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Chás que acalmam, Efeito das plantas??? ou Efeito placebo??? Profa. Dra. Bettina Monika Ruppelt1 A Dona Laura estava muito preocupada, e ansiosa. Seu marido havia perdido o emprego. Seu filho mais velho não ia bem nos estudos. Sua filha começou a namorar e chegava tarde em casa. Num lindo entardecer, Dona Laura encontrou a Dona Maria, sua vizinha. Dona Maria como era bem educada cumprimentou a Dona Laura dando-lhe um Bom Dia. Esta de imediato começou a chorar. Dona Maria convidou a Dona Laura para tomar um chá em sua casa. Enquanto colhiam as folhas de capim-limão. Dona Laura chorava e contava o que estava acontecendo em sua vida. As folhas de capim-limão foram colhidas, separadas e lavadas. A água foi posta para ferver e colocada ainda quente sobre as folhas cortadas. Dona Maria com muita calma, deixou o chá abafando por 10 minutos e se colocou a arrumar a mesa para o lanche. Estava sobre a mesa: pão fresquinho, geleia, bolo de banana feitos em casa, e claro agora o chá. Ambas sentaram à mesa posta e Dona Laura continuava contando seu drama, mas agora sem chorar. Ao terminarem o lanche Dona Laura já sorria e dizia se sentir melhor, pois estava aliada. Dona Laura agradeceu a Dona Maria dizendo que seu chá de capim-limão fez um milagre. Milagre? Efeito da planta? Ou Efeito placebo? Qual a opinião de vocês? Título: Chás que acalmam: Efeito das plantas? Ou efeito placebo? Fitoterápicos indicados no tratamento da depressão e dos transtornos da ansiedade Fisiopatologia da depressão Fisiopatologia dos transtornos da ansiedade Componentes químicos Mecanismo geral de ação dos fitoterápicos antidepressivos e ansiolíticos Fitoterápicos indicados no tratamento da depressão e dos transtornos da ansiedade Citrus auratium L Cymbopogom citratos (DC.) Stapf Hypericum perforatum L. Lippia alba (Mill.) N.E. Br. Ex Britton & P. Wilson Matricaria recutita L. Melissa officinalis L. Passiflora sp. Valeriana officinalis L. PLANO DE AULA 3 ANSIEDADE Resposta normal ao medo Comportamentos defensivos Reflexos autônomos Despertar Vigilância (insônia) Secreções de corticóides Emoções negativas 4 Transtornos da ansiedade Transtorno de ansiedade generalizada Transtorno obsessivo-compulsivo Transtorno do pânico Transtorno de estresse pós-traumático Transtorno de ansiedade de separação Fobia social Fobias específicas Estresse agudo http://www.enciclopets.com.br/meu-gato-tem-medo-de-agua-e-agora/ 5 Depressão Reativa Perda Doença física Drogas Outros distúrbios psiquiátricos Depressão maior (endógena, depressão unilateral) Evento precipitante da vida, não adequado para o grau de depressão Autônoma Pode ocorrer a qualquer idade Biologicamente determinada Afetiva bipolar (doença maníaco-depressiva) Caracterizada por episódios de mania: cíclica mania isolada (rara) depressão isolada (ocasional) mania-depressão (habitual) http://www.enciclopets.com.br/meu-gato-tem-medo-de-agua-e-agora/ 6 Indivíduo normal Indivíduo deprimido • Recaptação da serotonina • IMAO Depressão 7 • Recaptação da serotonina • IMAO Depressão 8 Farmacoterapia Mecanismo de ação dos ansiolíticos Potencialização da neurotransmissão GABAergica http://www.enciclopets.com.br/meu-gato-tem-medo-de-agua-e-agora/ (Goodman & Gilman, 2012)9 Farmacoterapia Mecanismo de ação dos antidepressivos Inibidores da Monoamino- oxidase Inibidores da recaptação do neurotransmissor através de: Transportador de Serotonina Transportador de Norepinefrina http://www.enciclopets.com.br/meu-gato-tem-medo-de-agua-e-agora/ (Goodman & Gilman, 2012)10 Limitações da farmacoterapia no tratamento da depressão Atrasos consideráveis no diagnóstico Atrasos no tratamento adequado Dosagem Duração Adesão ao tratamento Defasagem terapêutica Sintomas residuais http://www.enciclopets.com.br/meu-gato-tem-medo-de-agua-e-agora/ 11 Fitoterapia Fitoterápicos indicados no tratamento da depressão e dos transtornos da ansiedade http://www.enciclopets.com.br/meu-gato-tem-medo-de-agua-e-agora/ http://www.giostrieditora.com.br/livraria/xo-depressao/ Citrus aurantium L Cymbopogom citratus (DC.) Stapf Hypericum perforatum L. Lippia alba Matricaria recutita Melissa officinalis Passiflora sp. Piper mestisticum Valeriana officinalis Será possível??? 