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Caderno Penal IV

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Estelionato Art. 171
Torpeza bilateral – má fé de parte a parte, do sujeito ativo e do sujeito passivo, a doutrina discuto (ex clássico maquina de fazer dinheiro), se o suj passivo tb estiver de má fé (quer obter uma vantagem indevida) existiria estelionato? 2 posicionamentos e um mais dominante, há quem diga q a ma fe do suj passivo gera a exclusão do estelionato, torpeza bilateral afastaria a tipicidade da conduta. O posicionamento majoritário (do STJ) diz o contrário, como a boa fé do suj passivo não integra o tipo, se o suj ativo está de má fé basta, a má fé do suj passivo não é elementar do tipo, então a toreza bilateral não afeta a tipicidade.
Obviamente crime doloso, não existe fim específico
Qual o momento consumativo do estelionato? Fases 1- Utilização do meio fraudulento 2-obtenção de vantagem 3- geração de prejuízo, então só é consumado se cumprir essas três fases (ex caso faminas, suj ia numa instituição financeira pegava o dinheiro emprestado financiado a 36 parcelas e emprestava esse dinheiro pra frente com prazo mais curto, juro mais alto, recebia o dinheiro, quitava o banco e ficava com a diferença, tem crime nisso aqui? [esquecer o empréstimo, usura, só pensar no estelionato] não tem crime pois não gerou prejuízo à instituição bancária) Bittencourt tem uma opinião meio diversa ao primeiro momento do estelionato, que é o momento fraudulento, se você usou de um meio fraudulento pra enganar a vitima e a vitima não foi enganada o bittencourt acha que isso é atípico (não é absolutamente nada pela ausência de potencialidade lesiva) já a outra galera entende que há estelionato tentado 
AÇÃO PENAL PÚBLICA INCONDICIONADA (André acha que é uma preocupação abusiva, e no projeto de código penal diz que se não tiver violência é PÚBLICA CONDICIONADA) 
§ 1º Se o criminoso é primário, e é de pequeno valor o prejuízo, o juiz pode aplicar a pena conforme o disposto no art. 155, § 2º. 
No 155 fala do pequeno valor da coisa subtraída, no 171 no pequeno valor em prejuízo, só que não existe prejuízo em si, só em relação a quem sofre, a coisa vale em si mesma, o prejuízo é quanto gerou pra quem o tinha
§ 2º Nas mesmas penas incorre quem:
Disposição de coisa alheia como própria
I - vende, permuta, dá em pagamento, em locação ou em garantia coisa alheia como própria;
Quem vende coisa dos outros como se fosse dele
Alienação ou oneração fraudulenta de coisa própria
II - vende, permuta, dá em pagamento ou em garantia coisa própria inalienável, gravada de ônus ou litigiosa, ou imóvel que prometeu vender a terceiro, mediante pagamento em prestações, silenciando sobre qualquer dessas circunstâncias;
Vende coisa que não pode 
Defraudação de penhor
III - defrauda, mediante alienação não consentida pelo credor ou por outro modo, a garantia pignoratícia, quando tem a posse do objeto empenhado;
Direitos reais de garantia, passa uma coisa que você não pode passar
Fraude na entrega de coisa
IV - defrauda substância, qualidade ou quantidade de coisa que deve entregar a alguém;
Obviamente tem que ser coisa lícita, que você falsifica, tipo adulterar bebida
Fraude para recebimento de indenização ou valor de seguro
V - destrói, total ou parcialmente, ou oculta coisa própria, ou lesa o próprio corpo ou a saúde, ou agrava as conseqüências da lesão ou doença, com o intuito de haver indenização ou valor de seguro;
Você destrói sua coisa pra ganhar o seguro
Fraude no pagamento por meio de cheque
VI - emite cheque, sem suficiente provisão de fundos em poder do sacado, ou lhe frustra o pagamento.
Cheque sem fundo, ou você emite em poder do sacado (a essência continua sendo a fraude, sei que não tenho grana mas emito assim mesmo) entende a doutrina que esse crime só pode ser cometido pelo emitente, titular da conta, e se a conta efetivamente tiver funcional, aberta e movimentada, existe uma discussão sobre o cheque dado à prazo (vulgo pré-datado) já que o cheque é uma ordem de pagamento a vista, se deixou de ser a vista não é cheque e não cabe mais, assim permanece o estelionato ou não? Se eu dou um cheque pré-datado você sabe que eu não tenho a grana, que eu vou ter, mas não tenho agora, então existiu ou não a fraude? (ex. um sujeito em Ouro Preto emitiu 6 cheques sem fundo com datação posterior, a mulher dele estava gravida, ele estava trabalhando e quando a menina nasceu, nasceu com parte do intestino exposto, então precisou fazer vários tratamentos que gerou uma série de custos para o qual os pais não estavam preparados além dos custos normais, como roupa, fralda, e nessas lojas ele deu os cheques, que começaram a bater e voltar, daí ele foi processado, há crime nesse caso? Ausência da fraude pois ele não sabia que o cheque ia voltar e pelo estado de necessidade do caso) tem que analisar a fraude. Ele se consuma no momento em que o cheque for recusado (STF). Súmula 554 STF se você pagar o cheque antes de receber a denúncia trava a ação penal e apaga tudo pra trás TRETA art. 16 Arrependimento posterior diz que a pena é reduzida e não interrompe a ação penal, sendo assim, qual dos dois se aplica? 1 questão cronológica – a lei veio depois então a sumula não faz referência a legislação em vigor 2 – hierarquia de fontes – LEI > súmula 3 – posicionamento do STF – Súmula é minha a lei não, então segundo o STF só no caso de estelionato mediante cheque sem fundo que vale. Segunda forma de cometer esse crime é contra a ordem fraudulenta do cheque, sustado. 
Art. 176 Tomar refeição em restaurante, alojar-se em hotel ou utilizar-se de meio de transporte sem dispor de recursos para efetuar o pagamento:
Pena - detenção, de quinze dias a dois meses, ou multa.
