RELATORIO SNIFFY CONDICIONAMENTO OPERANTE

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CURSO DE GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA
REALIZANDO CONDICIONAMENTO OPERANTE COM SOFTWARE SNIFFY: O RATO VIRTUAL. TREINAMENTO, MODELAGEM E EXTINÇÃO.
Recife/PE
2015
Ilka Lira Brito
Thais Gomes Navarro de Araújo
ANÁLISE EXPERIMENTAL DO COMPORTAMENTO
REALIZANDO CONDICIONAMENTO OPERANTE COM SOFTWARE SNIFFY: O RATO VIRTUAL. TREINAMENTO, MODELAGEM E EXTINÇÃO.
Relatório apresentado á disciplina de Analise Experimental do comportamento do curso de psicologia da Faculdade Boa Viagem, como requisito parcial para a Atividade Prática Supervisionada.
Orientadora: Profa. Dra. Aline Lacerda.
Recife/PE
2015
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .........................................................................................................4
2 METODOLOGIA .....................................................................................................6
2.1. SUJEITO
2.2. INSTRUMENTOS
2.3. PROCEDIMENTOS
3. RESULTADOS ......................................................................................................8
REFERÊNCIAS ........................................................................................................10
1 INTRODUÇÃO
O Behaviorismo se sobressai entre outras teorias que estudam o comportamento humano e a aprendizagem que são resultantes de interação com o ambiente. Estudar o comportamento de ratos nos fornece insights sobre o comportamento humano, pois a fisiologia desse animal se parece, em algum grau, com a fisiologia humana. Ivan Pavlov e B. F. Skinner são os principais autores comportamentalistas que infundem a teoria do comportamento aprendido. Durante seus experimentos de laboratório Ivan P. Pavlov observou que seus cães aprenderam novos reflexos, pois durante a preparação da comida seus sujeitos experimentais começavam a salivar. Assim Ivan P. Pavlov começou a condicionar seus cães a associar o som de uma sineta à comida. A teoria de Skinner vem pra ampliar os conhecimentos a respeito do tema.
Behaviorismo, de Skinner:
“... Uma vez tenhamos preparado o tipo específico de consequências chamadas de reforços, as nossas técnicas nos permitem configurar quase à vontade, o comportamento de um organismo. Condutas extremamente complexas podem ser alcançadas através de passos sucessivos no processo de configuração, sendo modificadas progressivamente com a realização de reforço, no sentido do comportamento desejado.” (Skinner, apud Cnotinfor).
Ao decorrer de nossa aula em laboratório foram observados estímulos neutros (NS), aqueles que não eliciam respostas, estímulos incondicionados (US) ou reflexos inatos, pois nos preparam para um primeiro contato com o ambiente, importante para a sobrevivência da espécie. E os estímulos condicionados (CS), aqueles que são aprendidos durante nossas experiências cotidianas (Moreira e Medeiros, 2007).
A experiência realizada com o Sniffy é de condicionamento operante. Segundo Moreira e Medeiros (2007) o condicionamento operante trata-se da aprendizagem em função de suas consequências. O organismo passa a emitir respostas para produzir uma alteração no ambiente que na maioria dos casos, lhe é favorável, a essa alteração denomina-se consequência. 
O ambiente é a caixa de Skinner, descrita a seguir por Moreira e Medeiros:
O principal equipamento utilizado em um laboratório de condicionamento operante é a Caixa de Condicionamento Operante […]. Esse equipamento foi projetado pelo psicólogo B. F. Skinner para o estudo do comportamento operante, ou seja, do comportamento que produz alterações no ambiente e que é afetado por elas (2007, p. 168).
O presente trabalho teve como objetivo demonstrar como um indivíduo “opera” sobre o meio, basicamente na relação entre estímulo do ambiente onde o sujeito está inserido e a resposta emitida por ele, através da análise do comportamento animal, e do condicionamento operante. O alimento e a água são estímulos reforçadores (positivos) e aumentam a probabilidade de ocorrência de uma resposta, ideais para a aquisição de um comportamento.
As experiências no laboratório virtual através do Sniffy Virtual Rat teve uma excelente contribuição para o aprendizado, pois através da experiência com o rato virtual conclui-se que todo nosso passado interfere no modo como os comportamos hoje, e o passado de todos os organismos é diferente. Por esse motivo duas pessoas em uma mesma situação se comportam de forma diferente.
Para isto Skinner faz uma analise em seu livro About Behaviorism (1974):
Por que as pessoas se comportam como elas se comportam? Esta foi, provavelmente, primeira uma questão prática: como uma pessoa poderia antecipar e, então, preparar-se para o que outra pessoa faria? Mais tarde a questão tornou-se prática em outro sentido: Como outra pessoa poderia ser induzida a comportar-se de uma dada maneira? Finalmente, a questão tornou-se um problema de entender e explicar o comportamento. Ela poderia sempre ser reduzida a uma questão sobre causas. (p.9).
2 METODOLOGIA
2.1. PARTICIPANTE
Por questões éticas e práticas a análise de comportamento desse projeto se utilizou de ratos albinos Wistar (em ambiente virtual) para obter informações com bases empíricas. Caso contrário, violaria o código de ética profissional do Psicólogo¹.
