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História da Fotografia

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Uma breve história da fotografia
A idéia de que seria possível capturar e registrar imagens através de elementos sensíveis à luz é o primeiro passo ao surgimento da fotografia. A origem da primeira câmara escura é uma passagem na história com registros tão confusos quanto obscuros, porém foi Aristóteles (384 a.C/322 a.C) o primeiro a descrever o princípio da câmara escura ao notar a criação ou surgimento de uma imagem através de um orifício refletida um fundo escuro(fig. 01). Leonardo da Vinci (1452/1519) foi quem primeiro descreveu de modo científico a câmara escura, recurso este bastante utilizado até meados do século XVIII para reprodução de imagens vivas e reais que ao projetadas nos interiores de residências ou mesmo em telas colocadas nestes interiores, transformavam-se em obras de arte de grande beleza, porém de pouco valor artístico.
Entre os “Pais” da fotografia, Wedgwood, Niepce, Daguerre e Fox-Talbot, a concepção da câmara escura era meio definitivo de se obter imagens, restava agora saber com qual elemento esta idéia, a imagem, seria para sempre preservada.
Foi de um professor de anatomia a descoberta mais importante, Johann Heirich Schulze(1687/1744), da universidade alemã de Altdorf em 1727 descobriria que o nitrato de prata ao exposto a luz escurecia. Seus experimentos seriam exaustivamente testados e reproduzidos por tantos outros professores sem sucesso, até que em 1781 sua pesquisa inteira é adquirida pelo próspero industrial inglês Josiah Wedgwood, um rico dono de olaria que compra as anotações de Schulze como um investimento. Seu quarto filho, Thomas(1771-1805) após estudar as anotações e alguns experimentos, cria o que seria a primeira fotografia em papel ao usar uma folha banhada em solução de nitrato de prata. Apesar do sucesso obtido no que seria a primeira cópia fotográfica ao reproduzir uma imagem em papel, T. Wedgwood morre em 1805 sem conseguir concluir sua busca por um agente fixador das imagens, afim de que as mesmas pudessem ser preservadas e protegidas permanentemente da ação do tempo.
O primeiro entre tantos a conseguir obter uma imagem permanente, foi um nobre francês entusiasta em assuntos e modelos científicos. Joseph Nicephore Niepce(1765/1833) aprimorou sua técnica na litografia ao buscar encontrar elementos que permitissem uma reprodução eficiente da imagem viva e real. Encontrou então uma substância chamada Betume da Judéia, uma espécie de verniz que possui a propriedade de secar rapidamente quando exposto à luz. Para o betume existe um solvente, óleo de lavanda, que não consegue dissolvê-lo depois de ser exposto a luz, o que permitia que as partes não expostas pudessem ser removidas, formando assim uma imagem. Esta, em 1826 é considerada, com ressalvas, a primeira fotografia permanente existente. (fig. abaixo)
Niepce buscou de muitas formas utilizar chapas metálicas banhadas com esse betume para imprimir imagens na câmara obscura, mas a quantidade de luz que entrava por ela era muito pouca (o betume tem uma sensibilidade estimada na ordem de 0,01 ISO). Niepce ainda experimentou o nitrato de prata em seus experimentos, e como Wedgwood também não conseguiu fixar a imagem.
Apesar do segredo na pesquisa, em 1826 Niepce conhece Louis Mande Daguerre, que durante anos estudou métodos para obter imagens através da câmara escura, e três anos depois selam uma parceria na pesquisa em uma tentativa de se concluir tanto investimento em um objeto prático. Apesar das investigações intensas, em 1833 Niepce morre sem resultados palpáveis.
Daguerre deduz que o uso do betume seria inviável em função do tempo de exposição necessário para obter uma imagem, apesar de não ser químico ele retoma os estudos com nitrato de prata e descobre com sucesso um agente fixador das imagens. Este avanço representaria um passo enorme em busca de uma fotografia eficiente, pois além de encontrar um elemento que fixa a imagem ele reduziu o tempo de exposição de horas para alguns minutos. Em 1837 Daguerre e Isidore, filho de Niepce, fundam uma empresa para vender e explorar o processo recém descoberto, mas entram em falência um ano após e pagam a dívida ao governo francês com a própria invenção, a anistia em troca da patente, aí é dado o primeiro passo a liberdade de expressão que toda e qualquer fotografia propõe. A invenção do processo fotográfico passa ser de domínio público.
Após dois anos de mais estudos, Daguerre surge com que chama de Daguerrótipo, onde placas de cobre sensibilizadas com prata eram tratadas com vapores de iodo, e após exposição a luz eram reveladas por um vapor de mercúrio e fixadas em uma solução de sal de cozinha. O mercúrio combinado com a prata e o iodo expostos a luz, formava uma camada de mercúrio e prata mais densa que eram fixadas, enquanto a prata não exposta a luz era removida durante a revelação, o que gera então uma imagem permanente.
Apesar do tempo de exposição necessário para captura da imagem(10-15min) no início de 1840, espalhavam-se pela América e Europa pequenos estúdios fotográficos. A importância deste momento ainda era subestimada pelos seus criadores, e sua influência no futuro sem precedentes, era o início de uma era que hoje não se encerrou ainda.
Por fim, William Fox Talbot(1800/1877) trabalhava também desde 1833 em um processo similar para obtenção de imagens. Suas dificuldades foram as mesmas da maioria dos proponentes à descoberta: não conseguiu achar um meio eficaz de fixar as imagens e utilizava como base papel impregnado com emulsão de sais de prata. O que conseguiu de mais próximo foram impressões diretas, por contato sobre papel, a que ele denominou Calótipo. Mas Talbot experimentou também colocar o papel diretamente na câmara escura, e obteve resultados satisfatórios com a vantagem de ser menor espaço de tempo já obtido para captura de uma imagem, de 1 a 2 minutos. Estipula-se que Talbot nada tenha dito em relação à sua descoberta por não ter conseguido, como Daguerre, uma maneira eficiente de fixar a prata sensibilizada. Apesar de também ter usado sal de cozinha, a fixação numa solução de salmoura funcionava com uma chapa de metal, mas em um papel era questão de tempo para que o mesmo se deteriorasse. Sem dúvida, considerando o sistema de ambos, a cópia em papel tinha grandes desvantagens do ponto de vista da nitidez e definição, uma vez que o processo de Daguerre era direto, e o de Talbot exigia uma reprodução em material translúcido, o papel, o que implicava em qualidade muito inferior. Pórem foi esta pouca qualidade a marca deixada até hoje do primeiros passos da fotografia naquilo que foi a busca pela perfeição ainda não atingida pela pintura, esta perfeição hoje já tem seu lugar no que entendemos por arte: A Fotografia.

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