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FACULDADE ANHANGUERA CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA DISCIPLINA: PROCESSOS PATOLÓGICOS Alterações celulares reversíveis e irreversíveis Professora: Thyara Caroline Weizenmann Esp. Clínica Cirúrgica e Anestesiologia de Pequenos Animais PATOLOGIA GERAL Estudo da causa e consequências das doenças Exposição do organismo Químicos, biológicos Formas de energia: calor Privação do organismo Nutrientes, vitaminas Água, oxigênio PATOLOGIA GERAL Palavra-chave em Patologia RESPOSTA LESÃO CELULAR Processo reversível: permite recuperação Processo irreversível: morte celular - MOLÉSTIA PATOLOGIA GERAL RESPOSTA Processos ativos Inflamação Sinais clínicos Resposta: varia em intensidade e forma Efeitos benéficos Efeitos deletérios Patologista Relação das alterações morfológicas a causas específicas Prever a gravidade e o percurso da doença LESÃO, MORTE CELULAR E NECROSE Lesão celular Alteração celular Função normal da célula Tipo de lesão Branda, transitória e reversível Irreversível LESÃO, MORTE CELULAR E NECROSE Morte celular Lesão celular irreversível Após o “ponto de retorno” Tipo de morte celular Morte celular acidental Apoptose LESÃO, MORTE CELULAR E NECROSE Necrose Alterações microscópicas Degradação enzimática de núcleo e citoplasma LESÃO, MORTE CELULAR E NECROSE Lesão celular Lesão celular por hipóxia Lesão celular induzida por vírus Apoptose MORTE CELULAR: LESÃO CELULAR POR HIPÓXIA Tumefação celular aguda Primeira alteração após lesão celular MO: degeneração hidrópica ou vacuolar Defeito na bomba de íons sódio e potássio Influxo de cátions e água Ruptura da célula MORTE CELULAR: LESÃO CELULAR POR HIPÓXIA Em casos de hipóxia ATP - Via glicolótica anaeróbica DIMINUIÇÃO DO GLICOGÊNIO Liberação de ácido lático Alteração na bomba de íons Alteração bioquímica das células Degradação celular – “PONTO SEM RETORNO” MORTE CELULAR: LESÃO CELULAR POR HIPÓXIA Qual o tempo do início da lesão até a morte celular? Causa Taxa metabólica Função das células afetadas MORTE CELULAR: LESÃO CELULAR POR HIPÓXIA Alteração nas organelas Tumefação Autodigestão Destruição celular MORTE CELULAR: LESÃO CELULAR POR HIPÓXIA Células vivas: Necrose Células mortas: autólise pós-mortem MORTE CELULAR: LESÃO CELULAR INDUZIDA POR VÍRUS Dois tipos de agentes virais Vírus citolíticos Lesão mecânica da célula: corpos de inclusão viral Interferência na capacidade de síntese Pela codificação viral: defeito no funcionamento da membrana MORTE CELULAR: LESÃO CELULAR INDUZIDA POR VÍRUS Dois tipos de agentes virais Vírus não citolíticos Estímulo da resposta imune do hospedeiro MORTE CELULAR: LESÃO CELULAR INDUZIDA POR VÍRUS Resposta imune humoral mediada por anticorpos anticorpos se ligam aos antígenos MORTE CELULAR: LESÃO CELULAR INDUZIDA POR APOPTOSE Resposta imune celular Células individualizadas ou grupos Morte programada – ativação de genes suicidas Fisiológica Patológica MORTE CELULAR: LESÃO CELULAR INDUZIDA POR APOPTOSE Apoptose fisiológica MORTE CELULAR: LESÃO CELULAR INDUZIDA POR APOPTOSE Apoptose patológica Causas variadas Vírus Toxinas Inflamação em geral CARACTERÍSTICAS MICROSCÓPICAS DO TECIDO MORTO NÚCLEO Picnose: núcleo menor e redondo Cariorrexe: fragmentação da cromatina Cariólise: lise da cromatina ... Que culminam com a perda do núcleo CARACTERÍSTICAS MICROSCÓPICAS DO TECIDO MORTO NÚCLEO Picnose: núcleo retraído, redondo, homogêneo e escuro Normal Picnose CARACTERÍSTICAS MICROSCÓPICAS DO TECIDO MORTO NÚCLEO Cariorrexe: membrana nuclear se rompe e fragmentos são liberados no citoplasma Normal Cariorrexe CARACTERÍSTICAS MICROSCÓPICAS DO TECIDO MORTO NÚCLEO Cariólise: núcleo perde o contorno e fica pálido devido a lise da cromatina Normal Cariólise CARACTERÍSTICAS MICROSCÓPICAS DO TECIDO MORTO CITOPLASMA Depleção de glicogênio Citoplasmólise CARACTERÍSTICAS MICROSCÓPICAS DO TECIDO MORTO Na célula como um todo Perda do contorno celular Perda da coloração diferencial Perda das células: descamação Ex. enterócitos caem do lumen intestinal CARACTERÍSTICAS MICROSCÓPICAS DO TECIDO MORTO Epitélio de intestino delgado - normal CARACTERÍSTICAS MICROSCÓPICAS DO TECIDO MORTO Epitélio intestino delgado - normal CARACTERÍSTICAS MICROSCÓPICAS DO TECIDO MORTO Perda de estratificação do epitélio CARACTERÍSTICAS MACROSCÓPICAS DO TECIDO MORTO PERDA DA COR Pálido Hemólise dos eritrócitos Negro Quando presença de grande quantidade de sangue CARACTERÍSTICAS MACROSCÓPICAS DO TECIDO MORTO PERDA DA FORÇA Digestão enzimática