Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
FACULDADE DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO DE RUBIATABA – FACER CONTRATO DE CORRETAGEM DOUGLAS MARQUES DE SOUZA RUBIATABA – GO 2015 DOUGLAS MARQUES DE SOUZA CONTRATO DE CORRETAGEM Trabalho acadêmico apresentado à Faculdade de Ciências e Educação de Rubiataba – Facer, como requesito parcial para obtenção de nota da disciplina de Direito Civil III, 4º Período N02 do Curso de Graduação em Bacharelado de Direito. Orientadora: Profª. Nalim Rodrigues Ribeiro Almeida da Cunha Rubiataba, novembro de 2015 CONTRATO DE CORRETAGEM Trabalho acadêmico apresentado a Faculdade de Ciências e Educação de Rubiataba – Facer, 4º Período N02 do Curso de Graduação em Bacharelado de Direito. Aprovado em ___/___/___ BANCA EXAMINADORA Membro componente da Banca Examinadora: ___________________________________________________________________________ Presidente e Orientadora: Profª. Nalim Rodrigues Ribeiro Almeida da Cunha Faculdade de Ciências e Educação de Rubiataba – Facer RESUMO Esse trabalho foi feito de modo sucinto e teórico, apenas para demonstrar a função do contrato de corretagem, as partes presentes, quem é o corretor, e aquele que contrata a intermediação é chamado de comitente. Continuamente a sua natureza jurídica, como funciona a remuneração, como o contrato extingue e as obrigações e deveres do corretor. Utilizando de estudos realizados por renomados doutrinadores na área de Direito Civil como, Pablo Stolze Gagliano, Sílvio de Salvo Venosa e Carlos Roberto Gonçalves. PALAVRAS-CHAVES: Contrato de corretagem. Direito Civil. Corretor. ABSTRACT This work was done succinctly and theoretical way, just to demonstrate the function of the brokerage contract, the parties present, who is the broker, and the one who hires the intermediary is called principal. Continuously its legal status, how compensation works, how the contract is extinguished and the obligations and duties of the broker. Using studies conducted by renowned scholars in the civil law area as Pablo Stolze Gagliano, Sílvio de Salvo Venosa and Roberto Carlos Gonçalves. KEYWORDS: Brokerage contract. Civil right. Broker. SUMÁRIO Introdução ................................................................................................................................... 6 1. Contrato de corretagem ....................................................................................................... 7 1.1 Conceito ............................................................................................................................ 7 1.2 Natureza jurídica............................................................................................................... 8 1.3 Remuneração do corretor.................................................................................................. 8 1.4 Extinção do contrato de corretagem ................................................................................. 9 1.5 Direitos e deveres do corretor ........................................................................................... 9 Referências ............................................................................................................................... 11 6 Introdução O contrato de corretagem é o negócio jurídico por meio do qual uma pessoa, não vinculada à outra em decorrência de mandato, de prestação de serviços ou por qualquer outra relação de dependência, se obriga a obter para a segunda um ou mais negócios, conforme as instruções recebidas. O sujeito que se obriga é denominado corretor e o que contrata a intermediação é chamado de comitente. A corretagem é bilateral, consensual, oneroso, aleatório e não solene. A remuneração do corretor, também denominada comissão, preço ou corretagem, somente é devido após a conclusão do negócio. A extinção da corretagem se da pelos modos ordinários de desfazimento dos contratos, como o distrato, o caso fortuito e a força maior e a extinção pelo cumprimento da obrigação, com a aproximação útil e o pagamento da comissão. 