Parágrafo único - Somente se procede mediante representação, e o juiz pode, conforme as circunstâncias, deixar de aplicar a pena.
Não ter o dinheiro pra pagar, se recusar a pagar deixa de ser penal, a solidariedade não se presume, a sua mesa no restaurante que recebe o valor das coisas. Dia da pendura 
Receptação
Art. 180 - Adquirir, receber, transportar, conduzir ou ocultar, em proveito próprio ou alheio, coisa que sabe ser produto de crime, ou influir para que terceiro, de boa-fé, a adquira, receba ou oculte: 
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. 
Ex. Lá em 7 Lagoas, tem um restaurante com preço bom e comida boa, e sempre que o prof vai la chega o mesmo sujeito oferecendo DVD pirata pra galera, na medida que você adquire esse DVD você tá cometendo receptação.
Tipo objetivo – se constrói ao redor de 5 verbos iniciais e mais um depois, dizem que é receptação própria e imprópria. ADQUIRIR, RECEBER, TRASNPORTAR, CONDUZIR OU OCULTAR (primeiros verbos, receptação própria) INFLUIR (receptação imprópria). Adquirir e Receber, qual a diferença entre os dois? Adquirir significa a transferência do domínio, já receber a transferência da posse ou detenção (título que a coisa está em seu poder) André diz que juridicamente não existe transferência de domínio de algo ilícito, ele acha que a diferença se diz respeito à onerosidade ou gratuidade (sem pagamento receber, pagando adquirir). Transportar e Conduzir, transportar é pegar e levar, conduzir a coisa vai com você. Ocultar é esconder. Quando o tipo possui diversos núcleos é um tipo misto, que você tem várias formas de cometer o crime, ele pode ser de duas espécies, CUMULATIVO (pratica de mais de um verbo, mais de um crime) ALTERNATIVO (prática de mais de um verbo é só um crime por ser desdobramento de uma só conduta) RECEPTAÇÃO É CUMULATIVO OU ALTERNATIVO? Os dois, se eu adquiri uma coisa transportei pra casa, chegando lá eu escondi é um crime só, se eu influenciei alguém a adquirir o mesmo q eu é dois crimes. Pra ser tipo misto cumulativo tem que combinar a própria com a imprópria
Objeto material da receptação – coisa que se sabe ser produto de crime, qualquer crime não só de patrimônio, 
Qual natureza tem a coisa objeto de receptação? O código não fala, então pode ser móvel ou imóvel (se por extorsão mediante sequestro fiz você me passar uma casa e eu vender pra outra pessoa é receptação? Mirabettediz que SIM, os outros autores de Direito Penal dizem que NÃO EXISTE RECEPTAÇÃO DE BEM IMÓVEL, pois ela pressupõe mobilização da coisa
Receptação qualificada
§ 1º - Adquirir, receber, transportar, conduzir, ocultar, ter em depósito, desmontar, montar, remontar, vender, expor à venda, ou de qualquer forma utilizar, em proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial, coisa que deve saber ser produto de crime
AULA DIA 19-11-15 EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 
Questões sobre crime contra o patrimônio
Durante o dia Huguinho entrou na padaria (....)
Que crime foi cometido por Huguinho, Zezinho e Luizinho, consumado ou tentado? Por que? Roubo, consumado (pois houve a subtração e a violência ou grave ameaça - STJ) ou tentado (tem que falar que foi pela ausência da posse tranquila da coisa).
É possível, nesse caso, majorar-se o crime pelo emprego de arma? Por que? E a hipótese inversa, em algum caso seria possível? Por que? Sim, se haviam testemunhas e vídeos que provavam a existência da arma ela deve ser considerada na análise do tipo penal no suprimento da prova, se encontrassem a arma a hipótese inversa seria possível, pois a arma era de plástico e segundo o STF brinquedo não é arma.
Tendo em vista o pequeno valor da coisa subtraída, é possível aplicar-se a insignificância? Por que? Não, pois não é possível usar a insignificância em crimes com violência.
O resultado é imprevisível, extorsão mediante sequestro simples consumada, não há necessidade da obtenção da vantagem econômica para que o crime se consuma. 
Furto qualificado pelo abuso de confiança (não pode majorar o crime por ele ser durante o repouso noturno pois já é qualificado), consumado, segundo o STJ nesse crime não poderíamos aplicar a insignificância pelo fato do abuso de confiança, mas cabem os benefícios do § 2º.
 O crime cometido pela morena é o crime de roubo impróprio consumado e Jéssica por furto, por conta disso ela é sujeito ativo do bem que provém a coisa então ela não cometeu o crime de receptação. Atear fogo na peça, a fim de destruí-la, nos remete a ideia de exaurimento do crime anterior, não há dolo de dano, é uma sequência de uma mesma conduta. 
Maurício cometeu estelionato mediante fraude utilizando cheque, pois o mesmo tinha conhecimento que o cheque não possuía fundos, já Joana não cometeu crime algum, pois ela não estava ciente dessa condição, sem ciência não há dolo, portanto nesse caso não há crime. A tese defensiva poderia ser baseada no fato dele ter praticado o crime contra ascendente sem grave ameaça e a mãe possui menos de 60, logo não há punição do fato ilícito. Há o crime, não há pena.
Sim, ele responderia por roubo, e roubo contra ascendente não possui isenção de pena, o fato da arma ser de brinquedo só afetaria no fato de o roubo ser qualificado ou não, segundo o STF não qualificaria pois arma de brinquedo não é arma.
Guimê e Daleste cometeram crime de roubo próprio com agravo pelo concurso de pessoas, consumado pois houve a subtração e ameaça, eles responderiam por apenas 1 crime pois a conduta não era fracionada, e pelo emprego de arma pois não teve a perícia.
A reportagem utiliza a termologia roubo e furto para qualificar a ação de Fabiano, tal ação seria fraude por simular tirar lixo quando na verdade tira roupas, ele não é possuidor mas detentor, ele deixou te ser desvigiado para ser vigiado.