12 Componentes químicos http://www.enciclopets.com.br/meu-gato-tem-medo-de-agua-e-agora/ Xantonas O O Fungicidas Antibacterianos Anti-inflamatórios IMAO Iridoides O 1 3 4 5 6 7 8 9 10 11 O O O COOH O - Glc COOH Iridoide iridodial secoiridoide Mecanismos de defesa das formigas do gênero Iridomirmex Atração de gatos Nepeta cataria L. Teucrim marum L. Valeriana officinalis L. 13 Corantes das plantas Diminuem a permeabilidade capilar (rutina/hesperidina) Tranquilizantes (passiflora) Anti-inflamatórios (camomila) Dilatadores das coronárias (antocianóis) O O OH O FLAVANONOL CHALCONA ANTOCIANÓIS FLAVONA FLAVONOL FLAVANONA O O O O OH O O O OH Componentes químicos F l a v o n o i d e s 14 CRISINA GABA Cl- Hiperpolarização Ansiolítico Hipnótico Mecanismo de ação 15 Sinonímia Citrus aurantifolia (Christm.) Swingle Citrus vulgaris Risso Nomenclatura popular Laranja-amarga Laranja-morino 16 Componentes químicos Oxedrina (sinefrina) Narigenina 17 Farmacologia Sedativa Toxicologia Fotossensibilidade Bergapteno 18 Interações Suco da laranja-amarga x ciclosporinas Não há alteração da farmacocinética da ciclosporina em humanos Decocto de laranja-amarga x ciclosporinas Aumento dos níveis de ciclosporina em animais Suplemento a base de laranja-amarga x dextrometorfano Aumenta a absorção de dextrometorfano 19 Fórmula Orientações para o preparo Preparar por infusão considerando a proporção indicada na fórmula Componentes Quantidade Flores secas 1 – 2 g Água q.s.p. 150 mL 20 Advertências Não deve ser utilizado por cardiopatas. Respeitar rigorosamente as doses recomendadas Indicações Ansiolítico e sedativo leve Modo de usar Uso interno Acima de 12 anos: tomar 150 a 300 mL do infuso após 5 minutos do preparo, de preferência no início da noite 21 Prescrições Dr. XXX CRM/CRF/CRO/CRMV/CRN 000 Fulano de tal R. Das casas,333 Uso interno Citrus aurantium 1-2 g de flores secas para 150 mL de água Tomar 150 a 300 mL do infuso após 5 minutos do preparo, de preferência no início da noite. Dr. XXX CRM/CRF/CRO/CRMV/CRN 000 Fulano de tal R. Das casas,333 Uso interno Citrus aurantium 1-2 g de flores secas para 150 mL de água Tomar 150 a 300 mL do decocto após 5 minutos do preparo, de preferência no início da noite. 22 Sinonímia Cymbopogom citratus (DC.) Stapf Nomenclatura popular Capim-limão Capim-cidreira Capim-santo Capim-cidró Capim-cidreira Cidreira Cymbopogom citratus (DC.) Stpf 23 Componentes químicos Flavonóides Triterpenóides Cymbopogom citratus (DC.) Stapf Citral β-sitosterol 24 Farmacologia Óleo essencial Atividade depressora central parece estar ligada ao receptor GABA-Benzodiazepínico Atividade sedativa, antiespasmódica e sistema pulmonar Coleta planta fresca em dia fresco Decocção folhas frescas (15-25 g/L), dose de 240 mg, a cada 6 horas Cymbopogom citratus (DC.) Stpf 25 Farmacologia Óleo essencial citral antiespasmódico uterino e intestinal antimicrobiano mirceno analgésico ansiolítico ?Cymbopogom citratus (DC.) Stpf 26 Reações adversas Extrato hidroalcoólico hipocinesia ataxia bradipnéia perda de postura sedação Cymbopogom citratus (DC.) Stpf 27 Fórmula Orientações para o preparo Preparar por infusão considerando a proporção indicada na fórmula Advertências Pode potencializar o efeito de medicamentos sedativos Cymbopogom citratus (DC.) Stpf Componentes Quantidade folhas secas 1 – 3 g água q.s.p. 150 mL 