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13/09/2011 1 Patologias do Sistema Cardiovascular Profa. Natália de Melo Ocarino (UFMG) Profa. Alessandra Estrela-Lima (UFBA) Prof. Eduardo Moreira (UFBA) Constituição do Sistema Cardiovascular Sistema vascular sanguíneo Coração e Vasos Sanguíneos Sistema Vascular Linfático Revisão morfofuncional 13/09/2011 2 Circulação Sanguínea Circulação Linfática Vasos Linfáticos – se inicia túbulos de fundo cego/capilares linfáticos – anastomose- vasos maiores-ducto torácico – SVS - veias coração . líquido/macromoléculas/M.O do intersticio. Sentido único. 13/09/2011 3 Funções do Sistema Circulatório Distribuição do fluxo sanguíneo (O2 e nutrientes) Distribuição de hormônios Manutenção da termorregulação Remoção de CO2 e catabólitos Excreção adequada de urina Coração Órgão muscular cônico, propulsão Localização:região do mediastino Composição • 4 câmaras 2 átrios 2 ventrículos (VE3x) • 4 válvulas 2 atrioventriculares (tricúspede / mitral) 2 semilunares (aórtica e pulmonar) 13/09/2011 4 Histologicamente Constituído de 3 camadas Endocárdio: recobre internamente todas as câmaras, endotélio Miocárdio: camada muscular Pericárdio • visceral (epicárdio): mesotélio, recobre todo miocárdio Coração • parietal: saco fibroelástico que envolve todas as estruturas Sistemas de condução Sistema autônomo e especializado, responsável pela contração coordenada do músculo cardíaco, conseqüentemente pelo bombeamento eficiente do sangue ao longo dos vasos; Localizado predominantemente na camada sub-endocárdica; Nodo sinoatrial, Nodo atrioventricular, Feixe de His e Fibras de Purkinje Coração 13/09/2011 5 Alterações Post-Mortem Alterações Póst-Mortem Rigor Mortis Fase de pré-rigor: o glicôgênio das fibras ainda mantém os ATPs necessários ao metabolismo das fibras. ATPs Mantém afastadas actina e miosina (relaxamento muscular) Fase de rigor: com a de glicogênio ocorre de ATPs e forte união dos filamentos de actina e miosina (RIGOR). Fase de pós-rigor: os filamentos de actina e miosina são destruídos por fenômenos líticos levando ao relaxamento 13/09/2011 6 Alterações Póst-Mortem Rigor Mortis No exame pós morte é normal: VE: vazio (devido a musculatura mais desenvolvida ocorre rigor completo e expulsão de todo o sangue) VD: coágulo já que a musculatura é mais delgada, não há completa expulsão do sangue. Importante: a presença de coágulo no VE é indicativa de rigor incompleto, provavelmente, devido a necrose ou degeneração do miocárdio. Por isso sugere IC Alterações Póst-Mortem Coagulação sangüínea Após a morte Morte das células endoteliais O2 Liberação de tromboquinase Início do processo de coagulação 13/09/2011 7 Alterações Póst-Mortem Coagulação sangüínea Classificação cruórico: vermelho e constituído por hemácias lardáceo: amarelo e constituído por plaquetas, fibrina e leucócitos. Pode estar presente na anemia, coagulação lenta e animais submetidos a períodos agônicos prolongados OBS: Em Eqüinos o coágulo lardáceo não apresenta significado clínico. Ocorre devido à rápida taxa de sedimentação Alterações Póst-Mortem Coagulação sangüínea É importante se diferenciar COÁGULO de TROMBO: coágulo: é liso, brilhante, elástico e apresenta-se solto dentro do sistema cardiovascular com o formato do vaso ou da câmara cardíaca. trombo: é opaco, friável, inelástico, com formas e tamanhos variáveis, são aderidos a parede dos vasos e ao endocárdio, deixando uma superfície rugosa e opaca o ser retirado. 13/09/2011 8 Alterações Póst-Mortem Embebição pela hemoglobina Manchas esbranquiçadas Ocorre devido à hemólise do coágulo com liberação da hemoglobina que tinge os tecidos. Aparece como manchas avermelhadas Palidez difusa do miocárdio que não se correlaciona com nenhuma alteração microscópica detectável. Alterações Congênitas 13/09/2011 9 CORAÇÃO: Alterações Congênitas: 1.Defeitos com desvio do sangue do lado direito para o esquerdo e vice-versa; 2.Defeitos valvulares com obstrução do fluxo e regurgitação; 3.Conexões ou posicionamentos anormais; 4.Malposicionamento do coração; 5.Outras alterações congênitas. Alterações congênitas Como qualquer doença, a severidade dos sinais clínicos depende do grau de lesão. Surgimento rápido de sinais clínicos Morte por IC Vida adulta mesmo com deficiências funcionais causa: principalmente genética 13/09/2011 10 Alterações congênitas Importante: Suspeita de anomalia congênita ? O que fazer? EXAMINAR O CORAÇÃO IN SITU Durante a embriogênese cardíaca existem: Comunicações arteriovenosas: “Shunts”. 