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Definição
Modalidade terapêutica, onde utilizamos agentes térmicos como princípio de tratamento.
Divide-se em:
 HIPOTERMOTERAPIA 	→ 	crioterapia
HIPERTERMOTERAPIA	→	superficial
				→	profundo
Calor
	Resultado de um movimento vibratório. A nível anatômico são choques intermoleculares, ou seja, energia molecular. Na física é a energia cinética ou vibração molecular que está presente sempre que a temperatura for acima de 0 grau kelvin ou acima de 273 graus centígrafos. O frio é a supressão do movimento vibratório.
	Já a temperatura é o grau de agitação térmica de um corpo. Isto nos dá o quanto de energia o corpo possui; para tal, temos que quantificar esta energia.
	A mensuração da temperatura se faz através do termômetro, que é um dispositivo que se presta à apreciação das variáveis termelétricas. Existem vários tipos de termômetro: clínico, laboratório, de máxima e de mínima.
Produção de calor = TERMOGÊNESE
	Sabemos que há um controle cibernético (termostato hipotalâmico) que garante a temperatura corpórea de 36 a 37°, e que o fator mais importante deste controle é o equilíbrio entre a produção e o desgaste calórico do corpo. O fator essencial para a produção de calor é a presença de uma combustão metabólica através da oxigenação celular, estreitamente relacionada com a circulação sangüínea como portador do fator oxigênio e conseqüentemente com a atividade cardíaca como motor desta circulação; assim como a atividade muscular intensificando o processo de produção de calor.
	Para que o aquecimento terapêutico seja eficaz, o nível da temperatura deve ser de 40°C a 45°C; excedendo são passíveis de causarem lesões teciduais, e sendo abaixo, podem não atingir o efeito desejado.
-	oxidação dos alimentos
-	calafrio; tremor faz a queda de glicogênio, contração isométrica e produção de calor.
			-	banho quente
			-	bebidas aquecidas
			-	alimentos energéticos
			-	agasalhos	
			-	exercícios ou movimentos
			-	aumento de temperatura local
Termodinâmica
É a parte da física que estuda a mudança de calor em trabalho.
	1o. Princípio: “Se um sistema recebe energia esta deve ser armazenada ou fornecida ao ambiente sob forma de trabalho.”
2o. Principio: “O calor passa espontaneamente dos corpos de maior temperatura para a de menos temperatura.” (Clausius). Só é possível transformar calor em trabalho quando se dispõe de duas fontes de calor em temperaturas diferentes.
Transferência de calor
 Termoterapia por condução
-	dois objetos que estão em contato físico
-	de um objeto de maior temperatura para a de menor temperatura
-	mais efetivo em objetos sólidos
Exemplo: Banho de parafina, bolsa de água quente e compressas. São modalidades de aquecimento superficial, se limitam a região cutânea, alcançando a profundidade de 1 cm.
Termoterapia por convecção
-	é o movimento de moléculas no meio fluídos (líquido ou gases)
-	se da por diferença gravitacional as moléculas
-	são também consideradas formas de calor superficial
Exemplo: Hidroterapia (turbilhão), Forno de Bier, Fluidoterapia (sauna e banho de vapor).
Termoterapia por conversão
-	trata-se da conversão de energia elétrica ou sônica em calor (fótons)
-	tem como base o efeito Joule
-	utiliza a resistência dos tecidos, quando da passagem da corrente elétrica para produção de calor.
Exemplo: Ondas Curtas, Microondas, Ultra-som (calor profundo) e Infra-vermelho (calor superficial)
	MODO PRINCIPAL DE TRANSFERÊNCIA TÉRMICA
	
MODALIDADE
	Condução
	-bolsas quentes
-banho de parafina
	Convecção
	-Fluidoterapia
-Hidroterapia Calor superficial
-Ar Umidificado
	Conversão
	-Calor radiante
-laser
-Microondas
-Ondas Curtas Calor profundo
Ultra-som
 Segundo Lehman,JF, De Lateur, BJ, 1990 apud Kitchen e Bazin,1998
Propriedades térmicas das substâncias e dos tecidos
Na termorregulação, o calor é trocado por processos de transferência por condução, convecção, radiação e evaporação entre a superfície corporal e o ambiente, de modo que a temperatura central do corpo permanece constante, e é mantido um equilíbrio entre a produção de calor interno (metabólico) e a perda (ou ganho) de calor ao nível da superfície da pele.
Calor superficial
São consideradas modalidades de calor superficial os que limitam à região cutânea, alcançando a profundidade de 1 a 3 cm tendo como resposta aquecimento local.
EFEITOS FISIOLÓGICOS GERAIS
Produção de calor
Vasodilatação
Aumento do fluxo sangüíneo
Aumento do metabolismo
Aumento da viscosidade dos tecidos
Diminuição da atividade do fuso muscular
Aumento da temperatura corpórea
Diminuição da pressão sangüínea
Aumento da atividade das glândulas sudoríparas
Aumento do consumo de oxigênio
Aumento da atividade enzimática
Diminuição da viscosidade intra-articular
Aumento da permeabilidade celular
Aumento da fagocitose
Aumento da eliminação de metabólicos
Aumento do débito cardíaco
ALGUNS EFEITOS SISTÊMICOS
Aumento da temperatura corporal
Aumento da freqüência cardíaca
Aumento da freqüência respiratória
Redução da pressão arterial
TÉCNICAS DE APLICAÇÃO
* Calor superficial transmitido por condução:
Compressas quentes
Três toalhas embebidas em água quente, utilizadas em domicílio.
Podem ser aplicadas em forma de pack (rocambole)
Usando uma toalha seca para proteção contra queimaduras
38° a 45°
1 cm de profundidade terapêutica
30 minutos
São um excelente meio termoterápico alternativo para utilização no domicílio do paciente, quando este não pode se deslocar para a clínica e não dispõe de outros meios mais eficientes.
	
Bolsas de borrachas com água à temperatura de 38° a 42°
1 cm de profundidade terapêutica
30 minutos
Existe grande incidência com abertura da tampa levando a queimadura
Muitas vezes o efeito desejado não é conseguido, em virtude da impropriedade no modo de utilizar-se o meio terapêutico.
	
São pacotes de bolsas de tecido tipo lona ou plástico com minério (bentonita), gel de sílica ou areia. Também chamado de “termogel” (nome comercial)
Ficam imersos em gabinetes com água na temperatura constante de 70° a 76°C
Mantém-se aquecidas por 30 a 45 minutos
Adequadas para áreas que não podem ser tratadas por imersão
O calor úmido eleva a temperatura superficial da pele mais rápido
Aquece 0,5 cm de profundidade de 6 a 8 minutos (2 cm em 20 a 30 minutos)
Evita que o paciente se deita a compressa para evitar queimaduras
Deve ser coberta por uma toalha seca
Após aplicação a bolsa retorna ao gabinete
Deve ser aquecidas por 30 minutos
Os principais efeitos terapêuticos destes agentes são sedantes, relaxantes e antiinflamatórios.
INDICAÇÕES�
Mialgia
Entorses
Torcicolos
Cãimbras
Furúnculos
Traumatismos
Espondilalgia
Artralgia e etc
�
CONTRA-INDICAÇÕES
Edema
Feridas abertas
Distúrbios de sensibilidade
Dermatites
Processos hemorrágicos e etc
	
O tanque é constituído de caixa de aço inox com água aquecida por um resisto (banho Maria – ou de forma direta)
Mantém uma solução de parafina e óleo mineral (7:1) em infusão, inicialmente na temperatura de 70 a 80°C (para diluição) e depois abaixa para 51 a 54°C para aplicação
O ponto ideal é aquele onde se forma uma nata ao ser assoprada.
A região deve ser muito bem limpo (lavada e escovada), para diminuir a concentração de pele morta, fungos e outros microorganismos na solução.
O paciente deverá ser orientado do desconforto sentido nas primeiras camadas.
Técnicas de aplicação:
Imersões repetidas retirar e colocar a área durante 30 minutos
Imersões contínuas a área é mantida na cuba com temperatura de 52°C por mais 30 minutos sem retirar (é a menos tolerada mais, a mais eficaz)
Imergir e envolver por 6a 10 vezes e após envolver em um saco plástico e toalha e manter por 20 a 30 minutos
Enfaixamento passar parafina na área, enfaixar com atadura, repetindo este procedimento por 7 a 8 voltas, envolver com toalha por 30 minutos
Pincelamento passar diversas camadas com pincel na área durante 30 minutos (é o menos eficaz)
Este recurso tem ações complementares de aumentar a perspiração na área, amaciar e umedecer a pele. 
	Deve ser evitada a aplicação em infecções cutâneas, pois favorece o crescimento de bactérias.
	Esterilização e limpeza da parafina - Coloca-la para ferver na temperatura de 100°C por 10 minutos antes de qualquer aplicação. Ao final do dia repetir o procedimento de fervura e coar com pano para reter as impurezas
INDICAÇÕES�
Artrose
Artralgia
Artrite (fase crônica)
Anquilose
Paresia
Bursite (fase crônica)
Mialgia
Entorse (fase crônica)
Prevenção de aderências
Fibrose
Contraturas
Pós-imobilização
Miogelose
Pré-cinesioterapia
Retrações�
CONTRA-INDICAÇÕES
Quadro agudo
Doenças vasculares periféricas
Distúrbios da sensibilidade
Processos hemorrágicos
Feridas abertas
	
�
	
�
É uma forma de hidroterapia em que usamos a água de forma turbilhonada, a uma pressão e temperatura pré estabelecida com finalidade terapêutica
A agitação, ou o turbilhonamento, da água é em geral conseguido às custas de uma impulsão conseguida à base de pás ou hélices mecânicas, que giram por força de um motor, ou por injeção sob pressão de ar comprimido dentro do tanque, ou da banheira.
Os benefícios efeitos produzidos pelos banhos de turbilhão resultam da ação combinada do calor e da suave massagem da água.
Temperatura:
32°C – tonifica os músculos
37 a 38°C – relaxamento muscular
38 a 40°C – vasodilatação; aumento da circulação sanguínea; diminuição da pressão arterial; aumento do metabolismo; é mais sedante e analgésico.
Abaixo de 25°C – pode ser usado no tratamento de regiões edemaciadas.
A pressão do jato de turbilhonamento pode ser regulado para mais ou para menos, e deve ser utilizados por massageamento da região, dessensibilização de coto, diminuição de aderências e fibroses, e alívio de contratura muscular.
