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Medidas de defesa sanitária animal e doenças de NOTIFICAÇÃO

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Medidas de defesa sanitária animal e doenças de notificação compulsória
Docente: ROBERTA COSTA DIAS
UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
ESCOLA DE MEDICINA VETERINÁRIA E ZOOTECNIA
MEDICINA VETERINÁRIA PREVENTIVA E SAÚDE PÚBLICA
1
EMENTA
Histórico da Medicina Preventiva. Medidas fundamentais para prevenir a transmissão de enfermidades, com ênfase nas antroprozoonoses. História natural das doenças e níveis de prevenção. Métodos epidemiológicos. Saneamento ambiental; destino dos resíduos. Controle de roedores e vetores. Acidentes produzidos por animais peçonhentos.
2
Contextualização da disciplina no curso de Medicina Veterinária
Importância da Medicina Veterinária Preventiva e Saúde Pública 
Medicina Veterinária
Departamento de Medicina Veterinária Preventiva
Saúde Coletiva
Importância da pré-requisitação
Epidemiologia e Administração Sanitária 
Estatística IV
Microbiologia Veterinária
Parasitologia Veterinária
3
3
Plano de aula
4
Plano de aula: 
Medidas de defesa sanitária animal e doenças de notificação compulsória
Objetivos:
Proporcionar ferramentas para que o discente possa entender as medidas de defesa sanitária animal e os mecanismos para notificação de doenças especialmente as compulsórias. 
Fornecer noções sobre os Programas Nacionais de Sanidade Animal.
5
Conteúdo (programático)
Defesa Sanitária Animal
Programas Oficiais de Sanidade Animal
Barreiras Sanitárias
Exigências sanitárias para trânsito
Emergência Sanitária
Exemplo comparado para entender as medidas sanitárias (Peste Suína Clássica).
6
Referências
BAHIA. ADAB. Defesa Animal. Disponível em: http://www.adab.ba.gov.br/modules/mastop_publish/?tac=110. Acessado em: 14 set. 2011.
BAHIA. Decreto 7854. Regulamento da Lei nº 7.597, de 07 de fevereiro de 2000, que dispõe sobre Defesa Sanitária Animal no Estado da Bahia e dá outras providências. Disponível em: http://www.jusbrasil.com.br/ legislação/ 78404/decreto-7854-00-bahia-ba. Acessado em: 05 jul. 2011.
BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Sanidade Animal. Disponível em: http://www.agricultura. gov.br /animal/sanidade-animal. Acessado em: 25 jul. 2011.
BRASIL, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Sanidade Animal. Manual de legislação: Programas nacionais de saúde animal do Brasil. Manual técnico. Brasília, D.F. 2009.
7
Referências
DOMINGUES, P. F. Sanidade Animal no Brasil e o Desenvolvimento da Agropecuária. Revista Internacional em Língua Portuguesa, n. 21. p. 93-105, 2008.
FAO. Reconociendo la peste porcina clasica: Manual ilustrado. 2003. Disponível em: . Acessado em: 14 set. 2011.
GOIÁS. AGRODEFESA. Defesa Sanitária Animal. Disponível em: http://www.agrodefesa.go.gov.br/. Acessado em: 14 set. 2011.
OIE. Sanidad Animal em el Mundo. 2011. Disponível em: http://www.oie.int/es/. Acessado em: 30 jul.2011.
8
Defesa Sanitária Animal
Definição
Consiste em conjunto de ações técnico- administrativas
Objetivo preservar a saúde animal e humana
Aplicação de políticas de educação sanitária
Programação e implementação de capacitação em saúde animal.
9
Programas oficiais
Programa Nacional de Erradicação da Febre Aftosa
Programa Nacional de Sanidade Avícola
Programa Nacional de Sanidade de Suídeos
Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose
Programa Nacional de Prevenção e Controle da Raiva dos Herbívoros e outras encefalopatias
Programa Nacional de Sanidade Apícola.
