, Campina Grande-PB, Fone: 
(83)2101-1024. Email: janainaleitecivil@hotmail.com. 
4Universidade Federal de Campina Grande. Graduando em Engenharia Civil, Caixa Postal 505, Campina Grande-PB, Fone: 
(83)2101-1024. Email: nesaregis0@gmail.com. 
5Universidade Federal de Campina Grande. Graduando em Engenharia Civil, Caixa Postal 505, Campina Grande-PB, Fone: 
(83)2101-1024. Email: rafael.gomes.leite@hotmail.com. 
5Universidade Federal de Campina Grande. Graduando em Engenharia Civil, Caixa Postal 505, Campina Grande-PB, Fone: 
(83)2101-1024. Email: taironepz@gmail.com. 
6Professor Titular, Universidade Federal de Campina Grande Avenida Aprígio Veloso,882- Laboratório de Estruturas-Bloco C W, 
CEP 58429=140, Campina Grande – PB. Fone: (83)2101-1166. E-mail: miltoncf@gmail.com 
 
 
Alysson Kaio de Brito¹; Andrey Bernardes de Siqueira Lopes2; Janaina Leite Batista3; 
Jeovanesa Régis Carvalho4; Rafael Gomes Leite5; Tairone Paz e Albuquerque6; Milton 
Bezerra das Chagas Filho7. 
. 
 
RESUMO - A construção civil é um dos mais importantes setores econômicos de um 
país, e por isso está cada vez mais competitivo. Em função da grande concorrência do 
mercado imobiliário e devido o processo de aceleração da velocidade de execução de 
obras, é muito frequente a ocorrência de algumas patologias, sendo as mais comuns 
estão relacionadas à deformação e acabam se manifestando nas alvenarias e nos 
revestimentos na formação de fissuras e trincas. Além disso, à falta de mão de obra 
qualificada acaba contribuindo para diminuição da vida útil das edificações. Pretende-se 
neste trabalho, identificar as patologias encontradas no revestimento argamassado do 
edifício Francisco Pinto localizado no centro da cidade de Campina Grande-PB e 
elaborar algumas medidas preventivas, baseado em conhecimentos científicos. Sabendo 
da necessidade de dar um tempo razoável para que ocorram as reações do cimento e a 
importância de que a execução é uma etapa fundamental para minimizar as patologias 
para que possa aumentar o custo/benefício e a qualidade. 
 
Palavras-chave: Revestimento, argamassa, patologia. 
 
ABSTRACT –The civil construction industry is one of the most important economic 
sectors of a country, and so is increasingly competitive. Due to the highly competitive 
on the real estate market and because the process of acceleration of works execution 
speed, very often there is an occurrence of some pathologies, the most common are 
related to deformation and its results manifesting in masonry and coatings with the 
formation of fissures and cracks. In addition, the lack of skilled labor therefore 
contributes to reduced building’s lifetime. The intention of this work is to identify the 
conditions found in the mortar coating on the building Francisco Pinto located in the 
city of Campina Grande-PB and develop some preventive measures, based on scientific 
knowledge. Knowing the need to give a reasonable time for the cement reactions occur 
and the importance of the implementation is a key step to minimize the onset of 
pathologies that can increase the cost / benefit and quality. 
 
Keywords: Coating, mortar, pathology. 
 