Tipos de turbilhão:
Para membros inferiores, para membros superiores e de meio decúbito.
Materiais e acessórios:
O gabinete que contém a água pode ser de aço inoxidável, de fibra de vidro, ou cimento revestido com azulejo. 
Deve possuir uma válvula para entrada e saída da água
Termômetro
Termostato
Adaptações para posicionar o paciente
Cadeira giratória
Jato turbilhonável (com regulagem)
Resistência elétrica para aquecimento da água
Tempo de tratamento:
Em torno de 20 a 40 minutos
Técnica de tratamento:
Limpar a área com água e sabão neutro ou solicitar ao paciente que faça uma ducha antes do tratamento
Direcionar o jato em toda a extensão do segmento, mudando sua posição por algumas vezes durante o tratamento, ou realizar movimentos durante todo o período de tratamento.
Deve-se fornecer meios ao paciente para que possa enxugar a região após tratamento
É recomendável que se junte à água uma substância anti-séptica. Na falta de uma droga mais adequada, pode ser usada uma solução de permanganato de potássio, bem diluída.
É recomendável que se troque a água ao iniciar um novo dia de trabalho e pelo menos mais uma vez ao dia durante as sessões de tratamento.
Pode ser usados o turbilhão com água com gelo, onde há associação da crioterapia e da massagem de turbilhão.
CUIDADOS E PRECAUÇÕES
Observar o estado geral do paciente durante o tratamento, principalmente nos turbilhões de meio decúbito.
Evitar deixar o paciente sozinho
Não ligar a resistência com o aparelho sem água
Evitar que o paciente toque na resistência
Evitar anti-sépticos espumantes
Evitar pacientes com doenças contagiosas
O piso da área deve ser antiderrapante.
INDICAÇÕES
�
Artralgia
Artrite
Anquilose
Contusão
Contratura
Coto doloroso
Distensão
Espasticidade
Hipertonia
Fibrose
Pré cinético
Mialgias e etc.
�
CONTRA-INDICAÇÕES
Estado febril
Processo inflamatório agudo
Edema
Doenças dermatológicas
Feridas abertas e etc
	
Os fornos comercializados são equipamentos com um termostato, que mantém a temperatura constante dentro do forno, promovendo maior segurança à terapêutica.
Nos fornos de Bier desprovidos de termostato, a temperatura interna, após 20 ou 30 minutos de uso, pode ultrapassar com a finalidade a casa dos 150°C; mais que suficientes para provocar sérias queimaduras no paciente. 
Para “contornar este problema”, algumas clínicas promovem o “tratamento termoterápico” de 15 minutos. Evitam a queimadura do paciente, mas o efeito terapêutico é pequeno.
A utilização do Forno de Bier deve ser sempre com a região a tratar desnuda, entretanto quando o Forno não dispuser de controle eletrônico de temperatura (termostato) ou parte do corpo do paciente ficarem próximas às placas de ardósia, aconselha-se a envolver a região tratada com uma toalha felpuda úmida, e ligar o Forno durante 30 minutos; pois além de promover segurança contra possíveis queimaduras pela alta temperatura interna do forno ou ainda placas de ardósia que tendem a aquecer, a toalha úmida “hidrata” o segmento tratado, em virtude da intensa sudorese causada pelo calor do Forno.
EFEITOS
�
Relaxante
Analgésico
Calor superficial
Descontraturante
Aumento da circulação
Favorece a regeneração
Aumento do metabolismo
Vasodilatação (por interferência do SNC
INDICAÇÕES
�
Artralgia
Artrose
Artrite (f. crôn)
Anquilose
Braquialgia
Contratura
Contusão
Ciatalgia
Distensão (f. crôn)
Entorse (f.crôn)
Espondilite
Fibrose
Fibromialgia
Lombalgia
Mialgia
Tendinite (f.crôn)
Pós-gesso
Pré-cinésio
Transtornos tróficos leves
Tendinite(f.crôn)�
CONTRA-INDICAÇÕES
Edema
Flebite
Isquemias
Estados febris
Gestante (r. lombar)
Áreas anestesiadas
Perda de sensibilidade
Período menstrual (r. lombar)
Processo inflamatório agudo
Deficiência circulatória grave
Infecção renal e urinária (r. lombar)�
CUIDADOS
Com a temperatura
Com a resistência
Com a sensibilidade
Em peles sensíveis (usar toalha seca)
Em peles ressecadas (usar toalhas úmidas a 38°C)
Com a freqüência cardíaca, respiratória e PA
Com crianças e idosos
Observar sempre a largura e altura do Forno de Bier
Conceito:
São ondas sonoras (vibrações mecânicas) não percebidas pelo ouvido humano, cujas faixas terapêuticas encontram-se na faixa entre 1 Mhz e 3 Mhz. 
	Esta ação mecânica (pressão), sofre o cristal, provoca a emissão de ondas ultra-sônicas com freqüência igual à corrente recebida ou corrente que incide sobre o cristal dentro do transdutor (efeito piezoelétrico). 
	Produzem uma ação mecânica vibratória nas células, podendo ter freqüência de 870 KHz a 1 MHz (ação mais profunda) e 3 MHz (ação mais superficial).
Características biofísicas
PROPAGAÇÃO – As ondas sonoras necessitam de um meio para se propagarem. Não se propagam no vácuo.
ONDAS DE COMPRESSÃO/DESCOMPRESSÃO (TRAÇÃO) – É o modo como se propagam pelo meio, as ondas ultra-sônicas.
IMPEDÂNCIA ACÚSTICA – Resistência oferecida pelos tecidos à passagem das ondas ultra-sonoras. Cada tecido tem uma impedância acústica diferente.
REFLEXÃO – Se dá quando uma onda emitida volta ao meio de origem, conversando sua freqüência e velocidade. A reflexão em uma superfície, ocorre quando as impedâncias acústicas dos meios forem diferentes. Se os dois meios possuírem a mesma impedância acústica isto não ocorrerá.
A energia refletida é sempre menor que a energia incidente. Quanto maior a diferença das impedâncias acústicas dos meios (tecidos), maior será a quantidade de energia ultra-sônica refletida.
REFRAÇÃO – Se dá quandouma onda emitida, passa para outro meio (interfaces diferentes) sofrendo mudanças na velocidade, mas conservando sua freqüência. A onda de som penetra no tecido ou interface à um ângulo (chamado de ângulo de incidência) e sai destes tecidos ou interface a um ângulo diferente (ângulo de refração).
O feixe ultra-sônico deverá ser aplicado sempre perpendicularmente à superfície de tratamento, pois um desvio maior que 15° do raio incidente com a linha perpendicular (α I) provoca um ângulo de refração de maneira tal que, a onda incidente terá parte refletida e o restante refratada em direção paralela a superfície ou interface, tornando o tratamento inócuo.
DIFRAÇÃO – É a característica do som em contornar obstáculos.
ABSORÇÃO – Capacidade de retenção da energia acústica do meio exposto às ondas ultra-sônicas, onde são absorvidas pelo tecido e transformadas em calor.
A absorção do ultra-som ocorre à nível molecular. Esta absorção de ultra-som dentro do meio ocorre quando a energia vibracional é transformada em energia molecular ou em movimentos moleculares aleatórios. Proteínas são as que mais absorvem.
O ultra-som é bem absorvido por:
Proteína em tecido nervoso
Ligamentos
Cápsula intra-articulares
Tendões com alta concentração de colágeno
Proteína no músculo
Hemoglobina
O ultra-som não é bem absorvido pela:
Pele
Gordura
A absorção resulta em aquecimento do tecido e então, tecido com alto conteúdo protéico se aquece muito mais que tecidos adiposos ou epiteliais.
Princípios:
↑ de temperatura = ↑ de absorção
↑ da freqüência = ↑ de absorção (quanto maior a freqüência, menor o comprimento de onda, maior será a absorção superficial 
OBS: A absorção no ultra-som de 3Mhz é maior por que o tempo de relaxamento das estruturas à passagem das ondas ultra-sônicas é menor, conseqüentemente absorvem maior quantidade de energia.
↑ da freqüência → o efeito térmico é ainda maior (superficialmente).
Nos casos de lesões profundas, não é aconselhável o prévio aquecimento superficial da região, pois com a elevação da temperatura dos tecidos superficiais ocorre maior absorção de ultra-som diminuindo portanto a efetividade em tecidos profundos.
Quando se deseja tratar com eficiência as lesões profundas é aconselhável o resfriamento da área (gelo).
OBS: ↑ da temperatura superficial do tecido = ↑ da absorção do ultra-som na superfície da pele = ↓ da penetração em tecidos profundos, portanto: gelo para estruturas profundas; aquecimento para estruturas superficiais.
EFEITO PIEZOELÉCTRICO – É o efeito que se obtém quando se aplica uma tensão elétrica sobre um cristal, onde o mesmo se deforma (se comprime e se dilata) de acordo com o ritmo da corrente, se convertendo num potente radiador de ultra-sons.
OBS: Atualmente os cristais utilizados nos aparelhos de ultra-som são os cristais cerâmicos, e os mais empregados no mundo inteiro são os de PZT (Titanato Zirconato de Chumbo). A liga entre chumbo, zircônio e titânio é um excelente sintético pela sua durabilidade e eficiência em converter corrente elétrica em vibrações mecânicas, ou seja, os cristais cerâmicos possuem maior estabilidade estrutural, maior rendimento acústico, maior resistência à queda, e menor preço.
Os cristais de quartzo não são mais utilizados.
INTERFACES – São as diferentes estruturas por onde trafegam as ondas ultra-sônica durante a terapia; possuem impedância acústica diferente.
ATENUAÇÃO – Quando se tem a penetração da onda ultra-sônica, vamos ter as perdas que acontecem até chegar a um ponto chamado de atenuação, ou seja a amplitude e intensidade diminuem a medida que as ondas de ultra-som sob a forma de feixe passam através de qualquer meio. Esta diminuição de intensidade é causada pela difusão de som em um meio heterogêneo, pela reflexão e refração nas interfaces e pela absorção do meio. O feixe tem sua intensidade original reduzida pela metade a determinada distância, a qual é chamada de “Half-Value-Distance” (D/2). O D/2 depende da natureza do meio e da freqüência das ondas. Ondas de freqüência altas são absorvidas mais rapidamente e possuem menor D/2 do que freqüências baixas. Quanto mais alta for a freqüência, menor será o comprimento da onda e maior será sua absorção.
