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ORGANIZAÇÃO INDUSTRIAL EMENTA • Utilização de métodos estatísticos de controle (cartas de controle, coeficientes de capabilidade de processo e seis sigma) • Programa 5S e 8S • Estruturação de um sistema de gestão da qualidade de acordo com a ISO 9001 • Ferramentas da qualidade • Plano de instalação e organização de uma indústria • ISO 14000 Utilização de métodos estatísticos de controle da qualidade “94% dos problemas ou oportunidades de melhorias são devido a causas comuns. Apenas 6% são devido a causas especiais. Desta forma, é possível afirmar que a maior parcela de responsabilidade, quanto a redução de variabilidade, é da administração do processo, isto é, dos gerentes, engenheiros e técnicos que têm autoridade de mudar o sistema” Dr. W.E. Deming Por que utilizar os métodos estatísticos de controle da qualidade? • Inspecionar ou testar uma amostra é mais rápido e mais econômico que a população • Ensaio destrutivo (ex: tração, dobramento, impacto, etc) ou inspeção destrutiva (ex: munição, impacto de um automóvel, etc) Categorias dos métodos estatísticos para a qualidade • Aceitação por amostragem – avalia a qualidade do produto depois de fabricado • Controle estatístico de processo – verifica se um dado processo se encontra ou não dentro de determinados limites Tipos de dados utilizados nos métodos estatísticos • Dados do tipo “atributos” – dados que são contados (ex: número de peças defeituosas, número de partes que não se encaixam, número de reclamações de clientes) • Dados do tipo “variáveis” – dados que são medidos (ex: medição do diâmetro de um eixo, medição da massa de uma barra de aço) Controle estatístico de processo Conjunto de métodos para avaliar e monitorar a qualidade de produtos manufaturados. Desvios (estatisticamente significativos) da especificação podem requerer uma intervenção no processo de fabricação. Cartas de controle - origem Walter Andrew Shewhart Cartas de Controle (1924) Ele foi formado pela universidade de Illinois e seu Ph.D., em Física, foi obtido na universidade da Califórnia em 1917 Controle estatístico de processo - CEP • Monitora um processo repetitivo • Determina se um dado processo está ou não sob controle • Apresenta as variações de um processo em função dos limites de controle Gráficos ou cartas de CEP • Para atributos – dados contados • Para variáveis – dados medidos Exemplos de cartas de controle Montar uma carta de controle Elaborando cartas de controle para atributos • Ex: quantidade de peças boas ou ruins, fabricadas em um torno mecânico • Compara a quantidade de peças ruins em cada amostra com a quantidade histórica para essa máquina • Verifica se o processo está ou não sob controle Determinação dos limites de controle n pp sp )1.( pSpLSC .3 pSpLIC .3 Linha central – é a média histórica do atributo em questão ( ) p OBS: se o LIC for negativo, o mesmo deverá ser igual a zero n = tamanho da amostra Determinação da proporção média n c p ii pi = proporção de unidades defeituosas ou não conformes ci = números de itens não conformes ou defeituosos n = números de unidades da amostra Determinação da proporção média m p p m i i 1 m = número de amostras Exercício proposto Em uma empresa, diariamente são obtidas amostras de pedidos de compra que são examinados quanto a erros de preenchimento (falta de código do fornecedor, CNPJ errado, falta de data de emissão, etc.). Cada amostra deverá representar adequadamente um dia de emissão de pedidos, e, portanto, deve ser obtida ao longo de todo período. Como cada pedido é classificado em bom ou ruim (com ou sem erros), o gráfico p é uma solução. Cada amostra contem 200 itens e as amostras foram coletadas ao longo de 15 dias Processo de emissão de pedidos de compra DIA PONTOS DA AMOSTRA COM ERROS p 1 200 22 0,110 2 200 25 0,125 3 200 17 0,085 4 200 18 0,090 5 200 37 0,185 6 200 29 0,145 7 200 21 0,105 8 200 17 0,085 9 200 20 0,100 10 200 25 0,125 11 200 8 0,040 12 200 24 0,120 13 200 29 0,145 14 200 18 0,090 15 200 22 0,110 TOTAL 3000 333 - Resolução 0444,0 200 )111,01.