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CONSTITUIÇÃO SUBJETIVA – Estádio do Espelho e Complexo de Édipo ENCRUZILHADAS ESTRUTURAIS: Estádio do Espelho Complexo de Édipo (Cont.) AUTO-EROTISMO – (Corpo fragmentado) O filhote humano nasce carente de todo elemento unificador Não há consciência de si Não há diferenciação interior-exterior Total confusão um e outro Momento de dispersão. (Cont.) ESTÁDIO DO ESPELHO (6 a 18 meses) - (corpo enquanto totalidade unificada) A mãe vai modelando imaginariamente um sujeito. Constituição da unidade imaginária do Eu – a partir da identificação com a imagem especular Fases do estádio do espelho 1ª fase – realidade do outro 2ª fase – imagem do outro 3ª fase – sua própria imagem (mediação do adulto) (Cont.) Conclusão: A criança “se vê” através dos olhos da mãe. O bebê “vê” sua imagem porque o desejo materno dá sustentação ao acontecimento. A criança se prende a essa imagem especular, porque é assim que se faz objeto do desejo materno (falo imaginário). A criança deseja ser desejada pela mãe A criança deseja ser o “filho dos desejos” materno. (Cont.) COMPLEXO DE ÉDIPO (3 a 5 anos): Acontecimento nuclear e fundante da subjetividade – passagem da condição de objeto de desejo materno a de sujeito desejante. Delimitação da problemática do desejo que está vinculada à instauração da dimensão da falta. TRÊS TEMPOS EDÍPICOS 1º Tempo: a criança está em posição de sujeição A mãe demanda ser completada e, na medida em que a criança deseja seu desejo, acaba respondendo a essa demanda, presentificando o falo. À mãe, nada falta, pois a criança é tudo para a mãe. Não há, no horizonte, lugar onde falta alguma pudesse se recortar. (Cont.) 2º Tempo: a criança é sacudida de sua posição de sujeição O pai interditor priva a mãe do falo que supostamente tem no filho e frustra a criança, por não poder dispor incondicionalmente dela. Pai terrível que passa a rivalizar com o filho pelo desejo materno. (Cont.) 3º Tempo: a criança está na posição de sujeito de desejo O pai passa a ser um mero portador, um delegado, obediente da Lei. A mãe deseja o pai, mas na medida daquilo que lhe falta em relação ao falo. O pai só possui o falo sob a forma de atributos. O pai é permissivo e doador. Ele não é, apenas doa aquilo que tem e, por conseguinte, permite ter sem ser. (Cont.) Conclusão: A criança consegue descobrir que nenhum dos personagens da cena edípica esgota o desejo dos outros (do Outro). A todos falta alguma coisa para, no limite, presentificar o falo. O desejo, em última instância, realiza-se na sua insatisfação. O desejo é o desejo de seguir desejando. REFERÊNCIA DE LAJONQUIIÈRE, L. De Piaget a Freud: para repensar as aprendizagens. Petrópolis, RJ: Vozes, 1992.
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