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Relatório de Parasitologia.

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FACULDADE MAURICIO DE NASSAU
TURMA: BIOMEDICINA – MANHÃ B
DISCIPLINA: PARASITOLOGIA
PROFESSORA: JOYCE FONTELES RIBEIRO
FILARIOSE
ALUNOS:
 CATHARINA YASMIN
 DRIELE MIRANDA
 EVA THARCYANNA 
 FRANCISCO MARCELO
 HENRIQUE ANTONIO
 HYAGO LUCAS
 NAYANE MARTINS
 SUELLEN CASTRO
FORTALEZA, 12 DE NOVEMBRO DE 2015
 ALUNOS:
 CATHARINA YASMIN
 DRIELE MIRANDA
 EVA THARCYANNA
 FRANCISCO MARCELO
 HENRIQUE ANTONIO
 HYAGO LUCAS
 NAYANE MARTINS
 SUELLEN CASTRO
FILARIOSE
	Relatório apresentado junto ao Curso de Biomedicina da Faculdade Mauricio de Nassau, na disciplina de Parasitologia, como requisito a nota complementar para Av2, tendo como avaliadora a professora que ministra a cadeira, Joyce Fonteles Ribeiro.
FORTALEZA, 12 DE NOVEMBRO DE 2015
SUMÁRIO
 Página
	HISTÓRICO	4
	MORFOLOGIA	5
	CICLO BIOLOGICO	6
	EPIDEMIOLOGIA	7
	MANIFESTAÇÕES CLINICAS	8
	PATOGÊNIA	9
	DIAGNOSTICO LABORATORIAL	10
	TRATAMENTO	11
	PROFILAXIA	12
	CONCLUSÃO	13
	REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS	14
HISTÓRICO
 A descoberta de Patrick Manson de que mosquitos transmitiam a filariose representa o nascimento da Entomologia Médica e o marco mais importante da Medicina Tropical. Suas observações sobre o ciclo de vida e as características clínicas da doença, bem como a demonstração da periodicidade noturna das microfilárias, resultaram em uma explosão do interesse pelas doenças transmitidas por insetos e colaboraram para a descoberta por Ross do vetor da malária
 Os primeiros registros físicos característicos da filariose foram citados em documentos remontando à Grécia e à Roma Antiga, mas como estes sintomas podem resultar de outras causas, não podem atribuí-los com certeza à doença. Mas, em locais onde ainda hoje há abundância de vetores e condições climáticas favoráveis, como no Egito e na África, registros sobre elefantíase com certeza devem-se à filariose.
 O primeiro registro de microfilária em seres humanos foi feito por Demarquay, em 1863, no fluido leitoso da hidrocele de um paciente cubano que operara em Paris. Em 1866, Otto Wucherer descobriu microfilárias na urina de seus pacientes com hematúria (presença de sangue na urina) e quilúria (presença de quilo - líquido linfático - na urina) na Bahia. Em 1872, Timothy Lewis, trabalhando em Calcutá, Índia, confirmou as observações de Wucherer e detectou microfilárias também no sangue, estabelecendo sua relação com a elefantíase. Pouco depois, Patrick Manson, em Amoy, na China, estabeleceu uma correlação clara entre a presença de microfilárias no sangue e as principais complicações da filariose.
 Em 1877, Joseph Bancroft descobriu um verme ao examinar o fluido de um paciente com um abcesso no braço, uma complicação rara da doença.  Enviou este material para o mais influente helmintologista médico, Stephen Cobbold, que o chamou de Filaria bancrofti em uma nota para a revista Lancet. Em seguida, Bancroft detectou mais vermes em uma hidrocele.
No mesmo ano, Silva Lima e dos Santos publicaram seus relatos de suas descobertas de vermes adultos. Em 1880, Manson encontrou vermes adultos em tecidos removidos cirurgicamente. Foi somente em 1921 que o nome Wuchereria bancrofti foi aceito.