7 1. Contrato de corretagem 1.1 Conceito Segundo GAGLIANO (2012) pontua contrato de corretagem como o negócio jurídico por meio do qual uma pessoa, não vinculada à outra em decorrência de mandato, de prestação de serviços ou por qualquer outra relação de dependência, se obriga a obter para a segunda um ou mais negócios, conforme as instruções recebidas. Nessa mesma linha de raciocínio GONÇALVES (2012, p. 462), conceitua que, contrato de corretagem é aquele pelo qual uma pessoa, não vinculada à outra em virtude de mandato, de prestação de serviços ou por qualquer relação de dependência, obriga-se, mediante remuneração, a intermediar negócios para a segunda, conforme as instruções recebidas, fornecendo a esta todas as informações necessárias para que possam ser celebrados exitosamente. É o que se depreende do art. 722 do Código Civil. O sujeito que se obriga é denominado corretor e o que contrata a intermediação é chamado de comitente. Segundo VENOSA (2013, p. 351), pode ter como parte corretor profissional devidamente habilitado, nos mais variados campos de atuação, ou qualquer outra pessoa. A ilicitude do exercício profissional não atinge o contrato como negócio jurídico, salvo se a lei expressamente proibir determinadas pessoas de nele figurar. Para VENOSA (2013, p. 351) comitente ou dono do negócio é o que contrata intermediação com o corretor. Notamos que o instituto cuida de intervenção em negócio alheio. Não se esgota, contudo, exclusivamente na corretagem essa possibilidade de intervenção, que também pode ocorrer no mandato, na comissão, na representação comercial, entre outros. No entanto, esses outros negócios não se confundem entre si nem com a corretagem ou mediação, na qual ocorre a intermediação por excelência. O contrato de corretagem é definido pelo Código Civil como típico e nominado, ou seja, os que, além de possuírem um nome próprio, que os distingue dos demais, constituem objeto de uma regulamentação legal específica. Os contratos típicos ou nominados, que a lei chama a si para discipliná-los juridicamente, correspondem às espécies negociais mais importantes no comércio jurídico. E a disciplina específica traçada na lei para cada um deles obedece, pelo menos, a um duplo objetivo do legislador. GONÇALVES (2012, p. 462), contrato de corretagem é tratado no Código Civil de 2002, como típico e nominado, em capítulo próprio, pois não se confunde, dadas as suas 8 características, com o mandato, a prestação de serviços, a comissão ou qualquer outro contrato que estabeleça vínculo de subordinação. 1.2 Natureza jurídica I. A corretagem é contrato bilateral ou sinalagmático, porque gera obrigações para ambos os contratantes. II. Contrato consensual, visto que se aperfeiçoa com o acordo de vontades, não exigindo nenhum outro procedimento. III. É contrato oneroso, uma vez que ambos os contratantes obtêm proveito, ao qual corresponde um sacrifício: para o comitente, pagamento da comissão e realização do negócio sem o desgaste de procurar interessados; para o corretor, eventual remuneração como contraprestação de seu trabalho e empenho. IV. Contratoaleatório, porque o corretor assume o risco do insucesso da aproximação. V. Não solene, pois não exige forma especial. Basta o acordo de vontades, que se prova por qualquer meio. Em princípio, todas as modalidades contratuais lícitas admitem a corretagem, inclusive a matrimonial. 1.3 Remuneração do corretor Para GAGLIANO (2012), a remuneração do corretor, também denominada comissão, preço ou corretagem, somente é devido após a conclusão do negócio, o que decorre da sua característica peculiar de estabelecimento de obrigação de resultado. Não existindo, de forma alguma, a possibilidade jurídica de estabelecimento de um contrato gratuito de corretagem. O próprio texto legal preceitua que, na ausência de estipulação, deve ser arbitrada a justa remuneração do corretor, no art. 724 do Código Civil de 2002: “A remuneração do corretor, se não estiver fixada em lei, nem ajustada entre as