28 Indicações Usos apoiados em dados clínicos Ansiolítico e sedativo leve: coleta planta fresca em dia fresco Atividade sobre o sistema digestório: infuso ou decocto como digestivo e antiespasmódico Atividade bronco-pulmonares: contra afecções da garganta, resfriados, gripe e tosse Modo de usar Uso interno Acima de 12 anos: tomar 150 mL do infuso, 5 minutos após o preparo, duas a três vezes ao dia Cymbopogom citratus (DC.) Stpf 29 Receita de refresco “40 folhas cortadas em pedaços e trituradas no liquidificador juntamente com o suco de quatro ou seis limões em litro de água. Possui os mesmos efeitos do chá.” Matos, 1998 Cymbopogom citratus (DC.) Stpf 30 Prescrições Dr. XXX CRM/CRF/CRO/CRMV/CRN 000 Fulano de tal R. Das casas,333 Uso interno Cymbopogon citratos 1-3 g de folhas secas para 150 mL de água Tomar 150 mL do infuso após 5 minutos do preparo, duas a três vezes ao dia. Dr. XXX CRM/CRF/CRO/CRMV/CRN 000 Fulano de tal R. Das casas,333 Uso interno Cymbopogon citratos 1-3 g de folhas secas para 150 mL de água Tomar 150 mL de infuso após 5 minutos do preparo, três a quatro vezes ao dia. Cymbopogom citratus (DC.) Stpf 31 Sinonímia Hypericum noeanum Boiss Hypericum veronense Schrank Nomenclatura popular Erva-de-são-joão Hypericum perforatum L 32 Componentes químicos hypericina xantonas 1,3,6,7-tetrahidroxixantona flavonoides floroglucinóis. Hypericum perforatum L O O HO OH OH OH 33 Farmacologia Inibição seletiva da MAO-A MAO-A: responsável por desaminar noradrenalina, serotonina. MAO-B: responsável por desaminar dopamina, metilhistamina, feniletilamina, benzilamina Atividade IMAO Reação de desaminação dos neurotransmissores Hypericum perforatum L N H 2 O H H O H O + O 2 + H 2 O + H 2 O 2 + N H 3 M A O O O H H O H O H Noradrenalina (ativa) Aldeído (inativo) 34 Farmacologia Hypericum perforatum L 35 Toxicologia Hipericismo Fotosensibilização hypericina Atividade IMAO Reação de desaminação dos neurotransmissores Hypericum perforatum L 36 Farmacologia Hyperforina: Inibição da recaptação de neutrotransmissores (serotonina, nor-epinefrina e dopamina). Farmacocinética Biodisponibilidade (300mg de extrato = a 14,8mg de hyperforina) T Máx = 3,5h C Máx = 150ng/ml T 12 = 9 a 12 h após a administração Concentração fixa de hyperforina no plasma em doses de 3 X 300mg ao dia é de 100ng/ml Hypericum perforatum L 37 Toxicologia Hipericismo Indicações distúrbios biovegetativos depressões leves a moderadas dos sintomas associados; ansiedade tensão dor muscular generalizada Dosagem: Extrato seco com 0,3% de hypericina e 3 - 5 % hyperforina – 1 a 3 X 300mg ao dia Contra-indicações Não usar em depressões graves Gravides Aleitamento Hypericum perforatum L 38 Interações Estimula o Citocromo P450 – diminui a meia-vida de medicamentos coadministrados por aumentar sua metabolização pelo fígado Interage com ciclosporina, varfarina, teofilina, contraceptivos orais, antidepressivos tricíclicos e anti- retrovirais Ácido 5-aminolevulínico –reação sinérgica fotossensibilizante entre esses dois medicamentos Alimentos com tiramina –crise hipertensiva após o consumo de alimentos e bebidas ricas em tiramina Hypericum perforatum L 39 Interações Antidepressivos tricíclicos - redução dos níveis plasmáticos da amitriptilina e de seu metabólito ativo. Benzodiazepínicos - reduz os níveis plasmáticos do alprazolam, midazolam e quazepam. Digoxina - um paciente tratado com digoxina e hipérico apresentou sintomas de intoxicação digitálica quanto interrompeu a ingestão do hipérico. Hypericum perforatum L 40 Lista de registro simplificado (en 5 de 11 de dezembro de 2008) Nome popular: Hipérico Parte usada: Partes aéreas Padronização/Marcador: Hipericinas totais expressas em hipericina Derivado de droga vegetal: Extratos/tintura Indicações/Ações terapêuticas: Estados depressivos