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resumo nomenclatura e taxonomia

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TAXONOMIA versus SISTEMÁTICA
TAXONOMIA (grego): taxis: ordem, arranjo nomos: lei, norma (segue as regras do Código Internacional de Nomenclatura Botânica). É parte da sistemática que estuda as leis de classificação. É o estudo dos táxons, estudo da nomenclatura, descrição, identificação e classificação dos organismos.
SISTEMÁTICA (grego): syn: junto histamay: colocado sentido de ordenação (no sentido mais prático, organiza,ordenar)
Alguns autores consideram esses termos com sinônimos, TAXONOMIA = SISTEMÁTICA
Stace (1989) diz que: Sistemática é o estudo e descrição da variação dos organismos, sendo investigandos os motivos e as conseqüências destas variações para a produção de um Sistema de Classificação.
Nomenclatura Botânica (aplicação dos nomes): A fim de garantir a estabilidade e a universalidade aos nomes dados a diferentes táxons.
Identificação: (=determinação) é a colocação ou indicação indivíduos adicionais (ainda não identificados) à categoria correta. É o reconhecimento de que um indivíduo é idêntico ou semelhante a outro já conhecido. É feita através de consulta a bibliografia com descrições ou ilustrações taxonômicas (chaves analíticas, manuais, trabalhos revisionais, floras) e/ou pela comparação com exemplares já devidamente identificados e guardados em Herbários. 
Táxon: É um conjunto de indivíduos de qualquer nível hierárquico. 
Categoria: posição estabelecida na escala. 
Classificação: ordenação das plantas de maneira hierárquica. O produto final é o arranjo destas plantas em 
PRINCIPAIS CATEGORIAS TAXONÔMICAS (TODOS OS ENQUADRAMENTOS SÃO IMPORTANTES, MAS EM VERMELHO ESTÃO OS MAIS UTILIZADOS)
 
REINO Plantae
 DIVISÃO TERMINAÇÃO phyta
 CLASSE opsida
 SUBCLASSE idae 
 ORDEM ales
 SUBORDEM
 FAMÍLIA aceae 
 SUBFAMÍLIA oideae
 TRIBO eae
 SUBTRIBO inae
 GÊNERO
 SUBGÊNERO	n terminação não fixas !!! 
 SEÇÃO	 Nomes em latim ou 
 SÉRIE	 latinizados
 ESPÉCIE
 SUBESPÉCIE
 VARIEDADE
 FORMA
EXEMPLO:
 DIVISÃO: Magnoliophyta ou Angiospermae
 CLASSE: Magnoliopsida ou Dicotyledonae
 SUBCLASSE: Rosidae
 ORDEM: Rosales
 FAMÍLIA: Rosaceae
 SUBFAMÍLIA: Rosoideae
 TRIBO: Roseae
 SUBTRIBO: Rosinae
 GÊNERO: Rosa
 ESPÉCIE: Rosa gallica L. ( O nome da uma combinação é binária formada pelos nomes do gênero, mais espécie e seguido pelo nome do autor). Em textos científicos os nomes do gênero como da espécie, se for o caso da subespécie, variedade e forma tem que ser destacados dentro do texto ou Rosa gallica L, ou Rosa gallica L, Rosa gallica L. ou R.gallica L.
Espécie: É a categoria básica de hierarquia taxonômica.
Muitos conceitos têm sido usados para definir espécie, e os mais comumente utilizados em taxonomia vegetal são o morfológico e o biológico. 
Conceito morfológico, a espécie é um grupo de populações naturais permanentemente separadas das outras espécies por descontinuidades morfológicas perceptíveis. 
Conceito biológico, a espécie é um grupo de populações naturais intercruzantes, que está isolado reprodutivamente de outros grupos semelhantes.
O que é um Caráter: É um atributo de qualquer ser vivo e que pode ser expresso sob diferentes maneiras, por Ex.: forma do limbo (lanceolado, ovado, obovado, etc.), tamanho do pecíolo, forma da semente, número de carpelos, número de pétalas, etc....ma que se apresentam forma contínuada.