Cada tecido possui valores diferentes de atenuação, conforme a tabela abaixo:
TABELA DE REDUÇÃO DE 50% DA POTÊNCIA (D/2)
	
	1 Mhz
	3 Mhz
	Osso
	2,1 mm
	
	Pele
	11,1 mm 
	4,0 mm
	Cartilagem
	6,0 mm
	2,0 mm
	Ar
	2,5 mm
	0,8 mm
	Tendão
	6,2 mm
	2,0 mm
	Músculo
	9,0 mm
24,6 mm
	3,0 mm (tec. Perpendicular)
8,0 mm (tec. Paralelo)
	Gordura
	50,0 mm
	16,5 mm
	Água
	11500,0 mm
	3833,3 mm
	OBS: ↑ da freqüência = ↑ do coeficiente de atenuação
EFEITO TIXOTROPO – Consiste na propriedade que apresentam os ultra-sons de liquefazerem algumas substâncias em estado gelatinoso.
CAVITAÇÃO – 
Estável: As bolhas que são formadas nos líquidos orgânicos sofrem ação das ondas sonoras, na fase de compressão (são comprimidas) e de tração (aumentam sua área).
Instável: Se a intensidade for muito elevada ou o feixe ultra-sônico ficar estacionário vai acontecer um colabamento dessas bolhas e elas vão ganhando energia, e entram em ressonância, até que “explodem” (devido ao ganho muito grande de energia) e isso provoca aquecimento muito grande a esse nível, com lesão celular ou tecidual.
OBS: A cavitação pode ser visualizada ao colocarmos um pouco de água sobre o cabeçote e ligarmos o aparelho.
CAMPO PRÓXIMO – Caracterizado por falta de uniformidade da intensidade, podendo acarretar em lesões tissulares. Podemos torna-las mais uniforme movimentando o cabeçote durante a aplicação.
CAMPO DISTÂNTE – Caracterizado por serem mais uniformes, por pequena interferência, possuindo grande divergência. É menor em ultra-som de freqüência de 3 Mhz. Não produzem riscos de lesão na aplicação direta e tem seus riscos diminuídos na aplicação subaquática através de aproximação do cabeçote da superfície tratada.
ONDAS ESTACIONÁRIAS – Poderão ocorrer se parte das ondas de ultra-som viajando através do tecido, forem refletidas por uma interface entre meios com impedância acústica diferentes. E se as ondas que incidem na interface são refletidas se tornam superpostas a tal ponto que seus picos de intensidade se somam.
Propriedades do Ultra-Som Terapêutico
A área de radiação ultra-sônica do cabeçote é igual a área total do cristal, e chama-se ERA (Área Efetiva de Radiação). E neste caso deve haver um “desconto” dessa radiação correspondente a área que compreende a borda do cristal, além disso devemos saber que se houver defeito na colagem do cristal ao cabeçote (diafragma) e ocorrem espaços vazios a radiação emitida será menor.
Os ultra-sons têm a propriedade de prevenir contra toda e possível lesão, em algumas regiões do corpo, por meio da dor perióstica, que se manifesta sempre antes de ocorrerem lesões irreversíveis.
Para as aplicações do ultra-som se faz necessário a interposição, entre o cabeçote e o objeto (epiderme, bolsa d’água, outros dispositivos), de uma substância de acoplamento. As substâncias de acoplamento normalmente utilizadas são água, vaselina, pomadas medicamentosas, géis, etc.
No implante metálico, 90% de radiação ultra-sônica que chega é refletida, e concentra-se nos tecidos vizinhos (ondas estacionárias). Por não se saber qual a quantidade de energia ultra-sônica que é absorvida por estes tecidos, alguns profissionais contra-indicam este procedimento para se resguardarem de possíveis acidentes que poderiam causar lesões, mesmo utilizando intensidades dentro da faixa terapêutica. O ultra-som NÃO aquece o implante metálico. Situação semelhante à descrita acima ocorre na superfície óssea, com 70% de reflexão das ondas ultra-sônicas.
O Ultra-som utilizado na fisioterapia pode ter freqüência de 1 Mhz e ou 3 Mhz:
☻ 1 Mhz – para lesões profundas
☺ 3 Mhz – para lesões superficiais
	O Ultra-som pode se de modo CONTÍNUOou PULSADO.
CONTÍNUO
Ondas sônicas contínuas
Sem modulação
Efeito térmico
PULSADO
Ondas sônicas pulsadas
Modulação em amplitude
Efeitos térmicos minimizados (quanto menor o tempo de pulso, menor o calor produzido.)
- 1/5 → sub agudo
- 1/10 → agudo
- 1/20 → muito agudo
EFEITOS FISIOLÓGICOS
Efeito mecânico
Aumento da permeabilidade da membrana
Efeito térmico
Aumenta a síntese de colágeno
Aumenta a atividade enzimática das células
Aumenta as propriedades viscoelásticas dos tecidos conjuntivos e ricos em colágeno
Vasodilatação
Aumento do fluxo sanguíneo
Aumento do metabolismo
Ação tixotrópica
Ação reflexa
Liberação de substâncias ativas farmacológicas
Aumento da taxa da síntese de proteína.
EFEITOS TERAPÊUTICOS
Antiinflamatório
Analgésico
Fibrinolítico
Destrutivo
Reflexo
Aumento da mobilidade articular e cicatricial
Regeneração óssea
Regeneração tissular e reparação dos tecidos moles
DOSIMETRIA
A dosimetria é o produto da intensidade do estímulo pela duração do tratamento
Ao aplicar a energia ultra-sônica deve-se ter em mente:
possibilidade de tratamento com duas freqüências
possibilidade de interrupção periódica da oscilação. Dentro do mesmo período, o US pulsado conduz a uma dose menor que o contínuo.
Na maioria dos aparelhos, a intensidade se expressa como potência por área superficial (W/cm²).
Uso de cabeçotes de tratamento com tamanhos diferenciados. A dosagem também é diferente.
Deve-se entender sempre que a “área efetiva de radiação” (ERA) não deve ser considerada como a área física do cabeçote transdutor.
TABELA DE REDUÇÃO DE 50% DA POTÊNCIA (D/2)
	
	1 Mhz
	3 Mhz
	osso
	2,1 mm
	X
	pele
	11,1 mm
	4,0 mm
	cartilagem
	6,0 mm
	2,0 mm
	ar
	2,5 mm
	0,8 mm
	tendão
	6,2 mm
	2,0 mm
	músculo
	9,0 mm
24,6 mm
	3,0 mm (tec. Perpendicular)
8,0 mm (tec. Paralelo)(labor.)
	gordura
	50,0 mm
	16,5 mm
	água
	11500,0 mm
	3833,3 mm
Ex 1: Aplicação de US (1 Mhz) numa bursa
- US 2 W/cm² (gordura=20mm + músculo=9 mm + bursa)
 2: Aplicação de US em sinovite na palma da mão
- US 2 W/cm² (pele=5,5mm + gordura=10mm + tendão=6mm + articulação)
 3: Aplicação de US em mialgia em glúteo médio
	- US 3W/cm² (pele=5,5mm + gordura=30mm + músculo)
O tempo de aplicação do US: calcula a área a ser tratada e divide pela ERA do US. EX: 8cm de comprimento por 5cm de largura, com um cabeçote de 4cm² de ERA (Área/ERA). 40/4=10min.
TÉCNICA DE PENETRAÇÃO
	É a distância (ou a profundidade) a qual a intensidade sônica cai para 10% de ou valor original, ou seja, até onde podemos esperar algum efeito terapêutico.
Tabela de profundidade de penetração com perda de 90% da potência
	
	1 Mhz
	3 Mhz
	Osso
	7 mm
	X
	Pele
	37 mm
	12 mm
	Cartilagem/tendão
	20 mm
	7 mm
	Músculo
	30 mm
82 mm
	10 mm(tec. Perpendicular)
10 mm (tec. Paralelo) (labor.)
	Gordura
	165 mm
	55 mm
TABELA DE DOSIFICAÇÃO
	Corresponde aos valores de dosificação com que cada estrutura tecidual pode ser tratada, de acordo com as características da enfermidade, já descontando as atenuações ocorridas nos tecidos adjacentes.
	Quanto mais agudo menor a intensidade, quanto mais crônico maior a intensidade que deve chegar aos tecidos.
	Nervo
	0,8 a 1,2 W/cm²
	Músculo
	0,6 a 1,0 W/cm²
	Cápsula
	0,5 a 0,8 W/cm²
	Tendão
	0,4 a 0,7 W/cm²
	Bursa
	0,3 a 0,5 W/cm²
TÉCNICA DE APLICAÇÃO
É imprescindível que promovamos um perfeito acoplamento entre o cabeçote e a pele do paciente, utilizando uma substância que apresente uma impedância acústica próxima à do tecido humano, do contrário irá persistir uma delgada lâmina de ar, imperceptível ao olho desarmado, entre o cabeçote e a pele, formando uma interface que irá refletir, quase que totalmente, o feixe ultra-sônico.
É padronizado mundialmente que o US contínuo deve ser usado até 2 W/cm² pois senão ocorrerá lesão de estruturas superficiais. E o US pulsado só poderá ser usado até 3 W/cm², para não causar lesão tecidual.
O US pulsado consegue atingir estruturas mais profundas porque a potência máxima utilizada é maior que no US contínuo; e pode ser usado na inflamação aguda pois é considerado atérmico.
Antes de ser utilizado, o US, torna-se necessário submeter o aparelho a um teste para se verificar se ele realmente está gerando energia necessária para a terapêutica. É clássico, neste caso, a Prova da Névoa, que consiste na colocação de algumas gotas de líquido (água, álcool, soro fisiológico, etc) sobre a superfície do cabeçote e, após ajustarmos o controle de potência, deve haver a formação de uma “névoa” fina sobre a superfície do cabeçote.
O uso do redutor facilitaria o tratamento em áreas de difícil acesso (cóccix) ou irregulares (extremidades). Mas está totalmente desacreditado por profissionais, pelo fato de existir a possibilidade de ficar uma bolha de ar entre o cabeçote e o redutor, que reduziria muito a eficácia terapêutica. O melhor é utilizar o cabeçote com a “forma reduzida”.
Nas aplicações que utilizam água, deve ter a preocupação de utilizar água fervida para que perca os gases que nela estão dissolvidos, pois a formação de bolhas na superfície do cabeçote constituir-se-á em uma interface que refletirá, quase que totalmente o feixe ultra-sônico. E uma vez fervida, deve-se evitar agitar a água para que ela não absorva novamente os gases.