 
 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
O setor da construção civil possui grande importância na geração de empregos 
no País e, nos últimos anos, houve um crescimento acelerado no setor. Segundo 
Teixeira (2010), a construção civil e o desenvolvimento econômico estão 
intrinsecamente ligados, a indústria da construção promove incrementos que 
possibilitam elevar o crescimento econômico. Isso ocorre principalmente pela proporção 
do valor adicionado total das atividades, como também pelo efeito multiplicador de 
renda e sua interdependência estrutural. 
Além disso, este mercado tem se tornado cada vez mais competitivo e com isso 
vem acarretando alguns problemas, pois alguns empreendedores vêm descumprindo 
algumas normas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) para manterem 
menores preços aos imóveis, deixando assim a qualidade de lado e acarretando o 
aparecimento de patologias. O termo patologia das construções provém da analogia com 
as enfermidades da medicina. Para Souza et al. (1998), falando em nível de qualidade, 
exige-se para a etapa de concepção, a garantia de plena satisfação do cliente, de 
facilidade de execução e de possibilidade de adequada manutenção; para a etapa de 
execução, será de garantir o fiel atendimento ao projeto, e para a etapa de utilização, é 
necessário conferir a garantia de satisfação do utilizador e a possibilidade de extensão 
da vida útil da obra. 
As patologias atingem principalmente os revestimentos de paredes que têm por 
finalidade regularizar a superfície, proteger contra intempéries, aumentar a resistência 
da parede e proporcionar estética e acabamento. Os revestimentos de paredes são 
classificados de acordo com o material utilizado em revestimentos argamassados e não-
argamassados. Os revestimentos argamassados são os mais utilizados na construção 
civil brasileira. Esse sistema pode ser definido como um revestimento multicamadas 
capaz de recobrir a superfície de concreto ou alvenaria, ao mesmo tempo em que cria 
um substrato adequado para receber o acabamento final (pintura, cerâmica, pastilha 
etc.). 
Dentro deste contexto, o presente trabalho propõe um estudo sobre as origens e 
as consequências das falhas e dos sistemas de degradação das edificações no 
revestimento argamassado do edifício Francisco Pinto. E ainda possíveis formas de 
prevenção da ocorrência dessas falhas. 
 
 
 
1.1. Objetivo Geral 
 
Apresentar as análises das patologias encontras nos revestimento argamassados e 
cerâmicos durante a execução do edifício Francisco Pinto. 
 
1.2. Objetivos Específicos 
 
 Apresentar as patologias encontradas nos revestimentos argamassados e 
cerâmicos; 
 Apresentar medidas mitigadoras das patologias observadas em obra; 
 
1.3 Caracterização da obra 
 
 Edifício Residencial Francisco Pinto 
 Empresa: Ourovel Empreendimentos Imobiliários LTDA 
 Rua Desembargador Trindade, número 141, Bairro Centro – Campina 
Grande – Paraíba – Brasil. 
 Investimento: 18 milhões 
 O edifício se encontra atualmente em fase de acabamento e 
revestimento, interno e externo. Cada pavimento tipo possui 3 apartamentos. 
 A obra conta com trabalho de 1 engenheiro, 1 mestre de obra, 1 
encarregado, 1 almoxarife, 1 motorista, 45 funcionários entre pedreiros e serventes. 
 
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 
 
O Código 45 da Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) do 
IBGE relaciona as atividades da construção civil como as atividades de preparação do 
terreno, as obras de edificações e de engenharia civil, as instalações de materiais e 
equipamentos necessários ao funcionamento dos imóveis e as obras de acabamento, 
contemplando tanto construções novas, como as grandes reformas, as restaurações de 
imóveis e a manutenção corrente. 
 
 
Com um maior desenvolvimento econômico em nosso país, e maiores 
investimentos do governo federal em disponibilização de crédito e taxas de juros, tem 
verificado um fortalecimento no setor da construção civil. 
A construção civil no Brasil é crescente e acarretaum maior desenvolvimento 
econômico para o país, uma vez que ela é uma importante contribuinte para a geração 
de empregos, ou seja, ela é um importante indicador da elevação do PIB. No gráfico 
abaixo demonstra como a construção civil do período de 2004 a 2013 vem apresentando 
evidências dos fatores de que a construção civil nos últimos anos tem contribuído para a 
economia. 
 
 
Gráfico 1 – PIB Brasil e Construção civil 
Fonte: IBGE 2013 
 
2.1. Revestimentos Argamassados 
 
Os revestimentos argamassados são os procedimentos tradicionais da aplicação 
de argamassas sobre as alvenarias e estruturas com o objetivo de regularizar e 
uniformizar as superfícies, corrigindo as irregularidades, prumos, alinhamentos dos 
painéis e quando se trata de revestimentos externos, atuam como camada de proteção 
contra a infiltração de águas de chuvas. O procedimento tradicional e técnico é 
constituído da execução de no mínimo de três camadas superpostas, contínuas e 
uniformes: chapisco, emboço e reboco. Cada uma delas tem uma função e requer 
cuidados específicos com relação ao traço e à forma de execução. 
 