 Em 1927, Lichtenstein observou que as microfilárias da filariose em partes da Indonésia eram diferentes da W. bancrofti. Enviou os espécimes para Brug, na Holanda, que as descreveu. Em 1940, Rao e Mapleston encontraram na Índia microfilárias e vermes adultos da espécie descrita por Brug. Em 1960, devido às diferenças entre os parasitos, Buckley propôs a criação de um novo gênero, Brugia. Novas espécies de Brugia foram encontradas em animais em várias partes do mundo, inclusive uma infectando homem, B. timori, responsável pela filariose na ilha de Timor.
 Após examinar microfilárias no sangue, Manson interessou-se em saber o que acontecia com um animal que se alimentava daquele fluido, o mosquito. Fez picar seu jardineiro, Hinlo, por estes insetos durante vários dias, coletou-os nos cinco dias seguintes e encontrou, no estômago, "um animal simples, sem estrutura, que após passar por uma série de metamorfoses altamente interessantes, aumenta muito de tamanho, possuindo um canal alimentar e sendo adaptado para a vida independente."
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MORFOLOGIA
 Vermes Nematóides das espécies Wuchereria bancrofti, Brugia malayi e Brugia timori são os agentes causadores da FL. Nas Américas, onde foi introduzida pelos escravos, apenas a W. bancrofti é causadora da FL, sendo, portanto, a espécie que particularmente nos interessa, pois é responsável pelos casos que ocorrem no Brasil. A W. bancrofti possui diferentes formas evolutivas nos hospedeiros vertebrados (humanos) e invertebrados (mosquitos vetores), ou seja, filárias e microfilárias nos humanos e larvas nos mosquitos.
VERMES ADULTOS: São albergados pelo ser humano. Possuem corpo longo e delgado, branco leitoso, opacos, com cutícula lisa e sexos distintos. O macho mede de 3,5 a 4cm de comprimento e 0,1mm de diâmetro, com a extremidade anterior afilada e posterior enrolada ventralmente. A fêmea mede de 7 a 10cm de comprimento e 0,3mm de diâmetro, possui orgãos genitais duplos, com exceção da vagina, que é única e se exterioriza em uma vulva localizada próximo à extremidade anterior do parasito
MICROFILÁRIAS: Estas formas também conhecidas como embriões são eliminadas pelas fêmeas grávidas, saem dos ductos linfáticos do hospedeiro e ganham a circulação sangüínea, onde se movimentam ativamente. Medem de 250 a 300µm de comprimento e possuem uma membrana de revestimento (bainha) que é flexível. A observação da bainha é importante pois alguns filarídeos encontrados no sangue humano não possuem tal estrutura, sendo este um dos critérios morfológicos para o diagnóstico diferencial. Podem ser observadas vivas e em movimento ativo, em lâminas com sangue logo após colhido do indivíduo parasitado.
LARVAS: São encontradas no inseto vetor. A larva de primeiro estádio (L1 ) ou larva salsichóide mede em torno de 300µm de comprimento e é originária da transformação da microfilária. Essa larva se diferencia em larva de segundo estádio (L2 ) ou pré-infectante, em média duas vezes maior, e sofre nova muda originando a larva infectante (L3 ), que tem entre 1,5 a 2,0mm de comprimento.
HABITAT: Vermes adultos, machos e fêmeas, permanecem juntos e enovelados nos vasos e gânglios linfáticos humanos, vivendo, em média, quatro a oito anos. As regiões do corpo humano que normalmente abrigam as formas adultas são: pélvica (atingindo pernas e escroto), mamas e braços (mais raramente). São freqüentemente localizados nos vasos linfáticos do cordão espermático, causando aumentoe dano escrotal. As microfilárias eliminadas pela fêmea grávida nos ductos linfáticos ganham a circulação sangüínea do hospedeiro.
O VETOR: No Brasil a FL é transmitida por mosquitos da espécie Culex quinquefasciatus. Apenas as fêmeas são vetores do parasito, porque somente estas são hematófagas. Nenhuma espécie de culicídeo dos gêneros Aedes e Anopheles foi incriminada como vetor em nosso meio, embora transmitam a FL em outras partes do mundo. 
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CICLO BIOLOGICO
CICLO BIOLÓGICO DA WUCHERERIA BANCROFTI. 