1. Entre o átrios (septo atrial e forâmen oval); 2. Entre os ventrículos (septos ventriculares); 3. Entre os grandes vasos (ducto arterioso) In útero: Ocorre fechamento do septos atrial e ventricular Período neonatal: Ocorre o fechamento do forame oval e do ducto arterioso 13/09/2011 11 Persistência do ducto arterioso Alterações congênitas VE: Sobrecarga de volume Congestão pulmonar VD: sobrecarga de pressão megaesôfago aorta artéria pulmonar AD AE VE hipertrofia concêntrica VD dilatação do AE hipertrofia excêntrica VE 13/09/2011 12 Persistência do ducto arterioso Mcgavin & Zachary, 2009 Alterações Congênitas: Defeitos com desvio do sangue do lado direito para o esquerdo e vice-versa: Defeito no septo interventricular (parede muscular cresce na direção superior e se funde com a porção membranosa do septum, resultando na oclusão da comunicação interventricular embrionária). Ocorre: Hipertrofia excêntrica do ventrículo esquerdo pelo aumento do volume sanguíneo que chega dos pulmões e hipertrofia concêntrica do ventrículo direito pela sobrecarga de pressão. 13/09/2011 13 Defeito do septo ventricular Alterações congênitas hipertrofia concêntrica VD aorta artéria pulmonar hipertrofia excêntrica VE AD AE VD VE Defeito septal ventricular baixo Defeito septal ventricular alto Mcgavin & Zachary, 2009 13/09/2011 14 Alterações Congênitas: Defeitos com desvio do sangue do lado direito para o esquerdo e vice-versa: Defeito no septo atrial: falha no fechamento do forame oval (estrutura membranosa incompleta) Septum primum leva a formação do Ostiun primum fenestrações geram uma 2ª abertura óstium secundum 2ª membrana é formada septum secundum + Septum primum = válvula . Canal chamado de forame oval Ocorre: Hipertensão pulmonar com cianose; hipertrofia excêntrica do ventrículo direito. Persistência do forame oval Alterações congênitas aorta artéria pulmonar AD AE VD VE hipertrofia excêntrica VD 13/09/2011 15 Defeito no septo atrial Mcgavin & Zachary, 2009 Alterações Congênitas: Defeitos que levam a obstrução do fluxo sanguíneo: Estenose subaórtica: Zona espessada de tecido endocárdico fibroso no trajeto de efluxo do VE, sob a válvula. Suínos. Ocorre: Hipertrofia concêntrica do VE. 13/09/2011 16 Estenose aórtica Alterações congênitas aorta artéria pulmonar AD AE VD VE hipertrofia concêntrica VE Estenose subaórti ca 13/09/2011 17 Estenose da artéria pulmonar Alterações congênitas aorta artéria pulmonar AD AE VD VE Estenose da artéria pulmonar hipertrofia concêntrica VD Persistência do arco aórtico direito Alterações congênitas Normal: aorta se desenvolver do arco aórtico esquerdo Aorta e o ducto arterioso fiquem do mesmo lado da traquéia e do esôfago Quando o arco aórtico direito é que se desenvolve, o ducto arterioso fica a direita da traquéia e esôfago megaesôfago 13/09/2011 18 P e rs is tê n c ia d o a rc o a ó rt ic o d ir e it o Mcgavin & Zachary, 2009 Ectopia cordis Alterações congênitas Situação em que o coração se encontra fora do tórax (subcutis na região peitoral ou cervical) nem sempre é fatal 13/09/2011 19 Outras Anomalias Congênitas: Tetralogia de Fallot: defeito de septo interventricular,estenose da artéria pulmonar, dextroposição da aorta e hipertrofia do miocárdio ventricular direito: bebês azuis TETRALOGIA de Fallot: 1. Persistência de septo interventricular 2. Estenose de artéria pulmonar 3. Hipertrofia do VD 4. Dextraposição de Aorta 13/09/2011 20 Hematocistos valvulares São hematomas presentes nas válvulas átrioventriculares pp de bezerros. Regridem e não causam anormalidade. Alterações congênitas Cedido: J. King Ausência de pericárdio Pode estar parcialmente ou totalmente ausênte. O mais freqüente é a presença de um orifício Alterações congênitas 13/09/2011 21 Fibroelastose endocárdica O endocárdio apresenta-se espesso, esbranquiçado devido a presença de tecido fibroelástico. Pode causar hipertrofia dos VD e VE. Melanose maculosa Pigmentação anômala de melanina. Alterações congênitas Bezerro: fibroelastose Setor de Patologia/Escola de Veterinária/UFMG 13/09/2011 22 melanose melanose Cedido: J. King 13/09/2011 23 Alterações de Pericárdio I. Alterações não inflamatórias Hidropericárdio Acúmulo anormal e excessivo de líquido dentro do saco pericárdico Classificação transudato: fluido claro ou discretamente amarelado pobre em proteína e geralmente não se coagula quando exposto ao ambiente. Causas: doenças crônicas caquetizantes (verminoses), subnutrição, IR, ICC, tumores de base de coração 13/09/2011 24 I. Alterações não inflamatórias Exsudato : fluido amarelado, turvo, rico em proteína e geralmente se coagula quando exposto ao ambiente. Causas: - doença do edema (E.coli hemolítica) - clostridium sp. OBS: a presença de fibrina no fluido não é um fator importante para a diferenciação entre transudato e exsudato Deve ser diferenciado do: I. Alterações não inflamatórias Conseqüências