leves a moderados Dose Diária: 0,9 a 2,7 mg hipericinas totais expressas em hipericina (1 a 3 comprimidos de 300mg padroniados a 0,3%) Via de Administração: Oral Restrição de uso: Venda sob prescrição médica Hypericum perforatum L 41 Prescrição – Extrato seco Hypericum perforatum L Dr. XXX CRM 0000 Fulano de tal R. Das casas, 333 Hypericum perforatum 300mg ext. seco 0,3% de 8/8h 90 comprimidos Dr. XXX CRM 0000 Fulano de tal R. Das casas, 333 Hypericum perforatum 300mg ext. seco 0,3% ‘as 8h e outra ‘as 16h 60 cápsulas Dr. XXX CRM 0000 Fulano de tal R. Das casas, 333 Hypericum perforatum 300mg 1 cápsula ‘as 8h e outra ‘as 16h 42 Sinonímia Lantana alba Mill Lantana geminata (Kunth) Spreng Nomenclatura popular Erva-cidreira-de-arbusto Lípia Lippia alba (Mill.)N.E. Br ex Britton&P. Wilson 43 Componentes químicos Óleo essencial grande diversidade fitoquímica Fenilpropanoide Iridoides Flavonoides Lippia alba (Mill.)N.E. Br ex Britton&P. Wilson verbascosideo geniposideo 44 Farmacologia Atividade depressora inespecífica citral verbascosideo O efeito depressor ocorreu com a infusão por via i.p. em camundongos, mas não com o óleo essencial destilado das folhas, evidenciando-se a importância dos componentes polares da planta. Lippia alba (Mill.)N.E. Br ex Britton&P. Wilson 45 Toxicologia Decocto das folhas não apresentou efeito abortivo em ratas Wistar Não há evidências de toxidade DL50 = 1g/kg Extrato etanólico , i.p., ratos Interações Não estão descritas na literatura Lippia alba (Mill.)N.E. Br ex Britton&P. Wilson 46 Fórmula Orientação para preparo Preparar por infusão considerando a proporção indicada na fórmula Lippia alba (Mill.)N.E. Br ex Britton&P. Wilson Componentes Quantidade partes aéreas secas 1 – 3 g água q.s.p. 150 mL 47 Advertências Deve ser utilizado com cuidado em pessoas com hipotensão. Doses acima das recomendadas podem causar irritação gástrica, bradicardia e hipotensão Indicações Ansiolítico Sedativo leve Antiespasmolítico Antidispéptico Lippia alba (Mill.)N.E. Br ex Britton&P. Wilson 48 Modo de usar Uso interno Três a sete anos: tomar 35 mL do infuso, logo após o preparo, três a quatro vezes ao dia Acima de sete a 12 anos: tomar 75 mL do infuso logo após o preparo, três a quatro vezes ao dia Acima de 12 anos: tomar 150 mL do infuso, logo após o preparo, três a quatro vezes ao dia Maiores de 70 anos: tomar 75 mL do infuso, logo após o preparo, três a quatro vezes ao dia Lippia alba (Mill.)N.E. Br ex Britton&P. Wilson 49 Prescrições Lippia alba (Mill.)N.E. Br ex Britton&P. Wilson Dr. XXX CRM/CRF/CRO/CRMV/CRN 000 Fulano de tal R. Das casas,333 Uso interno Lippia alba 1-3 g de partes aéras secas para 150 mL de água Tomar 150 mL do infuso logo após o preparo, três a quatro vezes ao dia. Dr. XXX CRM/CRF/CRO/CRMV/CRN 000 Fulano de tal R. Das casas,333 Uso interno Lippia alba 1-3 g de partes aéras secas para 150 mLde água Tomar 75 mL do infuso logo após o preparo, três a quatro vezes ao dia. Acima de 12 anos Acima de 70 anos 50 Prescrições Lippia alba (Mill.)N.E. Br ex Britton&P. Wilson Dr. XXX CRM/CRF/CRO/CRMV/CRN 000 Fulano de tal R. Das casas,333 Uso interno Lippia alba 1-3 g de partes aéras secas para 150 mL de água Tomar 150 mL do infuso logo após o preparo, três a quatro vezes ao dia. Dr. XXX CRM/CRF/CRO/CRMV/CRN 000 Fulano de tal R. Das casas,333 Uso interno Lippia alba 1-3 g de partes aéras secas para 150 mL de água Tomar 75 mL do infuso logo após o preparo, três a quatro vezes ao dia. Maiores de 70 anos 3 a 7 anos 51 Sinonímia Chamomilla recutita (L.) Rauschert Matricaria camomila L Nomenclatura popular Camomila 52 Componentes químicos cumarinas umbeliferona flavonóides apigenina quercetina óleos voláteis bisabolol camazuleno (artefato) lactonas sesquiterpênicas matricina HO O O O O -CH3COOH O O-H2O HO O -CO2 