 
 
2.1.1 – Chapisco 
 
A superfície que irá receber o chapisco, seja ela de concreto ou de alvenaria, 
deve estar devidamente curada, limpa, uniforme e livre de desagregações. Também deve 
ser previamente umedecida. O chapisco é a etapa de preparo da base com o objetivo de 
torná-la mais rugosa e homogênea à absorção de água. O chapisco facilita a ancoragem 
do emboço. 
 
2.1.2 – Emboço 
 
O emboço é a argamassa de regularização que deve determinar a uniformização 
da superfície, corrigindo as irregularidades, prumos, alinhamento dos painéis e cujo 
traço depende do que vier a ser executado como acabamento. É o elemento que 
proporciona uma capa de impermeabilização das alvenarias de tijolos ou blocos e cuja 
espessura não deve ser maior que 1,5 cm. O emboço é constituído de uma argamassa 
grossa de cal e areia no traço 1:3. 
É necessário ainda para execução do emboço o uso de telas metálicas para 
estruturar camadas de revestimento espessa e/ou atenuar o aparecimento de fissuras 
provenientes de movimentações chamados de reforço. Esses reforços geralmente são 
aplicados numa posição intermediária da espessura do emboço. A camada final de 
argamassa deve proporcionar cobrimento mínimo da tela. 
 
2.1.3 – Reboco 
 
 Também chamado de massa fina, é a camada final que torna a textura da parede 
mais lisa para receber pintura. Pode ser substituído pela aplicação de massa corrida. O 
reboco usa argamassa de areia e cal com granulometria mais fina que a do emboço. É 
aplicado com desempenadeira em movimentos circulares. 
Após a cura da argamassa, a superfície estará pronta para receber o revestimento 
final, como pintura. No caso de placas cerâmicas e pastilhas, o reboco não é aplicado. 
 
 
 
2.1.4 - Argamassas Especiais 
 
São encontradas no mercado variadas argamassas industrializadas para aplicação 
imediata, cujas características de preparo e recomendações especiais de aplicação são 
fornecidas pelos fabricantes (detentores das patentes). 
 
2.2. Principais patologias em revestimento argamassados 
 
2.2.1. Deslocamentos com empolamentos 
 
Ocorre quando parte da cal se hidrata após a aplicação do revestimento. 
 
2.2.2. Vesículas 
 
São causadas devido os materiais que provocam alteração de volume após o 
endurecimento da argamassa, tais como matéria orgânica, torrões de argila ou 
ferruginosos, pirita na areia ou outras contaminações. 
 
2.2.3. Deslocamentos das placas 
 
É a deficiência da aderência a base, ausência de chapisco ou execução com areia, 
base lisa, suja ou contaminada, argamassa com espessura excessiva, rica em 
aglomerantes ou com resistência inadequada. 
 
2.2.4. Deslocamento com pulverulência 
 
Devido o emprego de argamassa mal proporcionada, hidratação inadequada de 
cimento, emprego de gesso que causará reação expansiva, ou pintura antes da 
carbonatação total da argamassa. 
 
2.2.5. Fissura 
 
 
 
Execução do revestimento com teor elevado de finos, alto consumo de cimento 
ou água de amassamento, intervalo de tempo entre aplicação das camadas superpostas e 
cura deficientes, corrosão das armaduras por cobrimento insuficiente. 
 
2.2.6. Fissura devido a deficiência no encunhamento 
 
Blocos de concreto não curados, baixa resistência, falta ou deficiência do 
chapisco, falta de amarração lateral dos pilares, execução deficiente de vergas e 
contravergas, material para encunhamento possui alta retração. 
 
2.2.7. Eflorescência 
 
Migração de sais solúveis presentes nos componentes de alvenaria. 
 
2.2.8. Umidade (fungos,bolor) 
 
Absorção de água por condensação capilar, infiltração, ou absorção 
higroscópica. 
 