AS TÉCNICAS DE APLICAÇÃO MAIS UTILIZADAS :
Contato direto: Nesta técnica o cabeçote fica em contato direto com a pele do paciente, entretanto se faz necessário a utilização de uma substância de acoplamento visando minimizar os efeitos da reflexão. (pomada de petróleo, óleo mineral, vaselina, gel industrializado-mais eficaz-).
Dinâmica: onde o cabeçote é deslizado sobre a região a ser tratada com movimentos circulares, longitudinais ou transversais que superpõem, realizados de forma homogênea e com ritmo lento.
Estática (ou Fracionária): onde o cabeçote fica parado sobre a região a ser tratada. Normalmente é utilizado para regiões pequenas (tendinites, lesões segmentares, etc.) Deve-se observar intensidade e tempo de utilização menores que utilizados na técnica dinâmica (intensidade menor que 1 W/cm²).
Semi-estática: Utilizada em área de pequena extensão, onde são realizados movimentos de pequena amplitude. 
Subaquática: não há necessidade, nem é importante que o cabeçote toque a pele do paciente, devendo ficar a 1 ou 1,5 cm de distância.
Bolsa de água: Deve-se utilizar uma substância de acoplamento entre a pele e a bolsa, e entre a bolsa e o cabeçote.
Fonoforese: consiste no método direto, utilizando um medicamento em forma de gel como meio de acoplamento. Há uma potencialidade dos efeitos do US pelo medicamento utilizado, que é absorvido pela pele. 
Reflexo segmentar: Mesma técnica do método direto, porém estimula-se as raízes nervosas paravertebrais, segundo o segmento que queremos estimular (parestesias em MMSS/MMII, ciatalgia, estimula órgãos, etc).
INDICAÇÕES
Após 24 à 36 horas trauma agudo (danificar vasos sanguíneos em recuperação.
Fraturas
Lombalgias, lombociatalgias, cervicobraquialgias
Espondilites, tendinites, bursites, artrite, capsulite
Hipertrofia muscular reflexa
Processo fibróticos
Pós amputação
Processos calcificados
Distensão
Entorses
Neuralgia, neurite
Úlcera de decúbito (pulsado e 3Mhz)
Traumatismos em órgãos internos
Anomalias da pele
Contratura de Dupuytren
“feridas abertas”
celulite (3 Mhz)
CONTRA INDICAÇÕES
Áreas isquêmicas
Aplicações a nível dos olhos
Útero grávido ou menstruação
Sobre área cardíaca
Alguns tecidos moles
Tumores malignos
Epífises férteis
Testículos/gônadas
Prótese com metilmetacrilato
Sobre varizes, principalmente trombosadas
“osteoporose” grave
inflamação séptica
lesão pós traumática aguda
diabetes melitus (relativa)qdo grave- ↑ glicose, fadiga.
“tecido em fase de regeneração” (relativo)
CONCEITO:
	É uma corrente de alta freqüência, cerca de 30 Mhz (27,33 Mhz), e produz ondas eletromagnéticas com um comprimento de 11 metros. Seu funcionamento é com um pêndulo, pois os elétrons ora se movem para um lado, ora para outro. A polaridade muda de posição tão rapidamente que não chega a estimular os nervos motores.
CARACTERÍSTICAS BIOFÍSICAS:
Fenômeno D’Arsonval - D’Arsonval pegou várias correntes elétricas, e aplicando num segmento corpóreo, foi aumentando a freqüência seletivamente.
Na baixa freqüência tinha contração muscular, na média tinha um pouco de contração e um pouco de efeito calórico, quando chegava na alta freqüência não aparecia o efeito contrátil e somente se conseguia o efeito calório.
Efeito Joule – Geração de calor proporcionado pela passagem de corrente de alta freqüência pelas estruturas orgânicas.
Experiência de Shiliephake – Pegou 3 (a, b, c) reservatórios contendo água e um reservatório de ondas curtas. Em seguida colocou eletrodos de Shiliephake e observou o seguinte:
Quando os eletrodos estavam bem próximo ao reservatório, havia o aquecimento maior nos reservatórios da periferia (a, c)
Quando ele afastava os eletrodos , havia o aquecimento nos 3 reservatórios (a, b, c)
Shiliephake concluiu que se quiser aquecer estruturas localizadas mais profundamente devemos afastar os eletrodos da pele.
Ausência de fenômeno eletrolítico – Nas correntes de alta freqüência não é verificado fenômeno eletrolítico (como nas correntes de baixa freqüência – corrente galvânica).
Experiências ocorridas com o OC, água e solução salina mostraram que havia variações no amperímetro, mas não havia formações de bolhas ou de radicais que comprovassem o fenômeno eletrolítico.
Ação do campo eletromagnético (espaço onde exerce o magnetismo sob influência de cargas elétricas/ fenômeno elétrico) – Sabemos que qualquer corpo condutor ao ser submetido a um campo eletromagnético gera em si uma corrente elétrica, este efeito de indução nos aconselha a evitar, durante o tratamento, a presença de peças metálicas e aparelhos de precisão (marca-passo, relógios, aparelhos eletrônicos, etc) –é o caso de precaução de mulher grávida- no espaço de influência das OC (4,5m). Em decorrência disso alguns profissionais preconizam que o paciente deverá retirar todos os objetos metálicos do corpo, e mesmo aqueles que não estejam no campo de aplicação (entre as placas). Entretanto, outra corrente de profissionais afirma que não deve haver uma atitude de excessivo zelo, que obriga a retirada de brincos e colares dos pacientes, durante um tratamento com OC em regiões distantes, ou seja só devemos só devemos tirar os objetos metálicos que estão sob a região a ser tratada. Pois a ação do campo eletromagnético fora do campo de aplicação (entre as placas) não seria suficientemente intensa para gerar nas peças metálicas uma corrente elétrica.
Transmissão das ondas eletromagnéticas (aceleração de uma carga elétrica num campo magnético causando perturbação móvel no espaço) – Os materiais que se deixam influenciar com facilidade pelas ondas eletromagnéticas são chamados de FERROMAGNÉTICOS (por exemplo: o ferro, o aço e ligas metálicas especiais).
Aqueles que apresentam algumas “dificuldades” a influência das ondas eletromagnéticas são chamados de PARAMAGNÉTICOS (por exemplo: alguns metais e ligas que podem ser imantados e logo depois perdem essa propriedade (como o ferro doce)).
Os materiais que NÃO são influenciáveis pelas ondas eletromagnéticas são denominados de DIAMAGNÉTICOS (por exemplo: madeira, plástico, borracha, etc).
Se nós submetermos dois materiais à influência do campo eletromagnético, ao mesmo tempo todo o campo tenderá a se propagar pelo que apresentar propriedades ferromagnéticas. Por exemplo: num paciente que esteja sendo tratado através de OC. Se ele estiver deitado em cama de madeira, ele é considerado paramagnético e a cama ferromagnética. Logo, o campo será desviado para cama, em lugar de agir sobre o paciente, tirando o “rendimento”do tratamento. Há controvérsias quanto à presença do colchão ou estofamento, se inibe o desvio ou não do campo; e se a diminuição do rendimento é significante ou não.
	O principal efeito na aplicação das OC é o aquecimento dos tecidos. A resposta dos tecidos ao aquecimento é similar, não importando a modalidade utilizada na geração de calor, a única diferença entre OC e outros agentes de aquecimento por condução é a profundidade onde irá ocorrer o efeito térmico.
EFEITOS FISIOLÓGICOS
Produção de calor
Vasodilatação
Hiperemia
Aumento do fluxo sangüíneo
Aumento do oxigênio na área
Aumento do metabolismo
Aumento de substâncias metabolizadas
Diminuição da pressão sanguínea
Aumento da atividade das glândulas sudoríparas
Diminuição de viscosidade
Influência sobre o sangue (aumento n( leucócitos)
EFEITO TERAPÊUTICO
Ajuda na resolução da inflamação (pela produção de glob. Brancos e aumento do exudato)
Regenerador, cicatrizante (aumenta a extensibilidade do tecido colagenoso profundo, (o metabolismo,( a produção das células mitose, (a cicatrização)
Analgésico, sedante (alivia as dores pois aumenta o limiar de excitabilidade, age no SNP)
Espasmolítico / diminui a rigidez articular (relaxa a musculatura dando mais suprimento)
TÉCNICAS DE APLICAÇÃO
Tipos de eletrodos:
Capacitivos (Condensadores)
a)Placas capacitoras flexíveis: são placas revestidas com almofadas de material de plástico, borracha, feltro ou espuma (são atualmente, os mais utilizados no mercado). Possuem tamanhos variados e o espaçamento entre a pele e o eletrodo é feito com toalha e cobertores.
b)Eletrodo schiliephake: são placas capacitoras acopladas a “braços” mecânicos que permitem movimentos universais facilitando os posicionamentos dos eletrodos no segmento a ser tratado. São cobertas com um envoltório de vidro, plástico ou borracha. Estas coberturas mantém a distância entre a pele e a placa capacitora (é ajustável). É fácil aplicação. É usado principalmente em superfícies irregulares que dificultam o acoplamento das placas capacitoras flexíveis. Não precisa de toalhas ou cobertores, mas a distância é de 30 cm da pele.
c)Eletrodos metálicos internos: Possui um formato especial que permite sua introdução na vagina (abaixo do colo uterino, na porção superior do canal vaginal) e no reto (próximo à próstata) com auxílio de lubrificante hidrossolúvel. Um eletrodo largo, em forma de cinto, é colocado sobre o abdômem para fechar o circuito. Os eletrodos internos devem ser os maiores possíveis para que haja um contato completo com os tecidos ao redor. Se o contato for parcial, pode ocorrer concentração de energia, que levará a queimaduras. É usado para afecções nos órgãos pélvicos.
2. 	 Indutivos (bobina indutiva):Utiliza-se uma bobina indutiva, que é colocada em um recipiente plástico podendo ter dobradiças adaptáveis ao corpo. A bobina promove um aumento de temperatura no tecido subcutâneo e muscular com mesmo percentual. Existem também os eletrodos de cabo indutivo (cabo de indução), que são aplicados sobre a região a tratar, ou enrolados em volta do segmento. Esses eletrodos são pouco utilizados na diatermia por OC nos dias de hoje no BR.
