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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO RIO GRANDE DO SUL UNIDADE UNIVERSITÁRIA EM SANTA CRUZ DO SUL POLUIÇÃO DO MEIO AQUÁTICO CURSO: Engenharia de Bioprocessos e Biotecnologia; COMPONENTE CURRICULAR: Ciências do Ambiente; DISCENTE: Juliana Carolina Kappaun. SANTA CRUZ DO SUL 2015 INTRODUÇÃO É de conhecimento geral que a poluição do meio aquático está se tornando cada vez mais um problema mundial, já que necessitamos de água com propriedades químicas, físicas e biológicas adequadas ao nosso consumo. Devido a alterações dessas características, seja por influência humana ou não, a água potável tem se tornando cada dia mais escassa. Sabe-se que cerca de 70% do planeta é coberto por água, sendo necessária para sobrevivência de todos os organismos, ela deve conter substâncias essenciais a vida e deve estar isenta de substâncias deletérias. Nosso planeta contém um volume de aproximadamente 1,4 bilhão de km3. Apesar disso, muitas localidades ainda não têm acesso a quantidades de água com características de potabilidades adequadas às necessidades do consumo humano. Tão ou mais importante que a questão envolvendo a quantidade de água disponível, apresenta-se também a questão da qualidade da água disponível. A maior parte dos ecossistemas terrestres, além dos seres humanos, necessitam de água doce para sua sobrevivência. Entretanto, cerca de 97,24% da água de nosso planeta está presente nos oceanos e mares, na forma de água salgada, ou seja, imprópria para o consumo humano. Outros 2,14% encontra-se nas calores polares e geleiras, não obtendo custo-benefício. Apenas cerca de 0,77% de toda a água está disponível para o nosso consumo, sendo encontrada na forma de rios, lagos, água subterrânea, incluindo ainda a água presente no solo, e atmosfera (umidade). A alteração da qualidade das águas está relacionada à mudança de características seja ela de forma natural ou provocada pelo homem. Essas alterações podem produzir impactos: Estéticos, fisiológicos e ecológicos. Os poluentes podem ser introduzidos no meio aquático de duas formas: Pontual, é a descarga de efluentes a partir de indústrias e de estações de tratamento de esgoto, são bem localizadas, sendo fáceis de identificar e de monitorar; Difusas não tem um ponto de lançamento específico, é composta pela infiltração de agrotóxicos nos solos, ou qualquer outra infiltração que não se têm controle preciso, o que a acaba tornando de difícil controle e identificação. Considera-se poluição da água qualquer alteração de propriedades físicas, químicas e biológicas, que possa implicar em prejuízo a saúde, a segurança e ao bem-estar das populações, causando também danos a flora e a fauna, ou comprometer o seu uso para fins sociais e econômicos. A poluição aquática pode ser dividida da seguinte forma, poluição física, química e biológica, que afetam diretamente características da água, fazendo com que a mesma se torne imprópria para usos específicos, como o consumo humano. A poluição pode ser biológica, tratando-se de infectamento da água por organismos patogênicos, física tratando-se de rejeitos domésticos; dividindo-se em térmica, sendo principalmente emitida por indústrias que despejam água aquecida em rios e lagos; e em sedimentar, sendo rejeitos em geral, ou química, tratando-se de despejos de metais pesados, contaminantes químicos de hospitais e indústrias. Existem vários tipos de poluentes aquáticos, mas vale destacar que o excesso de nutrientes também é prejudicial a qualidade da água, já que o mesmo provoca a proliferação de algas, que prejudica o uso dos recursos hídricos, chama-se esse processo de eutrofização. Já os outros tipos de poluentes são compostos por bactérias aeróbicas e anaeróbicas; metais; organismos patogênicos: compostos sólidos; calor; radioatividade; e orgânicos recalcitrantes ou refratários. Quando estes poluentes atingem os corpos d'água eles são submetidos a diversos mecanismos de ação, que podem ser benéficos ou não. A autodepuração da água é a recuperação do equilíbrio no meio aquático por processos naturais após as alterações pelo lançamento de efluentes. Existe alguns métodos de tratamento para cada tipo de poluição, para que seja tratada cada uma de acordo com suas especifidades. Poluição biológica: O método mais utilizado para o tratamento é a cloração, onde gás cloro ou hipoclorito são adicionados à água visando destruir ou inativar os organismos alvos. Poluição térmica: Não há um tratamento específico para este tipo de poluição. Poluição Sedimentar: Tratamento através da decantação direta, e posteriormente filtração. Poluição química: Como descontaminar a água é um processo de alto custo e, muitas vezes, demorado, existem casos de poluição química em que os locais contaminados ficam décadas sem utilização em função do poder de toxidade do poluente. CONSIDERAÇÕES FINAIS Atualmente percebe-se que a poluição do meio aquático se torna um problema cada vez mais intenso em nossa sociedade. É de extrema clareza que se quisermos desfrutar de uma boa qualidade de água, devemos incentivar de maneira positiva toda população. Para que no futuro, não tenhamos consequências desagradáveis em relação a falta de água potável para o abastecimento humano. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Livro: BRAGA; Benedito et al. Introdução à Engenharia Ambiental. São Paulo. Pratice Hall, 2002.; VON SPERLING; Marcos. Introdução a Qualidade das Águas e ao Tratamento de Esgotos – Vol.1. Belo Horizonte, 2 ed. Departamento de Engenharia Sanitária; qnesc.sbq.org.br/online/cadernos/01/aguas.pdf As águas do planeta Terra – Marco Tadeu Grassi, Cadernos temáticos de Química nova na Escola, edição especial - maio 2001 http://www.naturaltec.com.br/Tratamento-Agua-Esgoto-Efluentes.html
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