Programa Nacional de Sanidade de Caprinos e Ovinos
Programa Nacional de Sanidade de Equídeos
Programa Nacional de Sanidade de Animais Aquáticos
10
PNEFA e PNSA
Programa Nacional de Erradicação da Febre Aftosa
Controle e Erradicação da Febre Aftosa em todo o território
Programa Nacional de Sanidade Avícola
Influenza
Doença de Newcastle
11
PNSS
Programa Nacional de Sanidade Suína
Erradicação PSC em todo o território
Certificação e monitoramento de granjas de reprodutores de suínos
Programa Nacional da Doença de Aujeszky
12
PNCEBT e PNCRH
Programa Nacional de Controle e Erradicação de Brucelose e Tuberculose
Programa Nacional de Controle da Raiva dos Herbívoros e outras Encefalopatias
Raiva
BSE
Scrapie
13
Programa Nacional de Sanidade Apícola
PNSAp
Doença das Abelhas
CRIA PÚTRIDA EUROPEIA (CPE)
CRIA PÚTRIDA AMERICANA (CPA)
CRIA ENSACADA
CRIA GIZ
NOSEMOSE
ACARIOSE
14
Programa Nacional de Sanidade Caprina e Ovina
PNSCO
Doenças dos Caprinos e Ovinos
Raiva
Scrapie
Febre aftosa
15
Programa Nacional de Sanidade de Equídeos
Doenças dos Equídeos
Anemia infecciosa eqüina
Raiva
Influenza equina
Mormo
16
Barreiras Sanitárias
Fiscalização do Trânsito de Animais, Vegetais e Produtos de Origem Animal 
Fixas
Móveis
Bahia divisa com 8 estados: Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Piauí, Minas Gerais, Tocantins, Goiás e Espírito Santo
Evitar tornar o estado vulnerável por falta de vigilância
Assegurar trânsito seguro.
17
Exigências sanitárias para trânsito
Bovinos e Bubalinos
GTA expedida pelo serviço veterinário oficial
Vacinação contra febre Aftosa; 
Em maio e novembro trânsito após a vacinação 
Quinze dias para animais com uma vacinação; 
Sete dias para animais com duas vacinações; 
Qualquer momento após a terceira vacinação 
Vacinação contra Brucelose; 
Trânsito interestadual e para eventos agropecuários (exposições, leilões, etc.) 
Exame negativo de brucelose e tuberculose; 
Para o trânsito de animais susceptíveis à febre aftosa 
Consultar órgão de Defesa para áreas de diferente classificação.
18
Exigências sanitárias para trânsito
Equídeos: 
GTA expedido pelo serviço veterinário oficial ou Médico Veterinário Habilitado; 
Exame negativo para A.I.E.
Validade 60 (sessenta) dias; 
Animais para abate
Veículo lacrado na origem
Lacre numerado e identificado na GTA
Rompido no destino final.
19
Exigências sanitárias para trânsito
Caprinos: 
GTA expedido pelo serviço veterinário oficial; 
Ovinos: 
GTA expedido pelo serviço veterinário oficial
Suínos: 
GTA expedido pelo serviço veterinário oficial; 
Regiões livres de PSC sem vacinação ou de Granjas com certificação sanitária oficial. 
20
Exigências sanitárias para trânsito
Aves domésticas: 
Matrizes e poedeiras de descarte; 
GTA expedido pelo serviço oficial 
Frango de corte, franga de postura com menos de 90 dias de idade e aves de 1 dia; 
GTA expedido pelo serviço oficial ou médico veterinário habilitado 
Ave ornamental: 
GTA expedido pelo serviço oficial 
Autorização do IBAMA 
Laudo sanitário emitido por médico veterinário.
21
Exigências sanitárias para trânsito
Avestruz: 
GTA expedido pelo serviço oficial ou médico veterinário habilitado 
Ovos férteis: 
GTA expedido pelo serviço oficial ou médico veterinário habilitado 
Cama de aviário: 
Certificado de inspeção sanitário 
Declaração do Médico veterinário habilitado informando o tratamento utilizado, data e local de realização do tratamento. 
22
Exigências sanitárias para trânsito
Peixes e alevinos: 
GTA expedida pelo serviço oficial ou médico veterinário habilitado 
Couro: 
Certificado de inspeção sanitária.
23
Educação sanitária
Processo  educativo
Mudanças de comportamentos
Problemas de   ordem   sanitária
Através  da  conscientização
Resolução  dos   problemas  
Soluções  (indicadas e  executadas )  da própria  comunidade.
Não existe  um  programa de  saúde  sem  o  componente  educativo
Comunidade como parceira.
24
Emergência Sanitária
Conjunto de ações sanitárias
Impedir disseminação
Erradicação de foco
Menor tempo
Menor custo
Profissionais capacitados.
25
Emergência Sanitária
Desastres naturais
Emergências por agentes infecciosos altamente contagiosos 
Incorporados no Plano Nacional de Desastres
Potencial de propagação epidêmica 
Gravidade
Consequências sanitárias, sociais e econômicas
Comprometimento
Comércio nacional e internacional
Segurança alimentar 
Saúde pública.
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DOENÇAS DE NOTIFICAÇÃO OBRIGATÓRIA 
Doenças exóticas
Ameaça à economia do país, a saúde pública e o meio ambiente
Notificação imediata ao serviço veterinário oficial
Médico veterinário
Proprietário
Qualquer cidadão.
