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Criptosporidiose - Parasitologia médica

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Criptosporidiose
Protozoário intracelular Cryptosporidium, espécie C. parvum ou C. hominis. Parasitam células do TGI. Oocisto é a forma infectante, formado por 4 esporozoítos, pequeno e ovoides. São resistentes. O ciclo é monoxênico, replicação assexuada (merogonia) e sexuada (gametogonia), formam 2 tipos de oocistos: um de parede delgada e um de parede espessa. O ciclo dura de 2 a 7 dias.
Ciclo biológico
Oocisto é ingerido e no estomago libera os esporozóitos, estes de fixam nas células do endotélio gastrointestinal. Após o estabelecimento dos esporozoítos nas células epiteliais, ocorre a diferenciação em trofozoítos unicelulares. Ocorre então a merogonia ou esquizogonia, que é um processo de muitas divisões nucleares que produzirão merozoítos. Este processo forma 8 merozoítos alongados (tipo I) que são liberados no intestino e infectam outras células. Esta segunda geração é capaz de formar 4 merozoítos cada (tipo II). Os merozoítos tipo II são capazes de repetir o ciclo assexuado ou produzir gametócitos (gametogonia). A gametogonia produz um macrogametócito e cerca de 16 microgametócitos. A união destes formará o zigoto que progredirá para oocisto. 
Normalmente estes oocistos possuem parede espessa e contém quatro esporozoítos. Estes oocistos são liberados no meio ambiente através das fezes, onde podem sobreviver por meses. Porém alguns oocistos possuem parede delgada, que se rompe facilmente e acabam por liberar os esporozoítos dentro do hospedeiro, este processo é chamado de auto-infecção.
Transmissão:
Ingestão ou inalação de oocistos 
Autoinfecção
Pessoa a pessoa (creches e hospitais)
Animal a pessoa (sujos com fezes contaminadas)
Pela água de beber e recreação contaminada (principal forma de transmissão)
Por alimentos contaminados
Patogenia:
Síndrome de má absorção. A infecção dos enterócitos causa transtornos no epitélio intestinal, que acaba por desencadear diarréia. A diarréia pode ser causada, também, indiretamente pelo acúmulo de células inflamatórias que produzem fator de necrose tumoral (TNF) e prostaciclinas. Estas substâncias são responsáveis por alterações bioquímicas, morfológicas e funcionais que resultam na diarréia. O parasito pode alterar o metabolismo hídrico e da lactose, isto causa intolerância à lactose nestes pacientes, assim como desidratação. Há, ainda, redução da absorção de glicose, sódio e vitamina A.
Em pacientes normais estes sintomas são pouco perceptíveis, porém em crianças desnutridas e em indivíduos com o sistema imunológico comprometido, como os HIV-positivos, o parasito se prolifera intensamente e pode causar diarréia aquosa, cólicas, flatulência, dor epigástrica, náuseas e vômitos, anorexia e mal estar.
Manifestações Clínicas: Diarréia aquosa, fezes mucosas, desidratação, perda de peso, anorexia, dor abdominal, febre, náuseas e vômitos. Não é incomum acontecer também dores nas articulações, mialgias, vertigens e até a síndrome de Reiter (conhecida como artrite reativa) em crianças.
 Em pacientes imunodeprimidos, os parasitos podem ser encontrados fora do trato gastrointestinal, como fígado, pâncreas e vesícula biliar. Isto pode acarretar em cirrose, pancreatite, colangiopatia, colangite esclerosante e colangiocarcinoma. Quando há parasitos no trato respiratório, podemos notar tosse, rouquidão, falta de ar e até pneumonia.
Diagnóstico:
Júlia Azevedo – Universidade Federal de Rondônia
Biopsia intestinal: raspado de mucosa, observação de oocistos.
EPF: presença de oocistos nas fezes.
Presença de anticorpos circulantes (ELISA)
PCR
Tratamento: É uma infecção autolimitante, mas para aliviar os sintomas (desidratação e diarreia) ➔ nitazoxanida.
Profilaxia: Prevenir a contaminação com oocistos no meio ambiente, Água e alimentos, Pessoas susceptíveis, Higiene pessoal, Grupo de risco.

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