TÉCNICAS DE UTILIZAÇÃO DOS ELETRODOS CAPACITIVOS:
1. Transversal
Um eletrodo lateralmente e outro medialmente
Um eletrodo posterior e outro anterior
As várias camadas de tecido estão localizados uma atrás das outras em relação às linhas do campo eletromagnético, ou seja, se encontram dispostas em série. Nesta técnica o aumento de temperatura será maior no tecido subcutâneo (adiposo) e estruturas mais superficiais que no tecido muscular profundo e órgãos internos ricos em líquidos e proteínas.
Esta técnica normalmente é utilizada quando se deseja atingir estruturas mais superficiais, como por exemplo ligamento colateral do joelho, etc.
2. LongitudinalUm eletrodo na parte anterior da coxa e outro na região plantar (paciente sentado);
Um eletrodo na parte anterior da coxa e outro na panturrilha (paciente sentado);
Um eletrodo na região lombar e outro na posição plantar
As várias camadas de tecido estão dispostas mais ou menos na mesma posição do campo eletromagnético. Encontram-se dispostos em paralelo. Neste caso a corrente seguirá o caminho de menor resistência: músculos e outros tecidos ricos em água.
Exemplo ligamento cruzado do joelho
3. Co-planar
Eletrodo no mesmo plano. Estes método promoverá uma terapêutica mais superficial
Como em patologias da coluna vertebral o paciente deita em cima dos eletrodos.
4. Seios frontais
Existem eletrodos com formato especial para utilização nos seios da face; alguns necessitam de um eletrodo dispersivo na região torácica, outros não.
	Técnica capacitiva
	Técnica indutiva
	Método do campo elétrico: as estruturas teciduais são colocadas dentro do circuito (entre os eletrodos e placas.
	Os tecidos são afetados por um aplicador indutivo, que produzem um campo eletromagnético em forma de redemoinho.
	Aquecimento mais desigual em tecidos de 2,5 a 5 cm de profundidade. O maior aquecimento tende a ocorrer nos tecidos subcutâneo e muscular superficial.
	Aquecimento mais uniforme e eficaz da camada muscular mediana. Atingem tecidos de 5 cm de profundidade.
	Tipos: Placas capacitoras flexível e eletrodos de Shiliephake.
	Tipos: mônodos (bobina) e selenóide.
	Formas de aplicação: transversal, longitudinal, co-planar, seios frontais.
	Selenóide: em volta do segmento.
Mônodo: colocado sobre a área.
OBSERVAÇÕES
1. Para conseguir o máximo de profundidade térmica, devemos colocar os eletrodos no sentido longitudinal e uma distância eletrodo e pele de ( 3 cm.
2. Na posição co-planar (eletrodos no mesmo plano) teremos aquecimento mais superficial.
O superaquecimento superficial é causado pela aproximação demasiada (eletrodo-pele).
O aquecimento irregular ocorre quando os eletrodos são colocados de forma irregular ou em local irregular.
O uso de eletrodos excessivamente grandes conduz à localização pobre da energia, de forma que não se consegue um bom efeito.
Existem 3 fatores que interferem na localização da densidade de energia das OC:
Distância eletrodo-pele: quanto mais próximo mais superficialmente se concentrará a energia das OC nas estruturas tratadas (tecido subcutâneo) e vice-versa.
Tamanho dos eletrodos em relação um com o outro e com a parte do corpo a tratar: com eletrodos de tamanhos diferentes há concentração de energia no eletrodo menor.
Localização dos eletrodos em relação um com o outro e com o corpo: quando se usa eletrodos de tamanhos diferentes e com distâncias eletrodo-pele diferentes a tendência é que a concentração de energia se dará no eletrodo menor e na distância menor.
Nas partes do corpo de forma crônica ocorre também o seguinte:
Se os eletrodos estiverem localizados paralelos entre si, existirá uma concentração de energia, no local onde os eletrodos se encontram mais perto da pele.
Se os eletrodos estão localizados sobre a superfície do corpo, geralmente não serão paralelos entre si e existirá uma concentração de energia onde os eletrodos estiverem mais perto um do outro (efeito borda).
É aconselhável evitar ambas situações extremas e conseguir um efeito mais uniforme, de forma que os eletrodos deverão colocar-se em uma posição onde sejam paralelos um ao outro e á pele.
Existem outros vários fatores que influenciam o comportamento das linhas do campo; quando se trata uma parte do corpo pontiaguda, se obtém uma concentração alta de energia no ponto mais próximo ao eletrodo (deve-se evitar).
DOSEMETRIA (DOSE-POTÊNCIA)
	A dosagem vai depender da escala de Schiliephake e também da sensação de calor referida pelo paciente; da fase que se encontra a enfermidade (aguda ou crônica). Entretanto, existe uma intensidade terapêutica que é usada com freqüência no tratamento de OC, que gira em torno de 70mA durante 30 minutos (intensidade de segurança). 
	Podendo ser usada em casos crônicos usando calor médio e calor forte por 15 à 20 minutos e na fase aguda usando calor muito débil e o calor débil por 5 a 10 minutos.
Escala de Schiliephake:
I – CALOR MUITO DÉBIL – Imediatamente abaixo da sensação de calor ou abaixo do limiar de sensibilidade (aguda).
II – CALOR DÉBIL – É a sensação de calor imediatamente perceptível (sub aguda).
III – CALOR MÉDIO – É a sensação clara e agradável de calor (sub aguda).
IV – CALOR FORTE – É a sensação de calor no limite de tolerância (crônica).
TEMPO DE TRATAMENTO
Fase aguda ( 10 à 15 minutos
Fase sub-aguda ( 15 à 20 minutos
Fase crônica ( 20 à 30 minutos
	Dose
	Sensação da temperatura
	Indicações
	I
	Calor muito débil
	Traumatismo agudo, inflamação aguda, redução de edema
	II
	Calor débil
	Infamação subaguda
	III
	Calor médio
	Síndromes dolorosas, espasmos musculares, aumento da irrigação sangüínea.
	IV
	Calor forte
	Estiramento dos tecidos rico em colágenos.
SINTONIA
	No tratamento com OC, a sintonia do aparelho é de fundamental importância pois a eficácia terapêutica está diretamente ligada a ela.
	Devemos sintonizar o aparelho da seguinte forma:
Colocar os eletrodos a uma distância de 3cm da pele, levando em conta o feltro,e toalha.
Elegemos uma potência segundo a escala de Schiliephake (dose), ou a 70 mA.
Giramos o botão de sintonia (à direita ou esquerda) de modo que o ponteiro do miliamperímetro vá se movimentando no sentido horário. Quando o ponteiro atingir o máximo de deflexão, ele retornará levemente no sentido contrário. Basta, neste momento, apenas girar o botão da sintonia para o lado oposto inicial que o ponteiro voltará à posição de máxima deflexão para a potência utilizada.
Alguns aparelhos possuem uma coluna de lâmpadas que ficará totalmente luminosa ao ser sintonizado.
A sintonia deverá estar relacionada com a sensação de calor desejado, por isso se não conseguirmos o calor desejado, tipo da escala de Schiliephake, devemos mudar a posição dos eletrodos, seu tamanho, observar a distância eletrodo-pele ou ainda a distância entre os cabos.
Se mudarmos a posição dos eletrodos, o tamanho dos eletrodos, a distância eletrodo-pele ou a dose, deveremos sintoniza-lo novamente.
A confirmação da sintonia ou a própria sintonia (em aparelhos desprovidos de dispositivos específicos) pode ser feita utilizando uma lâmpada fluorescente que é colocada sobre os cabos enquanto o aparelho estiver ligado. A sintonia ideal se dará quando a lâmpada atingir a luminosidade máxima.
	OBS: Os cabos devem estar afastados um dos outro, em hipótese alguma se cruzam ou se tocam.
PRECAUÇÕES
Evitar usar próximo a aparelhos de corrente galvânica;
Remova objetos metálicos do campo da aplicação;
Transtornos cardíacos;
Evitar gotas de suor na pele (usar toalhas);
Nas aplicações sobre a face deve-se retirar lentes de contato;
Aplicações sobre as gônadas devem ser evitadas;
Os implantes metálicos são contra-indicados, apenas se uma corrente significativa alcançar o implante;
Período menstrual
O paciente não deve movimentar-se durante o tratamento;
Epífises férteis;
Presença de DIU, contra-indicado na região do baixo ventre;
Entre os cabos e a pele do paciente deve-se colocar uma toalha;
Evitar macas e cadeiras metálicas.
Utilizar o teste de Néon para verificar os vazamentos de corrente
OBS: As queimaduras de OC são bastante graves, pois atinge os estratos mais profundos, quase sempre provocando fístulas de cicatrização bastante lenta.
CUIDADOS
Com a sensibilidade
Com a sintonia
Com os obesos
Com as crianças e idosos
Com os testículos
Com os cabos e eletrodos
Com materiais metálicos
Com o tempo e a dose
Com a pele úmida (queimaduras)
Com a distância, inclinação e uniformidade dos eletrodos
Com mesas, cadeiras metálicas(isolar)
Não cruzar os cabos
Não aproximar demasiadamente os cabos (mínimo 10cm)
Não colocar os cabos diretamente sobre a pele do paciente
Interromper o tratamento ao primeiro sinal de vertigem, cefaléia, hipotensão, salivação ou mal-estar
Úlceras sujeitas a hemorragias
Áreas hemorrágicas
Área expostas a Raio-X, antes de 15 dias após a exposição
Despir a área a ser tratada
Paciente em posição cômoda e relaxada
Mesa, cadeira ou maca deverão ser de madeira ou possuir material isolante
Examinar a área a ser tratada
Testar a sensibilidade térmica e dolorosa
Secar a região
Retirar materiais metálicos do paciente, como relógio, anel, pulseira, correntes e audiofones
Examinar se o paciente possui pinos, placas, parafusos ou outros implantes metálicos
Observar se o paciente possui marca-passo
Explicar ao paciente as sensações de calor desejável
Ligar o aparelho à rede urbana
Colocar adequadamente os eletrodos a 3 cm da pele
Fixar os eletrodos
Colocar a dose (potência)
Ligar o aparelho no circuito de alta freqüência
Sintonizar o aparelho
Marcar o tempo
Questionar o paciente durante o tratamento (calor)
Usar a escala de Schiliephake
Sintonizar o aparelho durante o tratamento
Findando o tempo, desligar o aparelho
Retirar os eletrodos
Examinar a área e desligar o aparelho da rede urbana 
INDICAÇÕES
Afecções traumáticas
Afecções musculares
Afecções reumatológicas
Afecções otorrinolaringológicas
Doenças inflamatórias pélvica não infecciosa
Doenças gênito urinárias
CONTRA –INDICAÇÕES
Quadro inflamatório agudo
Supurações agudas não drenadas
Patologias com tendências hemorrágicas
Gestantes
Tumores malignos
Marca-passo
Tuberculose
Alterações sensitivas
Tecidos expostos à radioterapia
Trombose / arteriosclerose
Doenças infecciosas
Estado febril
Artrose e/ ou artrite reumatóide deformante / crônica.
