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Estruturas Especiais de Concreto Armado Prof. M.Sc. Leonardo Alexandre Princípios do dimensionamento Para elementos estruturais de esbeltez l/d ≥ 2 (l = distância entre as seções de momento fletor nulo; d = altura da seção transversal) pode-se aplicar a hipótese de Bernoulli : 1) As seções transversais permanecem planas após a deformação do elemento até o estado limite último.deformação do elemento até o estado limite último. Princípios do dimensionamento Para elementos estruturais de esbeltez l/d ≥ 2 (l = distância entre as seções de momento fletor nulo; d = altura da seção transversal) pode-se aplicar a hipótese de Bernoulli : 1) As seções transversais permanecem planas após a deformação do elemento até o estado limite último.deformação do elemento até o estado limite último. Princípios do dimensionamento 2) A resistência à tração do concreto não é considerada, ou seja, regiões de concreto tracionadas são consideradas sem efeito. Desta forma, pode-se afirmar que para toda força de tração necessária ao equilíbrio interno devem ser providenciadasnecessária ao equilíbrio interno devem ser providenciadas pelas armaduras. 3) Elementos de aço e concreto da seção transversal, que se situem em fibras de igual distância à linha neutra, sofrem as mesmas deformações, ou seja, a aderência é perfeita. Diagrama Tensão x deformação Concreto Nos casos em que a largura da seção diminuir a partir da linha neutra para as bordas mais comprimidas, tem-se: Diagrama Tensão x deformação Aço Estádios A seção de concreto é caracterizada aplicando-se um carregamento que vai do zero até a ruptura. Denomina-se Estádios as três fazes pelas quais a seção de concreto passaEstádios as três fazes pelas quais a seção de concreto passa ao longo do carregamento: Estádio I, Estádio II e Estádio III Estádio I I. Corresponde ao início do carregamento; II. O concreto resiste às tensões de tração; III. Diagrama de tensões linear ao longo da seção; IV. Cálculo do momento de fissuração e da armadura mínima; V. Termina quando a seção fissura.V. Termina quando a seção fissura. Estádio II I. A seção se encontra fissurada na região tracionada; II. Diagrama de tensões linear ao longo da seção; III. Cálculo dos estados limites de serviço (abertura de fissuras e deformações excessivas); IV. Termina com o início da plastificação do concreto comprimido. Estádio III I. Plastificação da zona comprimida; II. Concreto próximo da ruptura; III. Diagrama de tensões do concreto na forma parabólico- retangular ou retangular equivalente; IV. Realização do dimensionamento, denominado “cálculo na ruptura” ou “cálculo no estádio III”. Domínios de deformação na ruína Domínios de deformação na ruína Domínio 1 (Força normal de tração com pequena excentricidade) i. O estado limite último é caracterizado pela deformação máxima do aço (10‰); ii. A linha neutra é externa à seção transversal;ii. A linha neutra é externa à seção transversal; iii. A seção transversal efetiva consiste apenas das duas armaduras de aço, não havendo participação do concreto, que é admitido como inteiramente fissurado; iv. A ruptura é devido a falha do aço. Domínios de deformação na ruína Domínio 2 (Flexão simples ou flexão composta com grande ou média excentricidade) i. O estado limite último é caracterizado pela deformação máxima do aço (10‰); ii. A linha neutra corta a seção transversal;ii. A linha neutra corta a seção transversal; iii. Na peça existe um banzo tracionado e um banzo comprimido, mas o concreto da zona comprimida não atinge a ruptura; iv. A ruptura é devido a falha do aço. Domínios de deformação na ruína Domínio 3 (Flexão simples ou flexão composta com grande ou média excentricidade) i. O estado limite último é caracterizado pelo esmagamento do concreto ( ) ; ii. A linha neutra corta a seção transversal;ii. A linha neutra corta a seção transversal; iii. As peças que atingem o estado limite último neste domínio são ditas subarmadas. Esta é a situação desejável, pois não há risco de ruína não avisada ; iv. A ruptura do concreto ocorre simultaneamente com o escoamento da armadura. Domínios de deformação na ruína Domínio 4 (Força normal de compressão com média ou pequena excentricidade) i. O estado limite último é caracterizado pelo esmagamento do concreto ( ) ; ii. A linha neutra corta a seção transversal;ii. A linha neutra corta a seção transversal; iii. As peças que atingem o estado limite último neste domínio são ditas superarmadas. Esta situação deve ser evitada, pois a ruptura ocorre de forma frágil, não avisada. O concreto rompe sem que a armadura tracionada possa provocar fissuração para advertência; iv. A ruptura do concreto ocorre antes do escoamento da armadura. Domínios de deformação na ruína Domínio 5 (Força normal de compressão com pequena excentricidade) i. A deformação última do concreto varia de 2‰ na compressão uniforme até 3,5‰ na