AULA 20-11-15
Crimes Sexuais
Alteração da nomenclatura do Título VI da parte especial do código penal, até 2009 chamava “dos crimes contra os costumes”, depois disso parou a se chamar “dos crimes contra a dignidade sexual”. Em 2009 com a alteração da lei paramos de nos preocupar com o que as pessoas fazem com a sua sexualidade e passamos a tutelar a dignidade da pessoa humana a partir do que as pessoas fazem com outras na sua sexualidade. 
Antes de 2009 a redação era diferente da atual: “Constranger mulher à conjunção carnal, mediante violência ou grave ameaça” Então, o sujeito passivo tinha que ser mulher, conjunção carnaval, “ato sexual clássico”, “congresso carnal”, basicamente a introdução do pênis na vagina, qualquer coisa diferente disso não seria conjunção carnal, consequentemente não seria estupro. Quem poderia ser autor do crime de estupro? A doutrina falava que somente podia ser o homem, já que tem que ser introdução do pênis na vagina e a mulher já é sujeito passivo, logo tem que ser homem, e se consumava com introdução total ou parcial, com ou sem ejaculação, era possível a tentativa. Já no Art. 214 haveria atentado ao pudor “Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a praticar ou permitir que com ele se pratique ato libidinoso diverso da conjunção carnal” aí poderia ser qualquer pessoa, podia ser mulher com mulher, homem com homem, ato libidinoso é gênero, pode ser qualquer penetração. Com penetração em mulher estupro o resto é atentado ao pudor. Conduta se amoldava ao tipo subjetivo do tipo penal. 
A partir da Lei 12015/09 tais artigos foram mudados e viraram somente um tipo penal.
Estupro
Art. 213.  Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso:  
Pena - reclusão, de 6 (seis) a 10 (dez) anos. 
Em primeiro lugar você consegue perceber que houve a justaposição dos dois tipos (213 + 214 do antes do 2009), primeiro a questão da solucionatica, acabou com o problema no sentido de que não havia nenhuma necessidade de ter dois tipos tratando da mesma coisa, resolveu o problema juntando os dois, quando isso aconteceu em 2009 a imprensa deu uma surtada, mas na sua essência sempre foi a mesma coisa, já no tipo penal podemos falar que o crime pode ser cometido por qualquer pessoa, contra qualquer pessoa, os principais problemas pro André: em primeiro lugar o que o legislador pensou quando deixou as duas expressões “conjunção carnal” e “ato libidinoso”, ato libidinoso já inclui a conjunção carnal, não há a necessidade de falar as duas coisas, e quando se fala delas se causa um problema, na medida que em 2009 você junta os dois crimes mas mantem as pessoas é possível ou não concurso desse crime com ele mesmo? Se uma pessoa faz conjunção carnal e ato libidinoso há concurso? Sim. Quando se consuma o estupro? Voltamos na treta anterior, qual é o fim visado? Conjunção carnal ou ato libidinoso? Isso só vai saber quando conhecer o que o sujeito pretendia por sua conduta, 
 § 1o Se da conduta resulta lesão corporal de natureza grave ou se a vítima é menor de 18 (dezoito) ou maior de 14 (catorze) anos:  
Pena - reclusão, de 8 (oito) a 12 (doze) anos. 
§ 2o Se da conduta resulta morte:  
Pena - reclusão, de 12 (doze) a 30 (trinta) anos
Aula 26-11-15
Comparação
Estupro de Vulnerável
Art. 217-A.  Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14 (catorze) anos:
Quero começar comparando com o caput do 217-A, a primeira coisa para pensar é o seguinte, a categoria jurídica do vulnerável foi criado pela Lei 12015, até então não tinha ninguém tratado por esse nome “vulnerável”, isso vem da CPI mista de pedofilia, que tratou esses sujeitos como objetivamente hipossuficientes, entendem esses caras que é um dado objetivo essa hipossuficiência, ter menos de 14 anos importa em incapacidade para consentir para prática de atos sexuais. Não adianta nem argumentar, segundo o Ministério da Educação, algo em torno de 50% dos meninos começaram sua vida sexual com menos de 15 anos e 20% das meninas começaram sua vida sexual com menos de 15 anos, isso não dizemos só relação sexual, mas o primeiro ato libidinoso, André acha que a lei contraria a nossa realidade, a CPI estabelece um corte objetivo que a lei obedece, a realidade é o avesso do que a lei pretende. A primeira figura de vulnerável que nos interessa é a pessoa MENOR de 14 anos, isso importa em outra consequência, se a pessoa tem 14 (no dia do aniversário) já não conta. Quando a lei foi alterada em 2009 e passou a falar no estupro de vulnerável, e principalmente com os menores de14 anos, o código não usou o verbo ‘constranger’, mas sim ‘ter’, se o verbo é ter não faz diferença a que título você manteve a relação, com violência, grave ameaça, fraude ou consentimento não faz diferença, é tudo crime, tudo mesmo, o que incomoda o André é o consentimento. Aí a lei comete o mesmo equívoco do 213, que é a manutenção da história da conjunção carnal, ou ato libidinoso, bastava a menção de ato libidinoso já que conjunção carnal é um ato libidinoso (envolvendo inclusive o beijo lascivo). Falando da independência de consentimento... se uma pessoa menor de 14 anos quer ter relação com uma pessoa maior de 18, é crime, mesmo se ele quiser, é crime, posicionamento pacificado do STJ e no sentindo de que o consentimento não tem a menor importância, a lei não lhe autoriza, é crime mesmo, seguindo a lógica de que menores de 14 anos não possuem maturidade sexual para fazerem suas escolhas, NENHUM ato libidinoso é permitido. Quando a lei foi modificada o Nuti escreveu uma lei com comentários da Lei12015, antes da lei 12015 a gente tinha o crime de estupro, de atentado violento ao pudor e só, e havia no código um artigo 224, esse artigo tratava de presunção de violência, isso significa que estupro era crime que se praticava mediante violência ou grande ameaça a pessoa, então precisava de uma dessas formas, a violência do estupro permitia duas modalidades, a violência real (efetivamente emprego de força física) e a violência presumida, por isso existia o 224, ele dizia que presumia-se a violência se a vítima não era maior de 14 anos, aí um problema de dogmática, presunção é perigosa, pois eu presumo que isso aconteceu pois é o que normalmente acontece, então no direito presunção tem duas, absoluta e relativa, a diferença ente as duas é a possibilidade de desconstrução diante o caso concreto, na absoluta não há nada que pode fazer, na relativa permite que a realidade apresente o contrário. Aí, se você tem duas possibilidades de presunção, absoluta ou relativa, a presunção de violência teria que ter uma dessas naturezas, a doutrina achava que era absoluta, aí no final alguém pensou melhor e começou a se admitir que a presunção era relativa pois diante da realidade a violência desapareceria. 