do Hidropericárdio Acúmulo rápido de líquido Acúmulo lento de líquido Diástole comprometida Tamponamento cardíaco Choque cardiogênico Hipertrofia concêntrica Distenção do pericárdio e acúmulo de muito líquido Fadiga, dilatação e IC 13/09/2011 25 M cg a v in & Z a ch a ry , 2 0 0 9 Hemopericárdio Acúmulo sangue coagulado no saco pericárdico. Lesão fatal. I. Alterações não inflamatórias Causas: - ruptura intrapericardial da aorta (cavalos após exercício) - ruptura do átrio (endocardite atrial ulcerativa) - ruptura de coronária (deficiência de cobre) - aneurisma (S. lupi) - hemangiossarcomas - traumas 13/09/2011 26 I. Alterações não inflamatórias Conseqüências do Hemoparicárdio Acúmulo rápido de sangue Diástole comprometida Morte por tamponamento cardíaco OBS: a morte ocorre por tamponamento cardíaco e não devido a perda de sangue H e m o p e ri c á rd io Mcgavin & Zachary, 2009 13/09/2011 27 II. Alterações metabólicas Hipotrofia gelatinosa das gorduras • Ocorre quando: - mobilidade progressiva dos depósitos de gordura do epicárdio para produção de energia Causa: caquexia - macro: massa gelatinosa transparente salpicada por focos de necrose Mcgavin & Zachary, 2009 13/09/2011 28 II. Alterações metabólicas Gota Úrica • Ocorre quando: - excesso de proteínas e aminoácidos levando a depósito de sais de urato. Causa: insuficiência renal - macro: depósito de substância branca semelhante a pó de giz nos folhetos parietal e visceral do pericárdio. III. Alterações inflamatórias Pericardite Classificação Serosa Fibrinosa Purulenta ou traumática Inflamação do pericárdio visceral e parietal. Geralmente, secundária a outras lesões 13/09/2011 29 Pericardite Serosa Acúmulo de líquido seroso ( proteína e células inflamatórias) no líquido e folhetos - macro: hiperemia dos vasos do epicárdio e espessamento da serosa. Difícil diferenciar do hidropericárdio III. Alterações inflamatórias Vias de infecção: hematogênica (principal) linfática (processos inflamatórios adjacentes) - associado a broncopneumonia fibrinosa Pericardite Fibrinosa Tipo mais comum de pericardite, está associada a doenças sistêmicas. Tem-se deposição de fibrina no pericárdio III. Alterações inflamatórias 13/09/2011 30 Causas da Pericardite Fibrinosa Bovinos: encefalomielite esporádica (clamídias) carbúnculo sintomático (Clostridium chauvoei) E. Coli em bezerros pasteurilose (associado a broncopneumonia) Equino: Streptococus equi (poliartrite) III. Alterações inflamatórias Suíno: doença de glasser (Haemophilus parasuis) salmonela complicação de pneumonia enzootica pasteurelose Ovinos: pasteurelose Aves: E. Coli Causas da Pericardite Fibrinosa III. Alterações inflamatórias 13/09/2011 31 macroscopia: lesões recentes: superfície do pericárdio recoberta por quantidade variável de fibrina de cor branco-acinzentada ou amarelada podendo estar misturada com sangue. Ao separar o folheto visceral e parietal observam-se projeções vilosas = pão com manteiga lesões antigas: substituição por conjuntivo fibroso e formação de aderências III. Alterações inflamatórias Pericardite fibrinosa Setor de Patologia/Escola de Veterinária/UFMG 13/09/2011 32 Pericardite fibrinosa. A superfície aparece recoberta por massas de material fibrinoso rosáceo. M cg a v in & Z a ch a ry , 2 0 0 9 Pericardite Fibrinosa Morte por septicemia Aderências focais ou difusas S/ transtornos na função cardíaca Fase crônica Fibrina conjuntivo Obliteração do saco pericárdico Insuficiência Cardíaca III. Alterações inflamatórias Conseqüências: 13/09/2011 33 Resulta da ação de bactérias piogênicas Vias de Infecção hematogênica linfática extensão de processo inflamatórios adjacentes cirurgias cardíacas contaminadas Freqüente em bovinos devido ao hábito alimentar pouco seletivo Pericardite fibrino-purulenta ou traumática III. Alterações inflamatórias # Causas: Bovinos → Bactérias piogênicas → perfuração traumática por corpo estranho. # Gatos e cavalos → Bactérias piogênicas → empiema torácico. 13/09/2011 34 Patogenia macroscopia: exsudato purulento fino ou misturado à fibrina dentro do saco pericárdico. A cor depende do microorganismo presente podendo ser amarelada, esverdeada ou acinzentada. Odor desagradável Pericardite fibrino-purulenta difusa crônica 13/09/2011 35 A resolução raramente ocorre e a morte ocorre por septicemia ou ICC Conseqüências: III. Alterações inflamatórias Pericardite traumática Aderência entre os folhetos Hipertrofia concêntrica Insuficiência cardíaca Patologias do Sistema Cardiovascular Profa. Natália de Melo Ocarino (UFMG) Profa. Alessandra Estrela-Lima (UFBA) Prof. Eduardo Moreira (UFBA) 13/09/2011 36 Alterações de Endocárdio I. Alterações degenerativas Mineralização Associada à desordens