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Manual de Patologia - Laminas

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Odontologia – UFF/NF 
ANO 2015 
Manual de 
PATOLOGIA ORAL - LÂMINAS 
Autor: Hebertt S. Chaves 
Discente do 3 período 
 
1. Granuloma piogênico; 
2. Lesão periférica de células 
gigantes 
3. Fibroma ossificante periférico 
4. Candidiase 
5. Paracococidiomicose 
6. Herpes 
7. Papiloma 
8. Actinomicose 
9. Tuberculose 
10. Sífilis 
11. Nevo melanocitico adquirido 
12. Nevo azul 
13. Lipoma 
14. Hemangioma 
15. Linfagioma 
16. Neurofibroma 
17. Schanoma 
18. Tumor de células granulares 
19. Epúlide congênita 
20. Líquen plano 
21. Penfigoide 
22. Pênfigo 
23. Leucoplasia 
24. Eritroplasia 
25. Queilite actinica 
26. Carcinoma de células 
escamosas 
27. Carcinoma verrucoso 
28. Sialodenite 
29. Sialitiase 
30. Síndrome de Sjogren 
31. Fenômeno de extravasamento 
de muco 
32. Cisto de retenção 
33. Rânula 
34. Adenoma pleomorfico 
35. Carcinoma mucoepidermoide 
36. Pulpite 
37. Pulpite crônica hiperplásica 
38. Granuloma periapical 
39. Cisto radicular 
40. Cisto palatino do recém-nascido 
41. Cisto nasolabial 
42. Cisto ducto nasopalatino 
43. Cisto da papila incisiva 
44. Cisto ducto tireoglosso 
45. Cisto linfoepitelial cervical 
46. Cisto linfoepitelial oral 
47. Cisto dermoide 
48. Cisto residual 
49. Cisto dentígero 
50. Cisto de erupção 
51. Cisto gengival do recém-
nascido 
52. Cisto gengival do adulto 
53. Cisto periodontal lateral 
54. Ameloblastoma 
55. Tumor odontogênico 
queratocistico 
56. Odontoma 
57. Mixoma odontogênico 
 
 
Hiperplasias reacionais do tecido 
conjuntivo 
 
 Hiperplasia fibrosa; 
 Granuloma piogênico; 
 Lesão periférica de células gigantes; 
 Fibroma ossificante periférico; 
 
 
3 CHAVES, H. G. S. 
Hiperplasia fibrosa 
Características 
 Produção excessiva de tecido conjuntivo – fibras colágenas; 
 Epitélio estratificado pavimentoso podendo estar queratinizado ou não; 
 Presença de lesão não encapsulada; 
 Pode ou não existir a presença de infiltrado inflamatório crônico – 
presença de linfócitos; 
 
 Localização 
 Mucosa jugal 
 Também encontrado na língua, gengiva e mucosa labial 
 
 Etiologia: traumas 
4 CHAVES, H. G. S. 
 
5 CHAVES, H. G. S. 
Granuloma piogênico 
Características 
 Pode existir ou não região ulcerada; 
 Epitélio atrofiado; 
 Alteração do tecido conjuntivo – presença de pequenos vasos 
sanguíneos; 
 Fibras colágenas irregulares; 
 
 Localização: gengiva 
 
 
 Etiologia: irritação crônica física e/ou biofilme 
6 CHAVES, H. G. S. 
7 CHAVES, H. G. S. 
8 CHAVES, H. G. S. 
9 CHAVES, H. G. S. 
10 CHAVES, H. G. S. 
11 CHAVES, H. G. S. 
Lesão periférica de células gigantes 
Características 
 Proliferação de células multinucleadas gigantes 
 Epitélio normal; 
 O tecido conjuntivo apresenta vasos sanguíneos e 
hemorragia; está causa uma coloração escura na lamina – 
liberação de hemosiderina; 
 
 Localização: EXCLUSIVAMENTE na gengiva e rebordo 
alveolar – aonde tem ou já teve dente; 
 
 Etiologia: irritação crônica – física e/ou biofilme 
12 CHAVES, H. G. S. 
13 CHAVES, H. G. S. 
Fibroma ossificante periférico 
Características 
 Proliferação de fibras colágenas associadas à formação de 
material mineralizado; 
 
 Localização: EXCLUSIVAMENTE na gengiva 
 
 Etiologia: incerta 
14 CHAVES, H. G. S. 
 
15 CHAVES, H. G. S. 
 
16 CHAVES, H. G. S. 
Infecções fúngicas 
 Candidiase; 
 Paracocodiomicose; 
 
 
17 CHAVES, H. G. S. 
Candidiase 
 Agente etiológico: Candida albicans 
 Pode apresentar- se de seis formas clínicas : pseudomembranosa, 
eritematosa, queilite angular, estomatite protéica, crônica 
hiperplásica e mucocutânea; 
 
 Localização: mucosa jugal, língua e palato; 
 
Características histopatológicas 
 Presença de hifas; 
 Hiperceratinização; 
 Alongamento de projeções epiteliais; 
 Pode observar um infiltrado inflamatório; 
 
18 CHAVES, H. G. S. 
19 CHAVES, H. G. S. 
20 CHAVES, H. G. S. 
21 CHAVES, H. G. S. 
Paracocodiomicose 
 Agente etiológico: Paracocodioises brasilenses 
 
Características histopatológicas 
 Presença de resposta inflamatória granulomatosa; 
 Presença de leveduras; 
 Epitélio apresenta hiperplasia pseudoepiteliomatosa; 
22 CHAVES, H. G. S. 
 
23 CHAVES, H. G. S. 
 
24 CHAVES, H. G. S. 
Infecções virais 
 Herpes; 
 Papiloma; 
 
25 CHAVES, H. G. S. 
Herpes 
 Agente etiológico: HSV-1 e HSV-2 
 
Características histopatológicas 
 As células epiteliais apresentam acantólise e núcleo claro 
aumentado; 
 Apresenta células de Tzank; 
 Presença de vesícula intra epitelial 
 
26 CHAVES, H. G. S. 
27 CHAVES, H. G. S. 
28 CHAVES, H. G. S. 
Papiloma 
 Causado pelo HPV 
 
Características histopatológicas 
 Presença de uma lesão branca – verrugas ( projeções 
digitiformes); 
 
29 CHAVES, H. G. S. 
30 CHAVES, H. G. S. 
31 CHAVES, H. G. S. 
Infecções bacterianas 
 Actinomicose; 
 Tuberculose; 
 Sífilis; 
32 CHAVES, H. G. S. 
Actinomicose 
 Agente etiológico: Actinomises israelli 
 
Características histopatológicas 
 Apresenta tecido de granulação; 
 Infiltrado inflamatório; 
 Presença de células gigantes, pode haver presença de pus; 
33 CHAVES, H. G. S. 
34 CHAVES, H. G. S. 
Tuberculose 
 Agente etiológico: Mycobacterium tuberculosis 
 
Características histopatológicas 
 Formação de granuloma; 
 Necrose caseosa; 
 Se cora ao teste de Ziehl Nieels 
35 CHAVES, H. G. S. 
Coloração Ziehl Nieels 
36 CHAVES, H. G. S. 
 