Depois de entrar em vigor a lei 12015 o Art. 224 sumiu, então a lógica da presunção sumiu, aí quando a lei veio com esse corte de 14 anos, Nuti disse que a lei acabou com a presunção, de violência mas não pode ter acabado com a presunção de VULNERABILIDADE, significa que ser vulnerável ou não pode ser uma questão da realidade e não da lei. Esse posicionamento não é aceito pelo STJ, a lógica do STJ é a lógica da CPI. 
Outra coisa que incomoda é a pena, 8 a 15 anos, o direito penal não está nem aí para a proporcionalidade, que diz que o tamanho da reação do direito penal é medido pela vulneração ao bem jurídico. Se eu mediante violência ou grande ameaça constranjo alguém maior de 14 anos minha pena é de 6 a 10, se eu mantenho com alguém menor de 14 anos, consentida, é de 8 a 15, André acha que não deveria ser esse tanto pois o estupro de vulnerável tem muitas coisas estranhas, como por exemplo o consentimento. Havia uma outra coisa, a lei de crimes hediondos tinha um Art. 9 que dizia que as penas de estupro e atentado ao pudor aumentava se incidisse as hipóteses do Art.224 do CP, presumindo violência, então esse aumento daria bis in eaden, pois o que faz o crime ser crime é a pessoa ter menos de 14 anos são se pode aplicar mais um aumento pelo mesmo fato, então esse aumento só poderia se aplicar no fato real, na violência real, então não aumentaria com violência presumida, só real. Como a lei 121015 é mais benéfica, revoga o Art. 9 da lei de crimes hediondos
§ 1o Incorre na mesma pena quem pratica as ações descritas no caput com alguém que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência
Aula 27-11-15
Vamos continuar falando sobre crimes sexuais
Diferença ente incapacidade e oferecimento de resistência?
Art. 215.  Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com alguém, mediante fraude ou outro meio que impeça ou dificulte a livre manifestação de vontade da vítima
Trata do crime de abuso sexual mediante fraude, fraude ou outro meio que impede a livre manifestação de vontade da vítima, junção do crime de atentado ao pudor mediante fraude e posse sexual mediante fraude. Fraude utilizada para benefício sexual. Se o autor produz a ação é mediante fraude, se ele aproveita de uma ação não causada por ele é estupro de vulnerável, outros autores dizem que está no meio de execução, quando há utilização de meio fraudulento fraude e não estupro de vulnerável. Nesses dois casos não pode haver concurso de crimes entre eles.
Voltemos ao 213 pra falarmos do que faltou nas comparações, §1º vítima menor de 18 maior de 14, isso ai envolve todo mundo, pois não fala entre, e menor de 18 e maior de 14 cabe todo mundo, a treta é quem tiver 14 certinho, fazendo 14 no dia do fato, ai tem gente que diz que quem tem 14 é maior de 14 §2º é a mesma pena quase do homicídio, esse homicídio pode ser doloso? Ou é necessariamente culposo? DOLO + DOLO ou DOLO + CULPA, Nuti entende que é possível com dolo pelo tamanho da pena, proporcionalmente falando é a pena de homicídio qualificado, portanto entende que está presumido o dolo. É crime hediondo, estupro e estupro de vulnerável, a gravidez de ambos autorizam o aborto, 
Assédio Sexual
Art. 216-A. Constranger alguém com o intuito de obter vantagem ou favorecimento sexual, prevalecendo-se o agente da sua condição de superior hierárquico ou ascendência inerentes ao exercício de emprego, cargo ou função."
Não devemos confundir assédio sexual com encoxar no ônibus, com passar a mão na festinha, constranger aqui significa causar vexação, constrangimento, com relação aos sujeitos só pode cometer quem tem posição hierárquica superior contra quem ter posição hierárquica inferior, se não houver essa posição não é assédio. Típico das relações de direito de trabalho, relação professor x aluno não tem diferente nível hierárquico e nem ministros religiosos e seus fiéis, a lei não fala que tem que ser no ambiente de trabalho. §2º alguns autores falam que é de 1 dia a 1/3, outros que é de 1/6 a 1/3, pois a legislação só fala o máximo de aumento. 
Aula 03/12/15
Corrupção de menores
Art. 218.  Induzir alguém menor de 14 (catorze) anos a satisfazer a lascívia de outrem
É incentivar o amiguinho a dar uns beijos, ou outra coisa, em alguém. Ideia de proteção ao menor de 14 anos, independente da sua vontade, punir alguém que media uma relação de menores de 14 anos. A pena é igual a de lesão corporal grave, André acha abusivo. Se os atos chegarem aos finalmente vai ser partícipe no crime de estupro de vulnerável. 
Satisfação da lasciva mediante presença de criança ou adolescente   
Art. 218-A.  Praticar, na presença de alguém menor de 14 (catorze) anos, ou induzi-lo a presenciar, conjunção carnal ou outro ato libidinoso, a fim de satisfazer lascívia própria ou de outrem
Fazer o menor presenciar qualquer ato libidinoso ou praticar na presença dele, crime doloso, exige um especial fim de agir, que o menor de 14 vendo te dê prazer, tem que ter a satisfação da lascívia. 