Junções intercelulares, citoesqueleto, membranas Ruptura Dedo do examinador pode perfurar o fígado CARACTERÍSTICAS MACROSCÓPICAS DO TECIDO MORTO ODORES Bactérias saprofíticas Autólise pós-morte Compostos como sulfeto de hidrogênio, amônia, mercaptanas (subprodutos da fermentação) CARACTERÍSTICAS MACROSCÓPICAS DO TECIDO MORTO NECROSE Tipos de necrose Necrose de coagulação Necrose caseosa Necrose de liquefação FORMAS DE NECROSE Necrose de coagulação Enzimas e proteínas se desnaturam Não ocorre o processo de autólise Desnaturação não seguida de decomposição FORMAS DE NECROSE Necrose de coagulação Aspecto microscópico Arquitetura normal do tecido Núcleos e citoplasmas com alterações FORMAS DE NECROSE Necrose de coagulação Aspecto macroscópico Tecido de coloração acinzentada ou branca Firme FORMAS DE NECROSE Necrose de coagulação: isquemia FORMAS DE NECROSE Necrose de coagulação Causa Isquemia local Produtos tóxicos de bactérias: difteria dos bezerros Venenos de ação local: cloreto de mercúrio Queimaduras leves: calor, eletricidade FORMAS DE NECROSE Necrose caseosa Parte das lesões típicas da tuberculose e sífilis Lipídeos e proteínas coaguladas Remoção da causa: liquefação do conteúdo e remoção FORMAS DE NECROSE Necrose caseosa Aspecto microscópico Perda do contorno celular e na coloração Desintegração tecidual Massa granular FORMAS DE NECROSE Necrose caseosa Aspecto microscópico em epidídimo FORMAS DE NECROSE Necrose caseosa Aspecto macroscópico Tecido branco, acinzentado ou amarelado – “ricota” Tecido necrótico é seco, gorduroso e firme Focos de calcificação Ex. tuberculose FORMAS DE NECROSE Necrose caseosa FORMAS DE NECROSE Necrose de liquefação Acúmulo de líquido em curto espaço de tempo Lesão característica da necrose do SNC por hipóxia Abscessos FORMAS DE NECROSE Necrose de liquefação Promove a formação de pus Lesão purulenta focal encapsulada: Abscesso Lesão purulenta sem limite preciso: Flegmão FORMAS DE NECROSE Necrose de liquefação Abscessos FORMAS DE NECROSE Necrose de liquefação Abscesso em coluna vertebral FORMAS DE NECROSE Necrose de liquefação Aspecto microscópico Espaço vazio sem revestimento Células adjacentes podem apresentar focos de necrose FORMAS DE NECROSE Necrose de liquefação Aspecto macroscópico Lesão cavitária Paredes amolecidas FORMAS DE NECROSE Necrose de liquefação FORMAS DE NECROSE Necrose de liquefação Causas Qualquer causa que leve a morte celular Tecido com grande quantidade de lipídeos Bactérias produtoras de lisinas - abscessos GANGRENA Morte tecidual Três tipos Seca Umida Gasosa Todas têm lesão inicial a necrose de coagulação: desnaturação não seguida de decomposição GANGRENA GANGRENA GANGRENA Gangrena úmida Área de tecido necrótico que é degradada pela ação de liquefação de bactérias in vivo Bactérias saprofíticas putrefativas Causas: ex. lesões penetrantes Pulmões, intestinos, úbere GANGRENA Gangrena úmida Aspecto microscópico Coagulação e necrose de liquefação Bactérias saprofíticas são formadoras de gás Espaços com bolhas de gás GANGRENA Gangrena úmida Aspecto macroscópico Tecido macio, umido Coloração acastanhado Odor pútrido Presença de gás GANGRENA Gangrena úmida GANGRENA Gangrena seca Tecidos com conteúdo limitado de sangue e líquido Tecido seco não é meio de cultura favorável Multiplicação bacteriana lenta Desnaturação do tecido Aspecto murcho, frio e coriáceo GANGRENA Gangrena seca Mumificação Ocorre em partes distais (cauda, orelha, úbere) Causas: Alcalóides do Ergot – fungo Claviceps purpurea Festuca arundinacea – graminea vasoconstritora Frio GANGRENA Gangrena seca Ergot – Claviceps purpurea GANGRENA Gangrena seca Frio GANGRENA Significado e efeito clínico Estratégias terapêuticas: interromper a disseminação Bacteremia: translocação bacteriana Membros: amputação Úbere: ressecção Intestino: enteroanastomose GANGRENA GANGRENA Gangrena gasosa Proliferação de bactérias anaeróbicas em tecido necrosado Penetram em feridas musculares e no subcutaneo Produtoras de gás Gênero Clostridium INFARTOS Necrose tecidual em área localizada Decorrente de obstrução súbita da irrigação sanguínea Lesão por hipóxia Infartos anêmicos ou pálidos Delimitados por borda periférica de hemorragia Infarto renal Infartos hemorrágicos Sangue difunde-se da área viável para o local necrosado INFARTOS Causa Obstrução súbita da irrigação sanguínea Artérias terminais Fluxo sanguíneo obstruído Ex. Trombo INFARTOS Infarto intestinal INFARTOS Infarto renal DÚVIDAS? ? ?
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