(111,0 .3111,0 )1.( .3 1776,0 200 )111,01.(111,0 .3111,0 )1.( .3 111,0 3000 333 n pp pLIC n pp pLSC p ELABORAÇÃO DO GRÁFICO E INTERPRETAÇÃO Exercício proposto Em um determinado dia, uma empresa fabricante de placas de veículos inspecionou 10 lotes (amostras) de placas, contendo cada uma delas 6 placas, conforme tabela. O objetivo da empresa é verificar a qualidade da pintura de modo que, se a placa apresentar alguma falha na pintura ou um desvio de tonalidade, a mesma é considerada defeituosa. Elabore um gráfico de controle para essa situação e interprete o seu resultado. Dados coletados AMOSTRA NÚMERO DE DEFEITOS 1 2 2 0 3 4 4 2 5 1 6 1 7 3 8 0 9 1 10 2 ELABORANDO CARTAS DE CONTROLE PARA VARIÁVEIS Elaborando cartas de controle para variáveis • Tamanho da amostra • Número de amostras • Frequência de amostragem • Limites de controle Gráfico X e R – média e amplitude • Um gráfico X indica as modificações nas médias das amostras e o X é a média das médias • Uma carta R indica as modificações na variabilidade do processo, através da inserção da amplitude de cada amostra em um gráfico de controle • A amplitude é a diferença entre o valor mais alto e o valor mais baixo em uma amostra • O R é a média das amplitudes das amostras Equacionamento m R R m x X n X X m j j m j j n i i 1 1 1 Determinação dos limites de controle E. L. Grant e R. Leavenworth elaboraram uma tabela para cálculo dos limites de controle para o gráfico das médias e para o gráfico da variabilidade RDR RDR RAXX RAXX . . . . 3 4 2 2 Limite superior de controle para Limite inferior de controle para Limite superior de controle para Limite inferior de controle para Número de observações da amostra (n) A2 D3 D4 Tabela baseada na distribuição normal Exercício Resolvido – Parte 1 • Elabore uma carta de controle para a média e outra para a amplitude para calibração de um dado processo produtivo, no qual foram tiradas 20 amostras, cada uma delas com 3 elementos, conforme tabela. m x1 x2 x3 X R 1 10,02 10,04 10,04 2 9,98 10,02 9,94 3 9,96 9,98 9,98 4 9,96 10,00 9,98 5 10,06 9,98 10,04 6 10,00 10,00 9,98 7 10,10 10,08 10,06 8 10,06 10,06 10,08 9 9,96 9,96 10,02 10 10,02 10,04 10,04 11 9,94 9,98 9,92 12 9,98 9,96 9,98 13 10.04 10,04 10,10 14 10,02 10,02 10,04 15 10,04 10,00 9,98 16 10,02 10,04 10,08 17 10,04 10,02 10,02 18 9,96 9,96 9,94 19 10,00 9,98 9,96 20 9,98 10,04 10,02 Exercício resolvido - Parte 2 Durante o processo de fabricação de uma determinada peça, tomou-se 5 amostras, cada uma delas com 3 elementos. A dimensão medida apresentou os valores indicados na tabela. Elabore uma carta de controle para a média e outra para a amplitude e analise o processo com relação a essa medida. Tabela m x1 x2 x3 X R 1 10,20 10,40 10,30 2 9,98 10,16 9,94 3 9,90 10,06 10,04 4 10,10 10,10 10,085 10,30 10,00 9,50 Capabilidade do Processo Capabilidade do Processo • Através do CEP se verifica se o processo se encontra sob controle estatístico • Através do estudo da capabilidade do processo se verificará se o processo é capaz de fabricar peças dentro dos limites de especificação de projeto • Algumas referências traduzem erroneamente capability como capacidade ao invés de capabilidade Um pouco de revisão • A tolerância é o valor que uma dimensão específica pode variar • A tolerância é a diferença entre os limites máximo e mínimo • Limite inferior de especificação é o menor valor que a dimensão