2.3. Patologia nos revestimento cerâmicos 
 
As patologias nos revestimentos cerâmicos podem ter origem na etapa de 
projeto, quando são escolhidos os materiais, ou quando o projetista não leva em 
consideração as interações do revestimento com outras partes da construção (esquadrias, 
estrutura etc.), ou na fase de execução. 
Verificar com cuidado, pois as patologias são evidenciadas por alguns sinais que 
podem ter origem em outros componentes de revestimento (base, mão de-obra etc.) 
(COMUNIDADE DA CONSTRUÇÃO, 2004). 
As patologias mais comuns são: 
• Destacamentos de placas; 
• Trincas; 
• Gretamento e fissuras; 
• Eflorescências; 
• Deterioração das juntas. 
 
 
 
2.3.1. Destacamentos de placas 
 
São caracterizados pela perda de aderência das placas cerâmicas do substrato, ou 
da argamassa colante, quando as tensões ultrapassam a capacidade de aderência das 
ligações entre a placa cerâmica e argamassa colante e/ou emboço. 
Um dos sinais desta patologia é a ocorrência de um som cavo (oco) nas placas 
cerâmicas quando percutidas, ou se observa o estufamento da camada de acabamento. 
 As causas destes defeitos são: 
• Instabilidade do suporte, devido a acomodação da construção; 
• Deformação lenta da estrutura de concreto armado, variações higrotérmicas e 
de temperatura, características um pouco resiliente dos rejuntes; 
• Ausência de detalhes construtivos (vergas, contravergas, juntas de 
dessolidarização). 
• Utilização do cimento colante vencido; 
• Assentamento sobre superfície contaminada; 
• Mão-de-obra não qualificada; 
• Execução do revestimento sobre base recém executada. 
É muito trabalhosa e cara a recuperação desta patologia. Muitas vezes a solução 
é a retirada total do revestimento (COMUNIDADE DA CONSTRUÇÃO, 2004). 
 
2.3.2. Trincas, gretamentos e fissuras 
 
O gretamento é uma série de aberturas em várias direções inferiores a 1 mm e 
que ocorrem na superfície esmaltada das placas. 
A causa provável desta patologia é a falta de especificação de juntas de 
movimentação e detalhes construtivos adequados (COMUNIDADE DA 
CONSTRUÇÃO, 2004). 
 
2.3.3. Eflorescência 
 
Eflorescência são manchas esbranquiçadas que se sobressaem ao revestimento 
cerâmico e a ele aderem. Ela aparece devido a um processo químico. O cimento 
comum, reagindo com a água, resulta em uma base medianamente solúvel, denominada 
 
 
hidróxido de cálcio. Como a argamassa de assentamento e de rejuntamento contém 
cimento e essas camadas são porosas, em sua composição encontra-se o hidróxido de 
cálcio livre, ocasionando o contato com o ar, que por sua vez, contém anidro carbônico, 
dá-se a reação entre essas duas substâncias, resultando em carbonato de cálcio, sal 
insolúvel de coloração branca. 
Para evitar esse processo podemos adicionar: 
• Reduzir o consumo de cimento Portlandno emboço ou usar cimento 
 com baixo teor de álcalis; 
• Utilizar placas cerâmicas de boa qualidade (queimadas em altas temperaturas, 
o que elimina os sais solúveis); 
• Garantir o tempo necessário para secagem de todas as camadas anteriores à 
execução do revestimento cerâmico. 
Pode ser facilmente retiradas mediante solução diluída de ácido muriático em 
concentrações baixas e em pequena quantidade, enxaguando muito bem a superfície 
após seu uso. 
 
2.3.4. Deterioração das juntas 
 
 As juntas são responsáveis pela estanqueidade do revestimento cerâmico e pela 
capacidade de absorver deformações, a deterioração das juntas compromete o 
desempenho dos revestimentos cerâmicos. 
Observa-se que está ocorrendo uma deterioração das juntas quando ocorre: 
• Perda de estanqueidade; 
• Envelhecimento do material de preenchimento. 
Para evitar a ocorrência desta patologia devemos ter controle da execução do 
rejuntamento, do preenchimento das juntas, bem como da escolha de matérias de 
preenchimento adequados (COMUNIDADE DA CONSTRUÇÃO, 2004). 
 