37 CHAVES, H. G. S. 
Sífilis 
 Agente etiológico: Treponema pallidum 
Características clínicas 
 
 1ª fase: Presença de cancro duro; 
 2ª fase: erupções cutâneas; 
 
Características histopatológicas 
 
 1ª fase : epitélio ulcerado e infiltrado inflamatório crônico em 
volta do vaso; 
 2ª fase: epitélio ulcerado ou hiperplásico, presença de acantose , 
bem como placas brancas na boca; 
 3ª fase: inflamação crônica granulomatosa – concêntrica 
 
38 CHAVES, H. G. S. 
Sífilis primária 
39 CHAVES, H. G. S. 
Sífilis secundária 
40 CHAVES, H. G. S. 
Neoplasias benignas 
 Epiteliais : 
 Nevo melanocítico adquirido/ intradérmico 
 Nevo azul 
 
 Mesenquimais 
Lipoma 
Hemangioma 
Linfagioma 
Neurofibroma 
Schanoma / Neurilema 
Tumor de células granulares 
Epúlide congênita 
41 CHAVES, H. G. S. 
Nevo melanocítico adquirido / 
intradérmico 
Características histopatológicas 
 Presença de células névicas = formam as tecas névicas ; 
 Proliferação benigna e não encapsuladas de algumas células; 
42 CHAVES, H. G. S. 
43 CHAVES, H. G. S. 
Nevo azul 
Características histopatológicas 
 Proliferação excessiva de células produtoras de melanina; 
 Células epiteliais em forma epitelioíde; 
 
44 CHAVES, H. G. S. 
 
45 CHAVES, H. G. S. 
 
46 CHAVES, H. G. S. 
 
47 CHAVES, H. G. S. 
Lipoma 
Características histopatológicas 
 Proliferação excessiva de adipócitos maduros 
 Núcleo fusiforme; 
 Proliferação de tecido conjuntivo; 
 Tumor bem circunscrito; 
48 CHAVES, H. G. S. 
 
49 CHAVES, H. G. S. 
 
50 CHAVES, H. G. S. 
Hemangioma 
Características histopatológicas 
 Numerosas células endoteliais; 
 Lúmen vascular geralmenteindistintos; 
51 CHAVES, H. G. S. 
 
52 CHAVES, H. G. S. 
Linfagioma 
Características histopatológicas 
 Endotélio fino e vasos linfáticos dilatados; 
 Presença de fluído proteináceo no interior dos vasos; 
 Pode ter ou não a presença de hemorragia; 
53 CHAVES, H. G. S. 
 
54 CHAVES, H. G. S. 
Neurofibroma 
Características histopatológicas 
 Proliferação de um tecido difuso não encapsulado; 
 As células apresentam –se no formato alongado/estrelado; 
 Presença de mastócitos; 
 
 As células tumorais se coram de marrom devido a presença 
da proteína S-100; 
55 CHAVES, H. G. S. 
56 CHAVES, H. G. S. 
57 CHAVES, H. G. S. 
58 CHAVES, H. G. S. 
Schanoma 
Características histopatológicas 
 É um tumor encapsulado; 
 Apresenta-se em dois padrões 
 Antoni A – padrão celular organizado 
 Antoni B – padrão celular desorganizado 
59 CHAVES, H. G. S. 
 
60 CHAVES, H. G. S. 
Tumor de células granulares 
Características histopatológicas 
 Presença de células poligonais; 
 Lesão não encapsulada; 
 Capacidade infiltrativa entre conjuntivo adjacente; 
 Presença de acantose ou de hiperplasia pseudoepiteliomatosa; 
61 CHAVES, H. G. S. 
62 CHAVES, H. G. S. 
Epúlide congênita 
Características histopatológicas 
 Presença de células arrendondadas – citoplasma eosinófilo; 
 Epitélio não expressa hiperplásia, mas, apresenta atrofia nas 
cristas epiteliais; 
 
 As células tumorais não se coram para a proteína S-100; 
63 CHAVES, H. G. S. 
64 CHAVES, H. G. S. 
Doenças dermatomucosas 
 Líquen plano; 
 Penfigóide; 
 Pênfigo; 
65 CHAVES, H. G. S. 
Líquen plano 
Características histopatológicas 
 Pequenas projeções saindo do epitélio e indo ao tecido 
conjuntivo – “dente de serra”; 
 Presença de infiltrado inflamatório em borda; 
 Degeneração da camada basal; 
 
66 CHAVES, H. G. S. 
 
67 CHAVES, H. G. S. 
 
68 CHAVES, H. G. S. 
 
69 CHAVES, H. G. S. 
 
70 CHAVES, H. G. S. 
Penfigóide 
Características histopatológicas 
 Presença de fenda subepitelial; 
 Presença de infiltrado inflamatório; 
71 CHAVES, H. G. S. 
 
72 CHAVES, H. G. S. 
 
73 CHAVES, H. G. S. 
Pênfigo 
Características histopatológicas 
 Presença de fenda intra-epitelial; 
 Presença de células acantóliticas 
 Presença de células de Tzank; 
 Presença de células tumulares; 
74 CHAVES, H. G. S. 
 
75 CHAVES, H. G. S. 
 
76 CHAVES, H. G. S. 
Lesões precursoras epiteliais 
 As lesões deste grupo podem apresentar algumas diferenças, 
estas pode ser arquiteturais e citológicas. 
 
Arquiteturais 
Apresenta hiperplasia basal, bem como projeções epiteliais 
em forma de “gotas”; 
 
Citológicas 
Observa-se presença de mitoses atípicas, perolas de queratina 
e certa disqueratose – epitélio com coloração bem clara. 
77 CHAVES, H. G. S. 
Epitélio normal 
CHAVES, H. G. S. 78 
Displasia leve 
CHAVES, H. G. S. 79 
Displasia moderada 
CHAVES, H. G. S. 80 
Displasia grave 
CHAVES, H. G. S. 81 
Carcinoma in situ 
82 CHAVES, H. G. S. 
Características histopatológicas 
CHAVES, H. G. S. 83 
 Leucoplasia: Histopatologicamente iremos observar uma 
hiperqueratose, bem como uma hiperplasia. 
 