1. Microfilária sem bainha no intestino médio do mosquito; 
2. Larvas de primeiro (salsichóide), segundo e terceiro (infectante) estádios em desenvolvimento no inseto vetor; 
3. Larva infectante saindo da probóscida do inseto vetor; 
4. microfílária com bainha no sangue do indivíduo
 O ciclo evolutivo dos vermes filariais é relativamente longo e tem início no homem, seu único hospedeiro definitivo, com a picada do vetor (mosquito fêmea) portador de larvas infectantes (Albuquerque, 1993). Ao contrário doPlasmodium spp. do paludismo, as larvas não se multiplicam no vetor e, conseqüentemente, o seu número depende da quantidade de microfilárias ingeridas a partir de hospedeiros infectados (OMS, 1988). As microfilárias passam por três etapas no interior do mosquito até tornarem larvas infectantes para o homem (OMS, 1984) e este ciclo dura 10-12 dias, dependendo das condições climáticas e umidade (Maciel, 1996). Os gêneros de mosquitos que transmitem W. bancrofti diferem geograficamente. No Buco-Zau foram observados A. funestus, que prolifera em águas permanentes e A. gambiae que se reproduz preferencialmente em águas doce temporais e estagnadas.
 O número de picadas infectivas requerido para produzir um caso de microfilaremia, estimado a partir de dados de diferentes localidades em vários países, varia de 269 em Machui, Tanzânia a 67.568 em Koro, Fuji (Regis et al., 1996).
EVOLUÇÃO
 Após oito meses de contágio, a transmissão de microfilárias (larvas resultantes de reprodução de parasitas dentro do corpo do paciente) se inicia, aumentando cada vez mais de número a cada ciclo.
 Ao picar uma pessoa doente, o mosquito, ou vetor, capta juntamente com o sangue, as larvas microfilárias. Dentro do corpo do mosquito, as microfilárias se desenvolvem e se transformam em formas do verme que podem infectar outras pessoas.
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EPIDEMIOLOGIA
DISTRIBUIÇÃO GEOGRAFICA
 Estima-se em 112 milhões o número de pessoas infectadas pela W. bancrofti em 83 países, sendo encontrada de forma endêmica, principalmente na Ásia, África e ilhas a oeste do Pacífico. Nas Américas, os focos de transmissão ativa de FL, atualmente, encontram-se no Haiti, República Dominicana, Guiana e Brasil. Considera-se a transmissão interrompida na Costa Rica, Suriname e Trinidad Tobago, áreas endêmicas em passado recente. No Brasil, inquérito nacional realizado na década de 1950 mostrou transmissão autóctone em 11 cidades: Manaus (AM), Belém (PA), São Luís (MA), Recife (PE), Maceió (AL), Salvador e Castro Alves (BA), Florianópolis, São José da Ponta Grossa e Barra de Laguna (SC) e Porto Alegre (RS). 
 Atualmente, no Brasil, a parasitose apresenta distribuição urbana e nitidamente focal, sendo detectada transmissão ativa Presença de vermes adultos em linfonodos e vasos linfáticos. Os vermes adultos fêmeas presentes no sistema linfático produzem microfilárias que migram para o sangue. O mosquito ingere microfilárias quando se alimenta de sangue de uma pessoa infectada. Dentro do mosquito as microfilárias se transformam em larvas. Primeiro, Larva 1 ou L1, ou larva de primeiro estádio. Mudam para Larva 2 ou L2. Larva 3 ou L3 (larva infectante). O mosquito deposita larva infectante (L3) no momento do repasto sangüíneo. As larvas L3 migram para o sistema linfático onde crescem e atingem a maturidade sexual. 
 A região metropolitana do Recife, em Pernambuco, Nordeste do país, tem índices de microfilarêmicos variando de 2% até 15%, em comunidades de baixo nível socioeconômico. A população desses quatro municípios é estimada em 2.600.000 habitantes (2007), considerando-se a população em risco de adquirir a infecção a residente em áreas de baixo nível socioeconômico sendo 1.600.000 a população da área endêmica de FL e estimados em 30.000 o número de microfilarêmicos. Belém do Pará (Região Norte) e Maceió (Região Nordeste) são cidades que até recentemente também eram focos ativos no Brasil e, pelos dados atuais, mostram a interrupção da transmissão da parasitose. 