Táxon: agrupamento taxonômico de qualquer categoria, podendo ser uma espécie, gênero, família, etc.
 
O CÓDIGO PRINCÍPIOS, REGRAS E RECOMENDAÇÕES
Princípios do Código...
A nomenclatura botânica é independente da zoológica;
A aplicação dos nomes é determinada por “tipos nomenclaturais”;
A nomenclatura de um táxon baseia-se na prioridade de publicação;
Cada táxon tem apenas um nome válido;
Nomes científicos devem ser em latim ou latinizados;
As regras de nomenclatura são retroativas, exceto quando claramente
 limitadas;
Species Plantarum (1753) de Linneau (abreviações L., Linn.) foi o ponto de partida para estudos nomenclaturais em botânica.
Toda PUBLICAÇÃO VÁLIDA é considerada válida para gênero ou qualquer categoria abaixo de gênero quando:
A descrição for distribuída em material impresso ou eletrônico de ampla distribuição (após 1/1/1935);
O novo nome estiver acompanhado de uma descrição ou diagnose latina ou inglês ou referência a uma descrição anterior validamente publicada;
Houver a indicação de um tipo nomenclatural (holótipo), do herbário e instituição onde se encontra depositado o material.
TIPO NOMELCLATURAL (typus): é o elemento ao qual o nome de um táxon
está permanentemente ligado espécime ou até mesmo uma ilustração
HOLÓTIPO: espécime ou ilustração utilizada na descrição do táxon, designado pelo autor como tipo nomenclatural.
ISÓTIPO: É a duplicata do holótipo.
LECTÓTIPO: quando o autor não designou (só existia sintipos) ou o holótipo ou este foi perdido (queimado), outro autor designa o lectótipo a partir das plantas citadas pelo autor da espécie (busca primeiro entre os isótipos, se esses não existirem entre os paráticos, senão existir, .
PARÁTIPO: espécime citado na descrição que não seja o holótipo ou isótipo. São os materiais adicionais examinados.
SÍNTIPO: qualquer espécime citada na descrição quando não foi designado um holótipo.
NEÓTIPO: espécime ou ilustração selecionado para servir como tipo quando todo o material sobre o qual o táxon foi baseado se encontra desaparecido.
PRINCIPIO DA PRIODA PRIORIDADE
Para cada táxon abaixo de família o nome correto é o mais antigo, desde que tenha sido validamente publicado
Exemplos.: 
Para gêneros idênticos publicados com dois nomes diferentes, o nome que permanece é aquele mais antigo e validamente publicado. 
 Polytropia Presl (1831)
 Rhynchosia Loureiro (1790) Ficaria 
Rhynchosia Loureiro (1790)
Tendo como sinônimo : Polytropia Presl (1831)
Para espécies idênticas 
 Eriosema lagoense M.Mich. (1875)
 E. campestre Benth. (1859) Ficaria
 E. yerbalium Chod. & Hassl. (1904)
Eriosema campestre Benth. (1859) Tendo como sinônimos 
E. lagoense M.Mich. (1875)
E. yerbalium Chod. & Hassl. (1904)
6. Citação do nome do autor
coloca-se ao lado o nome do autor
Ex.: Polygala riograndensis Lüdtke & Miotto
P. paniculata L. (abreviação de Linnaeus)
P. adenophylla A. St.-Hil. & Moq. (Auguste Saint Hilaire &
Christian Horace Bénédict Alfred Moquin-Tandon
Quando a categoria do táxons for alterada, o primeiro autor é escrito entre parênteses, seguido do segundo autor que fez a alteração 
Ex.: Galactia neesii DC. var. flaviflora Griseb. Basiônimo: Galactia neesii DC. var. flaviflora Griseb. táxon que serviu de BASE para a nova combinação
O 
MICHELI passou esta variedade para a categoria de espécie
Ex.: Galactia flaviflora (Griseb.) Micheli
Micrasterias arcuata Ehr.