 Eritroplasia: Histopatologicamente apresenta um epitélio 
atrófico, geralmente não queratinizado, bem como uma 
displasia acentuada. 
 
 Queilite Actínica: Histopatologicamente iremos observar 
que o tecido conjuntivo apresenta uma cor arroxeada, sendo 
denominada de Elastose Solar; está é formando por fibras 
colágenas e elásticas. 
Leucoplasia 
CHAVES, H. G. S. 84 
Eritroplasia 
CHAVES, H. G. S. 85 
Queilite Actínica 
CHAVES, H. G. S. 86 
Neoplasias malignas epiteliais 
 Carcinoma de célula escamosas (CCE) pode ter sua origem a 
partir de lesões precursoras epiteliais – Leucoplasia, 
Eritroplasia ou Queilite Actínia, bem como a partir de uma 
nova lesões escamosas. 
 
 A etiologia desta patologia por ser multifatorial irá apresentar 
alguns fatores que podem ajudar no desenvolvimento desta 
lesão. Esses fatores são os extrínsecos e os intrínsecos. 
Aqueles são representados pelo tábaco, pelo etilismo e por 
doenças virais e/ou bacterianas; já o fator intrínseco é 
representado pela desnutrição, anemia e deficiência de 
vitaminas. 
87 CHAVES, H. G. S. 
Carcinoma de células escamosas 
CHAVES, H. G. S. 88 
 Acomete principalmente a Borda Lateral da Língua, 
assoalho de boca, lábio inferior (principal causa – radiação 
ultravioleta), palato mole, mucosa jugal, gengiva e palato 
duro; 
 Clinicamente essa lesão pode ser classificada em exofítica – 
aumento de volume, verruciforme e endofítica; está é uma 
lesão destrutiva, invasiva e ulcerada. 
Carcinoma de células escamosas 
CHAVES, H. G. S. 89 
Características histopatológicas 
 
 Epitélio estratificado pavimento displásico; 
 Presença de ilhas ou cordões invadindo o tecido conjuntivo. 
As células apresentam certo grau de pleomorfismo; 
 Presença de pérolas de queratina no tecido conjuntivo; 
 Em uma lâmina de carcinoma de células escamosas, pode-se 
observar ainda uma gradação ou diferenciação do epitélio, 
indo do bem diferenciado ao pouco diferenciado. 
 
CHAVES, H. G. S. 90 
CHAVES, H. G. S. 91 
CHAVES, H. G. S. 92 
CHAVES, H. G. S. 93 
CHAVES, H. G. S. 94 
CHAVES, H. G. S. 95 
Carcinoma verrucoso 
CHAVES, H. G. S. 96 
 É uma variante de baixo grau do CCE apresentam em sua 
superfície inúmeras verrugas, com intensa presença de 
queratina. Esse tumor tem uma característica exofítica, não 
tem tendência em sofrer metástases; 
 Acomete principalmente Fundo de vestíbulo, gengiva, 
língua, palato e mucosa jugal. 
 
Características histopatológicas 
 
 Epitélio estratificado pavimentoso hiperqueratizado com 
projeções papilares na superfície, cristas epiteliais que 
empurram o tecido conjuntivo, bem como células 
pleomorficas e acantolíticas, presença de pouca atípia celular. 
 
 
CHAVES, H. G. S. 97 
CHAVES, H. G. S. 98 
CHAVES, H. G. S. 99 
CHAVES, H. G. S. 100 
Sialonodenopatias 
 As Sialodenopatias se caracterizam pelas doenças que afetam todo o conjunto de 
glândulas salivares. O funcionamento normal dessas glândulas pode ser afetado por 
processos infecciosos, inflamatórios, obstrutivos, alterações funcionais e tumorais. 
 
 Os processos inflamatórios e ou infecciosos provocam o surgimento de lesões do 
tipo Sialodenite e Sialitiase. 
 
 Doenças autoimunes provocam o surgimento de lesões como a Síndrome de 
Sjogren. 
 
 As lesões reacionárias que acometem as glândulas salivares são: Fenômeno de 
extravasamento de muco e cisto de retenção, podendo observar-se clinicamente a 
Rânula. 
 
 Os tumores que acometem as glândulas salivares são dois, o Adenoma pleomórfico 
e o carcinoma mucoepidermoide, respectivamente tumor benigno e tumor maligno 
que mais acometem a cavidade bucal. 
 
 
 
 
101 CHAVES, H. G. S. 
Sialodenite 
CHAVES, H. G. S. 102 
 A inflamação que causa essa patologia pode ser tanto aguda 
quanto crônica. Clinicamente iremos observar a diminuição 
do fluxo salivar, região edemaciada (quando a inflamação for 
aguda) com dor. 
 Acometem principalmente as glândulas parótidas, 
provocando um levantamento do lóbulo da orelha, apresenta 
sintomas inespecíficos. 
 A sialografia exibe sialectasia (dilatação ductal) próxima à 
área de obstrução – observa-se uma região em formade 
“lingüiça”. 
Sialodenite 
CHAVES, H. G. S. 103 
Características histopatológicas 
 
 Presença de infiltrado inflamatório agudo (presença de 
neutrófilos) e crônico (linfoplasmocitário) focal ou difuso; 
 nota-se ainda a atrofia dos ductos acinosos, podendo observar 
ainda uma dilatação dos ductos, caracterizando, assim, um 
quadro de sialectasia; 
 Nota-se ainda a presença de fibrose intersticial – área 
eosinofilica. 
Sialitose/Sialitiase 
CHAVES, H. G. S. 104 
 É uma patologia causada por uma obstrução dos ductos, formando 
calcificações dentro do sistema ductal. Essas calcificações ocorrem 
devido a deposição de cálcio e de fosfato nos ductos Dedris; 
 Acomete principalmente as glândulas submandibulares; 
 
Características histopatológicas 
 Histopatologicamente iremos observar fragmentos calcificados 
(macroscopicamente apresenta coloração amarelada, aspecto duro, 
semelhante ao osso) em formado concêntrico envolvidos ou não 
pelo ducto glandular ectásico, 
 nota-se ainda a presença de inflamação periductal, essa pode 
ajudar no aparecimento de uma metaplasia escamosa – as células 
mudam a forma. 
 