DISTRIBUIÇÃO RELATIVA À PESSOA 
 A frequência de parasitados é significativamente maior em jovens do sexo masculino, sendo o pico de microfilarêmicos na faixa dos 18 aos 25 anos. A detecção de crianças parasitadas é um forte indício de que ainda está ocorrendo transmissão em uma área, assim como, a ocorrência de morbidade filarial em adultos acima de 30 anos pode estar relacionada à transmissão em períodos anteriores. A maioria dos microfilarêmicos não tem sintomatologia aparente, porém funcionam como fonte de infecção e, do ponto de vista epidemiológico, necessitam de atenção para evitar a dispersão da parasitose. 
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MANIFESTAÇÕES CLINICAS
 Embora a filariose bancroftiana possa ocasionar considerável grau de morbidade, relacionado às formas agudas e crônicas da patologia, a mortalidade é quase nula (Maciel et al., 1994). A manifestação clínica depende da localização do verme adulto no organismo, e essa, por sua vez, depende do sexo do indivíduo infectado (Dreyer & Dreyer, 2000).
 As manifestações clínicas podem ser causadas tanto pelos vermes adultos quanto pelas microfilárias. Estas últimas produzem manifestações extralinfáticas enquanto aqueles causam lesões primariamente nos vasos linfáticos.
 Os recentes trabalhos desenvolvidos através de estudos multidisciplinares, com base na ultra-sonografia, na cirurgia e na histopatologia, têm trazido importantes conhecimentos para que as dúvidas existentes sobre a doença se reduzam. Esses estudos tornaram possível a localização dos vermes e a identificação das lesões subclínicas e clínicas da infecção. Também, através da ultra-sonografia, foi possível desvendar o substrato anatomopatológico da filariose bancroftiana da linfangiectasia causada pelo verme adulto.
 A apresentação clínica da filariose bancroftiana varia muito na população afetada. Assim, numa população endêmica pode-se encontrar indivíduos com infecções assintomáticas sem microfilaremia - indivíduos que não apresentam positividade de microfilaremia nos exames habituais e possuem manifestações clínicas da infecção. Alguns autores explicam que isso pode ser devido à insuficiente exposição para se infectarem, ou embora tivessem estado expostos suficientemente, não apresentam infecção detectável com os procedimentos atuais de diagnóstico (imunes ou parcialmente imunes); outros podem apresentar a infecção subclínica (sem microfilaremia), porém, com presença de antígenos filáricos no sangue. O outro grupo de população é aquele em que há microfilaremia assintomática que pode evoluir para sintomático com desaparição expontânea da sua microfilaremia ou persistir microfilarêmicos positivos durante anos e sem sintomas.
 As manifestações clínicas são classificadas em agudas e crônicas. As manifestações agudas são caracterizadas por ataques episódicos de adenolinfangite acompanhados de febre e mal estar geral. Esses ataques podem repetir-se várias vezes ao ano no mesmo indivíduo. Nos homens, a adenolinfangite pode localizar-se nos órgãos genitais sob a forma de orquioepididimite aguda que por vezes se agrava devido à sobre infecção bacteriana. Adenites nas mamas, região inguinal, escroto e tecido subcutâneo são freqüentemente observadas nas manifestações agudas da filariose. Os indivíduos com manifestações crônicas são, sob o ponto de vista clínico e patológico, o grupo mais importante já que, se medidas precoces nãoforem tomadas, acabam desfigurando a pessoa e tornam os sinais irreversíveis. As principais manifestações crônicas são: hidrocele, linfedema, elefantíase e quilúria. A incidência e gravidade destas manifestações tendem a aumentar com a idade.
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PATOGÊNIA
 Em casos assintomáticos ou com manifestações discretas, os pacientes podem apresentar alta microfilaremia e os pacientes com elefantíase ou outras manifestações crônicas não apresentam microfilaremia periférica, ou esta é bastante reduzida. As alterações provocadas por vermes adultos podem apresentar desde uma pequena estase linfática até a elefantíase. As lesões podem ser de origem inflamatória ou não, e são devidas a dois fatores principais:
AÇÃO MECÂNICA
Se houver vermes adultos em um vaso linfático, poderá ocasionar:
- estase linfática com linfangiectasia (dilatação dos vasos linfáticos);
- derramamento linfático ou linforragia.