27
PLANOS DE CONTINGÊNCIA
Contribuem para orientar as ações e procedimentos 
Imediata notificação
e confirmação de suspeitas
Implementação das medidas de defesa sanitária animal 
Controle e erradicação. 
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Medidas sanitárias
Interdição de estabelecimentos públicos e privados; 
Proibição de movimentação e transporte de animais; 
Proibição de movimentação e transporte de produtos e subprodutos de origem animal; 
Proibição e interdição de aglomerações de animais; 
Desinfecção de veículos, equipamentos e de instalações físicas que possibilitem a disseminação de agentes promotores de enfermidades; 
Sacrifício de animais; 
Abate sanitário. 
29
Inclusão de doenças na lista da OIE
30
LISTA DA OIE
Doenças comuns a várias espécies
Doenças dos bovinos
Doenças dos caprinos e ovinos
Doenças dos equídeos
Doenças dos suídeos
Doenças das aves
Doenças dos lagomorfos
Doenças das abelhas
Outras doenças.
31
STATUS SANITÁRIO BRASIL
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Doenças comuns a várias espécies
Brucelose (Brucella abortus)
Brucelose (Brucella melitensis)
Brucelose (Brucella suis)
Carbúnculo bacteridiano
Cowdriosis
Encefalitis japonesa
Encefalomielitis equina (del Este)
Enfermedad de Aujeszky
Enfermedad hemorrágica epizoótica
Equinococosis/hidatidosis
Estomatitis vesicular
Fiebre aftosa
Fiebre del Nilo Occidental
Fiebre del Valle del Rift
Fiebre hemorrágica de Crimea-Congo
Fiebre Q
Lengua azul
Miasis por Chrysomya bezziana
Miasis por Cochliomyia hominivorax
Paratuberculosis
Peste bovina
Rabia
Surra (Trypanosoma evansi)
Triquinelosis
Tularemia.
33
Doenças dos bovinos
Anaplasmosis bovina
Babesiosis bovina
Campilobacteriosis genital bovina
Dermatosis nodular contagiosa
Diarrea viral bovina
Encefalopatía espongiforme bovina
Leucosis bovina enzoótica
Perineumonía contagiosa bovina
Rinotraqueítis infecciosa bovina/vulvovaginitis pustular infecciosa
Septicemia hemorrágica
Teileriosis
Tricomonosis
Tripanosomosis (transmitida por tsetsé)
Tuberculosis bovina
34
Doenças dos caprinos e ovinos
Aborto enzoótico de las ovejas (clamidiosis ovina)
Agalaxia contagiosa
Artritis/encefalitis caprina
Enfermedad de Nairobi
Epididimitis ovina (Brucella ovis)
Maedi-visna
Peste de pequeños rumiantes
Pleuroneumonía contagiosa caprina
Prurigo lumbar
Salmonelosis (S. abortusovis)
Viruela ovina y viruela caprina.
35
Doenças dos equídeos
Anemia infecciosa equina
Arteritis viral equina
Durina
Encefalomielitis equina (del Oeste)
Encefalomielitis equina venezolana
Gripe equina
Metritis contagiosa equina
Muermo
Peste equina
Piroplasmosis equina
Rinoneumonía equina.
36
Doenças dos suídeos
Cisticercosis porcina
Encefalitis por virus Nipah
Enfermedad vesicular porcina
Gastroenteritis transmisible
Peste porcina africana
Peste porcina clásica
Síndrome disgenésico y respiratorio porcino.
37
Doenças das aves
Bronquitis infecciosa aviar
Bursitis infecciosa (enfermedad de Gumboro)
Clamidiosis aviar
Enfermedad de Newcastle
Hepatitis viral del pato
Influenza aviar altamente patógena de las aves e influenza aviar levemente patógena de declaración obligatoria de las aves de corral
Laringotraqueítis infecciosa aviar
Micoplasmosis aviar (Mycoplasma gallisepticum)
Micoplasmosis aviar (Mycoplasma synoviae)
Pulorosis
Rinotraqueítis del pavo
Tifosis aviar.
38
Doenças dos lagomorfos
Enfermedad hemorrágica del conejo
Mixomatosis.
39
Doenças das abelhas
Acarapisosis de las abejas melíferas
Infestación de las abejas melíferas por los ácaros Tropilaelaps
Infestación por el escarabajo de las colmenas (Aethina tumida)
Loque americana de las abejas melíferas
Loque europea de las abejas melíferas
Varroosis de las abejas melíferas.
40
Outras doenças
Leishmaniosis
Viruela del camello.