MATRICINA CHAMAZULENO 53 Farmacologia Induziu o sono profundo em 10 pacientes Efeitos colaterais Reações alérgicas no uso externo e interno Dermatite de contato Fotodermite 54 Interações Potencializa o efeito ansiolítico Melissa officinalis L. Menta sp. Valeriana officinalis L. Potencializa o efeito anticoagulante Varfarina 55 Fórmula Para uso interno Para uso externo Orientações para o preparo Preparar por infusão considerando a proporção indicada na formulação Componentes Quantidade inflorescências secas 3 g água q.s.p. 150 mL Componentes Quantidade inflorescências secas 6-9 g água q.s.p. 100 mL 56 Advertências Podem surgir reações alérgicas ocasionais. Em caso de superdosagens, podem ocorrer náuseas, excitação nervosa e insônia. Evitar o uso em pessoas alérgicas ou com hipersensibilidade à camomila ou plantas da família Asteraceae Terapias de coagulação – cumarinas Gravidez e amamentação: desregula o ciclo menstrual (abortivo???) 57 Uso interno Indicações: antiespasmódico ansiolítico sedativo leve Modo de usar: acima de 12 anos: tomar 150 mL de infuso cinco a 10 minutos após o preparo, três a quatro vezes entre as refeições. Uso externo Indicações: anti-inflamatório em afecções da cavidade oral Modo de usar: fazer bochechos e/ou gargarejos, cinco a 10 minutos após o preparo três vezes ao dia 58 Posologia Extrato seco contendo 1,2% de apigenina – usar 400 a 1600 mg ao dia, divididos em várias tomadas Extrato em álcool 45% (1:1): 1 a 4 ml 3 X ao dia Uso externo: 50 - 60g por litro Infusão a 10% 3 X ao dia Banhos: 50g por cozimento para 10 litros 59 Prescrições Dr. XXX CRMV 0000 Fulano de tal R. Das casas, 333 Matricaria recutita Flores secas Infusão de 1 colher de sopa para 1 xic. chá Tomar 3 X ao dia entre as refeições Dr. XXX CRN 0000 Fulano de tal R. Das casas, 333 Camomila TOmar o chá 3X ao dia Dr. XXX CRMO 0000 Fulano de tal R. Das casas, 333 Matricaria recutita 200mg extrato 1,2% Tomar 3 X ao dia 90 cps. Dr. XXX CRF 0000 Fulano de tal R. Das casas, 333 Matricaria recutita Flores secas Infusão de 3 colheres de sopa para 1 xic. chá Gargarejar 3 x ao dia 60 Sinonímia Melissa bicornis Klokov. Nomenclatura popular Melissa Erva-cidreira 61 Composição química Óleos essenciais (0,02-02,%) Ácidos fenólicos CHO CHO CH2OH OH citral citronelal geraniol linalol a-cariofileno Ácido rosmarínico ácido cafeico 62 Farmacologia Extrato hidroalcoolico Sedativo (3,16 mg/kg) Hipnótico Toxicologia Aumento da pressão ocular Superdosagem absorção › 2g da essência entorpecimento bradipnéia diminuição do ritmo cardíaco e arterial Interações Não são conhecidas 63 Interações estresse tensão nervosa lavanda (Lavandula officinalis) tília (Tília cordata) distúrbios digestivos camomila (Matricaria chamomilla) lúpulo (Humulus lupulus) 64 Formulações Orientações para o preparo Preparar por infusão considerando a proporção indicada na formulação Componentes Quantidade sumidades floridas 1-4 g água q.s.p. 150 mL 65 Formulações Derivado de droga vegetal: Extratos/tintura Indicações: Carminativo, antiespasmódico, ansiolítico leve Dose Diária: 60 a 180 mg de ácidos hidroxicinâmicos expressos em ácido rosmarínico Via de Administração: Oral Restrição de uso: Venda sem prescrição médica 66 Advertências Não deve ser utilizado nos casos de hipotireoidismo Utilizar cuidadosamente em pessoas com hipotensão arterial Não administrar em pacientes com hipersensibilidade Indicações Antiespasmódico Ansiolítico, problemas de sono de origem nervosa, melancolia, depressão Sedativo leve para adultos e crianças Modo de usar Uso interno Acima de 12 anos: tomar 150 mL do infuso, 10 a 15 minutos após o preparo, duas a três vezes ao dia 67 Prescrições Dr. XXX CRM 0000 Fulano de tal R. Das casas, 333 Melissa officinalis 4g sum. flor. seca (2 colheres de chá) Tomar 1 xicara de imfuso 