em que há deposição de cálcio e outros minerais Causas: - deficiência de vit. E e selênio - degeneração muscular nutricional - endocardite atrial ulcerativa - intoxicação por plantas calcinogênicas macro: placas brancacentas, firmes e irregulares. Pode ser observado na íntima de artérias elásticas 13/09/2011 37 Endocardite atrial esquerda urêmica Mineralização endocardial difusa (hipercalcemia) Mcgavin & Zachary, 2009 13/09/2011 38 mineralização Setor de Patologia/Escola de Veterinária/UFMG I. Alterações degenerativas Endocardiose valvular Lesão cardiovascular mais freqüente em cães.Contudo, de etiologia desconhecida. Sinonímias: Endocardiose, fibrose valvular, degeneração valvular mixomatosa ou mucóide. Ocorrência: Mais freqüente na mitral/tricúspede/aorta/pulmonares Incidência: aumenta com idade animais acima de 16 anos: 75% animais de até 1 ano: 5% 13/09/2011 39 I. Alterações degenerativas Endocardiose valvular Conseqüências: Somente na forma avançada da doença ocorrem sinais de IC com dilatação de átrio e ventrículos esquerdos e hipertofia excêntrica do mesmo. (Geralmente é um achado de necropsia macro: espessamento nodular daválvula, por proliferação de tec. fibro-elástico; de consistência firme, coloração brancacenta com superfície lisa e brilhante normal Setor de Patologia/Escola de Veterinária/UFMG 13/09/2011 40 Setor de Patologia/Escola de Veterinária/UFMG II. Alterações inflamatórias Localização valvular mural (geralmente é extensão da endocardite valvular) Endocardites É a lesão mais importante do endocárdio Endocardite valvular - 90% dos casos causados por infecção bacteriana - Ocasionalmente causada por S. vulgaris e infecções micóticas 13/09/2011 41 Alterações Inflamatórias: ENDOCARDITES Qto à localização: A) Valvular B) Mural Qto à morfologia: A) Vegetativa B) Verrucosa C) Ulcerativa Cursa com tecido neoformado: Endocardite valvular vegetativa e mural verrucosa. Cursa com perda de tecido: Endocardite mural ulcerativa (cães urêmicos). Endocardite Bacteriana Aguda Valvular Bovinos: Corynebacterium pyogenis (abscesso peritonial traumático, abscesso hepático, metrite purulenta, mastite purulenta, etc); Suínos: Erysipelothrix rhusiopatiae (erisipela crônica), Streptococcus sp; Equinos: Streptococus equi, Shigella equirulis; Cães: Streptococcus sp (gengivites e periodontites). 13/09/2011 42 Endocardite valvular aórtica e mitral vegetativa Setor de Patologia/Escola de Veterinária/UFMG Microscopicamente, a válvula de endocardite infecciosa demonstra vegetações friáveis de fibrina e plaquetas (rosa) misturado com células inflamatórias e de colônias bacterianas (azul). A friabilidade explica como partes da vegetação pode se romper e causar embolia. 13/09/2011 43 Ocorrência: em todas as espécies: válvula mitral (AVE) bovinos: tricúspede (AVD) = razões desconhecidas II. Alterações inflamatórias Endocardite valvular Maior desgaste devido a maior pressão sangüínea Por que a mitral é mais acometida? Patogenia: Complexa Componentes da Tríade de Virchow na trombogênese: 1.a. Lesão endotelial; 1.b. Turbulência; 1.c. Hipercoagulabilidade Condição importante: Bacteremia constante e recorrente II. Alterações inflamatórias 13/09/2011 44 Fatores importantes na patogenia Tendência de ocorrer nas linhas de aposição das superfícies expostas ao fluxo sanguíneo Movimento contínuo e aposição das margens livres Desgaste contínuo das válvulas II. Alterações inflamatórias Desgaste Favorece a aderência e proliferação de bactérias Início da Reação Inflamatória Necessidade bacteremia constante e recorrente Endocardite valvular é secundária a infecções extra cardíacas Fatores importantes na patogenia II. Alterações inflamatórias Então: 13/09/2011 45 Bovinos: Arcanobacter pyogenes Staphylococus sp Streptococus sp Eqüino: Pseudomonas aeroginosa Actinobacillus equili E. coli Ovinos: Streptococus Cães: E. Coli (lesões periodontais) II. Alterações inflamatórias Causas de endocardite valvular: II. Alterações inflamatórias macro: lesão inicial:pequenas ulcerações irregulares na válvula. Posteriormente, há formação nodulares ou massas de coloração amarelo-avermelhado as vezes recobertas por coágulos. São friáveis, se rompem facilmente causando erosões nas válvulas. lesão crônica : organização em tecido fibroso formando massas verrugosas. Endocardite valvular 13/09/2011 46 normal Setor de Patologia/Escola de Veterinária/UFMG Setor de Patologia/Escola de Veterinária/UFMG 13/09/2011 47 Conseqüências da endocardite valvular: Fatais II. Alterações inflamatórias Endocardite valvular Cardíacas Extra- cardíacas Estenose ou insuf. valvular IC esquerda ou direita Embolismo bacteriano Mitral tricúspede Infarto ou abscesso rins, fígado