41
Etiologia
VÍRUS – RNA
FAMÍLIA: FLAVIRIDAE
GÊNERO: PESTIVIRUS.
Exemplo de medidas sanitárias - PSC
42
Sinais clínicos
43
Sinais clínicos
44
Exemplo de medidas sanitárias - PSC
Transmissão
Contato direto
Doentes 
Portadores assintomáticos
Vias de entrada
Inalação
Digestiva
Cutânea
Sêmen
Via transplacentária
Mecânica
Vetores
Fômites
Iatrogênica.
45
Exemplo de medidas sanitárias - PSC
Diante de um surto
Erradicação
Plano das Américas
46
Medidas Preventivas
Cerca perimetral da granja
Controle de acesso de pessoas (trabalhadores ou não)
Banho
Troca de roupa, calçado
Trabalhadores que criem suínos
Delimitação das áreas externas ("sujas")
Manejo de resíduos
Saída e entrada de animais
Saída e entrada de alimentos e insumos
Delimitação das áreas internas ("limpas")
47
Medidas Preventivas
Entrada de animais
Controle de origem, certificação sanitária e quarentena
Certificação sanitária de origem do sêmen
Desinfecção dos meios de transporte para suínos e dos que adentrem a propriedade
Controle de origem dos alimentos dos animais
Evitar ou proibir o uso de restos de alimento sem cocção para criação não industrial
Controle sanitário da água dos animais
Desinfecção do instrumental de uso veterinário.
48
Medidas Preventivas
Não compartilhar equipamentos com outras granjas
Separar os animais por categoria zootécnica na instalação
Sistemas de exploração “tudo cheio, tudo vazio”
Controle de vetores, roedores e aves
Proibir contato com outras espécies animais
Ruminantes 
Suídeos silvestres.
49
Medidas de controle
Zona endêmica
Vacinação de todo o rebanho
Sacrifício sistemático
Doentes e contactantes
Evitar persistentemente infectados.
50
Erradicação
Sacrifício de todos os doentes e contactantes
Zona de vigilância ou controle (10 km)
Zona infectada (3km)
51
Repovoamento
Saneamento rigoroso
Limpeza e desinfecçõs profundas
Desratização
Vazio Sanitário mínimo de 30 dias
Animais sentinela
Suínos susceptíveis livres de anticorpos contra PSC e BVD
Observação clínica diária
Manutenção na propriedade por mínimo de 30 dias
Diagnóstico virológico e sorológico
Ausência de sinais clínicos.
52
Reconhecimento internacional
Controle com vacinação
Suspensão da vacinação
Dois anos sem a doença
Casos clínicos
Ausência de anticorpos
Controle sem vacinação
Redução para um ano.
53
Vigilância durante erradicação
Seguimento epizootiológico
Diagnóstico diferencial
Monitoramento sorológico
Reprodutoras
Matadouros
Densidade animal elevada
Vacinação no peri-foco 
Diminui risco enquanto tarda o sacrifício
Sacrifício dos vacinados após eliminação do foco
Obtenção de condição de área livre
Manutenção das medidas de controle.
54
Medidas sanitárias em surtos
Limitación de acessos
Quarentena estrita
Proibir trânsito de animais
Saída de implementos de trabalho, materiais e alimentos
Sacrificio dos doentes e contactantes
Todo o plantel em caso de erradicação
Disposição sanitária dos cadáveres
Cremação
Enterro.
55
Medidas sanitárias em surtos
Desinfecção de veículos que entrem no foco
Limpieza mecánica profunda e desinfecção química periódica de toda a instalação durante o surto
Combate a roedores e insetos
Controle sanitário de resíduos sólidos e líquidos
Correta destinação do lixo e desperdícios
Rastreamento epizootiológico retrospectivo y prospectivo
Um mes antes do início
Detectar vias de introdução e disseminação.
56
Áreas expostas a disseminação
Atualização do censo suíno
Atualização da vacinação
Proibição do trânsito de suínos
Reforço na vigilancia epizootiológica
Reforço nas medidas diagnósticas
Educação sanitária com os produtores
Características clínicas da doença
Potencializar a detecção precoce
57
Resumo
Conhecimento da realidade epidemiológica da região
Prevalência das doenças e agravos
Planejamento das estratégias
Execução dos planos de ação
Avaliação periódica das atividades desenvolvidas
Identificação de limitações 
Proposição de soluções
58
DUVIDAS
59
PROXIMA AULA
Visita a ADAB para contato com os responsáveis pela execução dos programas nacionais no estado da Bahia
Entrevista para posterior análise da situação do estado frente aos retos para o controle permanente e efetivo.
60

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