Favorecimento da prostituição ou outra forma de exploração sexual do vulnerável
Art. 218-B.  Submeter, induzir ou atrair à prostituição ou outra forma de exploração sexual alguém menor de 18 (dezoito) anos ou que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato, facilitá-la, impedir ou dificultar que a abandone
Hediondo, a expressão exploração sexual é de difícil entendimento, o artigo que tentava explicar o que era exploração sexual foi vedado, e era uma bosta, um dos autores que definem exploração sexual é o Guilherme de Souza Nuti, consiste na tirada de vantagem da sexualidade do outro o vitimizando. Segundo problema pro André é a construção de mais um vulnerável.Passou a ser crime hediondo recentemente. 
Submeter (compelir, forçar, obrigar), induzir (interferência moral, fazer nascer uma ideia onde a mesma não existia antes, criar a pretensão de se dedicar a um tipo de atividade de exploração sexual), atrair (eu já estou no universo de exploração sexual e estou chamando você, é um induzir de dentro para fora). Prostituição como atividade habitual, não como um único ato, o código usa prostituição como forma de exploração sexual. 
Sujeito ativo pode ser qualquer um, salvo no atrair que tem que ser quem está no mundo da prostituição já, e sujeito passivo qualquer menor de 18 anos ou quem n]ao tem o necessário discernimento para a prática do ato. Qualquer forma de facilitação de prostituição ou exploração sexual de menores de 18 anos é crime, 
§ 1o Se o crime é praticado com o fim de obter vantagem econômica, aplica-se também multa
Isso ai não foge muito do que nós vimos, salvo que o novo projeto de código quer extinguir isso.
§ 2o Incorre nas mesmas penas:
I - Quem pratica conjunção carnal ou outro ato libidinoso com alguém menor de 18 (dezoito) e maior de 14 (catorze) anos na situação descrita no caput deste artigo;
Coloca aí 14 anos pois é estupro de vulnerável se acontece com menor de 14 anos.
II - O proprietário, o gerente ou o responsável pelo local em que se verifiquem as práticas referidas no caput deste artigo
Sujeito responde por ser proprietário, pode não ter feito nada mas responde.
§ 3o Na hipótese do inciso II do § 2o, constitui efeito obrigatório da condenação a cassação da licença de localização e de funcionamento do estabelecimento.
Ação Penal
Art. 225.  Nos crimes definidos nos Capítulos I e II deste Título, procede-se mediante ação penal pública condicionada à representação.
Era Ação Privada até 2009, mas ação privada exige que contrate um advogado o que gera custos, logo se você for pobre você era vitimizado duas vezes.
Parágrafo único.  Procede-se, entretanto, mediante ação penal pública incondicionada se a vítima é menor de 18 (dezoito) anos ou pessoa vulnerável
Logo podemos concluir que o capítulo II é pública incondicionada, logo o redator podia escrever melhor. Um dos casos previstos no 213 é estupro seguido de morte, logo nesse caso é condicionada?????? 
CUIDADO COM AS QUESTÕES DE DIREITO PENAL INTERTEMPORAL: Se o fato for praticado antes de 2009 temos que trabalhar com o modelo de Ação Penal posterior, ou seja, privada, pois é mais benéfica pro réu.
Art. 226. A pena é aumentada:
        I – de quarta parte, se o crime é cometido com o concurso de 2 (duas) ou mais pessoas; 
        II – de metade, se o agente é ascendente, padrasto ou madrasta, tio, irmão, cônjuge, companheiro, tutor, curador, preceptor ou empregador da vítima ou por qualquer outro título tem autoridade sobre ela;
Art. 234-A.  Nos crimes previstos neste Título a pena é aumentada:
III - de metade, se do crime resultar gravidez; e 
IV - de um sexto até a metade, se o agente transmite à vitima doença sexualmente transmissível de que sabe ou deveria saber ser portador. 
Se tiver diversas causas aplica a que mais aumenta. 
Aula 04/12/15
Crimes de importância bastante diminuta e legalidade duvidosa, são crimes que só acontecem com a habituação do comportamento, e não existe crime habitual tentado, pois ou se reitera ou não é nada, Mirabete acha que é possível por uma questão de realidade, pois a realidade não pode ser submetida à dogmática.
Art. 227. Induzir alguém a satisfazer a lascívia de outrem:
 Pena — reclusão, de um a três anos. 
Lenocínio é induzir alguém a satisfazer a lascívia de outrem, se consuma com a prática do ato lascivo, pena maior que a da lesão corporal simples, esse dispositivo está no código desde sempre (1940). Tem que ser só uma pessoa, qualquer coisa diferente disso é prostituição. 
§ 1º Se a vítima é maior de 14 e menor de 18 anos, ou se o agente é ascendente, descendente, cônjuge ou companheiro, irmão, tutor ou curador ou pessoa a quem esteja confiada para fins de educação, de tratamento ou guarda: 
Pena — reclusão, de dois a cinco anos. 
Pra ser ascendente, descendente, não importa estar na idade delimitada, não pode mediar a lascívia, pena maior que da lesão corporal grave, não fazem sentido
§ 2º Se o crime é cometido com emprego de violência, grave ameaça ou fraude: 
Pena — reclusão, de dois a oito anos, além da pena correspondente à violência.
Existe algum tipo de vitimização, então André vê mais sentido, trabalha com a ideia de que isso só seria infração se tivesse nesse parágrafo. 
 § 3º Se o crime é cometido com o fim de lucro, aplica-se também multa.
Favorecimento da prostituição ou outra forma de exploração sexual – Esse é o crime que mais irrita o André.
Art. 228. Induzir ou atrair alguém à prostituição ou outra forma de exploração sexual, facilitá-la, impedir ou dificultar que alguém a abandone: 
Pena — reclusão, de dois a cinco anos, e multa.