poderá se encontrar, a fim de atender aos requisitos de projeto (qualidade) - LIE • Limite superior de especificação é o maior valor que a dimensão poderá se encontrar, a fim de atender aos requisitos de projeto (qualidade) - LSC Um pouco de revisão Desvio padrão amostral – relacionada à dispersão 1 )( 1 2 n xx n i i Responda ... • Qual a diferença entre LIE e LIC? • Qual a diferença entre LSE e LSC? Possíveis situações Menor variabilidade Índices de capabilidade • Cp • Cpk Índice de capabilidade Cp • Chamado de coeficiente de capabilidade de processo • Compara a tolerância do projeto com a variação seis sigma do processo • Quanto maior o seu valor, maior será a capacidade de se produzir peças dentro das especificações • O seu valor mínimo deverá ser de 1,33 Índice de capabilidade Cp 6 LIELSE Cp Não indica como está a média de processo em relação aos seus limites de especificação, por sua vez, não apresenta indicação de como a média se comporta em relação ao valor nominal Índice de capabilidade Cpk • Leva em consideração a média do processo • Seu valor mínimo deverá ser igual a 1,33 • Quando Cpk for igual a Cp, significará que a média estará centrada em relação aos limites de especificação Índice de capabilidade Cpk 3,3min xLSELIEx Cpk Adota-se o valor mínimo correspondente às duas condições Exercício Deseja-se medir o comprimento de uma tubulação fabricada em um processo de laminação, cujo valor nominal vale (100+0,2)mm. Foram tomadas seis amostras, cujos valores médios são apresentados a seguir: x1 = 98,5mm; x2 = 99,0mm; x3 = 98,0mm; x4 = 102,5 mm; x5 = 101,0 mm e x6 = 99,0mm. Determine os coeficientes Cp e Cpk. Verifique se o processo é capaz de produzir peças dentro dos limites de especificação. Em caso negativo, que ações poderiam ser realizadas a fim de resolver tal situação. Seis Sigma O Programa Seis Sigma • Programa de melhoria da qualidade • Introduzido pela Motorola nos anos 80 • A meta é reduzir a variação do processo a 50% da tolerância de projeto (Cp = 2) • Cp = 1 significa 99,73% de componentes bons ou 2700 defeitos por milhão de componentes fabricados • Cp = 2 corresponde a apenas 3,4 defeitos por milhão de componentes fabricados O Programa Seis Sigma A automação do processo reduzir consideravelmente sua variabilidade PROGRAMA 5S E 8S um conjunto de técnicas desenvolvidas no Japão pela equipe do Prof. Kaoru Ishikawa em maio de 1950. Motivação – Desperdícios no Brasil • Até 25% da energia elétrica gerada • Até 40% da água tratada • Cerca de 30% dos alimentos produzidos • Perdas superiores a 30% na construção civil Objetivos do Programa • melhoria do ambiente de trabalho; • prevenção de acidentes; • incentivo à criatividade; • redução de custos; • eliminação de desperdício; • desenvolvimento do trabalho em equipe; • melhoria das relações humanas; • melhoria da qualidade de produtos e serviços. Técnicas que compõem o programa 5S • Seiri - organização, utilização, liberação da área; • Seiton - ordem, arrumação; • Seiso - limpeza; • Seiketsu - padronização, asseio, saúde; • Shitsuke - disciplina, autodisciplina. Seiri - organização, utilização, liberação da área • Essa técnica é utilizada para identificar e eliminar objetos e informações desnecessárias, existentes no local de trabalho • Para a execução do Seiri devem ser definidas e instaladas áreas de descarte IDENTIFICAÇÃO PROVIDÊNCIAS Se é usado toda hora Colocar no próprio local de trabalho Se é usado todo dia Colocar próximo ao local de trabalho Se é usado toda semana Colocar no almoxarifado, etc Se não é necessário Descartar, disponibilizar Vantagens do Seiri • Liberação de espaço; • Eliminar ferramentas, armários, prateleiras e materiais em excesso; • Eliminar dados de controle ultrapassados; • Eliminar