CHAVES, H. G. S. 105 
CHAVES, H. G. S. 106 
Síndrome de Sjogren 
CHAVES, H. G. S. 107 
 É uma doença autoimune que leva a inflamação das glândulas 
salivares e lacrimares; 
 A síndrome de Sjogren pode ser classificada de duas formas, a 
forma primaria e a forma secundária. A primária também é 
conhecida como síndrome seca, que é uma doença que 
envolve apenas a destruição destas glândulas salivares e 
lacrimais, normalmente a destruição globular é bem maior na 
primária que na secundária. Já o padrão secundário é 
quando observa-se uma alteração nas glândulas associados 
com outras doenças sistêmicas do tecido conjuntivo, como 
exemplo, temos o Lupus eritematoso. 
Síndrome de Sjogren 
CHAVES, H. G. S. 108 
Características clínicas 
 os pacientes apresentam um quadro de xerostomia e xeroftalmia, 
diminuição do fluxo salivar, mucosa descamativa e halitose; tem 
uma predileção pelo sexo feminino acima de 40 anos. 
 
Características histopatológicas 
 
 Histopatologicamente iremos observar um infiltrado inflamatório 
linfocitário focal, 
 presença de sialectasia, bem como um infiltrado inflamatório 
gorduroso presente no parênquima glandular, 
 Substituição dos acinos pelo infiltrado mononuclear fibroso. 
 
CHAVES, H. G. S. 109 
CHAVES, H. G. S. 110 
CHAVES, H. G. S. 111 
 A Mucocele é uma patologia que acomete as glândulas 
salivares, entretanto, está apresenta um subtipo, mais 
conhecido como Rânula. Histopatologicamente a Mucocele 
pode ser observada na forma de cisto de retenção de muco 
ou na forma de fenômeno de extravasamento de muco; neste 
observamos um movimento dos ductos salivares seja ela 
maior ou menor, já no cisto de retenção temos a obliteração 
dos ductos o que provoca uma dilatação dos mesmos, 
originando, assim, um processo inflamatório; 
 
 O nome Rânula é um termo clínico aplicado para a 
Mucocele, mas que são específicos para o assoalho de boca, 
normalmente é lateral a linha média devido à presença da 
glândula sublingual nesta região. 
Fenômeno extravasamento de muco 
CHAVES, H. G. S. 112 
 É originado através de trauma local; é uma lesão que tem 
predileção por crianças e jovens adultos; 
 
Características histopatológicas 
 
 Presença de extravasamento de mucina (amorfo e basofílico) 
circundada por tecido de granulação; 
 Nota-se ainda a presença de macrófagos espumosos (tentam 
fazer a fagocitose, por isso, ficam desse tamanho) – 
histiócitos,; 
 Presença de uma Sialodenite crônica que obstrui as glândulas 
salivares adjacentes 
CHAVES, H. G. S. 113 
CHAVES, H. G. S. 114 
Cisto de retenção de muco 
CHAVES, H. G. S. 115 
Características histopatológicas 
 
 Mucina extravasada circundada por epitélio ductal; esse 
epitélio pode ser semelhante ao ducto – cuboidal ou colunar 
achatado ou pode sofrer um processo de metaplasia, causado 
por uma inflamação; 
 
 Devido à ausência de tecido de granulação pode-se perceber 
menor quantidade de macrófagos espumosos; essa menor 
quantidade pode ser associada também à presença do epitélio 
em volta do ducto. 
Adenoma pleomórfico 
CHAVES, H. G. S. 116 
 Recebe esse nome por que apresenta várias características 
para um mesmo tumor, podendo apresentar alterações em 
células dos ductos, em células mioepiteliais – células que 
envolvem os acinos responsáveis pela contração e ajudam na 
expulsão da saliva produzida; 
 Tem maior predileção pelas glândulas parótidas e 
submandibulares, bem como pelas glândulas salivares 
menores. 
 Clinicamente é observado como um nódulo firme, indolor, 
de crescimento lento e de aspecto liso. Acomete 
principalmente palato, lábio superior e mucosa jugal. 
 
Adenoma pleomórfico 
CHAVES, H. G. S. 117 
Características histopatológicas 
 
 Histopatologicamente iremos observar um tumor 
heterogêneo – em menor aumento podemos observar áreas 
com diversos espectros, áreas com coloração clara, regiões 
basofílicas e eosinofilicas; essas características são formadas 
pelas células ductais (estruturas císticas) e mioepiteliais 
(proliferam no tumor). Essas apresentam algumas formas, 
podendo ser fusiformes, epitelioides (lembram os 
ceratinócitos) ou plasmocitóides (lembram os plasmócitos, 
tem núcleo deslocado para a periferia - formato de 
“carroça”). 
Carcinoma mucoepidermoide 
CHAVES, H. G. S. 118 
Características histopatológicas 
 
 Histopatologicamente iremos observar células produtoras de 
muco, bem como a presença de células escamosas – células 
do ducto que sofrem uma diferenciação escamosa 
(semelhante às células mucosas). 
 
 Nota-se ainda a presença de células intermediarias que 
podem ser basalóides (achatadas) ou ovóides com citoplasma 
escasso, encontramos ainda estruturas ductais – envolvidas 
por células produtoras de muco. 
 
 
CHAVES, H. G. S. 119 
CHAVES, H. G. S. 120 
Patologia da cárie, da polpa e do 
periapice 
 Dentro da dentina podemos encontrar uma área calcificada (material 
orgânico basofílico) que é denominada de cálculo pulpar, estes podem 
ser formados em resposta a algum estimulo microbiano, como também a 
doenças sistêmicas. Esse calculo pulpar pode ser único ou pode ser 
múltiplos. Em determinado momento a polpa já começou a responder 
que a cárie vai chegar à polpa; o estimulo microbiano leva a uma 
inflamação da polpa, quando está inflamada iremos observar o 
surgimento de uma Pulpite. 
121 CHAVES, H. G. S. 
CHAVES, H. G. S. 122 
 Clinicamente a Pulpite pode ser dividida em Pulpite reversível (dor 
rápida e de curta duração) e Pulpite irreversível (Dor aguda e muitas 
vezes pulsátil); aquela denota um grau de inflamação pulpar no qual o 
tecido é capaz de retornar a um estado normal de saúde, caso os 
estímulos nocivos sejam retirados, enquanto, este apresenta uma 
inflamação mais crônica no qual a polpa dentária sofreu um dano além 
das possibilidades de recuperação. 
 