Pena é a mesma da lesão corporal de natureza grave, não há aqui qualquer tipo de vitimização (fraude, violência ou grave ameaça) temos pessoas que sabem o que estão fazendo, pena desproporcional, não é uma redação dos anos 40 é de 2009, ele não consegue ver outra coisa senão tutela dos costumes, atrair é induzimento feito de dentro pra fora (convidar para o ambiente), facilitar significa um canavial de coisa, sendo até por omissão quando você está como garantidor. 
§ 1º — Se o agente é ascendente, padrasto, madrasta, irmão, enteado, cônjuge, companheiro, tutor ou curador, preceptor ou empregador da vítima, ou se assumiu, por lei ou outra forma, obrigação de cuidado, proteção ou vigilância:
Pena — reclusão, de três a oito anos. 
Maior que a pena de lesão corporal gravíssima
§ 2º Se o crime é cometido com emprego de violência, grave ameaça ou fraude: 
Pena — reclusão, de quatro a dez anos, além da pena correspondente à violência.
Faz sentido a pena ser maior, mas não desse tamanho, que equivale a roubo por exemplo
§ 3º — Se o crime é cometido com o fim de lucro, aplica-se também multa.
Casa de Prostituição
Art. 229. Manter, por conta própria ou de terceiro, estabelecimento em que ocorra exploração sexual, haja, ou não, intuito de lucro ou mediação direta do proprietário ou gerente: 
Pena — reclusão, de dois a cinco anos.
Na reforma de 2015 esse nome “casa de prostituição” acabou perdendo, mas a gente chama disso assim mesmo, era nomeado local destinado a encontro para fins de atos libidinosos foi mudado as redação para estabelecimento em que ocorra exploração sexual, motel é aceito socialmente, portanto não é criminoso, e não tem como finalidade específica e única para prática de atos libidinosos, quando mudou a redação estabelecimento não é no sentido de empresarial, e o problema seguinte é que não sabemos o que significa exploração sexual, a gente não sabe se resolvemos ou complicamos a situação. Zafaroni foi acusado disso lá na Argentina, pois tinha umas casas alugadas que estavam sendo usadas para esse fim. O STJ continua afirmando que casa de prostituição é crime, embora socialmente aceitas, a Ação penal é pública incondicionada. Caso do Oscar Maroni só foi condenado pois falou demais, se calasse a boca não ia dar em nada. 
Rufianismo
Art. 230. Tirar proveito da prostituição alheia, participando diretamente de seus lucros ou fazendo-se sustentar, no todo ou em parte, por quem a exerça: 
Pena — reclusão, de um a quatro anos, e multa.
Ideia de qualquer pessoa que se faça sustentar integralmente ou parcialmente pelo exercício da prostituição de outra pessoa comete esse crime, o dinheiro da prostituição é da puta somente, só pode ser dividido com o Estado através de impostos, não pode nem compartilhar com a mãe e com o filho maior de idade. Cafetão é rufião ativo, e rufião ativo é tipo filho, mãe, quem é sustentado por aquele dinheiro, tanto uma quando a outra não tem violência, nem ameaça e nem fraude, o dinheiro decorre de atividade totalmente lícita, o sustento não pode ser em todo nem em parte. 
§ 1º — Se a vítima é menor de 18 e maior de14 anos ou se o crime é cometido por ascendente, padrasto, madrasta, irmão, enteado, cônjuge, companheiro, tutor ou curador, preceptor ou empregador da vítima, ou se assumiu por lei ou outra forma, obrigação de cuidado, proteção ou vigilância: 
Pena — reclusão, de três a oito anos, e multa. 
Não estamos preocupados com a dignidade, mas com os costumes,
§ 2º Se o crime é cometido com emprego de violência, grave ameaça, fraude ou outro meio que impeça ou dificulte a livre manifestação da vontade da vítima: 
Pena — reclusão, de dois a oito anos, sem prejuízo da pena correspondente à violência.
Aqui se tem crime, a mesma pena da lesão corporal gravíssima,
Casa de prostituição e rufianismo não agem em concurso de crime, pois a casa de prostituição tem em seu tipo penal a ideia de rufianismo já 
Tráfico internacional de pessoa para fim de exploração sexual
Art. 231. Promover ou facilitar a entrada, no território nacional, de alguém que nele venha a exercer a prostituição ou outra forma de exploração sexual, ou a saída de alguém que vá exercê-la no estrangeiro:
Pena — reclusão, de três a oito anos. 
Aula 10/12
É um artigo que já foi alterado algumas vezes, antes ele era chamado de tráfico de mulheres, depois virou tráfico de pessoas e por fim mudou pro que temos hoje. O que é o crime essencialmente? Não é de quem se prostitui, é de quem ta no meio do caminho, que promove, favorece, facilita, faz com que aconteça o translado. O próprio prostituido não comete crime nenhum. No cáput não há violência, grave ameaça e nem fraude, e por via de consequecia não há vitima, o que não quer dizer que não temos um bem jurídico por tras, estamos tutelando a dignidade sexual, não entra na cabeça do andre a ausência de vitimização e o bem jurídico violado, tutelamos costumes e dizemos que tutelamos dignidade. Crime comum contra os sujeitos
Verbo núcleo do tipo são promover (você é quem trafica, atitude proativa sua) ou facilitar (tornar mais fácil, diferencia de promover pois não é você quem toma a iniciativa, a pessoa corre atrás de você pra isso). 
Consumação – entrada no Brasil de quem vem exercer aqui ou a saída do Brasil de quem vai pro exterior, Andre diz que em geral é um crime meramente formal, que basta a entrada da pessoa no pais com a finalidade de exercer a prostituição que o fato esteja consumado, por outro lado Nuti entende que se consuma quando ela exerce de fato a prostituição, mas o primeiro posicionamento é o majoritário, é possível tentativa quando a vítima não consegue embarcar, 
§ 1º Incorre na mesma pena aquele que agenciar, aliciar ou comprar pessoa traficada, assim como, tendo conhecimento dessa condição, transportá-la, transferi-la ou alojá-la.