CONCEITO:
Trata-se de uma forma especial de ondas curtas obtidas, através da interrupção, da saída das Ondas Curtas contínuas.
	São chamadas também de ondas atérmicas (ondas curtas sem efeito térmico), entretanto há controvérsias com relação a isso, dependendo da freqüência de pulso que se trabalha (mais elevada) podemos ter algum efeito térmico.
FREQÜÊNCIA DE REPETIÇÃO DOS PULSOS
baixa: Numa freqüência de pulsos baixa ocorre um aquecimento quando há a passagem da corrente para os tecidos e há informação de calor. Entretanto como o intervalo que existe de cada pulso é grande, o calor formado tende a dimunuir, e quando começa um pulso novo o calor já dissipou, assim a temperatura do tecido não aumenta e o paciente não sente calor algum.
b)	média: Numa freqüência de pulso nem muito baixa nem muito alta (existe uma média), ao chegar o impulso seguinte existirá um efeito térmico residual, neste caso ocorrerá uma somação dos efeitos térmicos, mas que não será suficiente para gerar um calor que venha a produzir efeitos fisiológicos/terapêuticos. Ocorrerá neste caso também, uma somação dos efeitos não térmicos.
c)	alta: Numa freqüência de pulso muito elevada, onde se encurta os intervalos entre os pulsos, o calor conseguido inicialmente não consegue dissipar-se a tempo, pois logo chega outro pulso mantendo a temperatura, ou seja, não se permite que a energia calórica se dissipe entre um pulso e outro, gerando alguma forma de calor no segmento tratado.
MECANISMO DE AÇÃO
	Embora o mecanismo biofísico e biológico das OC pulsáveis não estejam claramente elucidados, parece que os efeitos se dão a nível da membrana celular, e que estariam relacionados com a normalização dos potenciais de membrana. As OC pulsáteis agiriam de modo a modular ou a fazer uma normalização desses potenciais de membrana, promovendo ações sobre s bomba de sódio e potássio.
	Atualmente trabalha-se com resultados obtidos em diversas situações patológicas.
EFEITOS FISIOLÓGICOS / TERAPÊUTICOS
Acelera a reabsorção de edema / hematoma
Acelera a consolidação de fraturas
Acelera cura de feridas (regeneração tecidual)
Alívio da dor aguda
Antiinflamatório
Estimula a circulação periférica
Aumenta regeneração nervosa
INDICAÇÕES
Neuropraxia
Edemas
Feridas, rupturas
Fraturas
Contusão
Hematomas
Quadro inflamatório
Alteração de sensibilidade
Transtornos circulatórios periféricos
“implante metálico”
Queimaduras
Pós cirurgia plástica
CONTRA-INDICAÇÕES
Útero grávido
Marca-passo cardíaco, eletrofrênicos e cerebelares
Estimuladores de bexiga
Tumores
“implante metálico”
DOSIMETRIA
	Se a duração do pulso é fixa, e a freqüência de pulso é baixa e a potência de pico de pulso é pequena, a potência média será baixa. Pode-se ter aumento da potência média aumentando-se um desses valores.
	Quando se usa terapia por OC pulsátil o objetivo consiste em selecionar a maior potência possível dos impulsos uma vez que gere a menor quantidade de calor possível.
	Uma medida de produção de calor é a potência média. Com uma potência média baixa será produzido pouco calor durante o tratamento.
	Alguns aparelhos permitem a escolha da duração do pulso, outros trazem um valor fixo.
	Exemplo de alta e baixa doses: 
	
	Dose Baixa (agudos)
	Dose Alta (crônicos)
	Freqüência de pulso (F)
Duração do pulso (DP)
Potência de pico de pulso (PPP)
Potência média
	26 Hz
0,065 ms
100 W
1,7 W
	200 Hz
0,6 ms
1000 W
80 W
	O tempo de tratamento dura em média de 10 à 15 minutos.
HISTÓRICO
	Quando partiram para condução das microondas, pensavam na possibilidade de se utilizar de um recurso terapêutico que conseguisse uma penetração maior que aquela que era alcançada pelas OC e que tivesse maior unidirecionalidade, ou seja, que não uma forma de radiação ou vibração eletromagnética, que não se espalhasse tanto, em função do que acontecia com os geradores de OC, principalmente quando se utilizava técnicas como eletrodos capacitivos, onde a articulação toda era submetida a um campo energético.
	No entanto, o que se conseguiu em relação à penetração do microondas foi que não se conseguiu atingir níveis de profundidade maior do que era conseguido com as OC.
CONCEITO
	Micro ondas são vibrações eletromagnéticas, cuja freqüência encontra-se na faixa de 300 Mhz a 300 Ghz, com comprimento de ondas na faixa de 1mm a 1m
	O micro ondas terapêutico trabalha com freqüência na faixa de:
2456 Mhz –com comprimento de ondas de 12,5 cm
915 Mhz – com comprimento de ondas de 37,2 cm
433,9 Mhz – com comprimento de ondas de 69 cm (não está disponível para uso fisioterápico)
PROPRIEDADES
	Uma revisão dos estudos que usavam diferentes freqüências sugere fortemente que alguns dos aparelhos de MC usados atualmente não operam freqüência mais efetiva. Eles foram introduzidos na terapia porque geradores operando nessas freqüências estavam disponíveis para uso médico após a 2ª Guerra Mundial e não porque 2456 Mhz foi considerada a melhor freqüência. Os dados agora sugerem que a freqüência ideal é por volta de 900 Mhz ou abaixo, minimizando o efeito do calor nos tecidos subcutâneos e aquecendo os tecidos adjacentes mais adequadamente; o desenvolvimento de pontos de concentração de calor como resultado de reflexão pelo osso é evitado em grande parte; e esta freqüência tem uma melhor profundidade de penetração.
	As micro ondas viajam à velocidade da luz, propagam-se no vácuo.
	Ao atingir a superfície do corpo ou de qualquer outro material, a energia radiante pode ser absorvida (pelo material encontrado), transmitida, refratada ao atravessar a superfície, e refletida.
Absorção: as ondas que não são refletidas, são absorvidas. Ocorre em maior intensidade nos tecidos com maior quantidade de líquidos, e menor nas gorduras.
Refração: ocorre nos meios de densidade diferentes, quando a onda sai de um para o outro. Há troca de direção ou velocidade.
OBS: As “curvaturas”da superfície cutânea podem promover a refração do feixe de MC, produzindo uma convergência, que por sua vez, conduz a um aumento da eficácia de aquecimento dos tecidos mais profundos, inclusive o músculo.
Reflexão: as ondas ao penetrar, são refletidas com maior intensidade ao nível da pele e dos ossos. É menor quando se utiliza aparelhos com freqüência de 915 Mhz.
OBS: A reflexão de energia ao nível da junção de tecidos com diferenças relativamente consideráveis nas propriedades dielétricas também influencia a distribuição da absorção das microondas, e portanto influencia também a distribuição do aquecimento. Existem três interfaces específicas deste tipo: pele, ar, músculo e tecido adiposo suprajacente, e osso e qualquer dos tecidos moles adjacentes. Cada uma destas superfícies comporta-se como um espelho, fazendo com que uma parte das MC sofra reflexão, retornando aos tecidos suprajacentes.
	A penetração das MC é proporcional ao comprimento de ondas das radiações, e portanto inversamente proporcional à freqüência. À medida que vai aumentando o comprimento de ondas da radiação eletromagnética, a penetração aumenta, e a absorção ocorre nos tecidos mais profundos.
	
EQUIPAMENTO
Magnetron (Catodo central)
Cabo Coaxial
Guia de ondas
superfície refletora
1. PROCESSO DE OBTENÇÃO:
	Há uma válvula, com um dispositivo que permite a passagem de elétrons num só sentido. Esta válvula é especial, chamada MAGNETRON. Existe neste Magnetron, um dispositivo que é o catodo central que uma vez aquecido passa a emitir esses elétrons que vibram a uma freqüência pré determinada gerando assim uma corrente de alta freqüência que é transmitida através do que chamamos de cabo coaxial seguindo a direção do Guia de onda ou antena e a partir daí, vão para uma superfície refletora e desta são transmitida para o organismo.
	A superfície refletora são os eletrodos, que podem ser de vários tamanhos e formas, para várias áreas.
	O equipamento deve ser capaz de elevar a temperatura tecidual a níveis de tolerância e potencialmente superar o resfriamento resultante do aumento do fluxo sanguíneo, e ser capaz de provocar uma resposta fisiológica com um mínimo de radiação dispersada que afete órgãos sensíveis do paciente ou do terapeuta.
ELETRODOS:
	a) sem contato direto utilizados a uma distância de mais ou menos 10 cm.
( Retangular – podem variar consideravelmente quanto ao tamanho, e geram uma distribuição térmica ovalada, com maior intensidade no centro;
( Circular grande/pequeno (Mônodo) – Existem modelos que geram um padrão toroidal de distribuição de calor (em forma de “rosquinha”), ocorrendo mínimo aquecimento na área central. Este dispositivo direcionador é o preferido para tratamento de uma região com a protuberância óssea, ou de uma articulação superficial, porque a parte central do dispositivo direcionador pode ser posicionada sobre a área necessitando de menor intensidade de aquecimento.
	b) contato direto alguns autores mencionam contato direto com a pele e outros dizem que este contato até 1 cm de distância da pele. Estes eletrodos proporcionam melhor acoplamento e menor dissipação de radiação. Podem ser equipados com resfriamento a ar que assegura arrefecimento uniforme da pele e elimina o aquecimento seletivo da superfície e das bordas do eletrodo.
	Foram projetados para o tratamento de pequenas áreas, como a articulação temporo-mandibular.
	Aplicadores resfriados a ar, operando na freqüência de 915 Mhz, são utilizados em contato com a pele, e são considerados como mais eficientes no aquecimento profundo.
	c) Eletrodo focal são eletrodos especiais em forma de foco, utilizados para aplicação em pequenas áreas, de cerca de 1 a 2 cm de diâmetro.