 
 
 
Caso especial 
CHAVES, H. G. S. 123 
 Pulpite Crônica Hiperplásica acomete principalmente molares 
decíduos de crianças e os molares permanentes dos adultos, isso ocorre 
devido ao amplo tamanho das câmaras pulpares; 
 
 Histopatologicamente iremos observar um epitélio queratinizado ou não 
(este se forma devido à descamação de outra região da cavidade oral), 
bem como a presença de tecido de granulação (assemelha-se ao 
granuloma piogênico). 
 
CHAVES, H. G. S. 124 
 As lesões periapicais são basicamente duaso Granuloma periapical e o 
cisto radicular. 
 
 O Granuloma Periapical (resposta do periapice) acontece em 
resposta ao estimulo microbiano, e nada mais é que uma proliferação de 
tecido de granulação. 
 Histopatologicamente além da observação da intensa proliferação 
do tecido de granulação podemos observar ainda a presença de 
cristais de colesterol . 
CHAVES, H. G. S. 125 
Cisto radicular 
CHAVES, H. G. S. 126 
 O Cisto Radicular é uma lesão formada pelo acúmulo de 
restos epiteliais de Malassez no osso alveolar, estes restos 
epiteliais começam a se proliferar; à medida que ocorre essa 
proliferação, nota –se o surgimento de um nódulo. 
 
 Os cistos periapicais são caracterizados por uma cápsula de 
tecido conjuntivo fibroso que é revestida por um epitélio 
estratificado pavimentoso queratinizado ou não com lúmen 
contendo líquido ou restos celulares. 
 
Cistos não odontogênicos 
 Cisto nada mais que uma cavidade revestida por epitélio, 
preenchido por um liquido ou semi-sólido (queratina), aquela é 
envolta por uma cápsula de tecido conjuntivo fibroso, está pode 
apresentar células sanguíneas, bem como células inflamatórias. 
 
 Os cistos não odontogênicos são cistos de desenvolvido e por que 
não são odontogênicos? Por que não derivam do epitélio 
odontogênico.. 
 
 os cistos não odontogênicos mais importantes são os cistos 
palatino do recém nascido, cisto nasolabial, cisto ducto 
nasopalatino (é o mais comum dos cistos), cisto da papila incisiva 
(é uma derivação do cisto ducto nasopalatino), cisto ducto 
tireoglosso ou branquial, cisto linfoepitelial cervical e oral e cisto 
dermoide. 
 
127 CHAVES, H. G. S. 
Cisto palatino do recém nascido 
CHAVES, H. G. S. 128 
 É um cisto de tecido mole e pode ser dividido em Pérolas de Epstein e Nódulo 
de Bohn. 
 
 Acredita-se que as pérolas de Epstein sejam formadas pelo encontro dos 
processos palatinos, com posterior fusão da linha média, formando, assim, o 
palato secundário, contudo durante esse processo pequenas ilhas epiteliais 
podem ficar aprisionadas em baixo da superfície tecidual, localizadas 
principalmente na rafe palatina mediana. 
 
 Já os nódulos de Bohn podem ser originados a partir dos remanescentes 
epiteliais das glândulas salivares menores do palato. Estes nódulos estão 
localizados entre o limite do palato duro e palato mole 
 Histopatologicamente iremos observar um cisto revestido de epitélio 
estratificado pavimentoso com descamação de queratina no lúmen. 
 
CHAVES, H. G. S. 129 
Cisto nasolabial 
CHAVES, H. G. S. 130 
 É um cisto de tecido mole e sua etiologia pode se dar através de duas 
teorias, a primeira é de que remanescentes epiteliais (é a teoria mais 
aceita) fiquem presos ao longo da linha de fusão dos processos nasais 
laterais e medianos; esses cistos se localizam bem próximo da “asa do 
nariz” causando uma elevação do lábio do lábio superior, já a outra teoria 
diz que esses cistos são formados pela deposição ectópica (o epitélio é de 
outra região) do epitélio do ducto nasolacrimal – estrutura embrionária. 
 
 Clinicamente tem uma predileção por adultos entre a 4 e 5 década de 
vida, nota-se um aumento do lábio superior lateral a linha média; é uma 
lesão de fundo de vestíbulo, por isso, o aumento do lábio, podendo 
causar ainda uma elevação da “asa do nariz”. 
CHAVES, H. G. S. 131 
 Histopatologicamente iremos observar um epitélio colunar 
pseudoestratificado – podendo exibir células caliciformes e ciliadas, isso 
se deve devido à localização do cisto, dependendo do corte histológico 
pode-se observar áreas epiteliais cúbicas com metaplasia escamosa; 
percebe-se ainda a presença de um cisto com tecido muscular adjacente. 
 
Cisto ducto nasopalatino 
CHAVES, H. G. S. 132 
 É um cisto intra-ósseo e pode originar-se dos remanescentes 
epiteliais do ducto nasopalatino – estrutura embrionária que 
comunica a cavidade nasal e oral na região de canal incisivo. 
 
 Radiograficamente iremos notar regiões radiolucidas podendo em 
alguns casos observar cistos arredondados ou ovóides (formato de 
pêra invertida ou coração) entre as raízes dos incisivos centrais 
superiores – localiza-se na papila incisiva. 
 
 Histopatologicamente iremos observar um revestimento epitelial 
diversificado, como, por exemplo, epitélio estratificado 
pavimentoso, epitélio colunar pseudoestratificado, epitélio colunar 
simples e epitélio cúbico simples. 
CHAVES, H. G. S. 133 
CHAVES, H. G. S. 134 
Caso especial 
CHAVES, H. G. S. 135 
 Cisto da papila incisiva é uma variação do cisto ducto 
nasopalatino que acomete principalmente os tecidos moles, 
tem a mesma localização do Cisto ducto nasopalatino – papila 
incisiva. A histopatologia é a mesma do cisto ducto 
nasopalatino, apresentando uma coloração azulada, isso se 
deve à presença de liquido na luz do cisto. 
 
Cisto ducto tireoglosso 
CHAVES, H. G. S. 136 
 Esse cisto localize-se na linha media do pescoço, ou aonde existir o 
ducto. 
 Clinicamente aparece entre as 2 primeiras décadas de vida, é uma 
tumefação mole e indolor, localizando-se na linha media do pescoço 
abaixo ou acima do osso híode. 
 