itens fora de uso e sucata; • Diminuir risco de acidentes. Seiton - ordem, arrumação • É uma atividade para arrumar as coisas que sobraram depois do Seiri • Seu conceito chave é a simplificação • Os materiais devem ser colocados em locais de fácil acesso e de maneira que seja simples verificar quando estão fora de lugar Vantagens do Seiton • Rapidez e facilidade para encontrar documentos, materiais, ferramentas e outros objetos; • Economia de tempo; • Diminuição de acidentes Seiso - limpeza • Nesta etapa deve-se limpar a área de trabalho e também investigar as rotinas que geram sujeira, tentando modificá-las • Todos os agentes que agridem o meio-ambiente podem ser englobados como sujeira (iluminação deficiente, mal cheiro, ruídos, pouca ventilação, poeira, etc). • Cada usuário do ambiente e máquinas é responsável pela manutenção da limpeza O Seiso inclui • Não desperdiçar materiais; • Não forçar equipamentos; • Deixar banheiros e outros recintos em ordem após o uso, etc Vantagens da aplicação do Seiso • Melhoria do local de trabalho; • Satisfação dos empregados por trabalharem em ambiente limpo; • Maior segurança e controle sobre equipamentos, máquinas e ferramentas; • Eliminação de desperdício Seiketsu - padronização, asseio, saúde • Trabalha com a padronização e melhoria contínua das atividades • Melhora da aparência dos funcionários em função do ambiente limpo • Nessa etapa, devem ser elaboradas normas para detalhar as atividades do 5S que serão executadas no dia-a-dia e as responsabilidades de cada um Vantagens do Seiketsu • Equilíbrio físico e mental; • Melhoria do ambiente de trabalho; • Melhoria de áreas comuns (banheiros, refeitórios, etc) • Melhoria nas condições de segurança Shitsuke - disciplina, autodisciplina • O compromisso pessoal com o cumprimento dos padrões éticos, morais e técnicos, definidos pelo programa 5S, define a última etapa desse programa • Se o Shitsuke está sendo executado significa que todas as etapas do 5S estão se consolidando Vantagens do Shitsuke • trabalho diário agradável; • melhoria nas relações humanas; • valorização do ser humano; • cumprimento dos procedimentos operacionais e administrativos; • melhor qualidade, produtividade e segurança no trabalho OS OUTROS 3S Adequação da filosofia do 5S no Brasil Os 3S • Shikari Yaro - Senso de determinação e União; • Shido - Senso de treinamento; • Setsuyaku - Senso de Economia e combate aos desperdícios Shikari Yaro - Senso de determinação e União • Prega a participação determinada da alta administração em parceria com a união de todos os funcionários • Motivação. Liderança e comunicação são as chaves deste Senso Etapas para implantação do Shikari Yaro• Conscientização da alta administração. • Reunião entre diretores e gerentes. • Escolha do coordenador do programa 8S. • Comunicação da empresa a todos os funcionários. • Reunião entre gerentes, supervisores e funcionários. • Divulgação do programa. • Plano para motivação dos funcionários. • Auditoria operacional dos recursos humanos, quando é feita uma completa avaliação do grau de satisfação dos funcionários para com todas as condições de trabalh • Plano de ações imediatas para solução dos problemas críticos. • Avaliação de todo o Senso Shido - Senso de treinamento • Prega o treinamento do profissional e a educação do ser humano • Prega qualificar o profissional e engrandecer o ser humano O Shido engloba o planejamento do programa sendo implantando nas seguintes etapas • Treinamento do coordenador do programa. • Treinamento da diretoria. • Montagem do escritório do programa 8S. • Treinamento dos gerentes. • Seleção e treinamento dos facilitadores. • Elaboração do plano diretor. • Treinamento de todos os funcionários. • Registro e