PROPAGAÇÃO E ABSORÇÃO DAS MICRO ONDAS NOS TECIDOS
( Pesquisadores indicaram que uma grande e variável quantidade de energia pode ser refletida na pele sob condições terapêuticas. É possível ter perdas variáveis de mais do que 50% da energia irradiada do eletrodo, e portanto é difícil reproduzir os efeito biológico de uma maneira confiável. A reflexão é minimizada com o uso da mais baixa freqüência disponível de 915 Mhz, com o uso de aplicador de contato direto, e com incidência perpendicular.
( Após o pico de temperatura ser alcançado, o resfriamento pelo aumento do fluxo sangüíneo reduz a temperatura apesar da continuação da aplicação, mantendo-a constante.
( As aplicações de micro ondas com freqüência 2456 Mhz para terem uma profundidade eficiente, devem ser aplicadas em áreas onde a pele e a gordura subcutânea tenham espessura mínima.
( Observou-se durante a exposição à freqüência de 2456 Mhz um padrão de aquecimento indicativo de reflexão de energia e produção de um padrão de ondas estacionárias na interface músculo-osso. O resultado disso pode ser menor em freqüências ao redor ou abaixo de 900 Mhz.
( Os estudos sugerem que devido à grande quantidade de reflexão na superfície do osso, muito pouca energia alcança a área além do osso na freqüência 2456 ou 915 Mhz. Se o propósito for aquecer toda a articulação ela deve ser exposta sob todos os ângulos, como é o caso da terapia com ultra-som.
( As radiações eletromagnéticas de microondas podem interagir com objetos metálicos, que podem funcionar como antenas. Portanto, peças de metal, cadeiras ou mesas de metal não deve permanecer sob o campo de ação das microondas. Também pode ocorrer algumas interferência elétricas com muitos equipamentos eletrônicos. Devem ficar a distância de pelo menos 3 metros.
( AQUECIMENTO 
 Aquecimento = corrente² x resistência x tempo
 Quanto maior a corrente que passa pelo tecido menor é a resistência oferecida pó ele, ou seja, os tecidos que oferecem maior resistência deixam passar menor quantidade de corrente, e de acordo com a fórmula supra citada é mais importante para que haja um aquecimento eficaz (da estrutura tratada) que seja maior o valor da corrente que venha passar pelo tecido do que o valor da resistência oferecida pelo mesmo.
1)	A condutividade elétrica depende do conteúdo de água tecidual e de íons, ou seja, quanto mais aquoso for o tecido maior será quantidade de corrente que passará pelo tecido e conseqüentemente maior será o aquecimento.
	Tecidos com alto condutividade
	Tecidos com baixa condutividade
	Sangue
Músculo
Suor
	Gordura
Ligamento
Tendão
Cartilagem
	Quanto maior estiver a temperatura nos tecidos, maior será a condutividade. Portanto, à medida que o microondas for aquecendo a estrutura tecidual, haverá aumento da condutividade, e conseqüentemente maior será a quantidade de corrente que passará pelo tecido.
	Portanto, numa decisão clínica para eleger um determinado recurso devemos saber que as microondas terão um efeito de aquecimento maior em estruturas com grandes massas musculares.
Existe a controvérsia de que o tecido gorduroso vivo está permeado de vasos sanguíneos de pequeno calibre, o que poderia levar a condições apropriadas de absorção da radiação eletromagnética e o conseqüente aquecimento.
Existem atualmente modelos de aparelhos de microondas que emitem suas ondas de modo pulsado promovendo um efeito atérmico, semelhante ao do ondas curtas pulsado.
EFEITOS FISIOLÓGICOS
Produção de calor
Hiperemia
Vasodilatação
Aumento do metabolismo
Aumento da circulação sanguínea
Diminui a pressão arterial
Aumento do oxigênio na área
EFEITOS TERAPÊUTICOS
Regenerador tecidual
Analgésico
Antiinflamatório
Espasmolítico / relaxante
Ação reflexa
DOSIMETRIA
	Depende da sensação subjetiva de calor referida pelo paciente e ainda da fase em que se encontra a enfermidade, é baseada na escala de Schiliephake:
Calor muito débil – fase aguda
Calor débil – fase subaguda
Calor médio – fase subaguda
Calor forte – fase crônica
A maioria dos aparelhos possui um indicador de intensidade que nos permite uma verificação da dosagem recebida pelo paciente: em doses pequenas de até 60 W,médias de até 120 W e grandes de até 180 ou 200 W.
TEMPO DE APLICAÇÃO
Calor muito débil e calor débil – 10 min
Calor médio e calor forte – de 15 a 20 min
Alguns autores mencionam o tempo de tratamento como uma média entre 10 e 20 minutos.
As modificações de sensibilidade durante o tratamento são freqüentes, porém isto nunca deve ser motivo para que o terapeuta aumente a dose inicial. Além disto, o paciente deve permanecer sempre sob controle durante o tempo de aplicação.
São preferíveis os aplicadores refrigerados a ar porque eles evitam aumentos indesejáveis de temperatura na pele e na gordura subcutânea.
TÉCNICAS DE APLICAÇÃO
Quanto de gerador: como nós trabalhamos com uma válvula, deve-se esperar alguns minutos para que esta válvula (magnetron) se aqueça.
O paciente não faz parte do circuito (como no ondas curtas), devem estar o mais relaxado possível.
A área de tratamento deve estar despida e seca.
Deve-se retirar objetos metálicos do campo de aplicação.
Deve-se orientar o paciente para que não se aproxime do eletrodo após iniciado o tratamento, e que o equipamento pode produzir queimaduras e que deve transmitir qualquer reação de calor excessivo.
Após o tratamento deve-se fazer uma inspeção na área tratada, não deve aparecer reação eritematosa, apenas rubor de pequena intensidade.
As microondas aplicadas sobre os ossos da face ou testa, ostensivamente objetivando o tratamento da sinusite, refletem-se nos ossos, ocorrendo uma penetração desprezível até os seios intra-ósseos maxilares e frontal. Afora a questão da segurança, o tratamento da sinusite por meio de microondas é, na melhor das hipóteses, ineficaz.
A incidência das micro ondas deve ser perpendicular à pele.
INDICAÇÕES
Processos inflamatórios mioarticulares
Neuropatias
Traumatismos
Contraturas
Distensão musculares
Patologias reumatológicas
Espondilalgias
Amigdalites, etc
CONTRA-INDICAÇÕES
Quadro inflamatório agudo
Supurações agudas não drenadas
Patologias com tendências hemorrágicas
Gestantes
Tumores malignos
Marca-passo
Tuberculose
Alterações sensitivas
Tecidos expostos à radioterapia
Trombose / arteriosclerose
Doenças infecciosas
Estado febril
Artrose e/ ou artrite reumatóide deformante / crônica.
HIPOTERMOTERAPIA
HISTÓRICO
Hipócrates já revelava indicações em pacientes. E utilizava também com finalidade de analgesia pós cirúrgica.
	Jean Larré observou que operando pacientes em temperatura de 35 a 40 graus, conseguia resultados melhores (recuperação pós operatória).
	Redard descobriu que o cloreto de etil analgesiava.
	Trendelemburger observou que o tratamento se tornava lesivo quando permanecia por tempo prolongado em temperatura diminuída (lesão por gelo) – “pé de trincheira” principalmente nas extremidades. O mecanismo poderia ser lesional.
	A crioterapia se manifesta no período de1945 a 1954 com Kabat. É um método formulado por um neurologista, que possui boa parte da técnica de facilitação neuromuscular.
	De 1984 a 1990 o professor Knight condenou o que já havia. Propôs técnicas novas e mostrou aspectos da polêmica “vasoconstricção”. Concluiu que o efeito básico era vasoconstricção.
CONCEITO
É o resfriamento local dos tecidos ou regiões com finalidade terapêutica. Pode ser definida também como terapia pelo frio ou terapia fria.
	O frio é um estado relativo caracterizado pela diminuição de movimento molecular. O termo crioterapia é utilizado para descrever a aplicação de modalidades de frio que têm uma variação de temperatura de 0°C a 18,3°C.
	A crioterapia abrange uma grande quantidade de técnicas específicas que utilizam o frio nas formas, líquida, sólida e gasosa com o objetivo terapêutico de retirar calor do corpo.
OBJETIVO TERAPÊUTICO
O objetivo principal do uso da crioterapia é o de retirar calor do corpo.
	A retirada de calor do corpo induz os tecidos a um estado de hipotermia com uma redução da taxa metabólica local, promovendo assim, uma redução das necessidades de oxigênio pela célula, preservando-a e permitindo que ela possa ser recuperada sem lhe adicionar mais danos, do que aqueles já instalados pela lesão primária.
	Portanto, os objetivos da crioterapia referem-se à condição de preservação da integridade da célula do tecido lesado, possibilitando assim uma reparação mais rápida e com menos danos estruturais.
EFEITOS LOCAIS DA APLICAÇÃO DE FRIO
Vasoconstricção
Redução da taxa de metabolismo celular em conseqüência da necessidade de oxigênio
Redução da produção de resíduos celulares
Redução da Inflamação
Redução da dor
Redução do espasmo muscular
EFEITOS SISTÊMICOS GERAIS DA EXPOSIÇÃO AO FRIO
Vasoconstricção geral em resposta ao resfriamento do hipotálamo posterior
Redução das freqüências respiratórias e cardíacas
Tremores e aumento do tônus muscular
EFEITOS GERAIS:
1) Sobre a temperatura corporal:
	A temperatura superficial cai imediatamente e de forma abrupta, quando a modalidade fria é aplicada sobre os tecidos.
	A temperatura profunda cai de forma muito lenta e progressiva durante a aplicação do frio. Sendo que quanto mais profundo for o tecido, mais lenta é a queda da temperatura.
	A recuperação total da temperatura superficial, dependendo do local do corpo, pode levar de 1 hora a 2 horas, mas entre 20 a 30 minutos sua recuperação já permite uma nova aplicação do frio, sem que isso possa produzir danos estruturais.
	A recuperação da temperatura profunda não ocorre imediatamente após a retirada do frio. Pelo contrário, ela continua a cair, quase que na mesma proporção que apresenta durante o resfriamento.
	Para que aconteça o resfriamento do tecido superficial podemos utilizar somente uma aplicação de frio, e que para resfriar o tecido profundo podemos utilizar o frio de forma intermitente.