2.2. INSTRUMENTOS
O ambiente no qual o experimento foi realizado, foi a caixa de Skinner. Também conhecida como caixa de condicionamento operante.
Para realização do experimento, foi utilizado um fone de ouvido, uma caneta para anotar a quantidade de vezes que o rato fez os movimentos de: farejar (F), erguer-se (E), pressionar a barra (PB), andar (A) e limpar-se (L), um cronometro para medir o tempo que foi de 5 minutos para cada estágio de observação: antes da modelagem, depois da modelam e extinção.
____________________
1 “Art. 2º - Ao psicólogo é vedado: a) Praticar ou ser conivente com quaisquer atos que caracterizem negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade ou opressão; c) Utilizar ou favorecer o uso de conhecimento e a utilização de práticas psicológicas como instrumentos de castigo, tortura ou qualquer forma de violência;”.
2.3. PROCEDIMENO
O experimento foi realizado em etapas, foram elas: a modelagem e o reforço contínuo da pressão à barra (CRF). Primeiramente, foi realizada uma observação do sujeito em nível operante, anotando-se o comportamento antes da intervenção para que se comparar com a seu comportamento pós-intervenção. 
 O treino é iniciado no comedouro. De tempos em tempos é pareado o som com a liberação de comida, até o sujeito aprender que a comida é liberada sempre na presença do som.
 A primeira associação realizada pelo Sniffy é a “som-comida” (sound-food), a segunda associação é a “barra-som” (bar-sound). Quando o rato “compreende” que todas as vezes que escuta o som surge comida, ele passa a produzir som para obter comida. Para produzir som ele pressiona uma barra, pois é o som dessa barra que faz surgir comida. Uma vez que ele adquire esse comportamento de produzir som, logo obter alimento, pode-se dizer que o rato está condicionado. Ele passa a produzir modificações em seu ambiente para chegar às consequências dessas modificações, ele opera em seu ambiente.
3 RESULTADOS
Foram realizados 3 estágios de observação continua de 5 minutos cada: antes da modelagem, modelagem do comportamento que se deu após reforço positivo e extinção do comportamento, apos retirada do reforço positivo.
Estagio 1: percebeu se que o ratinho repetia inúmeros movimentos na câmera operante: farejar, erguer-se, andar, limpar-se e pressionar a barra. O comportamento de pressão à barra ocorre em baixa frequência (uma resposta em 5 minutos) antes da inserção da variável reforço. Os comportamentos mais frequentes são o de farejar e o de erguer-se, o ratinho passa a maior parte do tempo explorando seu novo ambiente através desses comportamentos.Depois de passados 5 minutos, iniciou-se o procedimento de modelagem de pressão à barra. 
Estágio 2: os movimentos se repetiram por varias vezes e quando um som era exibido, pressionava-se manualmente a barra de liberação de comida para que o rato pudesse se alimentar, durante o tempo cronometrado, configurando assim a modelagem:
“Modelar comportamento, ensinar um comportamento novo, consiste em liberar consequências reforçadoras contingentes (próximo no tempo) à resposta, de modo que reforce diferencialmente, através de aproximações sucessivas, àqueles comportamentos próximos ao comportamento final desejado”. (Holland & Skinner, 1961; Gomide & Dobrianskyj, 1993).
Estágio 3: foi retirado o reforço positivo, onde se observou que o rato apertava a barra constantemente a procura da comida; com o tempo o comportamento de pressionar a barra tornou-se menos incidente, concluindo assim a extinção do comportamento aprendido. Skinner (1953), afirma: 
“Naquilo que é chamado ‘extinção operante’, uma resposta torna-se cada vez menos frequente quando o reforçamento não mais acontece”. (p.69).
TABELA DE INCIDENCIA:
A partir destes resultados, conclui-se que todo comportamento deve ser tomado em interação com seu meio ambiente (Skinner, 1938) e, assim, podemos observar como um comportamento pode aumentar ou diminuir de frequência dependendo da manipulação das variáveis (Skinner, 1966). Após o procedimento de modelagem, esse comportamento passou a ocorrer em frequência maior que os outros registrados em nível operante. Quando manipulou a retirada do estímulo reforçador, o comportamento de pressão à barra chegou a ser extinto, a frequência dele decresceu até que desaparece definitivamente. Nossa pequena aprendizagem demonstrou, caracteristicamente, como o comportamento pode ser aprendido pelo procedimento de modelagem, bem como o efeito que consequências liberadas pelo ambiente têm em manter ou não um comportamento.
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
ECKERMAN, David Alan; TOMANARI, Gerson Yukio. O Rato Sniffy Vai à Escola. Psicologia: Teorias e Pesquisas. Mai-Ago 2003, Vol 19 n.2, pp. 159-164.
MOREIRA, Marcio Borges; MEDEIROS, Carlos Augusto de. Princípios básicos de análise do comportamento. Porto Alegre: Artmed, 2007, pag. 167-182.
SKINNER, B. F. (1938). The behavior of organism. New York, NY: Appleton-Century-Crofts.
SKINNER, B.F. Sobre o behaviorismo. São Paulo: Ed. Cultrix, 1974.