 
CHAVES, H. G. S. 137 
 Histopatologicamente nota-se um epitélio estratificado pavimentoso 
colunar ciliado ou não, na cápsula fibrosa iremos observar a presença do 
tecido tireoidiano – folículo tireoidiano (característico dessa lesão) NÃO 
CONFUDIR COM LIPOMA, glândulas seromucosas – localizadas no 
mento e tecido linfóide. 
Cisto linfoepitelial cervical 
CHAVES, H. G. S. 138 
 É um cisto que se desenvolve na região lateral do pescoço. Apresenta 
uma etiologia incerta, contudo, há duas teorias que tentam explicar a sua 
origem, a primeira é conhecida como clássica e é a mais aceita, está diz 
que o cisto desenvolve-se a partir de remanescentes das fendas 
branquiais, pelo fato de nessa região ocorrer à fusão dos arcos faríngeos. 
A segunda teoria diz que o cisto desenvolve-se a partir de degeneração 
cística do epitélio da glândula parótida que se aprisionou nos linfonodos 
epiteliais superiores. 
 
 Clinicamente acomete adultos entre a 2 e 4 década de vida, apresenta-se 
como uma massa mole, flutuante,os principais fatores predisponentes 
são traumas e infecções. 
 
CHAVES, H. G. S. 139 
 Histopatologicamente iremos observar um epitélio estratificado 
queratinizado ou não, a cápsula apresenta-se com presença de tecido 
linfóide, podendo apresentar ou não agregado linfóide (característica 
exclusiva dessa lesão). 
 
Cisto linfoepitelial oral 
CHAVES, H. G. S. 140 
 É um cisto que se desenvolve dentro do tecido linfóide oral – este é 
encontrado na faringe e na cavidade oral; nesta iremos observar duas 
coisas, o anel de Waldeyer e o agregado linfóide. 
 Histopatologicamente iremos observar um epitélio estratificado 
pavimentoso paraqueratinizado revestindo a cavidade cística, bem como 
a presença de queratina na lúmen do cisto. A parece cística apresenta 
tecido linfóide, podendo apresentar ou não centros germinativos. 
 
Cisto dermoide 
CHAVES, H. G. S. 141 
 É uma lesão incomum de desenvolvimento, pode-se dizer que é uma 
forma frustrada de teratoma (apresenta apenas dois folhetos 
embrionários), pois, apresenta revestimento de epitélio semelhante à 
epiderme – apresenta os três folhetos embrionários, sendo que na 
parede observa-se anexos cutâneos. 
 
 O cisto dermoide faz diagnostico diferencial com a Rânula, contudo está 
localiza-se no assoalho bucal lateral a linha média, enquanto o cisto 
localiza-se exatamente na linha média do assoalhobucal. 
 
CHAVES, H. G. S. 142 
 Histopatologicamente iremos observar a presença de um epitélio 
estratificado pavimentoso ortoqueratinizado, com uma pequena camada 
granulosa, pode-se observar ainda queratina no interior da cavidade 
cística, essa contem glândulas sebáceas e folículos pilosos. 
 
Cisto odontogênicos 
 Qual a diferença entre cistos odontogênicos e cistos não odontogênicos com 
relação à origem? O tipo de célula. Nos cistos odontogênicos as células 
serão de origem do epitélio odontogênico. 
 
 Como um cisto é formado? É necessário ter um aprisionamento de células 
epiteliais em determinado momento. O cisto inflamatório ocorre quando 
há um estímulo para as células epiteliais serem aprisionadas até formar o 
cisto; já o cisto de desenvolvimento ocorre quando não há origem 
inflamatória e é ocasionado por algum escape de células epiteliais na hora da 
odontogênese até formar o cisto. Os cistos odontogênicos terão origem dos 
restos epiteliais de Malassez e principalmente com o epitélio relacionado à 
odontogênese. 
 
 O que pode gerar a formação de cistos? Algo que seja capaz de estimular a 
proliferação do epitélio que ficou aprisionado ou em função de um trauma. 
 
 
143 CHAVES, H. G. S. 
CHAVES, H. G. S. 144 
 Os cistos odontogênicos de origem inflamatória são: Cisto periapical ou 
radicular, cisto residual e cisto paradentário. Os cistos odontogênicos de 
desenvolvimento são: cisto dentígero, cisto de erupção, cisto gengival do 
recém nascido, cisto gengival do adulto e cisto periodontal lateral. 
Cisto radicular ou periapical 
CHAVES, H. G. S. 145 
 Causa – Inflamação na polpa causada por cárie, Há dente, imagem 
radiolúcida envolvendo periápice do dente não vital, Histologicamente – 
Luz do cisto revestida por epitelial e cápsula de tecido conjuntivo com 
fibrina e cristais de colesterol (indica que é um cisto de origem 
inflamatória), macrófagos espumosos (assim como na Mucocele), 
inflamação na cápsula. 
 
 Obs.: 
 Cisto residual: Não há dente, pouca inflamação, sem dor, epitélio fino. 
 Cisto paradentário: Quando há metade do dente erupcionado e metade dentro do 
osso, isso faz com que seja uma porta de entrada para várias bactérias devido parte 
de a gengiva encobrir o dente. Devido à presença de área infecciona a higienização 
se torna difícil, acumula bactéria e causa a pericoronarite. O cisto paradentário 
(lesão óssea) é originário da pericoronarite (inflamação ao redor da coroa). 
 
 
CHAVES, H. G. S. 146 
CHAVES, H. G. S. 147 
Cisto dentígero 
CHAVES, H. G. S. 148 
 Origem: Acúmulo de líquido entre epitélio reduzido do órgão do esmalte 
e a coroa do dente (em determinado momento na formação do dente); 
 Características clínicas: Vai aparecer basicamente em dente incluso (3º 
molar inferior, canino superior, pré molar inferior, 3º molar superior); 
 Encontra-se exatamente na junção amelo-cementária; 
 Área radiolúcida envolvendo coroa do dente 
 Características histológicas: Cápsula fibrosa revestida por epitélio de 2 a 3 
camadas celulares, Epitélio estratificado escamoso não queratinizado – 
que envolve o cisto, interface entre epitélio e conjuntivo é plana (sem 
projeções), epitélio com poucas camadas, tecido conjuntivo sem 
inflamação (pode haver inflamação, quando isso ocorre, para dar o 
diagnóstico deverá juntar sempre característica clínica radiográfica e 
histológica). 
 