Micrasterias arcuata Ehr. ex Silva
Ehrenderg descreveu a espécie mas faltou algo para ser uma publicação
válida ou usou o nome sem ter sido publicado
;
Silva completou o trabalho e validou a espécie.
Cultivares: as regras de nomenclatura não se aplicam as cultivares
cv.= cultivated variety.
O nome de cada cultivar é colocado entre apóstrofes simples sendoescritas
com iniciais maiúsculas, ou escrever cv. antes da cultivar
Sinningia speciosa ‘Macrophylla´
Ou
Sinningia speciosa cv. Macrophylla
O nome da cultivar é dado no idioma do autor, não sendo necessária a tradução
Exs.: Panicum maximum ‘Gatton’
ou
Desmodium uncinatum cv. Silver-leaf
Híbridos O sinal “X” precede o epíteto específico de uma planta híbrida, quando se
sabe o nome da mãe e do pai, ambos devem ser colocados
Axonopus X compressoides (híbrido)
Axonopus compressus X Axonopus affinis
Variedade
var. ou v. = variedade
Chamaecrista nictitans (L.) Moench var. patellaria Kartesz & Gandhi
SISTEMAS DE CLASSIFICAÇÃO
	O principal objetivo de um sistema de classificação é descrever a estrutura e as relações de grupos de plantas entre si e com outras. Diante da grande diversidade do mundo natural, o homem instintivamente classifica, dividindo esta diversidade em grupos menores. Nos primeiros estágios da civilização, o homem aprendeu a reconhecer quais eram as melhores plantas para servir como alimento e para usar como combustível, as que eram medicinais, venenosas, etc. Estes primeiros agrupamentos tiveram um aspecto prático, determinados, principalmente, pela importância e utilidade das plantas.
	Os primeiros sistemas eram Artificiais, nos quais eram utilizados um ou poucos caracteres para se fazer comparações. A seleção dos caracteres era feita antes da classificação ser iniciada. No início, os sistemas artificiais baseavam-se, em primeiro lugar, no hábito (se árvores, arbustos, ervas..). Sistemas deste tipo dominaram durante o período entre 300 a.C até meados do século XVIII. Theophrastus (300 a.C.), considerado o pai da Botânica, fez o primeiro sistema de classificação das plantas.
	O Sistema Artificial mais utilizado foi desenvolvido por Carl F. von Linné (Carolus Linnaeus), publicado inicialmente em 1732, sendo posteriormente ampliado; é conhecido como Sistema Sexual. Linnaeus assumiu que as estruturas reprodutivas eram mais importantes que as outras. Este sistema, com 24 classes, incluiu todas as plantas até então conhecidas. A publicação “Species Plantarum” (1753) de Linnaeus foi escolhida pelos botânicos modernos como o ponto de partida da nomenclatural atual.
	Os Sistemas Naturais procuravam expressar o relacionamento natural entre as espécies. Para isso, utilizavam um grande número de caracteres. Nestes sistemas, o entendimento da origem das similaridades e diferenças entre os organismos era tido como sendo obra do plano divino. Estes sistemas surgiram na segunda metade do século XVIII e prevaleceram até o surgimento do Darwinismo em 1859. 
	A Escola Evolutiva (ou Gradista) de Sistemática, inicialmente considerada de Filogenética, além de usar toda a informação disponível sobre os táxons envolvidos, procurava apresentar as afinidades entre estes baseadas em relações de ancestralidade e descendência. Para elaborar as classificações, eram levados em conta os graus de semelhanças e o parentesco. 
	Estes sistemas evolutivos (também considerados polemicamente de filogenéticos) enfatizam caracteres primitivos X caracteres derivados (evoluídos). Devido à subjetividade destes sistemas, grandes diferenças surgem entre as opiniões dos taxonomistas, mesmo quando examinando o mesmo conjunto de organismos. Alguns dos autores que apresentaram sistemas de classificação bem conhecidos e utilizados, dentro da filosofia da Escola Evolutiva, foram: Adolf Engler Armen Takhtajan, Arthur Cronquist e Rolf Dahlgren.