análise da situação atual da empresa. • Elaboração dos planos de execução. • Avaliação de todo o Senso Setsuyaku - Senso de Economia e combate aos desperdícios • Etapa para sugerir modificações e melhorias pelos funcionários • Última etapa do programa • Elogios às sugestões Etapas do plano de combate ao desperdício • Ampla campanha promovida pela alta administração. • Reunião entre diretores, gerentes e supervisores. • Divisão da empresa em setores de atuação e escolha dos líderes de grupos de sugestões. • Coleta de sugestões e idéias. Todas devem ser aceitas e nenhuma descartada antes de uma análise detalhada. • Análise das sugestões, separando-se as de execução simples e imediata das que necessitam estudos, projetos e investimentos. • Execução das melhorias. • Avaliação dos resultados. • Divulgação dos resultados. • Recompensa e elogios aos autores das sugestões O dia do lançamento do 5S deve ser um dia festivo, com eventos tais como: café da manhã ou almoço de confraternização, gincana, palestra, apresentação de grupos culturais, etc. O dia seguinte ao dia do lançamento do 5S é um dia propício para a primeira de uma série de avaliações que deverão ser realizadas visando sempre a melhora contínua do ambiente de trabalho FIM ESTRUTURAÇÃO DE UM SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE DE ACORDO COM A ISO 9001 Modelo de sistema de gestão da qualidade Modelo de sistema de gestão da qualidade • Clientes • Fornecedores • Alta direção • Gestão de pessoal • Gestão administrativa e financeira • Controle de qualidade – medição, análise e melhoria • Chão de fábrica Por que aplicar qualidade? • Padronização • Controle • Percepção do cliente • Redução de custos • Redução de refugo e retrabalho • Competitividade • Melhoria continua • Otimização • Disseminação ESTRUTURAÇÃO DE UM SISTEMA DE QUALIDADE Uma introdução às normas ISO 9001 ELABORAÇÃO DE UM SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE • Procedimento de padronização • Procedimentos técnicos e operacionais • Instruções de trabalho • Documentos administrativos (ex: termo de confidencialidade) • Procedimento de análise crítica • Procedimento de auditoria interna • Procedimento de reclamações de clientes • Procedimentos administrativos • Manual da qualidade Procedimentos técnicos e operacionais • Deverão refletir de maneira clara e objetiva o que se deseja seguir • Deverão ser baseados, quando possível, em normas técnicas ou regulamentos técnicos • Importante apresentar fluxograma • Importante ser ilustrado Exemplo de um procedimento de medição Etapas de um procedimento técnico ou operacional • Nome e código • Revisão com data • Assinatura dos responsáveis • Sumário • Abreviações • Descrição • Fluxograma • Referências bibliográficas EXERCÍCIOS SOBRE SISTEMA DA QUALIDADE FERRAMENTAS DA QUALIDADE “De acordo com a Organização Internacional de Normalização (ISO), a qualidade é definida como “o conjunto das propriedades e características de um produto, processo ou serviço que lhe fornecem a capacidade de satisfazer as necessidades explícitas ou implícitas” Dividem-se em • Estratificação • Fluxograma • Folha de verificação • Diagrama de causa e feito • Gráfico (ou diagrama) de pareto • Gráfico de tendência • Histograma • Carta de controle • Gráfico de dispersão ESTRATIFICAÇÃO A estratificação é o método usado para separar (ou .estratificar.) um conjunto de dados de modo a perceber que existe um padrão. Quando esse padrão é descoberto, fica fácil detectar o problema e identificar suas causas. Exemplo de estratificação FLUXOGRAMA “descreve a seqüência do trabalho envolvido no processo, passo a passo, e os pontos em que as decisões são tomadas. É uma ferramenta de análise e de apresentação gráfica do método