CHAVES, H. G. S. 149 
CHAVES, H. G. S. 150 
CHAVES, H. G. S. 151 
Cisto de erupção 
CHAVES, H. G. S. 152 
 Lesão extraóssea; 
 Envolve a coroa do dente; 
 Origem: epitélio reduzido do órgão do esmalte; 
 Também chamado de Hematoma de erupção, quando este associado a 
trauma – apresenta coloração arroxeada; 
 Acometem os primeiros molares permanentes e dentes decíduos 
superiores e inferiores; 
 Impede a erupção do dente; 
 Características histológicas: Epitélio pavimentoso estratificado não 
queratinizado, lâmina própria (células inflamatórias) e epitélio de 
superfície; 
 Epitélio com projeções 
 Remanescentes do epitélio odontogênico 
 
CHAVES, H. G. S. 153 
CHAVES, H. G. S. 154 
Cisto gengival do recém nascido 
CHAVES, H. G. S. 155 
 Origem: Lâmina dentária que quando se fragmenta da origem a restos 
de Serres; 
 Acomete 50% dos recém nascidos; 
 Corresponde a múltiplas pápulas brancas no rebordo alveolar 
principalmente da maxila; 
 Características histopatológicas: Formas redondas ou ovais, delgado 
epitélio pavimentoso estratificado paraqueratinizado, epitélio de 
revestimento fino e cavidade cística com queratina descamada; 
 Diagnóstico diferencial: Cistos palatinos de desenvolvimento (Nódulos 
de Bohn – Lateralmente em palato duro e mole; e Pérolas de Epstein – 
Rafe palatina) 
 Sem características radiográficas 
 
CHAVES, H. G. S. 156 
Cisto gengival do adulto e Cisto 
periodontal lateral 
CHAVES, H. G. S. 157 
 Origem: Restos da lâmina dental (Restos de Serres); 
 Características histopatológicas: Espessamento epitelial para o lúmen 
(placas), Células claras (com glicogênio dentro) e Epitélio escamoso 
estratificado podendo ter ou não células cúbicas; 
 
Cisto gengival do adulto 
CHAVES, H. G. S. 158 
 Extraósseo; 
 Tecido mole; 
 Prevalência: Pré molar e canino inferior; 
 Indivíduos acima de 50 anos; 
 Normalmente é assintomático; 
 Lesões pequenas de até 1 cm; 
 Atinge mucosa alveolar ou gengiva vestibular; 
 Pode ter uma leve radiolucidez, mas normalmente é sem alteração 
radiográfica por ser de tecido mole; 
 Características histopatológicas: epitélio estratificado escamoso fino ou 
cuboide, espessamento epitelial para o lúmen, células claras de 
glicogênio no epitélio de revestimento. 
 
CHAVES, H. G. S. 159 
CHAVES, H. G. S. 160 
Cisto periodontal lateral 
CHAVES, H. G. S. 161 
 Intraósseo; 
 Tecido duro; 
 Prevalência: Incisivo lateral, canino e pré molar inferior; 
 Indivíduos acima de 50 anos; 
 Lateralmente a raiz dos dentes; 
 Imagem radiolúcida entre a raiz dos dentes de prevalência; 
 Cisto odontogênico botrióide (variante multilocular – cisto um pouco 
mais agressivo com lesões um pouco maiores - do cisto periodontal 
lateral); 
 Características histopatológicas: epitélio estratificado escamoso fino ou 
cuboide, espessamento epitelial para o lúmen, células claras de 
glicogênio no epitélio de revestimento. 
 
CHAVES, H. G. S. 162 
Tumores odontogênicos 
 Os tumores odontogênicos seguem a classificação da Organização 
Mundial da Saúde (OMS) proposta em 2005. Os tumores podem ser 
classificados em dois tipos, sendo eles: tumores odontogênicos malignos 
de origem epitelial, sendo chamados de carcinomas e os tumores 
odontogênicos malignos de origem mesenquimal que são chamados de 
sarcomas. 
 
 Os tumores benignos podem ser classificados quanto a três tipos, sendo 
eles: tumores odontogênicos benignos de origem epitelial sem presença 
de ectomesênquima, tumores odontogênicos benignos de origem 
epitelial com a presença de ectomesênquima e tumores odontogênicos 
benignos de origem mesenquimal. 
 
163 CHAVES, H. G. S. 
CHAVES, H. G. S. 164 
Os tumores benignos derivados do epitélio odontogênico podem ser de 2 
tipos, sendo eles o ameloblastoma e o tumor odontogênico 
queratocistico. 
 
Ameloblastoma 
CHAVES, H. G. S. 165 
 Atinge adultos jovens, entre a 3ª e a 7ª década de vida, não apresenta predileção 
por sexo, acomete principalmente a mandíbula, algo em torno de 85%, é 
assintomático, apresentando apenas um aumentode volume, contudo, este é 
aumento é de crescimento lento. 
 
 Radiograficamente pode-se observar uma lesão radiolúcida multilocular, com 
aspecto radiográfico semelhante a “bolhas de sabão” ou “favos de mel”. Nota-se 
também uma expansão da cortical, podendo se observar reabsorção de raízes ou 
dente incluso associado. Se a reabsorção, pode - se afirmar que está lesão 
apresenta um grande potencial de agressão. 
 
 O ameloblastoma pode ser subdividido em 5 prognósticos, sendo eles: folicular, 
plexiforme, acantomatoso, de células granulares e de células basais ou 
basaloídes, entretanto os dois primeiros são mais “importantes” didaticamente 
para a avaliação. 
 
 
CHAVES, H. G. S. 166 
 O prognostico folicular apresenta ninhos de epitélio que lembram o 
epitélio reduzido do órgão do esmalte, mergulhados em um tecido 
conjuntivo fibroso maduro. Células da periferia cilíndricas com 
polarização invertida (uma célula do lado da outra sendo que os núcleos 
dessas células estão perto do retículo estrelado) que lembram 
ameloblastos e dentro do ninho iremos observar uma formação 
semelhante ao retículo estrelado do órgão do esmalte. O prognostico 
plexiforme apresenta cordões ou placas de células epiteliais 
anastomosados, distribuídos em um estroma frouxo. 
 
 O prognostico acantomatoso apresenta ilhas epiteliais exibindo 
metaplasia escamosa (as células do centro do ninho que era semelhante 
ao retículo estrelado do órgão do esmalte sofrem uma metaplasia 
(transformação) e ficarão parecidas com o epitélio escamoso de 
revestimento) em seu interior, por vezes com formação de queratina. O 
prognostico de células granulares forma por vezes também ninhos, 
mas, as células epiteliais exibem citoplasma amplo com granulações de 
revestimento. Já o prognostico de células basais iremos observar a 
formação de ninhos ou cordões de células basaloídes sem a presença de 
organização semelhante ao retículo estrelado. 
 