cérebro Abscesso pulmonar Infarto renal Pneumonia Setor de Patologia/Escola de Veterinária/UFMG 13/09/2011 48 Principal diagnóstico diferencial da endocardite valvular é? Pergunta Como diferenciá-las? ENDOCARDIOSE VALVULAR MACROSCOPIA Qualquer processo inflamatório do endocárdio, fora da válvula. Geralmente é ulcerativa e pode ser extensão do processo inflamatório valvular II. Alterações inflamatórias Endocardite mural Causas de endocardite mural: Eqüino: migração e fixação de larvas do S. Vulgaris. larvas migrantes → nódulos caseosos e calcáreos no endocárdio no ápice do ventrículo esquerdo. Bovinos: C. chauvei Cães: endocardite atrial ulcerativa: uremia 13/09/2011 49 II. Alterações inflamatórias macro: áreas rugosas no endocárdio, opacas, esbranquiçadas (ou não) devido a deposição de minerais. Podem estar presentes úlceras que podem provocar ruptura da parede (RARO). Conseqüências: extensão do processo para as válvulas, ulcerações e ruptura de parede levando a hemopericárdio Endocardite mural Setor de Patologia/Escola de Veterinária/UFMG 13/09/2011 50 Endocardite atrial ulcerativa Setor de Patologia/Escola de Veterinária/UFMG Endocardite atrial ulcerativa 13/09/2011 51 Alterações de Miocárdio ALTS. DO MIOCÁRDIO: A) Alterações Degenerativo-Necróticas: Causas: Deficiências nutricionais; Toxicoses (químicas e plantas- Tetrapterys spp); Isquemia (infarto); Distúrbios metabólicos; Lesões físicas; Doenças hereditárias. 13/09/2011 52 I. Alterações degenerativas É causada por alteração bioquímica, reversível que culmina com acúmulo de substância no citoplasma da célula. Degeneração hidrópica ou vacuolar Acúmulo de água no interior da fibra muscular tornando-a aumentada de volume e tumefeita. Causa: desequilíbrio hidroeletrolítico na célula (hipóxia) macro: o músculo apresenta-se de coloração cinza pálida, friável = difícil diagnóstico morfológico I. Alterações degenerativas Degeneração gordurosa ou esteatose Acúmulo de gordura no interior da fibra muscular tornando-a aumentada de volume e tumefeita. Causa: interferência no metabolismo de ácido graxo na célula (↑ síntese,↓ da utilização transporte ou excreção) macro: áreas de coloração amarelada, alternando com áreas de coloração normal. causas: anemias severas e toxemia É uma alteração mais freqüente no fígado que no coração 13/09/2011 53 esteatoseCedido: J. King I. Alterações degenerativas Atrofia parda do coração ou lipofucsinose ou xantose Acomete principalmente animais mais velhos e principalmente em ruminantes. Lipofucsina é um pigmento derivado do processo de envelhecimento celular oriundo de restos celulares. causas: doenças crônicas e caquetizantes e devido a má nutrição. macro: áreas de coloração marrom escura 13/09/2011 54 I. Alterações degenerativas Degeneração de Zenker ou Hialina Ocorre pela coagulação de proteínas nas fibras musculares. Há perda de estriações e enrugamento das fibras. causas: hipovitaminose E e endotoxinas bacterianas macro: áreas de coloração marrom escura Necrose miocárdica com mineralização, bezerro. Def. de vitamina E e Selênio. Mcgavin & Zachary, 2009 13/09/2011 55 I. Alterações degenerativas Mineralização Sempre distrófica, pois é precedida por algum tipo de lesão. Não dependente dos níveis de cálcio sanguíneos. É o acúmulo de sais de cálcio e outros minerais no miocárdio. Primeiramente há degeneração ou necrose e posteriormente mineralização. Macro: áreas branco-amareladas que rangem ao corte Setor de Patologia/Escola de Veterinária/UFMG 13/09/2011 56 II. Necrose É uma alteração comum e na maioria das vezes, resulta da degeneração. causas: def. de vitamina E e selênio intoxicação por gossipol (farelo de algodão) síndrome do stress suíno vírus da febre aftosa uremia macro:depende do intervalo entre a morte e o insulto Conseqüências: insuficiência cardíaca aguda (lesão extensa) insuficiência cardíaca crônica. Cedido: J. King necrose 13/09/2011 57 Necrose miocárdica, bezerro. Toxicose aguda por monensina. Mcgavin & Zachary, 2009 A monensina é um antibiótico carboxílico poliéter ionóforo utilizado na pecuária para maximizar a eficiência produtiva a partir da manipulação dafermentação ruminal e como coccidiostático. Quando fornecida de forma inadequada, pode levar à intoxicação Microscopia do músculo cardíaco com perda da forma poligonal característica das miofibras que se apresentam arredondadas e tumefeitas caracterizando um processo de necrose hialina segmentar multifocal (HE, 100X). 