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Compatibilização Alvenaria-Estrutura

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COMPATIBILIZAÇÃO ALVENARIA-ESTRUTURA
Eduardo L. Calhau (1); Fabiola Lyra N. Pereira (2);
Thais Silva Ramos (3)
(1) Mestre em Engenharia de Construção Civil; Professor da FACHA
email: calhau@sedit.es.gov.br
(2) Mestre em Engenharia Civil; Professora da Univix
email: fabiola.lyra@globo.com
(3) Engenheira Civil da Fundação Ciciliano Abel de Almeida, UFES
email: tharamos@yahoo.com.br
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AS MUDANÇAS OCORRIDAS
As paredes construídas até a década de 60 com tijolos maciços e argamassas de cal tinham mais resistência à compressão, comparadas às alvenarias atuais e, apesar da maior resistência à compressão, ainda assim tinham menor módulo de deformação, favorecendo a interação alvenaria-estrutura.
Atualmente as alvenarias são mais rígidas, com a substituição do tijolo maciço pela lajota cerâmica e blocos vazados, e as estruturas, para piorar a situação, tornaram-se mais deformáveis.
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PRINCIPAIS CAUSAS DE FISSURAS
Recalque das fundações;
Movimentações higrotérmicas nas alvenarias;
Sobrecargas nas alvenarias;
Retração das argamassas;
Deformabilidade das estruturas de concreto armado.
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Por que compatibilizar alvenaria-estrutura?
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Desenho de uma laje deformada, bastante curvada, com uma alvenaria sobre a mesma sem deformação. Mostrar a fissura horizontal que se forma entre os dois sistemas 
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Desenho de dois segmentos de laje sobre viga e uma alvenaria continua sobre a mesma. Mostrar fissura vertical.
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A limitação da deformação da estrutura de concreto armado pode minimizar o aparecimento de fissuras nas alvenarias. Porém, somente com a interação entre os projetos de arquitetura e estrutura, com detalhamento e especificação adequada, associado a procedimentos controlados de execução da obra, é que se poderá alcançar elevado grau de confiabilidade na interação alvenaria-estrutura.
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 Limites de deformação em ensaios de alvenaria realizados no Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Construção Civil, EPUSP, e as flechas correspondentes
Alvenarias em blocos cerâmicos
VÃO		 266 cm
DEFORMAÇÃO	 1,59 mm
FLECHA	 l/1670
Alvenarias em blocos de concreto
VÃO		 266 cm
DEFORMAÇÃO	 1,11 mm
FLECHA 	 l/2400
Alvenarias em blocos de concreto celular
VÃO		 266 cm
DEFORMAÇÃO	 3,51 mm
FLECHA 	 l/760
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FRANCO, L. S. (1998) cita o surgimento de fissuras conforme esses limites e questiona:
 “Seria este o novo limite de deformação para o qual deveríamos projetar nossas estruturas?
 
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COMO RESOLVER A COMPATIBILIZAÇÃO 
		ALVENARIA + ESTRUTRURA 
 		tem que ser um bom casamento
E um dos caminhos é aumentar a rigidez da estrutura sem inviabilizá-la economicamente
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COMPARATIVO ENTRE DEFORMABILIDADE DE UMA ALVENARIA E VIGAS EM CONCRETO ARMADO (exemplo)
Considerações
Alvenaria de blocos cerâmicos: largura 15 cm altura 240 cm; cargas¹ (acidental + permanente) 500 kg/m; módulo de deformação 3.500 Mpa
Cálculo do h da viga de largura 15 cm para atender a flecha Vão (isostático) 600 cm; carga 3850 kg/m;módulo de deformação 
Carga acidental: 31900 MPa 
Carga permanente: 15950 MPa
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COMPARATIVO ENTRE DEFORMABILIDADE DE UMA ALVENARIA E VIGAS EM CONCRETO ARMADO (exemplo)
Flecha da alvenaria: 0,14 mm 
Flecha ² – I/300 20 mm: ALTURA DA VIGA 50 cm
Flecha – I/600 10 mm: ALTURA DA VIGA 63 cm
Flecha – I/1000 6 mm: ALTURA DA VIGA 75 cm
Flecha – I/2000 3 mm: ALTURA DA VIGA 95 cm
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QUAL VALOR UTILIZAR PARA LIMITAR A DEFORMAÇÃO DE ESTRUTURAS PROJETADAS PARA RECEBEREM ALVENARIAS?
O MAIS PRUDENTE É LIMITAR A FLECHA EM L/1000 
 PORÉM, PARA NÃO ELIMINAR AS VANTAGENS ECONÔMICAS, AUMENTANDO-SE O VOLUME DE CONCRETO DAS ESTRUTURAS, RECOMENDA-SE A LIMITAÇÃO DA DEFORMAÇÃO EM L/600, LIMITADO A 10 MM 
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PROCEDIMENTOS DE CONTROLE PARA EXECUÇÃO DAS ESTRUTURAS E ALVENARIAS
Para as alvenarias apoiadas nas lajes, impor as mesmas restrições de limites de deformação estabelecidas para as vigas;
Projetar juntas verticais nas alvenarias nos pontos de inversão de momento fletor sobre lajes;
Execução do cálculo estrutural com os limites de deformação pré-estabelecidos;
Execução da superestrutura observando: qualidade do concreto; escoramento prolongado e cura úmida por, pelo menos, 7 dias;
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PROCEDIMENTOS DE CONTROLE PARA EXECUÇÃO DAS ESTRUTURAS E ALVENARIAS
Executar as alvenarias com argamassas menos rígidas e com maior número de juntas. Não encunhar;
Agregar a estrutura todos os elementos possíveis e que são carga para a mesma;
Fazer o enchimento entre a alvenaria e a estrutura, preenchendo o espaço vazio com argamassa de baixo módulo de deformação, empregando argamassa relativamente fraca, THOMAZ, E. (2000), do último andar para o primeiro

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