	Fisiologicamente devemos entender que o intervalo entre uma reaplicação e outra do frio, tem por objetivo recuperar a temperatura da pele, para que ela não sofra danos, enquanto continuamos com a queda da temperatura profunda.
2) Sobre a circulação sanguínea:
	Diversos pesquisadores confundiram-se na aplicabilidade clínica do frio, na relação tempo versus VC e VD. Alguns defendiam 5 minutos, outros defendiam 10 minutos, para que terminasse a VC e começasse a VD. Estas confusões, com certeza limitaram os efeitos terapêuticos que poderiam ter obtidos, se aplicassem corretamente o frio.
	Tirou-se conclusões importantes do que foi discutido em pesquisa até agora, sobre os efeitos circulatórios promovidos pela aplicação do frio. Eis algumas:
Não há vasodilatação durante ou após aplicações do frio
Só há vasoconstricção, que ocorre durante a aplicação do frio e tem por objetivo conservar o calor do corpo.
A literatura mostra que é maior o fluxo sangüíneo induzido por exercício do que por frio ou calor.
3) Sobre o mecanismo neuromuscular:
O frio reduz o espasmo muscular por um mecanismo de reflexo
O resfriamento reduz a elasticidade do tecido conectivo e muscular.
4) Sobre a dor:
A hipotermia local e a redução da dor são consideradas como fator importante da dor por dois mecanismos:
Direto 
- pela elevação do limiar de dor
pela liberação de endomorfina
pela diminuição do metabolismo
 b)Indireto – pela eliminação da causa
Um fator muito importante está relacionado à condição emocional do paciente submetido à terapia pelo frio. Um apoio sobre este aspecto é muito importante, pois a maioria dessas pessoas têm medo em usar frio, por crendices negativamente aprendidas com o tempo.
5) Sobre a inflamação:
O frio inibe a proporção de crescimento e reprodução de bactérias
O frio torna as bactérias mais suscetíveis ao ataque do sistema imunológico do corpo e aos antibióticos.
O frio reduz a produção de toxinas bacterianas e substâncias metabólicas como a “penicilinase”.
O frio reduzindo a dor, reduz o vasoespasmo simpático, que,por conseguinte melhora a circulação profunda.
6) Sobre o metabolismo celular:
A redução do metabolismo é o principal efeito fisiológico das aplicações do frio. À redução da temperatura e do metabolismo dá-se o nome de hiotermia.
O objetivo principal da hipotermia é reduzir a atividade metabólica dos tecidos envolvidos, para que aqueles que estejam lesados, ou recebendo pouco oxigênio, tenha uma melhor condição de sobrevivência.
7) Sobre a viscosidade:
	Aumenta. Este efeito é perceptível a nível de pequenas articulações.
8) Sobre a sensação cutânea:
	Todas as sensações cutâneas diminuem.
9) Sobre o tecido celular subcutâneo:
	Corresponde basicamente ao tecido adiposo, que tem um papel importante de proteção térmica. Em pessoas obesas a penetração do frio é menor que as pessoas magras.
10) Glândulas sudoríparas:
	Diminui a atividade de produção.
11) Sobre os nervos:
	Aumento do limiar das fibras e diminui da neurocondução.
12) Sobre a permeabilidade celular:
	Diminui. Importante para o trauma agudo, pois diminui o extravasamento de líquido para o interstício.
TÉCNICAS TERAPÊUTICAS
	Durante toda a evolução da crioterapia, diversas técnicas de resfriamento foram se somando àquela já existentes, fazendo com que, inúmeras opções terapêuticas fossem colocadas em disponibilidade para que nós, terapeutas, tivéssemos uma melhor condição de escolha.
1) Pacote de gel (hidrocollator)
	O pacote de gel consiste em uma substância gelatinosa acondicionada dentro de uma bolsa de vinil (melhor qualidade) ou dentro de um material plástico resistente (comum).
	O pacote de gel em bolsa de vinil é mantido a uma temperatura abaixo de zero, e quando utilizado na terapia mantém esta temperatura, por um período de tempo de aproximadamente 30 minutos a 1 hora.
	Está indicado para o tratamento de lesões superficial e profunda. O seu aquecimento, devido à retirada de calor do corpo, é lento e consegue manter o seu valor terapêutico pelo período de tempo que dura a terapia. Portanto, a duração da terapia deve ser no máximo de 20 minutos, para prevenirmos possíveis danos que este nível de temperatura pode causar à pele.
	O pacote de gel comum é mantido a uma temperatura, também abaixo de zero, mas quando utilizado na terapia não mantém esta temperatura por mais de 5 minutos. Está indicado para o tratamento de lesões superficiais. O seu aquecimento, devido a retirada de calor do corpo, é muito rápido e não consegue manter o seu valor terapêutico por mais de 5 minutos. A duração da terapia deve ser no máximo de 10 minutos. Devido à perda do seu valor terapêutico. Os riscos de danos à pele são pequenos, pois a sua temperatura sobe progressivamente.
2) Pacote químico
	O pacote químico caracteriza-se por ser descartáveis e pó possuir no interior do seu envoltório (bolsa de vinil) duas divisões, uma pequena e outra maior adicionando em seus interiores duas substâncias químicas que irão promover o resfriamento.
	Pode iniciar a operação de resfriamento pelo pacote químico, apertamos a bolsa menor até que ela se rompa e libere o seu fluido para bolsa maior. A reação química dos componentes das duas bolsas reduz a temperatura da mistura. A duração da terapia deve ser até 20 minutos; e o seu valor terapêutico é indicado para o tratamento de lesões superficiais e profundas. Cuidados devem ser tomados quando a possíveis vazamentos do fluido que podem provocar queimaduras químicas.
3) Bolsa de borracha
	A bolsa de borracha consiste na mistura de gelo e água, a mais ou menos 4°C, que para maior conforto do paciente, deve acompanhar o contorno da parte do corpo sobre a qual está sendo aplicada.
	Pode ser feita também, uma bolsa de borracha fria, diferente da bolsa de borracha comum: juntar gelo moído com álcool (isopropil), numa razão de 2 partes de gelo, para 1 de líquido, colocar esta mistura em uma bolsa de borracha. Este tipo de composição mantém por mais tempo a temperatura baixa, em relação à bolsa de borracha comum, onde adicionamos gelo moído e água.
4) Compressa Fria (água fria) ou panqueca fria (gelo)
	A panqueca é utilizada com freqüência por pessoas em suas casas. Para se preparar uma panqueca ou compressa fria, devemos proceder da seguinte maneira:
Na compressa fria molhamos uma toalha em água fria e dobramos em forma de uma compressa.
Na panqueca fria executamos o mesmo procedimento da compressa fria, só que adicionamos, dentro da toalha, gelo moído e dobramos em forma de uma panqueca, de acordo com a configuração anatômica da área a ser tratada.
O tempo de utilização eficaz é cerca de 30 minutos.
Pode ser indicada no caso em que necessitamos de um resfriamento superficial/profundo.
5) Banho de contraste
	O banho de contraste é o uso alternado do frio e do calor terapêutico, onde a temperatura não é constante, e pode também ser chamado de banhos parciais.
	Os objetivos são vasomotores, ou seja, alterações circulatórias que o quente e o frio promovem nos tecidos, sem reduzir o tônus muscular e o vascular.
	As principais indicações para o uso do contraste devem estar relacionadas com os fatores:
Profundidade da lesão: é o primeiro fator mais importante a ser considerado em relação ao tempo da aplicação da técnica de contraste. Quando desejamos obter resultados a um nível superficial aplicamos a técnica de 10 min a 15 min, em média. Quando desejamos trabalhar a um nível mais profundo, aplicamos a técnica por 30 min em média.
Estágio da lesão: é o segundo fator mais importante a ser considerado. O contraste não deve ser utilizado em lesões agudas articular, muscular e circulatória.
Classificação das temperaturas as água e do tecido:
	Gelo
	0°C
	Água gelada
	1°C a 10°C
	Água muito fria
	10°C a 12°C
	Água fria
	12°C a 30°C
	Água tépida
	30°C a 34°C
	Água morna
	34°C a 38°C
	Água quente
	38°C a 40°C
	Água muito quente
	40°C a 45°C
São diversas as indicações para o uso desta técnica, mas um fator fisiológico que deve sempre ser considerado, é aquele cuja técnica promove um verdadeiro treinamento vasomotor.
O Banho de Contraste deverá terminar em 3 minutos de imersão na água fria pois promove alterações vasculares intermitentes. 
A duração do banho é de 27 min e mais 3 min no final da terapia que tem por objetivo resfriar os tecidos e reduzir as necessidades metabólicas dos mesmos.
	Água quente
	Água fria
	temperatura
	tempo
	Temperatura 
	tempo
	40°C
	5 min
	15°C
	1 min
	45°C
	1 min
	10°C
	1 min
	45°C
	1 min
	5°C
	1 min
	45°C
	1 min
	1°C
	1 min
	45°C
	1 min
	1°C
	1 min
	45°C
	1 min
	1°C
	1 min
	45°C
	1 min
	1°C
	1 min
	45°C
	1 min
	1°C
	1 min
	45°C
	1 min
	1°C
	1 min
	45°C
	1 min
	1°C
	1 min
	45°C
	1 min
	1°C
	3 min
6) Banho de Imersão
	O banho de imersão é utilizado para imersão, em água gelada, de um segmento corporal. Normalmente se usa um recipiente grande, que possa conter o segmento a ser tratado, cheio de água, e onde são adicionadas as pedras de gelo, até que chegue à temperatura desejada para a terapia; 1°C a 5°C para áreas menores e 10°C a 15°C para áreas maiores. Normalmente utiliza-se 30 min de imersão para pequenas áreas e 20 min para áreas maiores.
7) Hidromassagem terapêutica (turbilhão frio)
	Podem ser utilizados como terapia fria, por apresentarem duas importantes condições, técnicas e mecânicas, como: comporta imersão de áreas pequenas e grande do corpo, e associa o frio e a massagem pelo movimento da água.
	A duração da aplicação segue os mesmos critérios da imersão, 30 min para áreas menores e 20 min para áreas maiores.
	A temperatura da água também segue os mesmos critérios da imersão, 1°C a 5°C para áreas menores, e 10°C a 15°C para áreas maiores.
8) Massagem com gelo 
a) Criomassagem: a técnica de massagem com gelo já é bastante conhecida e utilizada terapeuticamente, mas os seus efeitos fisiológicos ainda não foram discutidos e interpretados,

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