partes, será arbitrada segundo a natureza do negócio e os usos locais”. Tendo desempenhado suas atividades de mediação e conseguido a celebração do negócio jurídico, terá o corretor adquirido o direito de percepção da remuneração, ainda que, posteriormente, venham às partes arrepender-se ou realizar o distrato do negócio, conforme preceitua o art. 725 do Código Civil de 2002: “A remuneração é devida ao corretor uma vez que tenha conseguido o resultado previsto no contrato de mediação, ou ainda que este não se efetive em virtude de arrependimento das partes”. Por fim, regra importantíssima, referente ao estabelecimento eventual de cláusula de exclusividade na corretagem, é estabelecida no art. 726 do Código Civil 2002: 9 “Iniciado e concluído o negócio diretamente entre as partes, nenhuma remuneração será devida ao corretor; mas se, por escrito, for ajustada a corretagem com exclusividade, terá o corretor direito à remuneração integral, ainda que realizado o negócio sem a sua mediação, salvo se comprovada sua inércia ou ociosidade”. O art. 728 do Código Civil de 2002 preceitua ainda que, “se o negócio se concluir com a intermediação de mais de um corretor, a remuneração será paga a todos em partes iguais, salvo ajuste em contrário”. 1.4 Extinção do contrato de corretagem Segundo VENOSA (2013, p. 363) afora a extinção da corretagem pelos modos ordinários de desfazimento dos contratos, como o distrato, o caso fortuito e a força maior, destacamos a extinção pelo cumprimento da obrigação, com a aproximação útil e o pagamento da comissão. Quando o negócio é estabelecido por prazo determinado, a expiração do prazo também o extingue, embora possa persistir responsabilidade pós-contratual se o negócio é concluído após o prazo, em razão da aproximação feita pelo corretor no curso do contrato. A incapacidade ou falta de legitimação superveniente do corretor também podem extinguir o contrato, colocando-se nesse campo a falência, se for comerciante. Quando o contrato for por prazo indeterminado, pode o negócio ser resilido unilateralmente. A revogação deve atender o requisito da boa-fé. 1.5 Direitos e deveres do corretor Segundo GONÇALVES (2012, p. 464), o principal direito do corretor é justamente o de perceber a comissão. Quanto aos deveres, destacam-se: a) O de executar a mediação “com a diligência e prudência que o negócio requer”, prestando ao cliente, espontaneamente, “todas as informações sobre o andamento dos negócios”; b) O de prestar ao cliente, “sob pena de responder por perdas e danos”, todos os “esclarecimentos que estiverem ao seu alcance, acerca de segurança ou risco do negócio, das alterações de valores e de outros fatores que possam influir nos resultados da incumbência” (CC, art. 723, com a redação dada pela Lei n. 12.236, de 19-5-2010). Desse modo GONÇALVES (2012, p. 464), enfatiza que o corretor tem, efetivamente, o dever de diligência e prudência no exercício de sua atividade. Cabe-lhe 10 esforçar-se para obter o resultado esperado, aproximando as partes e acompanhando-as quando se tratar de venda de imóvel e desejarem conhecê-lo e vistoriá-lo, dando-lhes toda a assistência até que o negócio se considere ultimado. É importante, também, que informe o comitente sobre todos os aspectos que dizem respeito às negociações e que podem ter influência na decisão de celebração ou não do contrato em estudo, sob pena de responder por perdas e danos. 11 Referências GAGLIANO, Pablo Stolze. Novo curso de direito civil, v. 4: contratos, tomo II: contratos em espécie / Pablo Stolze Gagliano, Rodolfo Pamplona Filho. - 5. ed. rev. atual. e ampl. - São Paulo : Saraiva, 2012. VENOSA, Sílvio de Salvo. Direito civil, v.3: contratos em espécie. 13. ed. São Paulo: Atlas, 2013. GONÇALVES, Carlos Roberto, Direito civil brasileiro, v.3: contratos e atos unilaterais. 9. ed. São Paulo: Saraiva, 2012. Vade Mecum OAB e concursos / obra coletiva de autoria da Editora Saraiva com a colaboração de Luiz Roberto Curia, Livia Céspedes e Juliana Nicoletti. 3. Ed. São Paulo: Saraiva, 2014.
Compartilhar