Engler em 1892 publicou uma classificação baseada na de Eichler�, a qual foi adotada pela maioria dos botânicos de todo o mundo, no início do século XX. Tratou as plantas em 17 divisões e abordou todo o reino vegetal em nível mundial, juntamente com Karl Prantl (“Die naturlichen Pflanzenfamilien” 1887-1899), sendo este um dos motivos para a ampla utilização do seu sistema, além de ser ilustrado e apresentar chaves para identificação. As plantas com sementes (denominadas Embryophyta Siphonogama por Engler) foram divididas em Gymnospermae e Angiospermae. As Angiospermae foram divididas em duas classes, Dicotyledoneae (com duas subclasses: Archichlamydeae e Metachlamydeae) e Monocotyledoneae. Segundo este sistema, cada subclasse está dividida em ordens compostas por famílias consideradas próximas. Engler expressou para as Angiospermas a teoria do pseudanto, isto é, que as flores mais primitivas seriam pequenas, unissexuais e com polinização anemófila (pelo vento), possivelmente derivadas de estruturas reprodutivas unissexuais gimnospérmicas. Considerou inicialmente as Monocotiledôneas mais primitivas que as Dicotiledôneas.
	Cronquist (The Evolution and Classification of Flowering Plants 1968, 1988) Em seu sistema, denominou as Angiospermas de Magnoliophyta. Baseou seu sistema na teoria antostrobilar (inicialmente proposta por Arber & Parkin, 1907): as flores mais primitivas seriam hermafroditas, com perianto vistoso, com numerosas partes livres no perianto, androceu e gineceu distribuídos espiraladamente sobre um receptáculo alongado e com polinização entomófila (por insetos) As Magnoliophyta foram divididas em duas classes: Magnoliopsida = dicotiledôneas (com 6 subclasses: Magnoliidae, Hamamelidae, Caryophyllidae, Dilleniidae, Rosidae e Asteridae) e Liliopsida = monocotiledôneas (com 5 subclasses: Alismatidae, Arecidae, Commelinidae, Zingiberidae e Liliidae). Considerou Magnoliidae o grupo basal das Magnoliopsida, a partir do qual todas as Angiospermas se derivaram, e que Liliopsida teria se originado muito cedo, a partir de dicotiledôneas primitivas.
	A Escola Fenética, fora de uso. Esta Escola tem como fundamento a similaridade total dos caracteres. Qualquer tipo de semelhanças pode ser utilizado (primitiva=plesiomórfica; derivada=apomórfica). Através da Taxonomia Numérica, análises numéricas de semelhanças para um conjunto grande de caracteres de espécies passaram a ser viáveis. Todos os caracteres têm o mesmo peso e a mesma importância para a formação dos agrupamentos. Os métodos fenéticos dão tratamento numérico a matrizes de dados, produzindo diagramas (fenogramas) em que a reunião ou separação de táxons faz-se com base na média da semelhança total dos caracteres apresentados na matriz de dados. 
	A teoria da Escola Filogenética foi apresentada inicialmente por Hennig (1950, 1966) e posteriormente desenvolvida por outros seguidores. Esta escola (valendo-se da cladística ou análise filogenética - método mais amplamente utilizado atualmente para a classificação dos organismos) procura basear sua classificação na história evolutiva do grupo, e julga ser possível apresentar hipóteses filogenéticas passíveis de serem testadas, através de uma análise apropriada dos caracteres dos organismos atuais e de fósseis (se existentes). Nesta escola, o critério para agrupar os organismos é a monofiletismo, isto é, a descendência de um ancestral comum exclusivo e não a simples semelhança. Apenas os caracteres derivados (apomórficos) são utilizados para caracterizar os grupos.
	O resultado da análise cladística é um cladograma, que fornece uma representação gráfica de uma hipótese filogenética. 
	O Angiosperm Philogeny Group, ou APG ("Grupo que trata da Filogenia das Angiospermas") está constituído por um grupo de pesquisadores que tem apresentado as últimas propostas de classificação filogenética para as Angiospermas. O livro de Souza & Lorenzi (2008: Botânica Sistemática) adota o APG.

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