flexo-compressão; ii. A linha neutra não corta a seção transversal;ii. A linha neutra não corta a seção transversal; iii. A seção transversal é solicitada apenas a tensão de compressão; iv. A ruptura da seção ocorre devido ao esmagamento do concreto . Condições de Equilíbrio Para realizar o dimensionamento, as forças internas devem estar em equilíbrio com as solicitações externas. Duas condições de equilíbrio devem ser cumpridas: Desta forma, tem-se duas equações para resolver: Condições de Equilíbrio Para os casos onde a linha neutra encontra-se na seção, flexão simples ou flexão composta com grande e média excentricidade, as principais formas de se realizar o dimensionamento de forma manual e prática, são: •Equações•Equações •Tabelas de dimensionamento •Ábacos Para os casos onde a linha neutra encontra-se fora da seção, flexão composta com pequena excentricidade, o dimensionamento pode ser realizado utilizando-se: •Equações •Ábacos Flexão Normal Composta- Ábacos Exemplo 1: Calcular a área de aço As Dados: Concreto C25, Aço CA50, b = 15cm, h = 45cm, d’ = 4cm, Nk = 650kN, Mkx = 27,6kN.m Flexão Oblíqua Composta- Ábacos Exemplo 2: Calcular a área de aço As Dados: hx(b) = 25cm, hy(h) = 70cm, dx’ = dy’ = 4cm, Concreto C30, Aço CA50, Nk = 1670kN, ex = 3,23cm, ey = 14,11cm. Flexão Oblíqua Composta- Ábacos Pilares • Características Geométricas • Dimensões mínimas • Comprimento equivalente • Raio de giração • Índice de esbeltez• Índice de esbeltez • Classificação dos Pilares • Solicitações iniciais • Esbeltez Dimensões mínimas Comprimento Equivalente Raio de giração Índice de esbeltez Classificação - Solicitações iniciais Classificação - Esbeltez Pilares • Excentricidade de 1ª Ordem • Excentricidade inicial • Excentricidade acidental • Imperfeições globais • Imperfeições locais • Excentricidade de forma• Excentricidade de forma • Excentricidade suplementar (fluência) • Momento mínimo • Esbeltez limite • Excentricidade de segunda ordem Excentricidade inicial Em estruturas usuais de edifícios, os momentos no pilar podem ser estimados da seguinte forma: Excentricidade acidental imperfeições globais O desaprumo não precisa ser superposto ao carregamento de vento. Entre o vento e o desaprumo, pode-se considerar o maisconsiderar o mais desfavorável, ou seja, o que provoca maior momento total na base da construção. Excentricidade acidental imperfeições locais Nos casos usuais, pode-se considerar a falta de retilinidade como suficiente para a excentricidade acidental. No caso dos elementos que ligam pilares contraventados a pilares decontraventados a pilares de contraventamento, deve ser considerada a traçãodecorrente do desaprumo do pilar contraventado. Excentricidade de forma Excentricidade Suplementar Momento mínimo Nas estruturas reticuladas usuais, admite-se que o efeito das imperfeições locais esteja atendido se for respeitado o valor de momento total mínimo. No caso de pilares submetidos à flexão oblíqua composta, esse mínimo deve ser respeitado, separadamente, em cada uma das direções principais doseparadamente, em cada uma das direções principais do pilar. h = dimensão do pilar, em metros, na direção considerada Esbeltez limite Os esforços locais de 2ª ordem em elementos isolados podem ser desprezados quando o índice de esbeltez (λ) for menor que o valor limite (λ1) O valor de λ depende de diversos fatores. Os maisO valor de λ1 depende de diversos fatores. Os mais importantes são: • Excentricidade relativa de 1ª ordem e1/h; • Vinculação dos extremos da coluna isolada; • Forma do diagrama de momentos de 1ª ordem. Esbeltez limite O parâmetro αb é determinado em função da vinculação dos extremos da coluna e da forma do diagrama de momentos O parâmetro αb é determinado em função da vinculação dos extremos da coluna e da forma do diagrama de momentos de 1ª ordem: a) Pilares biapoiados sem forças transversais Esbeltez limite b) Pilares biapoiados com forças transversais significativas, ao longo da altura αb = 1 c) Pilares em balanço d) Pilares biapoiados ou em balanço com momentos fletores menores que o momento mínimo αb = 1 Excentricidade de 2ª Ordem Método do Pilar Padrão O método do pilar padrão com curvatura aproximada é permitido para pilares de seção constante e armaduraconstante e armadura simétrica e constante ao longo do seu eixo e λ ≤ 90. Detalhamento • Diâmetro da Armadura Longitudinal 10mm ≤ φ ≤ b/8 • Taxa Mínima de Armadura As,mín = 0,15 ∙ Nd / fyd ≥ 0,40% ∙ Ac • Taxa Máxima de Armadura As,máx = 8,0% ∙ Ac Detalhamento • Número mínimo de barras • Estribos Suplementares (Proteção contra flambagem) Detalhamento • Arranjo Transversal da armadura longitudinal Detalhamento • Diâmetro Mínimo da Armadura Transversal • Espaçamento Máximo da Armadura Transversal Ancoragem • Comprimento Básico de Ancoragem Ancoragem • Comprimento de Ancoragem Necessário Disposições Construtivas Disposições Construtivas
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