Qual a diferença de transportar e transferir? André não consegue ver a diferença, aparentemente transportar é pegar alguém fora do meio da prostituição e colocar dentro, e transferir mudar a pessoa de lugar, que já está em tal meio, é crime também alojar a pessoa, dar pousada pro indivíduo traficado, mas deve saber disso para que constituía o crime, deve saber que a pessoa é traficada. Agenciar (fazer disso um negócio, um meio de vida), aliciar (mesmo sentido de induzir, de atrair, recrutamento) e por fim comprar (compra não pode ser utilizado em meios técnicos, pois só podemos comprar coisas lícitas e isso é ilícito, negócio jurídico ilícito feito mediante pagamento a alguém). Essa é uma redação de 2009
art. 231, § 2º, a pena é aumentada em metade:
I — Se a vítima é menor de 18 anos; 
Dado objetivo nada a falar
II — Se a vítima, por enfermidade ou doença mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato;
Exploração sexual
III — Se o agente é ascendente, padrasto, madrasta, irmão, enteado, cônjuge, companheiro, tutor ou curador, preceptor ou empregador da vítima, ou se assumiu, por lei ou outra forma, obrigação de cuidado, proteção ou vigilância; 
Já vimos em outros dispositivos, relação familiar fazendo com que a pena seja aumentada
IV — Se há emprego de violência, grave ameaça ou fraude
André acha que aqui que está o crime, no emprego de violência, ameaça ou fraude, 
§3º
Tráfico interno de pessoa para fim de exploração sexual
Art. 231-A. Promover ou facilitar o deslocamento de alguém dentro do território nacional para o exercício da prostituição ou outra forma de exploração sexual:
Pena — reclusão, de dois a seis anos. 
André costuma brincar que é o crime do taxista, código não limitou o que seria espaço interno, são os mesmos verbos, promover e facilitas, os manuais vao dizer que o 231ª é o 231 no território nacional, não fala que a pessoa quer auferir vantagem, pode ser até carona
§ 1º Incorre na mesma pena aquele que agenciar, aliciar ou comprar pessoa traficada, assim como, tendo conhecimento dessa condição, transportá-la, transferi-la ou alojá­la.
AÇÃO PENAL PÚBLICA INCONDICIONADA
DO ULTRAJE PÚBLICO AO PUDOR
Ultraje no sentindo de vilipêndio, quando fala que seu ato viola o puder público está dizendo que existem coisa que se aceitam em pública e coisas que não, no ponto de vista sexual. 
Ato obsceno
Art. 233. Praticar ato obsceno em lugar público, ou aberto ou exposto ao público: 
Pena — detenção, de três meses a um ano, ou multa.
Pra falarmos sobre isso temos dois problemas, em primeiro lugar qual o limite de aceitação pública de determinados atos? Só existe ato obsceno no limite que sabermos o que é obscenidade. André não sabe dizer o que se aceita e o que é obceno, o que ee sabe nos dizer é que essas informações são culturalmente avaliadas, mudam com o passar do tempo, uma das poucas discussões que a doutrina faz é a micção publica (fazer xixi na rua) doutrina fala que n]ao é ato obsceno pois é uma necessidade fisiológica. Só vai ter ato obsceno se eu tiver dolo de ato obsceno. 
Lugar público (aquele cujo acesso é irrestrito a qualquer pessoa), aberto ao público (é um lugar particular cujo o acesso é possível ao público a partir das observâncias nele estabelecidas) ou exposto ao público (doutrina diz que é o lugar privado que pode ser devassado pela visão a partir de um lugar público)
Lei de Contravenção Penal Art. 61 Importunação ofensiva ao pudor
Qual a diferença entre Ato obsceno ou importunação ofensiva ao pudor, passar a mão na bunda da moça no ônibus, assoviar ou mexer na praça Tiradentes é importunação ofensiva ao pudor, a diferença essencial é que a importunação ofensiva ao pudor tem um sujeito passivo específico, no ato obsceno o sujeito passivo é a coletividade.
Escrito ou objeto obsceno
Art. 234. Fazer, importar, exportar, adquirir ou ter sob sua guarda, para fim de comércio, de distribuição ou de exposição pública, escrito, desenho, pintura, estampa ou qualquer objeto obsceno: 
Pena — detenção, de seis meses a dois anos, ou multa. Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem: 
I — vende, distribui ou expõe à venda ou ao público qualquer dos objetos referidos neste artigo; 
II — realiza, em lugar público ou acessível ao público, representação teatral, ou exibição cinematográfica de caráter obsceno, ou qualquer outro espetáculo, que tenha o mesmo caráter; 
III — realiza, em lugar público ou acessível ao público, ou pelo rádio, audição ou recitação de caráter obsceno.
Aula 11/12
Crimes contra família
Há quem diga que há um escalonamento no bem jurídico na parte especial, agora vamos começar a falar de famílias, e teremos que pensar isso ai do modo histórico, aceitar que isso foi pensado na década de 40, portanto traduz entidades familiares dos anos 40 com uma eticidade e lógica dos anos 40.
Bigamia
Art. 235. Contrair alguém, sendo casado, novo casamento: 
Pena — reclusão, de dois a seis anos. 
Visa a lei proteger a organização familiar, mais especificamente o casamento monogâmico, que é regra na grande maioria dos países ocidentais, de tal forma a evitar reflexos na ordem jurídica que regulamenta os direitos e obrigações entre os cônjuges. É uma questão patrimonial e não afetiva.
Bi – gamia, casar duas vezes, ai a doutrina fala, e se casar 4? Poligamia, e bigamiaengloba poligamia. É um crime de concurso necessário, se pratica necessariamente por mais de uma pessoa, tem que ter mais de uma pessoa para bigamia ser crime. Piadinha, casamento é algo tão bom que se “contrai”, contrair significa a celebração formal, o ato formal de tornar-se casado, então há a consumação quando há a formalização do ato de casar-se. Para cometer esse crime um dos sujeitos deve ser casado, pelo menos um dos sujeitos. Quando a lei fala em contrair, sendo casado, novo casamento, casamento é casamento e não união estável. É uma lei penal em branco, pois o conceito de casamento é dito pelo direito constitucional e pelo direito privado, não é o direito penal que define o que é casamento, não serve o conceito dado pelo código civil. Não vale união estável, um lance, só casamento. Temos a tentativa quando alguém para o casamento, interrompe antes dele se formalizar. Pena relativamente alta, pois um novo casamento violaria até mesmo a fé pública dos atos do Estado. Crime doloso obviamente.