2.4. Fissuração das paredes de alvenaria não estrutural 
Segue na tabela abaixo, algumas das causas técnicas da fissuração de paredes de 
alvenaria não estruturais. Estas causas são observáveis em paredes correntes executadas 
com os mais diversos materiais. 
 
 
 
 
CAUSAS DE FENÔMENOS DE 
FISSURAÇÃO 
ASPECTOS PRESENTES 
Movimentos das fundações – recalques 
diferenciais 
- Acomodação diferenciais de fundações diretas 
- Variação do teor de umidade dos solos argilosos 
- Heterogeneidade e deficiente compactação de 
aterros 
Ação de cargas externas – atuação de 
sobrecargas 
- concentração de cargas e esforços 
Deformação da parede devido a 
deformabilidade excessiva das estruturas 
- Pavimento inferior mais deformável que o 
superior 
- Pavimento inferior menos deformável que o 
superior 
- Pavimento inferior e superior com deformação 
idêntica 
- Fissuração devida à deformação de consolos 
- Fissuração devida à rotação do pavimento no 
apoio 
Variações térmicas 
- Fissuração devida aos movimentos das 
coberturas 
- Fissuração devida aos movimentos das 
estruturas reticuladas 
- Fissuração devida aos movimentos da própria 
parede 
Variações de umidade 
- Movimentos reversíveis e irreversíveis 
- Fissuração devido à variação do teor de 
umidade por causas externas 
- Fissuração devido à variação natural do teor de 
umidade dos materiais 
- Fissuração devida à retração das argamassas 
- Fissuração devida à expansão irreversível do 
tijolo 
Alterações químicas 
- Hidratação retardada da cal 
- Expansão das argamassas por ação dos sulfatos 
- Corrosão de armaduras e outros elementos 
metálicos 
Ação do gelo 
- Fissuração devido a condições climáticas muito 
desfavoráveis 
- Fissuração devida à vulnerabilidade dos 
materiais 
Outros casos de fissuração 
- Ações acidentais (sismo, incêndios e impactos 
fortuitos) 
- Retração da argamassa e expansão irreversível 
do tijolo 
- Choque térmico 
- Envelhecimento e degradação natural dos 
materiais e das estruturas 
- Paredes de blocos de betão (situações 
particulares) 
- Revestimentos 
- Paredes com funções estruturais 
Tabela 1: Classificação de causas de fissuração em paredes 
 
 
3. MATERIAS E MÉTODOS 
 
 
 
 
 
3.1. Materiais 
 
 Areia: A areia utilizada no preparado da argamassa é areia lavada fina e grossa. 
Cimento: O cimento utilizado na argamassa é o Cimento Portaland CP II, marca 
CIMPOR. 
 Cal: A cal utilizada na obra é a cal hidratada, marca Rebocal. 
Argamassa: A Argamassa ACI foi utilizada para revestimento interno em 
banheiros, cozinhas e áreas de serviços. A argamassa AC II foram aplicadas no 
revestimento externo de paredes e fachadas, piscinas de água fria, pisos cerâmicos de 
áreas públicas e para pisos cerâmicos ao ar livre. E a argamassa AC III para as piscinas 
de água quente e churrasqueira. 
Porcelanato: Foi o revestimento cerâmico usado nos pavimentos. 
 
Figura 1: Porcelanato. 
 
Outros materiais importantes para que o pedreiro possa realizar o serviço de 
forma segura e com qualidade, são: Baldes, óculos, luvas, capacetes, desempenadeira, 
desempenadeira dentada, espaçadores, maquita, riscador manual, desempenadeira 
revestida com espuma, broxa, prumo, colher de pedreiro, esquadro, lápis, pedaços de 
madeira ou cerâmica (taliscas), martelo, pregos, trena, fio de náilon e caneca dosadora, 
régua 2m, nível mangueira e nível bolha. 
 
