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Revisão_Neuralgia Pós-herpética

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Serviço Público Federal 
Ministério da educação 
Universidade Federal de Sergipe 
Campus Universitário “Professor Antônio Garcia Filho” 
Graduação em Medicina 
 
Sanni Silvino Parente 
 
Revisão: neuralgia pós-herpética 
O vírus Varicella-zóster (VVZ), causador da 
varicela, persiste de forma latente no sistema 
nervoso por toda a vida. 
HÉRPES-ZÓSTER (HZ): doença infecciosa 
provocada pela reativação do vírus (nos NCs ou 
gânglios das raízes espinhais dorsais), 
caracterizada por manifestações cutâneas 
dolorosas (lancinante, em fisgada ou pontada). 
A reativação ocorre por uma queda do sistema 
imunológico (outras doenças – CA, AIDS- pós 
transplantados, quimioterapia, >55anos). O 
quadro clínico é composto de: 
 Queimação leve a moderada na pele 
de um dermátono; febre, cefaleia e 
mal-estar; eritema cutâneo 
eritematoso maculopapular até 
crosta. 
O tratamento é a base de antivirais (aciclovir; 
fanciclovir; valaciclovir) e abordagem da dor: 
 Leve: analgésicos comuns; 
 Moderada/intensa: opioides; 
 Tricíclicos e anticonvulsivantes: 
potencial profilático para NPH. 
Pode progredir para a cura em poucas 
semanas ou para a cronicidade da dor = 
NEURALGIA PÓS-HERPÉTICA (NPH). 
Dor neuropática crônica; persiste por, no 
mínimo, 1 mês no trajeto do nervo afetado que 
se inicia entre 1 e 6 meses após a cura das 
erupções, podendo durar anos. 
 Fase aguda: cor se instala <30dias após o 
início das erupções; 
 Fase subaguda: dor que persiste além da 
fase aguda, mas ante do diagnóstico de 
NPH; 
 NPH propriamente dita: dor >120dias após. 
QUADRO-CLINICO E DIAGNÓSTICO 
A dor possui características crônicas, em 
queimação, formigamento, ardor, 
hiperalgesia, hiperestesia e alodinia. Afeta a 
qualidade de vida no que se refere ao sono, 
capacidade laboral e realização de atividade 
física. Pode, também, apresentar fadiga 
crônica, dificuldade de concentração, 
depressão, ansiedade, anorexia, perda de peso 
e isolamento social. 
TRATAMENTO 
1. Anticonvulsivantes e tricíclicos; 
2. Opioides; 
+ combinação de analgésicos. 
 Tricíclicos: exige 3 meses para o efeito; 
bloqueio da receptação de serotonina e 
noradrenalina e inibição dos canais de Na 
volt. dependentes; atenção em idosos > 
amitriptilina, nortitriptilina, imitriptilina. 
 Anticonvulsivantes: 
o Gabapentina: atua nos canais de 
Ca, diminuindo o influxo deste e 
inibindo a liberação de 
neurotransmissores excitatórios 
nos aferentes I do CPME; efeito nos 
receptores NMDA, diminuindo a 
ação do glutamato e atuando na 
alodínia; 
Efeitos colaterais: sonolência, 
tontura, ataxia e edema periférico. 
o Pregabalina: atua de maneira 
semelhante a gabapentina nos 
canais de Ca; pouca interaçõ com 
outros fármacos; 
Efeitos: edema periférico, tontura e 
sonolência. 
o Carbamazepina: antagonista do 
canal de Na, estabilizando as 
membranas neurais; sua 
efetividade é maior em dores 
paroxísticas e lancinantes e 
reduzida em dores em queimação e 
na alodinia. 
Efeitos: tontura, visão turva, 
náuseas, vômitos, erupções 
cutâneas. 
 Opioides: dores de moderada a forte 
intensidade; 
o Codeína: a cada 6h, +paracetamol; 
o Tramadol: +amitriptilina 
 Capsaicina: descarga de substancia P com 
seu esgotamento nas fibras C; uso tópico. 
 Lidocaína: 1° linha no tto de NPH; 
 Bloqueios neurais: alívio da dor na NPH 
menos efetivo que no HZ agudo, 
entretanto, se usado na fase aguda previne 
o desenvolvimento de NPH; adm única 
peridural de corticoide+ anestésico local. 
 Estimulação medular: teoria do portão; 
por meio de um gerador de impulsos 
elétricos SC e eletrodos no espaço 
peridural; complicações: problema de 
funcionamento de hardware, infecção e 
estimulação dolorosa. Utilizados em casos 
refratários. 
 Excisão cirúrgica: não recomendado.

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