§ 1º Aquele que, não sendo casado, contrai casamento com pessoa casada, conhecendo essa circunstância, é punido com reclusão ou detenção de um a três anos. 
Quem sabe e casa com gente casada também responde, pois sabia que estava cometendo crime, pode ocorrer do segundo que casa não saber desse estado do cônjuge, então não respondo por crime nenhum, mas se a pessoa sabe responde com uma pena menor pois eu não sou casado, há uma menor reprovabilidade do quem contra quem é casado. 
§ 2º Anulado por qualquer motivo o primeiro casamento, ou por outro motivo que não a bigamia, considera-se inexistente o crime
Simples assim, se o casamento foi anulado o sujeito não é casado mais. Atipicidade da conduta. 
Prazo prescricional é quando começa a ser conhecida pelas pessoas.
AÇÃO PENAL PÚBLICA INCONDICIONADA
Induzimento a erro essencial e ocultação de impedimento
Art. 236. Contrair casamento, induzindo em erro essencial o outro contraente, ou ocultando-lhe impedimento que não seja casamento anterior: 
Pena — detenção, de seis meses a dois anos. 
Eu quero me casar com você, mas para isso tenho que esconder algo. Exemplo casou com alguém transexual que escondeu de você isso. 
As hipóteses de erro essencial estão expostas no art. 1.557 do Código Civil, havendo crime, por exemplo, quando o sujeito mente a respeito de sua identidade ou oculta tratar-se de criminoso ou portador de moléstia grave e transmissível ou de doença mental grave. As hipóteses de impedimento para o casamento estão elencadas no art. 1.521 do Código Civil, havendo crime, assim, se o agente se casar ocultando encontrar-se em uma das situações ali elencadas. 
Caso do Toninho Anaconda.
O resto é todo igual a bigamia.
Parágrafo único. A ação penal depende de queixa do contraente enganado e não pode ser intentada senão depois de transitar em julgado a sentença que, por motivo de erro ou impedimento, anule o casamento.
AÇÃO PENAL PRIVADA PERSONALÍSSIMA (Competência do JESP) (único caso dessa ação penal na legislação)
Os três próximos artigos é só para sabermos que existem
Conhecimento prévio de impedimento
Art. 237. Contrair casamento, conhecendo a existência de impedimento que lhe cause nulidade absoluta: 
Pena — detenção, de três meses a um ano
Decorrente do 236, nesse caso eu sei do impedimento e caso assim mesmo, logo não há vítima
Simulação de autoridade para celebração de casamento
Art. 238. Atribuir-se falsamente autoridade para celebração de casamento: 
Pena — detenção, de um a três anos, se o fato não constitui crime mais grave.
Simulação de casamento
Art. 239. Simular casamento mediante engano de outra pessoa: 
Pena — detenção, de um a três anos, se o fato não constitui elemento de crime mais grave.
Ideia de um estelionato no casamento
Adultério
Art. 240. Cometer adultério: 
Pena — detenção, de quinze dias a seis meses. 
§ 1º Incorre na mesma pena o corréu. 
§ 2º A ação somente pode ser intentada pelo cônjuge ofendido, e dentro de um mês após o conhecimento do fato. 
§ 3º A ação penal não pode ser intentada: 
I — pelo cônjuge desquitado; 
II — pelo cônjuge que consentiu no adultério ou o perdoou, expressa ou tacitamente. 
§ 4º O Juiz pode deixar de aplicar a pena: 
I — se havia cessado a vida em comum dos cônjuges; 
II — se o querelante havia praticado qualquer dos atos previstos no art. 317 do Código Civil.
Estava no código até 2005, mas ninguém queria atestar que é corno. 
Dos Crimes contra o Ato de Filiação
Registro de nascimento inexistente
Art. 241. Promover no registro civil a inscrição de nascimento inexistente: 
Pena — reclusão, de dois a seis anos
A estrutura do código denota a existência da família com uma prole em comum, logo faz sentido protegermos a relação entre ancestrais. Estou criando uma pessoa que não existe, pro fim que eu quiser. Consuma-se quando faz o registro, permite tentativa.
AÇÃO PENAL PÚBLICA INCONDICIONADA
Parto suposto. Supressão ou alteração de direito inerente ao estado civil de recém-nascido
Art. 242. Dar parto alheio como próprio; registrar como seu o filho de outrem; ocultar recém-nascido ou substituí-lo, suprimindo ou alterando direito inerente ao estado civil: 
Pena — reclusão, de dois a seis anos. 
São 4 figuras criminosas, 
1 dar parto alheio como próprio, se atribuir parto alheio 	“Está vendo aquele menino ali? É meu” é ato social da apresentação daquele nascimento como se fosse seu. A consumação ocorre no instante em que é criada uma situação que leve outras pessoas a interpretar que o filho é dela. Sujeito ativo é próprio, tem que ser mulher (pois homem não pode parir), a doutrina diz que não é crime eu dar meu parto como alheio, André acha idiota, pois a pessoa alheia dá parto alheio como próprio ué, e você vira participe da conduta logo o crime é seu também. 
2 registrar como seu o filho de outrem, exemplo caso de adoção a brasileira, ou o sujeito assumir a gravidez sendo que sabe que é filho de outro, pode ser cometido tanto por homens quanto por mulher. 
3 ocultar recém-nascido 
4 substituir recém nascido
Parágrafo único. Se o crime é cometido por motivo de reconhecida nobreza: 
Pena — detenção, de um a dois anos, podendo o juiz deixar de aplicar a pena.

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