3.2. Métodos 
 
3.2.1. Execução de Revestimentos Argamassados 
 
a) O canteiro de produção deve possuir silos ou recipientes de armazenamento 
estanques, protegidos de chuva e de insolação. 
 
 
b) No preparo de argamassas mistas, o cimento deve ser adicionado no momento 
da sua aplicação, atendido o prazo de maturação da pasta 16h no mínimo ou da 
mistura cal e areia 
c) O tempo mínimo para a base do revestimento é de sete dias de idade do emboço 
de argamassas mistas ou hidráulicas, para início dos serviços de reboco; 
d) as superfícies a revestir deverão ser limpas e molhadas antes de qualquer 
revestimento ser aplicado. Molhando a parede, executa-se a limpeza, permitindo 
as melhores condições de fixação do revestimento, com a remoção do limo, 
fuligem, poeira, óleo etc., que podem acarretar o desprendimento futuro da 
argamassa; 
e) antes de ser iniciado qualquer serviço de revestimento, deverão ser instalados os 
dutos embutidos dos sistemas elétricos, de comunicação, gás e hidro-sanitários, 
devendo ser testadas as canalizações (sob pressão fluídica ou com lançamento 
dos guias), permitindo que se façam reparos, se necessários; 
f) as superfícies estruturais em concreto, tijolos laminados ou prensados, serão 
previamente chapiscadas, logo após o término da elevação das alvenarias; 
g) emboço só será aplicado após completa pega da argamassa de assentamento das 
alvenarias e do chapisco, e as superfícies deverão ser molhadas 
convenientemente antes do processo; 
h) quando houver necessidade de espessura de emboço acima de 2 cm, deverão ser 
executados em camadas, respeitando a espessura de 1,5 cm cada; 
i) A cal hidratada usada na confecção das argamassas para emboço, deve ser 
peneirada, para eliminar os grãos de cal, que se existirem na argamassa darão 
origem ao processo de hidratação higroscópica retardada, cuja consequência é o 
aparecimento do vulgarmente chamado empipocamento do revestimento; 
j) uso da nata de cal na argamassa para reboco deve passar pelo processo de 
hidratação completa, deixando-se o elemento descansar pelo menos 3 dias, ou 
seja, 72 horas, em lugar protegido do sol e ventilação. 
 
3.2.2. Execução do Revestimento Cerâmico - Porcelanato 
 
a) Verificar se a superfície não está irregular, com poças ou caroços; 
b) Todas as superfícies devem estar limpas, secas, livre de óleos ou tintas; 
c) Verificar Paginação de acordo com o projeto; 
 
 
d) Marcar e puxar mestra (linha do pedreiro), o servente prepara a argamassa; 
e) Utiliza a desempenadeira dentada para colocar argamassa no contra piso e no 
porcelanato, para cerâmicas acima de 30x30, abaixo apenas coloca argamassa na 
cerâmica. 
f) Assentamento do porcelanato com martelo borracha, evitando excesso de 
argamassa; 
g) Coloca-se espaçadores e realiza o nivelamento entre as placas cerâmicas com 
régua e nível bolha. 
f) Realiza-se o rejuntamento do porcelanato e limpa posteriormente. 
 
Figura 2 (a), (b) e (c): Preparação daargamassa, máquina para corte e assentamento do 
porcelanato. 
 
 
3.2.3 Análises patológicas 
 
Conforme a imagem abaixo, podemos perceber que as fissuras encontradas no 
edifício estão associadas à retração de secagem da argamassa. São as chamadas fissuras 
mapeadas, que posteriormente tornam-se pontos de movimentação devido às ações 
térmicas e higroscópicas sobre os revestimentos. 
 
Figura 3: Revestimento apresentando fissuração em mapa, típica de argamssas com alta 
retração 
 
 
 
Para o combate à retração em misturas cimentícias pode ser realizado com: 
 Ajustes na dosagem; 
 Aplicação de uma cura eficiente, minimização da relação água/cimento; 
 Utilização de aditivos que contribuem para o controle da retração, que 
por sua vez se subdividem em dois tipos: os redutores de retração e os compensadores 
de retração. 
 