Se ocorrer tal derramamento, provocará edema linfático; se ocorrido na cavidade abdominal, teremos a ascite linfática; na túnica escrotal, a linfocele; nas vias urinárias, linfúria/quilúria.
AÇÃO IRRITATIVA
 A presença dos vermes adultos nos vasos linfáticos provoca inflamações. Conseqüentemente, a linfangite retrógrada (inflamação dos vasos) e adenite (inflamação e hipertrofia dos gânglios linfáticos).
 Além das ações mecânica e irritativa, ocorrem fenômenos imunológicos, especialmente alérgicos que induzem à patogenia. Como no quadro de eosinofilia pulmonar tropical (EPT), onde o paciente apresenta hiper-resposta imunológica a antígenos filariais, com aumento de IgE e hipereosinofilia, que leva ao surgimento de abscessos eosinofílicos com microfilárias e fibrose crônica nos pulmões, levando a disfunção.
 A elefantíase aparece em alguns casos crônicos, mas pode ter outras causas. É caracterizada por inflamação e fibrose crônica do órgão atingido, com hipertrofia do tecido conjuntivo, dilatação dos vasos linfáticos e edema linfático. Dando origem a aparência típica da elefantíase: aumento exagerado do volume órgão com queratinização e rugosidade da pele.
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DIAGNOSTICO LABORATORIAL
 Inclui diagnóstico parasitológico através da pesquisa e da quantificação de microfilárias no sangue periférico, da pesquisa dos vermes adultos e do diagnóstico serológico. O método mais difundido no diagnóstico parasitológico é a gota espessa que continua sendo amplamente usado nos inquéritos hemoscópicos. Sendo que à sensibilidade desta técnica aumenta em situações de elevada parasitemia e quando se repete no mesmo indivíduo vários exames. Outras técnicas como a de filtração de sangue em membrana de policarbonato, a concentração da microfilaremia em volumes maiores de sangue venoso periférico, o teste provocativo com dietilcarbamazina e a técnica de Knott são também usados no diagnóstico parasitológico. Qualquer que seja a metodologia empregada, a pesquisa da microfilária ou a determinação da sua densidade deve ser feita obedecendo ao horário de maior aparecimento das microfilárias no sangue periférico da espécie em pesquisa. O método da gota espessa, o mais antigo no diagnóstico da filariose é ainda hoje o mais amplamente usado na rede dos serviços de saúde de Angola.
 O diagnóstico da infecção dos insetos vetores é uma ferramenta complementar importante em áreas onde programas de eliminação da FL estão sendo implementados, pois permite, juntamente com a determinação das taxas de prevalência da infecção humana, monitorar a eficácia das estratégias de controle adotadas. A captura e dissecção dos mosquitos provenientes de áreas endêmicas e a observação microscópica deste material permitem a identificação específica das larvas encontradas do parasito, e também a quantificação de cada um dos diferentes estádios evolutivos. 
 No entanto, a dissecção é um método trabalhoso, demorado, e que requer muito treinamento, uma vez que a distinção específica das larvas encontradas é difícil em áreas onde outras espécies de filarídeos, inclusive de animais, são prevalentes. Ultimamente, apesar de útil, a dissecção vem sendo substituída pela técnica de Reação em Cadeia da Polimerase (PCR). Esta técnica detecta seqüências específicas de DNA proveniente de larvas de W. bancrofti nos mosquitos. Além de ter-se mostrado tão sensível quanto a dissecção, a PCR é espécie específica e ainda permite o processamento de um número razoável de amostras de mosquito em um curto espaço de tempo. A coleta dos mosquitos para a verificação da infecção filarial pode ser realizada por xenomonitoramento, que consiste no uso de mosquitos recém-ingurgitados capturados em uma área endêmica, examinados pela técnica de PCR. Além de ser um indicativo indireto da ocorrência da infecção humana, o xenomonitoramento fornece dados sobre a infecção natural dos vetores, auxiliando a verificação da interrupção da transmissão. A técnica para coleta de mosquitos está descrita no Apêndice A.