8/8h. Dr. XXX CRM 0000 Fulano de tal R. Das casas, 333 Melissa officinalis sum. flor. seca Tintura (1:5) Tomar 50 gotas ao deitar Dr. XXX CRM 0000 Fulano de tal R. Das casas, 333 Melissa officinalis Óleo essencial Tomar 50 gotas 3 X ao dia Dr. XXX CRM 0000 Fulano de tal R. Das casas, 333 Melissa officinalis Óleo essencial Tomar 3 gotas 3 X ao dia 68 Sinonímia P. coerulea P. incarnata P. alata P. edulis P. kerii P. latifólia P. diaden P. phoenicia P. gratissima 69 Passiflora alata Cutis 70 Nomenclatura popular Sinonímia Nomenclatura popular P. alata Curtis P. latifolia DC. P. phoenicia Lindl. maracujá-doce maracujá flor-da-paixão P. edulis Sims P. diaden Vell. P. gratissima A. St. –Hil. maracujá-azedo P. incarnata L. P. kerii Spreng. maracujá 71 Componentes químicos O OOH HO N N R O O OH Crisina (P. coerulea) R=H:harmana Maltol R=OCH3: harmina R=OH: harmol Flavonóides Alcalóides indólicos Derivados da - pirona 72 CRISINA GABA Cl- Hiperpolarização Ansiolítico Hipnótico O OOH HO Farmacologia 73 N N R R=H: harmana R=OCH3: harmina R=OH: harmol 74 Efeitos colaterais Frutos verdes com grandes quantidade de glicosídeo cianogênico Raramente pode causar náuseas vômitos dor de cabeça taquicardia. Superdosagem sedação diminuição da atenção 75 Interações Potencialização IMAO barbitúricos morfina álcool ansiolíticos anti-histamínicos 76 Fórmula (infuso) P. alata, P.edulis P. incarnata Orientações para o preparo Preparar por infusão considerando a proporção indicada na formulação Componentes Quantidade folhas secas 3 g água q.s.p. 150 mL Componentes Quantidade Partes aéreas secas 6-9 g água q.s.p. 100 mL 77 Infuso Advertência Seu uso pode causar sonolência Não usar em casos de tratamento com sedativos e depressores do sistema nervoso Não utilizar cronicamente Indicações ansiolítico sedativo leve 78 Infuso e tintura Contra-indicações Gravidez e lactância Harmana é estimulante uterino em ratas. Não notado em mulheres Não deve ser utilizado junto a bebidas alcoólicas ou associado a outros medicamentos com efeito sedativo, hipnótico e anti- histamínico Crianças menores de 12 anos não devem usar este medicamento sem orientação médica 79 Infuso Modo de usar Uso interno O uso por indivíduos de três a 12 anos sob orientação médica. Acima de12 anos: tomar 150 mL do infuso, 10 a 15 minutos após o preparo, duas a quatro vezes ao dia 80 Fórmula (Tintura) P.edulis Orientações para o preparo Estabilizar o material vegetal submetendo à secagem em estufa a 40 oC por 48 horas e extrair por percolação (1:5). Componentes Quantidade Folhas secas 20 g Álcool 70% pp q.s.p 100 mL 81 Tintura Advertência Não usar em gestantes, lactantes, crianças menores de dois anos, alcoolistas e diabéticos. Seu uso pode causar sonolência. Não utilizar em caso de tratamento com medicamentos depressores do Sistema Nervoso Central Indicações Ansiolítico e sedativo suave (DENG et al., 2010; COLETA et al., 2006; DE-PARIS et al., 2002; LORENZI & MATOS, 2008). 82 Tintura Modo de usar Uso interno Acima de 12 anos: ansiolítico - tomar 2,5 a 5 mL da tintura diluídos em 75 mL de água, três vezes ao dia Sedativo suave - tomar 5 mL da tintura diluídos, 1 hora antes de deitar 83 Lista de Fitoterápicos de Registro Simplificado (IN 5 DE 11 DE DEZEMBRO DE 2008) Parte usada: Partes aéreas Padronização: Flavonóides totais expressos em vitexina Derivado de droga vegetal: Extratos/tintura Indicações: Ansiolítico leve Dose diaria: 20 a 64 mg de flavonóides totais expressos em vitexina Via de Administração: Oral Restrição de uso: Venda sem prescrição médica 84 Observações O uso contínuo deste medicamento não deve ultrapassar três meses Dose: A dose diária deve conter entre 20 e 64 mg de vitexina (P. incarnata) Extrato seco contendo 3,5% isovitexina: Ansiedade: 100mg 2 a 3 x ao dia Insônia: 200 a 500mg