 
Figura 4: Revestimento apresentando fissuração em vertical por movimentação térmica 
da laje. 
 
Para o combate à fissuras verticais pode ser realizado com: 
 Execução de juntas de movimentação ao entorno da edificação vindo do 
encontro das janelas de 1mm com cilindro de espuma e silicone; 
 Isolamento térmico da cobertura. 
 
 
Figura 5: Revestimento apresentando fissuração na diagonal, surgindo do encontro da 
janela. 
 
Trincas inclinadas nas paredes são sintomas de recalques de fundações; fissuras 
inclinadas que se iniciavam nos cantos das portas e janelas, que além de recalque podem 
 
 
ser ocasionadas por ausência de vergas ou contra vergas ou por concentração de tensões 
(atuação de sobrecargas). 
Para o combate à fissura diagonal vindo de encontro de janelas pode ser 
realizado com: 
 Vergas e contra vergas nos peitoris das janelas com apoio na alvenaria de 
no mínimo 20cm em cada lado; 
 
Figura 6: Revestimento apresentando fragilidade e pequenos buracos. 
 
Para o combate fragilidade do revestimento pode ser realizado com: 
 
 Para uma melhor coesão do revestimento é necessário que a areia seja 
bem peneirada para que a argamassa do revestimento não contenha materiais orgânicos 
e solo argiloso. 
 
4. CONCLUSÃO 
 
Conclui-se que as patologias mais comuns observadas, no edifício Francisco 
Pinto, são fissurações causadas por variação de umidade ( retração da argamassa), 
variação térmica (movimentação das lajes), sobrecarga (concentração dos esforços nas 
janelas) e patologia do tipo vesículas. 
As patologias são diretamente responsáveis por diminuir a satisfação dos 
clientes com a obra, alterando o cronograma físico-financeiro, aumentando os gastos 
com os reparos nos revestimentos como pintura e cerâmicas e, em algumas situações, 
comprometendo a estrutura da obra. 
Em relação à fase atual da obra, quanto ao assentamento do porcelanato, não se 
constata patologias visíveis, porém em alguns casos há fissuras nos revestimentos 
 
 
argamassados, necessitando que se executem juntas de dilatação para não ocasionar 
destacamento das pastilhas e/ou do porcelanato. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Revestimento de paredes 
externas e fachadas com placas cerâmicas e com utilização de argamassa colante - 
Procedimento – NBR 13755/1996. 
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Revestimento de paredes 
e tetos de argamassas inorgânicas - Especificação – NBR 13749/1996. 
 
TEIXEIRA, Luciene Pires. Desempenho da construção brasileira. Belo Horizonte: 
UFMG, 2010. 
 
SOUZA, Vicente Custódio Moreira; RIPPER, Thomaz. Patologia, Recuperação e 
Reforço de Estruturas de Concreto. São Paulo: Pini, 1998. 
 
THOMAZ, Eduardo Christo Silveira, CARNEIRO, Luiz Antonio Vieira, Alguns casos 
Reais de fissurações em paredes de edifícios de concreto armado. Anais IX 
Congresso Internacional sobre Patologia e Recuperação de Estruturas - CINPAR. João 
Pessoa, 2013. 
 
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Censos 
demográficos dos anos de 2000 a 2010. Rio de Janeiro: IBGE. 
 
Fiorito, Antonio J.S.I. Manual de Argamassas e Revestimentos : Estudos e 
Procedimentos de Execução. 2. ed. - São Paulo : Pini, 2009. 
 
Yazigi, Walid. A técnica de edificar. 10. ed. rev. e atual. - São Paulo : Pini : 
SindusCon, 2009. 
Taguchi, Mário Koji. Avaliação e qualificação das patologias das alvenarias de 
vedação nas edificações. Curitiba, 2008. 
 
Comunidade da Construção. Manual de Revestimento de Fachada. Salvador,2006. 
 
CHAGAS FILHO, Milton B. Notas de aula da disciplina de Construções de 
Edifícios. UFCG / DEC - Campina Grande / 2015.

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