	10
TRATAMENTO
 A droga de escolha para o combate à filariose é a dietilcarbamazina (DEC), um pó branco, solúvel em água, de gosto adocicado, não muito agradável. Administrada via oral, alcança o equilíbrio em todos os tecidos do organismo. A eliminação ocorre principalmente via renal. O medicamento faz desaparecer rapidamente da circulação quase todas as microfilárias. A DEC exerce efeito letal, menor e mais lento, também sobre vermes adultos, mas não chega a destruí-los totalmente. O tratamento dura de 2 a 3 semanas, e deve ser repetido quando os objetivos não forem atingidos mesmo os pacientes com elefantíase melhoram com essa terapêutica. Esse medicamento é seguro e de baixa toxicidade, mas pode produzir alguns efeitos colaterais: anorexia, náuseas, vômitos, astenia, tonturas e sonolência. Mais raramente ocorrem efeitos adversos mais graves. Depois de algum tempo, estas manifestações desaparecem.
 A ivermectina é um antibiótico que tem sido utilizado em diferentes regiões endêmicas. É muito eficaz na redução da microfilaremia em dose única, mas não atua sobre vermes adultos, não curando totalmente a infecção. Meses depois do tratamento a microfilaremia reaparece em muitos pacientes.
 Para tratar-se o linfedema, recomenda-se a impecável higiene local (água e sabão) e quando necessária administração de antibióticos para combater possíveis infecções bacterianas. A higiene mais a fisioterapia e a drenagem postural leva a melhora desse quadro, evitando a evolução para elefantíase.
 O tratamento da hidrocele e quilocele deve ser feito cirurgicamente. Nos casos de elefantíase avançada (membros, mamas ou escroto) a cirurgia plástica reconstrutora é indicada, mas o resultado em geral, é insatisfatório.
	11
PROFILAXIA
 A prevenção da filariose deve ser feita através de medidas higiênicas e combate aos mosquitos transmissores da doença. Algumas formas de prevenção são:
Uso de mosquiteiros ou cortinas com inseticidas, que evitam o contado do mosquito com o homem.
 Borrifação de inseticidas em domicílio.
 Extermínio das larvas com agentes químicos.
 Uso de roupas que cubram a maior parte de pele possível, quando se encontrar em áreas de risco.
 Uso de repelentes.
 Evitar água parada.
 Informar a comunidade sobre o risco da doença.
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CONCLUSÃO
 Concluímos que a filariose é uma infecção que atinge os seres humanos, ocasionada por certos nematóides pertencentes à família Filarioidea. Ocorre em diversos países, e no Brasil é de suma importância que a conheçamos, pois o nosso país está com uma das maiores prevalências. Predomina em áreas de maior pobreza e urbanização inadequada. Os indivíduos afetados merecem atenção, mesmo os que não apresentam sintomatologia, para não serem transmissores. Quando afetado, o paciente pode apresentar várias manifestações clínicas, das mais simples ás mais graves como, por exemplo, a elefantíase que se tornou o nomepopular de tal parasitose.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
Invivo, história da filariose. Disponível em:
<http://www.invivo.fiocruz.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=100&sid=7>
Acesso em: 13 de Outubro de 2015 – 14:00
Vigilância Epidemiológica e Eliminação da Filariose Linfática. Disponível em:
<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guiavigilancia_filariose_linfatica.pdf>
Acesso em: 13 de Outubro de 2015 – 16:00
Ebah, Patogênia e Tratamento. Disponível em:
< http://www.ebah.com.br/content/ABAAAATLIAL/filariose>
Acesso em: 14 de Outubro de 2015 – 14:00
Portal Educação, Ciclo Biológico. Disponível em:
< http://www.portaleducacao.com.br/farmacia/artigos/444/filariose-e-outros-filarideos>
Acesso em: 14 de Outubro de 2015 – 17:00
Minha vida, Profilaxia. Disponível em:
< http://www.minhavida.com.br/saude/temas/filariose>
Acesso em: 14 de Outubro de 2015 – 20:00
Tua Saúde, Diagnostico Laboratorial. Disponível em:
< http://www.tuasaude.com/filariose/>
Acesso em: 14 de Outubro de 2015 – 21:00
	14
ANEXOS
 
 
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Outros materiais