à noite Extrato fluido (1:1 em álcool 25%) 0,5 a 1,0ml 3 x ao dia Tintura (1:8 em álcool 45%): 0,5 a 2,0ml 3 x ao dia 85 Prescrições Dr. XXX CRM 0000 Fulano de tal R. Das casas, 333 Passiflora edulis folhas Tintura 1:5 Tomar 60 gts em meio copo de água 8/8h. Dr. XXX CRF 0000 Fulano de tal R. Das casas, 333 Passiflora alata 3g folha seca (1 colher de sopa) Tomar 1 xicara de infuso 8/8h. Dr. XXX CRO 0000 Fulano de tal R. Das casas, 333 Passiflora incarnata 200mg Tomar 2 cápsulas 1h antes de se deitar Dr. XXX CRN 0000 Fulano de tal R. Das casas, 333 Passiflora incarnata 200mg extrato seco 3,5% Tomar 1 cápsula 3 X ao dia Dr. XXX CRMV 0000 Fulano de tal R. Das casas, 333 Passiflora edulis f0lhas Tintura 1:5 Tomar 100 gts em meio copo de água 1h antes de se deitar 86 Sinonímia . Nomenclatura popular kava kava-kava Kawa-kava 87 Componentes químicos estiril-a-pironas kawaína metisticina yangonina kawaina O O H OCH3 O O OCH3 H3CO yangonina 88 Farmacologia Ação analgésica Miorelaxante de ação central Diminuição da mobilidade espontânea, sem perda do tônus muscular Indução do sono 89 Toxicologia Utilização abusiva por períodos prolongados ataxia anorexia diarreia lesões cutâneas icterícia diminuição da capacidade de reação Toxidez hepática – suspensão na Alemanha 90 Interações álcool barbitúricos psicotrópicos Toxidez potencializada pelo uso de álcool em animais 91 Dosagem Extrato seco com 30% kavalactonas Ansiedade: 3 X 100mg Sedação: 200 - 300mg em dose única Tintura: 30 gotas com água 3 X ao dia 92 Advertência Intoxicações sempre com produtos com alta concentração em lactonas e baixa de glutationa Cuidado em pacientes com histórico de problemas de fígado Evitar uso concomitante com outras drogas psicotrópicas ou álcool Uso de formulações balanceadas em lactonas e glutationa 93 Indicações Comissão E: Ansiedade nervosa, estresse, agitação, insônia Fitomedicamentos na Alemanha para corrigir problemas de sono e ansiedade. Usado em associação com o Hypericum em casos de depressão. Miorelaxante de ação central, espasmolítico, anticonvulsivante, ansiolítico, tranquilisante. Usado nos estados ansiosos, na tensão e nas agitações de origem nervosa Problemas de sono causados por sobrecarga intelectual ou física. 94 Lista de registro simplificado Nome popular: Kava-kava Parte usada: Rizoma Padronização/Marcador: Kavapironas Derivado de droga vegetal: Extratos/tintura Indicações/Ações terapêuticas: Ansiolítico/ansiedade e insônia Dose Diária: 60 a 210 mg de kavapironas Via de Administração: Oral Restrição de uso: Venda sob prescrição médica. Utilizar no máximo por dois meses . 95 Prescrições Extrato seco. Dr. XXX CRM 0000 Fulano de tal R. Das casas, 333 Piper methysticum 100mg ext. seco 30% de 8/8h 90 comprimidos Dr. XXX CRM 0000 Fulano de tal R. Das casas, 333 Piper methysticum 100mg ext. seco 30% 1 cápsula ‘as 8h e 1h antes de ir deitar 60 cápsulas Dr. XXX CRM 0000 Fulano de tal R. Das casas, 333 Kawa-kawa 100mg 1 cápsula ‘as 8h e outra ‘as 16h Dr. XXX CRM 0000 Fulano de tal R. Das casas, 333 Piper methysticum 100mg ext. seco 30% 2 a 3 cápsulas 1h antes de ir deitar 60 cápsulas 96 Sinonímia Valeriana alternifolia Ledeb Valeriana excelsa Poir Valeriana sylvestris Grosch Nomenclatura popular Valeriana Erva-de-amassar Erva-dos-gatos Valeriana-silvestre 97 Constituintes químicos iridóides - valepotriatos valtrato isovaltrato ácidos fenólicos ácido clorogênico ácido cafeico óleos voláteis sesquiterpenos ác. Valerênico Baldrinal: produto de decomposição dos valepotriatos 98 Ácido valerênico (0,8 – 1,0 %) Baldrinal 1=Ac, R2=R3=Isovalerianoil: VALTRATO R1=R3=Isovalerianoil, R2=Ac: ISOVALTRATO COOH O OHC AcO O R1O OR3 O Constituintes químicos 99 Farmacologia Ácido Valerênico Aumenta a concentração do GABA por diminuir seu catabolismo 100 Farmacologia VALEPOTRIATOS SÃO OS ÚNICOS ATIVOS??? Valepotriatos instáveis (pH<3, humidade, calor >400C) e degradados quando ingeridos Produtos galênicos tem pouco valepotriato, mas são ativos Extrato aquoso resolve problemas de sono e não contêm valepotriatos e sesquiterpenos (não são solúveis) Ácido valerênico ausente em outras espécies bem ativas (V. edulis, V. mexicana) Produtos de degradação seriam as formas ativas? 