ou procedimento envolvido no processo.” Fluxograma • Antes de tentar resolver um problema, defina- o • Antes de tentar controlar um processo, entenda-o • Antes de tentar controlar tudo, identifique o que é mais importante • Comece pela representação gráfica do processo Elementos de fluxograma Atividade Atividade é um bloco que simboliza a execução de uma tarefa ou de um passo no processo Decisão Decisão representa um ponto do processo em que uma decisão deve ser tomada, em função do valor de alguma variável ou da ocorrência de algum evento Resposta Representa a resposta de uma decisão Início/Fim Início/Fim identifica pontos de início ou de conclusão de um processo FOLHA DE VERIFICAÇÃO A folha de verificação é um quadro para o lançamento do número de ocorrências de um certo evento. A sua aplicação típica está relacionada com a observação de fenômenos. Observa-se o número de ocorrências de um problema ou de um evento e anota-se na folha a sua freqüência.” Folha de verificação ITEM OCORRÊNCIAS A IIIII IIIII IIIII IIIII B III C IIIII III D IIIII IIIII II DIAGRAMA DE CAUSA E EFEITO Conhecido também por Diagrama de Ishikawa ou Diagrama de “espinha de peixe” Utilizado quando precisa-se identificar as causas de um problema, partindo de grupos básicos de possíveis causas, desdobrando tais causas até os níveis de detalhe adequados à solução dos problemas Características • Identifica as causas de um dado problema • O foco passa a ser o problema • Serve como ponto de partida para outras ferramentas da qualidade • Identifica o nível de compreensão que a equipe tem sobre um dado problema • Uso geral Como construí-lo? • Definir claramente o problema a ser analisado • Através do brainstorming, por exemplo, buscar o maior número possíveis de causas • Construir o diagrama no formato de espinha de peixe • Faça tantos diagramas quanto forem necessários (estude os efeitos separadamente) Modelo geral do diagrama Porque os clientes estão reclamando da comida de um restaurante? DIAGRAMA DE PARETO Desenvolvido pelo economista Vilfredo Pareto, que revelou as seguintes caracterísiticas nos problemas sócio-econômicos: Poucas causas principais influíam fortemente no problema. Havia um grande número de causas triviais – influência marginalDiagrama de Pareto – Estratificação das causas É o desdobramento em níveis decrescentes de detalhe. até chegar as causas primárias, que possam ser efetivamente atacadas. Serve para quantificar a importância das causas de um problema. 0 5 10 15 20 25 30 35 A- Alegria B- Vista C- Tendosinovite D- Choque Nº de licenças A B C D Gráfico de Pareto A – alergia B – vista C – virose D - cardiaco Exemplo GRÁFICO DE TENDÊNCIA É um gráfico simples, em coordenadas cartesianas, que descreve o comportamento de uma variável ao longo do tempo ou em função de outra variável de referência. A sua utilidade é a identificação de tendências de comportamento, facilitando a identificação eventos ou a compreensão do problema em estudo.” Exemplo 1 jan /0 2 fe v/ 02 ma r/ 02 ab r/ 02 Serv. Prestados Exemplo 2 HISTOGRAMA um gráfico de barras verticais que apresenta valores de uma certa característica agrupados por faixas. É útil para identificar o comportamento típico de uma característica.” Histograma Exemplo 0 2 4 6 8 10 12 14 16 Nº de ocorrências Tempo de atendimento (min) Histograma CARTA DE CONTROLE Carta de Shewartz é utilizada para o acompanhamento de processo Características • É utilizado para verificar tendências que ocorrem ao longo do tempo • É utilizado para monitorar um processo (mostra se ocorreu alguma mudança expressiva no processo) • Com o seu emprego é possível acompanhar o comportamento de um processo e sua variabilidade • Sabe-se o instante em que um desvio foi verificado • Utiliza o controle estatístico de processo Tipos • Por variáveis quantitativas (peso, altura, tempo, etc) • Por atributos qualitativos (estado civil, sexo, peça boa ou peça ruim, etc) Gráfico – exemplo 1 Gráfico de dispersão Permite verificar a correlação entre duas grandezas A correlação poderá: • Não existir • Ser linear • Ser não linear Exemplo de gráficos Correlação sal do queijo com o tempo de banho em águal e sal Sem correlação Exemplo BRAINSTORMING Tempestade de idéias Fases • Fase 1: geração das idéias • Fase 2: exploração das idéias Metodologia • Reunião do grupo no qual se pretende buscar uma solução • Deve-se assegurar a livre participação do grupo • Maximizar a quantidade de idéias • Maximizar a criatividade • Organizar as idéias Exercício • Valores medidos: p32 = 99,98 mm; p33 = 99,98 mm; p34 = 99,97 mm; p35 = 99,96 mm; p36 = 100,25 mm; p37 = 100,32 mm • U95 = 0,02 mm para k = 2,02 • Resolução = 0,01 mm • Pij = média do comprimento da peça medida ELABORE UMA CARTA DE CONTROLE PARA ESTE PROCESSO Uma fábrica de eixos ... (100 + 0,1) PLANO DE INSTALAÇÃO E ORGANIZAÇÃO DE UM INDÚSTRIA NOÇÕES BÁSICAS Localização das instalações • Localização das operações de manufatura; • Localização das instalações de estocagem e distribuição REGRA GERAL: Produtos que diminuem em peso e volume durante o processo de transformação tendem a ser localizados próximos às matérias- primas. Produtos que aumentam em peso e volume ficam localizados próximos aos pontos de consumo. Localização • Fatores qualitativos • Fatores quantitativos Fatores qualitativos • Infra-estrutura local • Educação e qualificação dos trabalhadores • Exigências de conteúdo do produto • Estabilidade política/econômica Fatores quantitativos • Custos de mão-de-obra • Custos de distribuição • Custos de instalação • Zonas econômicas especiais • Taxas de câmbio LAY OUT DE INSTALAÇÕES Características de um bom lay out • Padrão de fluxo em linha reta • Pequena ou nenhuma estocagem de materiais entre etapas • Operações de gargalo sobre controle • Estações de trabalho próximas • Mínimo movimento de materiais • Facilmente ajustável a condições mutáveis LAY OUT DE PRODUTO (LAY OUT DE FLUXO) Os processos ou os equipamentos estão dispostos de acordo com as etapas em que os produtos são feitos Se o equipamento é utilizado apenas em uma linha contínua de produtos, dá-se o nome de linha de montagem ou linha de produção Linha de montagem • Peças montadas em 100% por trabalhadores • Plantas completamente automatizadas • Linhas semi-automatizadas • Tecnologias CIM Linha de montagem • Série de estações de trabalho • Intervalo de tempo uniforme entre as linhas (tempo de ciclo) • Formada por estações, também chamadas de unidades de trabalho O problema de balanceamento de uma linha de montagem está em delegar atividades a cada estação de trabalho, de forma que a soma do tempo em cada uma das unidades de trabalho não exceda o tempo de ciclo Etapas do balanceamento da linha de montagem • Criar uma relação sequencial entre as tarefas • Determinar o tempo de ciclo (T) T = Tempo de produção por dia / unidades fabricadas por dia • Determinar o número mínimo de estações de trabalho (N) N = soma dos tempos de tarefas (TT) / tempo de ciclo (T) • Delegar as tarefas até que sua soma seja igual ao tempo de ciclo Etapas do balanceamento da linha de montagem • Avaliar a eficiência da linha de montagem (E) E = soma dos tempos das tarefas (TT) / número real de estações de trabalho (Nr).tempo de ciclo (T) • Verificar se a eficiência é satisfatória (caso contrário, rebalancear a linha FONTE: Davis, Mark M, Fundamentos da administração da produção. 3.ed. Bookman Editora. Porto Alegre, 2001
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