13/09/2011 58 Parede ventricular esquerda com infarto do miocárdio recente . O centro do infarto contém musculatura necrótica (setas). Ao redor zona de hiperemia. Mcgavin & Zachary, 2009 Ventrículo esquerdo com infarto "transmural" do miocárdio Mcgavin & Zachary, 2009 13/09/2011 59 Infarto do miocárdio recente, há extensa hemorragia com necrose das fibras miocárdicas, com bandas de contração e perda dos núcleos. Mcgavin & Zachary, 2009 Há colágeno pálido no interstício entre as fibras do miocárdio. Isto representa uma área de infarto antigo. Mcgavin & Zachary, 2009 13/09/2011 60 III. Alterações inflamatórias Inflamação do miocárdio provocada por agentes infecciosos. Raramente primária Via de infecção: Hematogênica Extensão de pericardite e endocardite Causas: secundárias a infecções sistêmicas (bactérias, vírus) e parasitária (toxoplasma, cisticercose) Miocardite III. Alterações inflamatórias Classificação: 1. SUPURATIVAS: Infiltrados neutrofílicos/Abscessos. 2. NECROTIZANTES: Toxoplasmose (cães e gatos). 3. HEMORRÁGICAS: Carbúnculo sintomático (bovinos). 4.LINFOCITÁRIAS: Infecções parvovirais em cãezinhos) 5.EOSINOFÍLICAS: Infecções parasitárias. 13/09/2011 61 Eqüino: Actionobacillus equili Causas: Bovinos: . Arcanobacterium pyogenes Listeria monocitogenes Miocardite supurada Resulta da ação de bactérias piogênicas III. Alterações inflamatórias Advém de processos inflamatórios do endocárdio Miocardite Supurada Ocorre na toxoplasmose (toxoplasma gondii) e comum em cães e gatos e Neospora canimum em cães Miocardite necrosante III. Alterações inflamatórias Observam-se focos de necrose associados a um infiltrado inflamatório linfo-histiocitário e zoítos intralesionais. Trypanosoma cruzi também causa miocardite em cães 13/09/2011 62 Cedido: J. King Miocardite necrotica Miocardite por parvovirose. Cão. Corpúsculo de inclusão basofílico viral Mcgavin & Zachary, 2009 13/09/2011 63 Observada em bovinos e ovinos acometidos pelo Clostridium chavoei (carbúnculo sintomático). Lesões semelhantes ao do músculo esquelético Miocardite hemorrágica III. Alterações inflamatórias Estágio Inicial: músculo vermelho escuro, úmido, recoberto por exsudato serohemorrágico EstágioTardio: . músculo enegrecido, seco e com presença de gás A histologia varia com a evolução da lesão Inicial: . Miofibrilas separadas por exsudato sero-hemorrágico com necrose e coagulação Tardio: . Fragmentação de miofibrilas separadas por bolhas de gás III. Alterações inflamatórias 13/09/2011 64 Miocardite linfocítica III. Alterações inflamatórias Resultante de infecções virais , sendo observada na parvovírus e cinomose em cães, febre aftosa e encefalomielite viral Obs: Persistência do processo inflamatório mesmo quando já não é possível detectar a presença do agente Macro: as paredes apresentam focos acinzentados que pode dar um aspecto listrado ao coração conhecido como “coração tigrado”. Estas áreas correspondem a áreas de degeneração e necrose de fibras cardíacas associadas a infiltrado linfocítico Cedido: J. King Miocardite linfocitica 13/09/2011 65 Conseqüências da miocardite miocardite Completa resolução III. Alterações inflamatórias Formação de cicatrizes Lesões progressivas que resultam em IC (cardiopatias dilatada) 13/09/2011 66 Parasitas do coração Cisto de sarcosporidium Cisticercus bovis – T. saginata Cisticercus ovis – T. ovis Cisticercus celulosae – T. solium Equinococcus granulosus – Cisto hidático Dirofilaria immitis – artéria pulmonar e no coração direito Cisticercus bovis ZOONOSE Setor de Patologia/Escola de Veterinária/UFMG 13/09/2011 67 Echinococcus granulosus Setor de Patologia/Escola de Veterinária/UFMG dirofilaria Cedido: J. King 13/09/2011 68 Cedido: J. King Neoplasias do coração Embora as neoplasias primárias do coração sejam raras, as metástases de neoplasias para o coração são freqüentes. Neoplasias primárias: raras nos animais domésticos Rabdomioma: neoplasia benigna das fibras musculares estriadas Rabdomiossarcoma: neoplasia benigna das fibras musculares estriadas Neurofibroma: é neoplasia benigna dos nervos periféricos 13/09/2011 69 Hemangiossarcoma: é a neoplasia maligna de células endoteliais. É a neoplasia primária do coração mais freqüente em cães e geralmente localiza-se no átrio direito. quimodectomas ou quimiorreceptomas (tumores da base do coração) são neoplasias dos órgãos receptores que estão localizados na carótida e na aorta junto à base do coração. Como conseqüências podem ser observadas hipertrofia ou dilatação das câmaras cardíacas e hidropericárdio. Neoplasias do coração hemangiossarcoma Setor de Patologia/Escola de Veterinária/UFMG 13/09/2011 70 Cão macho da raça Fila Brasileiro de 10 anos de idade. massa localizada na base do coração, aderida à adventícia aórtica e artéria pulmonar, medindo 9,5 x 4,5 x 4,0 centímetros com superfície irregular, aspecto multinodular, firme e de coloração branco-avermelhada (seta). Cão. Hemangiossarcoma. Átrio direito 