 
CHAVES, H. G. S. 167 
 O ameloblastoma intra ósseo unicístico apresenta um prognostico 
“menos” pior se comparado ao ameloblastoma multicístico. É observado 
entre a 2ª e a 3ª década de vida, acomete principalmente a mandíbula, 
algo em torno de 90%, é assintomático, unilocular, podendo ou não 
estar associado ao terceiro molar incluso. 
 
 Histopatologicamente o ameloblastoma apresenta uma semelhança com 
um cisto, por isso, o diagnóstico serve como parâmetro diferencial paras 
os cistos odontogênicos. O ameloblastoma de uma forma geral ira 
apresentar uma cápsula revestida por um epitélio com a luz da cavidade; 
o epitélio varia entre o intraluminal e o mural, o epitélio daquele invade 
o lúmen, enquanto, o epitélio desse invade a cápsula. 
 
 
CHAVES, H. G. S. 168 
CHAVES, H. G. S. 169 
Tumor odontogênico queratocistíco 
CHAVES, H. G. S. 170 
 O tumor odontogênico queratocístico até o ano de 2005 era caracterizado 
como sendo um cisto, entretanto, a partir da nova classificação da OMS, aquele 
passou a ser enquadrado como sendo um tumor, essa nova classificação levou 
em conta a sua capacidade de agressão, tendo em visto que este é localmente 
invasivo e infiltrativo podendo causar pequenas mutilações quando 
diagnosticado tardiamente, além dessas características em pesquisa recentes foi 
descoberto que pacientes que apresentam essas lesões possuem uma mutação 
em um gene, motivo pelo qual ajudou na alocação desse no setor de tumor. 
 
 Clinicamente podemos observar que o tumor odontogênico queratocisto tem 
predileção por mandíbula, principalmente a região de 3 molar, bem como pelo 
ramo da mandíbula, quando em maxila acomete principalmente os dentes 3 
molar e canino. Pode – se observar um aumento na região, bem como uma 
expansão do osso, pode estar associado a dentes inclusos. No dia a dia da clinica, 
pode – se fazer a punção desse cisto, observando após a “extração” um liquido 
de cor meio amarelada, semelhante a uma margarina, este liquido representa a 
queratina. 
 
 
Tumor odontogênico queratocistíco 
CHAVES, H. G. S. 171 
 É importante ficar atento a analises radiográficas para não confundir o 
tumor odontogênico queratocisto como cisto dentigero, por que este 
envolve a junção amelocementária. E nos cistos periapicais não é 
observada vitalidade pulpar no dente afetado. 
 
 Histopatologicamente iremos observar uma cápsula cística revestida por 
epitélio pavimentoso estratificado paraqueratinizado de aspecto 
corrugado e interface plana com o tecido conjuntivo; nota-se ainda uma 
espessura uniforme, bem como a presença de células da camada basal em 
forma paliçada. Em alguns locais pode – se notar que o epitélio se separa 
do conjuntivo ( para ficar mais fácil lembrar de pênfigo e penfigoide), 
podemos notar a presença de cistos satélites ( a presença desses dificulta 
o diagnostico), em alguns casos (raros) pode – se observar certa 
reabsorção óssea. 
 
 
CHAVES, H. G. S. 172 
CHAVES, H. G. S. 173 
CHAVES, H. G. S. 174 
Para efeito de estudo didático os tumores benignos derivados do 
epitélio odontogênico com a presença de ectomesênquima que 
serão estudados será apenas o Odontoma. 
 
Odontoma 
CHAVES, H. G. S. 175 
 É o tumor odontogênico mais observado na vivencia clinica. 
 Este tumor é subdivido em dois tipos, sendo eles, o composto e o complexo. 
Aquele aparece principalmente em região anterior em maxila; nota – se a 
presença de estruturas semelhantes ao dente (dentículos), já este aparece 
principalmente em região posterior em mandíbula e maxila; pode – se observar 
a presença de uma massa calcificada. Em relação ao prognostico, não observa – 
se diferenças. 
 Clinicamente observa – se que atinge principalmente jovens entre a 1ª e 2ª 
década de vida, acomete principalmente a maxila, quando se trata do subtipo 
composto, observa – se predileção pela região anterior, enquanto, que quando 
se tratar do subtipo complexo, nota – se uma predileção pela região posterior, 
principalmente a de molares. 
 Histopatologicamente iremos perceber a presença de matriz de esmalte, dentina 
e polpa em quantidades e distribuições anormais. (raramente se vê esmalte, pois 
este geralmente é perdido durante o processamento), bem com a presença de 
algumas formações que podem lembrar germes dentários em formação. 
 
CHAVES, H. G. S. 176 
CHAVES, H. G. S. 177 
CHAVES, H. G. S. 178 
Para efeito de estudo didático os tumores benignos do 
ectomesênquima com ou sem presença de epitélio odontogênico 
que serão estudados será apenas o Mixoma odontogênico. 
 
Mixoma odontogênico 
CHAVES, H. G. S. 179 
 Mixoma odontogênico é uma lesão que não apresenta epitélio 
odontogênico. É mais frequente em adultos jovens, é uma lesão 
radiolucida uni ou multilocular (apresenta aspectos em forma de 
degraus de escada). Acomete principalmente a mandíbula, pode 
apresentar ou não crescimento rápido. Apresenta uma grande 
possibilidade de ocorrer recidivas, quando o crescimento é lento e 
continuo, iremos observar expansões corticais. 
 
 Histopatologicamente iremos observar células fusiformes, 
arrendondadas ou estreladas, bem como um estroma mixoide frouxo. 
Em alguns casos pode – se observar grande quantidade de fibras 
colágenas, sendo a lesão denominada de fibromixona. O diagnostico é 
feito através de exames histológicos. 
 
 Macroscopicamente podemos observar a presença de um tecido mole, 
gelatinoso, que se assemelha à carne de peixe. A lesão deve ser retirada 
cirurgicamente. 
CHAVES, H. G. S. 180 
CHAVES, H. G. S. 181 
CHAVES, H. G. S. 182 
Referências bibliográficas 
CHAVES, H. G. S. 183 
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 http://estomatologiaonlinepb.blogspot.com.br; 
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 http://estomatologia1.rssing.com/chan-34018909/latest.php; 
 
 Manual de patologia bucal – UERJ,;Fábio Ramôa Pires eTeresa 
Cristina Ribeiro Bartholomeu dos Santos; 
 http://anatpat.unicamp.br/neupimportal.html

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