101 Efeitos colaterais Raros e leves tontura indisposição gastrintestinal alergias de contato dor de cabeça midríase Longo prazo dor de cabeça cansaço insônia midríase desordens cardíacas 102 Efeitos tóxicos Uso crônico de altas doses por muitos anos aumentou a possibilidade de ocorrência de síndrome de abstinência com a retirada abrupta do medicamento. Nesse caso deve-se suspender o tratamento . 103 Interações Hypericum associação, mais eficaz que o diazepam no tratamento da ansiedade Crataegos melhorou 84% dos 2243 pacientes com transtornos cardiovasculares . 104 Posologia Extrato seco (0,8 a 1% ác. valerênicos): Ansiolítico: 200mg por dose, 1 – 4X ao dia Sedativo: 200 a 400mg à noite Chás: 2 a 3g 3 X ao dia ou ao deitar Tinturas (1:5): 50 a 100 gts 1 – 2 x ao dia Extrato: 0,3 a 1,0ml, 2 a 3 x ao dia . 105 Indicações Sedativo moderado Hipnótico Tratamento de distúrbios do sono associados à ansiedade Para indução do sono, deve ser tomado 30 minutos a 2h antes de ir deitar (evitar intran quilidade inicial) . 106 Contra-indicações Não se recomenda o uso por mais de 8 dias consecutivos Crianças abaixo de três anos Gravidez e lactância (ação na dismenorréia) Outros depressores do SNC (barbitúricos, anestésicos, bezodiazepínicos, álcool) Comprometimento hepático . 107 Lista de Fitoterápicos de Registro Simplificado (IN 5 de 11 de dezembrode 2008). Parte usada: Raízes Padronização: Ácidos sesquiterpênicos expressos em ácido valerênico Derivado de droga vegetal: Extratos/tintura Indicações: Sedativo moderado, hipnótico e no tratamento de distúrbios do sono associados à ansiedade Dose Diária: 1,0 a 7,5 mg de ácidos sesquiterpênicos expressos em ácido valerênico Via de Administração: Oral Restrição de uso: Venda sob prescrição médica 108 Prescrição Dr. XXX CRO 0000 Fulano de tal R. Das casas, 333 Valeriana off. 200mg ext.seco 1% Tomar 1 cápsula 8/8h. Dr. XXX CRM 0000 Fulano de tal R. Das casas, 333 Valeriana off. 200mg ext.seco 1% Tomar 2 cápsulas 1h antes de se deitar Dr. XXX CRF 0000 Fulano de tal R. Das casas, 333 Valeriana off. 200mg Tomar 2 cápsulas 1h antes de se deitar Dr. XXX CRMV 0000 Fulano de tal R. Das casas, 333 Valeriana off. Tintura 1:5 Tomar 50 gts 3 X ao dia 109 Bibliografia consultada BARNES, J.; ANDERSON, L.A.; PHILIPSON, J. – Fitoterápicos. Artmed, Porto Alegre, BR. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira /Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Brasília: ANVISA, 2011. BOELTER, R. Plantas Medicinais usadas na Medicina Veterinária, 2ª.Edição, Organização Andrei Editora Ltda. São Paulo, 322p. BRUNTON, L.L.; CHABNER, B.A.; KNOLLMANN, B.C As Bases Farmacológicas da Terapêutica de Goodman & Gilman. AMG Editora Ltda, 2012. CARCERES, A. Vedemécum Nacional de Plantas Medicinale, Guatemala: Editorial Universitária USAC, MSPAS 209. D’IPPOLITO, J.A.C.; ROCHA, L.M.; SILVA, R.F. Fitoterapia Magistral: Um guia prático para manipulação de fitoterápicos. ANFARMAG, 2005. LEITE, J.P.V. – Fitoterapia: bases científicas e tecnológicas. Editora Atheneu, São Paulo, BR. NEWALL, C. A.; ANDERSON, L.A.; PHILLIPSON, J. D. – Plantas Medicinais Guia para Profissional de Saúde, Editorial Premier, 2002. WILLIAMSON, E; DRIVER, S.; BAXTER, K. – Interações medicamentosas de Stockley: Plantas medicinais e medicamentos fitoterápicos. Artmed, Porto Alegre, BR. 110 111
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