13/09/2011 71 Quimodectoma Cedido: J. King Quimodectoma 13/09/2011 72 Quimiodectoma Formação de êmbolos tumorais na gordura epicárdica, O tipo celular predominante possuía moderada quantidade de citoplasma eosinofílico e núcleo pequeno e redondo com cromatina densa e hipercromática. Neoplasias do coração Neoplasias secundárias Linfoma: é neoplasia maligna de linfócitos com origem em qualquer tecido linfóide. É a principal neoplasia secundária que acomete o coração sendo freqüente em bovinos e cães. Tumores de mama 13/09/2011 73 linfoma Setor de Patologia/Escola de Veterinária/UFMG linfoma Setor de Patologia/Escola de Veterinária/UFMG 13/09/2011 74 Cão. Linfossarcoma Vaca. Linfossarcoma. Miocárdio Mcgavin & Zachary, 2009 Tumor de mama Setor de Patologia/Escola de Veterinária/UFMG 13/09/2011 75 lipossarcoma Setor de Patologia/Escola de Veterinária/UFMG Cansados meus anjinhos??? Por hoje é só...excelente semana!!! 13/09/2011 76 Insuficiência Cardíaca Insuficiência Cardíaca Ocorre quando o sangue que retorna ao coração não pode ser bombeado com velocidade compatível com as demandas metabólicas do organismo Mecanismos compensatórios • Freqüência Cardíaca • Resistência Periférica Volume Sanguíneo Redirecionamento do fluxo sanguíneo Hipertrofias e dilatação cardíaca Manter o Débito Cardíaco adequado 13/09/2011 77 Insuficiência Cardíaca INSUFICIÊNCIA CARDÌACA Coração doente Mecanismos compensatórios se exauriram Presença de sinais clínicos e lesões Incapacidade do coração em manter as demandas hemodinâmicas promovam aumento da pressão em um ou ambos os ventrículos promovam aumento de volume em um ou ambos os ventrículos deprimam ou alterem a contratilidade das fibras do miocárdio levam a perda da musculatura cardíaca Insuficiência Cardíaca Doenças do coração que podem levar a IC são: 13/09/2011 78 Insuficiência Cardíaca Direita Esquerda Mecanismos Compensatórios respostas intrínsecas (coração) respostas sistêmicas Insuficiência Cardíaca Bilateral Insuficiência Cardíaca Respostas intrínsecas Hipertrofia cardíaca: é o aumento do tamanho da fibra muscular sem aumento do numero de fibras. È uma resposta compensatória quando há sobrecarga de volume ou pressão Importante: Para que ocorra hipertrofia são necessários: Tempo, nutrição adequada e um miocárdio sadio 13/09/2011 79 Hipertrofia concêntrica: ocorrequando há aumento da carga sistólica (sobrecarga de pressão) levando aumento da contração da musculatura. macro: aumento da espessura da parede ventricular com diminuição da câmara ventricular. causas: estenose valvular, doenças pulmonares que levem a resistência ao fluxo sangüíneo, persistência de ducto arterioso. Insuficiência Cardíaca Tipos de hipertrofia Hipertrofia excêntrica: ocorre quando há aumento da carga diastólica (sobrecarga de volume) macro: aumento da câmara cardíaca e as paredes podem estar com espessura normal ou discretamente mais finas. Os músculos papilares estão normais. causas:Insuficiência valvular e defeitos de septo. Insuficiência Cardíaca Tipos de hipertrofia 13/09/2011 80 Insuficiência Cardíaca Respostas intrínsecas Dilatação cardíaca: o estiramento das miofibrilas promove aumento da força contrátil. Contudo, o estiramento contínuo e excessivo provoca diminuição da força contrátil levando a dilatação cardíaca macro: coração flácido, globoso, com paredes finas e músculos papilares achatados causas: principalmente insuficiências valvulares Dédito cardíaco fluxo renal = ↓Na ou ↑K Renina Angiotensinogênio Angiotensina I Angiotensina II SISTEMA renina-angiotensina-aldosterona Respostas sistêmicas 13/09/2011 81 SISTEMA renina-angiotensina-aldosterona Angiotensina II Aldosterona ↑ reabsorção de Na e H2O Débito cardíaco Vasoconstrição de AA Conseqüências da Insuficiência cardíaca direita: - Congestão de órgãos pp abdominais: rins, fígado (congestão passiva crônica), intestinos, baço, etc. - hidropericárdio, hidrotórax, hidroperitônio, edema subcutâneo = anasarca 13/09/2011 82 Conseqüências da Insuficiência cardíaca esquerda: - Congestão e edema pulmonares Hipertrofia concentrica 13/09/2011 83 Hipertrofia concentrica Setor de Patologia/Escola de Veterinária/UFMG dilatação Setor de Patologia/Escola de Veterinária/UFMG 13/09/2011 84 dilatação Setor de Patologia/Escola de Veterinária/UFMG dilatação 13/09/2011 85 Patologias das Artérias Natália de Melo Ocarino Aneurisma Dilatação saculiforme numa área enfraquecida e adelgaçada da parede de um vaso (veia e artéria) enfraquecimento da parede vascular extensão além de sua capacidade de resistência ANEURISMA Causas: def. de cobre, S.lupi (aorta), S vulgaris (art. mesentérica) e idiopática Conseqüências: rupturas geralmente fatais 13/09/2011 86 Rupturas Ocorrem