Buscar

revisão_dor pos cirurgica

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

Serviço Público Federal 
Ministério da educação 
Universidade Federal de Sergipe 
Campus Universitário “Professor Antônio Garcia Filho” 
Graduação em Medicina 
 
Sanni Silvino Parente 
 
Revisão: dor pós-cirúrgica 
Para alcançar o alívio da dor pós-
cirúrgica, é necessário uma analgesia 
balanceada ou multimodal, que consiste 
em uma terapia atuando em diferentes 
etapas das vias de condução. Também é 
necessário reduzir as disfunções 
orgânicas decorrentes da inflamação e 
manipulação cirúrgica, tais como: HAS, 
taquicardia, síndrome da 
hipercoagulação, trombose venosa 
profunda, hipermetabolismo, íleo 
paralítico, disfunções pulmonares e 
SRIS. 
Além disso, ansiedade e depressão sã 
importantes estimuladores 
hipotalâmicos, gerando reações como: 
secreção de catecolaminas (podendo 
levar a vasoconstrição renal), cortisol, 
renina, angiotensina II e corticoides. 
Também evocam respostas imunitárias, 
alteram a viscosidade sanguínea, o 
tempo de coagulação e a agregação 
plaquetária. 
Simplificadamente, é utilizada a escada 
analgésicas da OMS para dor crônica 
adaptada. 
 
COMPLICAÇÕES RELACIONADAS A DOR 
PÓS-OPERATÓRIA AGUDA 
 Atividade reflexa motora > espasmo 
muscular > prolongando a dor; 
 Parede torácica e abdome: dor 
associada a espasmo muscular podem 
comprometer a função respiratória; 
 Processos cirúrgicos de tórax e abdome 
superios, pode acarretar em diminuição 
do volume pulmonar; 
 Cirurgias intra-abdominais > diminuir a 
motilidade intestinal que pode 
prolongar o período de internação; 
 Imobilismo: trombose venosa, escaras, 
acúmulo de secreções, reabsorção 
óssea, perda de massa muscular, 
anormalidades no transito intestinal; 
 Respiratória: medo da dor > evitar 
respiração forte e tosse > diminuição da 
capacidade vital, da capacidade residual 
funcional e do volume residual > 
hipoxemia e hipercapnia (idosos, 
obesos e tabagistas); 
 Hemodinâmica: aumento da atividade 
cardíaca, aumento do consumo de 
oxigênio pelo miocárdio, aumento do 
consumo metabólico, retenção hídrica, 
hiperglicemia e aumento do 
catabolismo proteico; 
 Gastrointestinal: diminuição da 
motilidade intestinal, náuseas e 
vômitos; 
 Urinária: estímulos nociceptivos > inibir 
a atividade do TU > hipomotilidade 
uretral e vesical > comprometer a 
micção; 
 Imunológica: agranulocitose, 
diminuição da quimiotaxia, aumento da 
atividade fagocitária e diminuição da 
função leucocitária T e B e monocitária; 
 Psíquica: insônia, medo da dor ficar 
incontrolável; 
 Metabólica: aumento do ACTH, GH, 
catecolaminas, cortisol, angio II, 
aldosterona, glucagon, IL 1, e 
diminuição da atividade da insulina e 
testosterona. 
TIPOS E MECANISMO DA DOR PÓS-
CIRÚRGICA 
A dor é reconhecidamente do tipo 
inflamatória, tanto que regride a medida 
que a cicatrização acontece. 
As lesões teciduais em um ambiente 
protegido ocasiona modulação de 
receptores sensitivos periféricos e centrais, 
diminuindo o limiar de excitação e da 
sensibilização central, gerando alodinia e 
hiperalgesia. 
A lesão é causadora dee liberação de 
substancia P, PGs, 5-HT, bradicinina e 
histamina. Além de favorecer os processos 
de modulação da dor. 
A dor, a nível central, sofre ainda múltiplos 
processos inibitórios por meio de 
substancias: endorfinérgicas, 
encefalinérgicas, neurotransmissinérgicas, 
gabaérgicas, serotoninérgicas, 
noradrenérgicas, colinérgicas, 
glutamaérgicas, dopaminérgicas, 
calcitominérgicas e histaminérgicas. 
Dor neuropática pode estar presente em 
virtude de alguma lesão de estrutura 
nervosa. 
Dessa forma, entende-se a dor como sendo 
resultado de estímulos nociceptivos 
(inflamação, trauma) aliado a hipoatividade 
do sistema supressor. 
A dor é persistente e paroxística, associada 
a alodinia, hiperalgesia e hiperpatia. 
Essas respostas são previsíveis em todos os 
procedimentos cirúrgicos, e para evitá-las 
faz-se necessário bloquear completamente 
todos os estímulos inflamatórios e 
cirúrgicos até a recuperação da ferida. 
Ademais, a ativação de áreas relacionadas 
ao comportamento psíquico ocasiona 
sensação de mal estar, ansiedade, medo e 
agitação, o que cumulam em estresse e 
preocupação. 
É conhecido que sensações de estresse e 
medo agravam-se logo após o termino da 
anestesia, aumentando a intensidade da 
dor, causando irritação e agitação. 
Somado a tudo isso, a sensação de 
insegurança agrava a ansiedade, que tem 
efeito sobre a vigília, a tensão, a diminuição 
do limiar de dor, aumento da percepção de 
sensações desagradáveis. 
O doente, encontra-se em um quadro 
preocupante de: 
 Imobilização; 
 Evita movimentos que aumentem a 
dor; 
 Incapacidade de cuidar de si; 
 Hipertonia muscular localizada ou 
generalizada; 
DOR ANSIEDADE 
 Anormalidades neurovegetativas 
Esse quadro pode progredir para a 
instalação ou agravamento da SDM ou dor 
traumática. 
FATORES AGRAVANTES 
 Privação do sono; 
 Anormalidades no padrão do sono; 
 Excessivos estímulos sonoros e 
visuais; 
 Sons inadequados; 
 Conversas inapropriadas; 
 Falta de comunicação; 
 Ausência de janelas; 
 Dissociação entre atividades do 
indivíduo e do ciclo noite-dia; 
 Incapacidade de concentração. 
DOR CRÔNICA PÓS-OPERATÓRIA > 2 meses 
Podem ser agravantes da dor pós-
operatória fatores genéticos, idade 
avançada, dor preexistente e ausência de 
controle da dor durante a cirurgia. 
ANALGESIA PREEMPITIVA 
Tem por objetivo proteger o SNP e SNC das 
consequências das lesões teciduais, através 
da sensibilização dos sistemas periféricos e 
centrais impedindo que dores persistentes 
se instalem. 
Acredita-se que essas medidas resultem 
mais no prolongamento da analgesia 
operatória do que na prevenção dos 
mecanismos de sensibilização. 
As classe farmacológicas eficientes são 
opióides e antagonistas NMDA, por 
produzirem alterações na 
neuroplasticidade após procedimentos. 
TRATAMENTO 
Usa-se analgésicos opióides (morfina, 
fentanil, tramadol, oxicodona e codeína) 
para evitar a condução da informação 
dolorosa ao SNC e antiinflamatórios para o 
controle da inflamação associados a 
técnicas cognitivos-comportamentais que 
podem modificar a interpretação da dor. 
A prescrição dos analgésicos deve ser em 
sistema misto : horário fixo + 
suplementação. 
A analgesia controlada pelo paciente (ACP) 
ocorre quando, ao sentir dor, o paciente 
pode dispor de uma descarga extra de 
analgésico, de modo independente. Esta 
técnica necessita de bombas de infusão 
apropriadas para essa finalidade.

Outros materiais