devido a traumatismos severos. Podem ser espontâneas = ruptura súbita da aorta intracardíaca associada à exercício excessivo ou tumores Conseqüências: hemopericárdio e tamponamento cardíaco e choque cardiogênico hemorragias no tórax e abdomen levando a choque hipovolêmico 13/09/2011 87 Spirocerca lupi Ruptura aortica Cedido: J. King 13/09/2011 88 Ruptura aortica Setor de Patologia/Escola de Veterinária/UFMG I. Alterações degenerativas Arteriosclerose É o espessamento da parede das artérias com perda da elasticidade e com proliferação de tecido conjuntivo na túnica íntima. Etiologia: desconhecida mas parece estar associada a locais onde ocorre maior turbilhonamento sangüíneo OBS: é de difícil diagnóstico macroscópico Conseqüências: raramente causa alterações clínicas macro: placas brancas e ligeiramente firmes e elevadas 13/09/2011 89 Cedido: J. King arteriosclerose I. Alterações degenerativas Mediosclerose É a calcificação da túnica média das artérias musculares e elásticas geralmente associada a mineralização do endocárdio. causa: intoxicação por plantas calcinogênicas, intoxicação por vit. D e insuficiência renal crônica macro: a artéria se assemelha a uma estrutura tubiliforme sólida e densa e com placas sólidas e brancacentas elevadas na íntima 13/09/2011 90 I. Alterações degenerativas Ateroesclerose É o acúmulo de lipídeos, tecido conjuntivo fibrose e cálcio (ateroma) nas paredes musculares e elásticas com possível estenose do lúmen. macro: vasos afetados espessos, firmes e de coloração branco-amarelada. Artéria normal Ateroesclerose 13/09/2011 91 Tombose e embolia Trombose É a solidificação do sangue dentro do coração e de vasos, no indivíduo ainda vivo. Embolia É a obstrução vascular provocada por corpos estranhos ou por trombos que se deslocam com o sangue. sépticos (endocardite valvular) assepticos (bolhas de ar, vacinas oleosas, neoplasias) Arterites II. Alterações inflamatórias Podem ocorrer em inumeras infecções e doenças imunomediadas causa: D. immitis: maturação dso parasitas adultos nas art. Pulmonares e no coração direito dos cães. Na artéria se tem infiltração eosinofílica. S. vulgaris: os parasitas migram pelas artérias mesentéricas. Os vasos ficam dilatados e com parede firme e fibrosados. 13/09/2011 92 II. Alterações inflamatórias causa: arterite viral equina: infecção viral sistêmica com tropismo para cél. endoteliais vasculares com infiltração leucocitária. outras causas: peste suína, lupus eritematoso, extensão de processos inflamatórios adjacentes. Neoplasias Hemangioma: é a neoplasia benigna das células endoteliais caracterizada pela formação de espaços sangüíneos revestido por células endoteliais bem diferenciadas. Hemangiossarcoma: é a neoplasia maligna das células endoteliais sendo menos freqüente que o hemangioma. 13/09/2011 93 Patologias das Veias Natália de Melo Ocarino Dilatação Flebectasia: é a dilatação generalizada das veias. Varize: é a dilatação localizada das veias. Teleangectasia: dilatação dos capilares sinusóides hepáticos (ocorre em bovinos). Apresenta-se como manchas escuras, irregulares e deprimidas em relação ao parênquima normal. 13/09/2011 94 II. Alterações inflamatórias É uma lesão vascular comum, freq6uentemente complicada por trombose (tromboflebite) Flebite causa: onfaloflebite: é a inflamação da veia umbilical freqüente em bezerros. Ocorre contaminação bacteriana no umbigo nos dias posteriores ao parto Peritonite infecciosa felina (PIF):parece resultar da deposição de complexos imunes evoluindo pra lesaõ inflamatória II. Alterações inflamatórias Flebite causa: Iatrogênica: injeções intravenosas irritantes Processos inflamatórios como metrite e hepatite: podem estender-se para as paredes das veias adjacentes e produzir flebite 13/09/2011 95 Patologias dos Vasos linfáticos Natália de Melo Ocarino Linfedema hereditário É uma anomalia congênita rara caracterizada pór desenvolvimento defeituoso de vasos linfáticos (aplasia ou hipoplasia) com impedimento da drenágem linfática. Conseqüências: edema subcutânea e/ou no interior de cavidades. 13/09/2011 96 Dilatação e ruptura Linfangectasia É a dilatação dos vasos linfáticos e é decorrente de obstrução causada por neoplasias ou processos inflamatórios. Os vasos se tornam dilatados na porção anterior ocorrendo aumento do fluido intersticial. Ruptura A ruptura do ducto torácico seja em decorrência de traumatismos ou espontâneo causa quilotórax. Cedido: J. King teleangectasia 13/09/2011 97 Neoplasia Neoplasias primárias dos vasos linfáticos (linfangioma ou linfangiossarcoma) são muito raras. Essas neoplasias são constituídas de canais vasculares contendo linfa.
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