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* * * * A psicologia escolar como processo disciplinar A Psicologia Escolar encarregava-se de apontar os alunos necessitados de ajustes para promover a esperada adequação necessária. - Para realizar esse empreendimento, era utilizada a mensuração de fenômenos de cunho psicológico e em seguida era prescrita toda uma série de tratamentos clínicos especializados com o objetivo de corrigir os possíveis desvios nos aprendentes estigmatizados como portadores de distúrbios de comportamento e de aprendizagem. * * A psicologia escolar e o subjetivismo da aprendizagem - Sustentava-se na necessidade de entender subjetivamente o aprendente para ensiná-lo em melhores condições. - Assim, temos a prática pautada no pressuposto que se configurou numa máxima absoluta e suficiente que ditava as coordenadas de como o ensino deveria se processar; - Continuidade do processo: decifrar o aluno. * * Quais os limites esta relação trouxe no ambiente educacional? - Os saberes psicológicos não digeridos, apenas reproduzidos sem análise crítica e tomados como verdades absolutas, acabaram por impedir que pais e mestres aceitassem e valorizassem o conhecimento oriundo de suas próprias experiências, cimentados às teorias. - A teoria é fundamental por nos poupar trabalho de partir do zero. Contudo, deverá estar sempre aberta a modificações caso a prática demonstre o contrário ou traga novos achados. * * Psicologia e o Desenvolvimento infantil, adolescente e adulto * * A psicologia e o desenvolvimento infantil - Conformaram-se três linhas de trabalhos em Psicologia que conheceram significativas transformações: a) O conceito de medida psicológica foi sendo substituído pelo conceito de avaliação para se referir ao processo educativo e ao rendimento escolar. Isso representou o surgimento de um importante capítulo na Psicologia da Educação; * * b) A aproximação entre a Psicologia da Educação e a Psicologia Social, visto que a primeira, orientada para o estudo das diferenças individuais, do desenvolvimento infantil e dos processos de aprendizagem, pode enriquecer-se claramente com os estudos da segunda sobre o funcionamento dos grupos e suas interferências no comportamento individual. * * c) Os novos desenvolvimentos conceituais, no campo da Psicologia sobre o comportamento, são bem recebidos no campo da prática pedagógica. Exemplos: Paul Guillaume elaborou um conjunto de materiais pedagógicos e de propostas didáticas (a partir da gestalt), e a Psicanálise trouxe novas temáticas para o campo da Educação, destacando complexo de Édipo e dos processos inconscientes na gênese das relações objetais. * * Desenvolvimento humanos e os conceitos Crescimento biológico x maturidade emocional afetiva; As etapas de desenvolvimento humano e suas evoluções: infância, adolescência, adulto e senilidade; Desenvolvimento da personalidade do homem e a vivência de suas identidades na sociedade; * * A Psicologia da Educação no final da primeira metade do século XX - Intenção de aplicação do conhecimento psicológico para melhor compreensão, explicação, planejamento e desenvolvimento dos processos educativos. - Mudança de foco: o ambiente educacional não é apenas um laboratório de teorias práticas * * O papel da psicologia da educação no ambiente multidisciplinar A partir de 1950 – Modificações do panorama escolar: 3 pontos importantes a) A conscientização crescente das dificuldades de integração dos resultados das pesquisas que fomentam a Psicologia da Educação. Eis o reflexo do surgimento das teorias explicativas da aprendizagem já elaboradas em termo do questionamento da validade para explicar o processo educativo; * * b) O surgimento de uma série de disciplinas que têm como finalidade estudar os fenômenos educativos da mesma forma que se propunha à Psicologia da Educação, como a Educação Comparada, a Sociologia da Educação, a Tecnologia Educativa e o Planejamento Educativo. O aparecimento dessas disciplinas significou o grande questionamento ao papel de protagonista, exercido pela Psicologia, na medida em que são evidenciadas as insuficiências e as limitações da análise psicológica para se chegar a uma compreensão dos processos educativos; * * c) Os acontecimentos políticos, econômicos e sociais que alteraram as coordenadas da Educação escolar, como a exacerbada prosperidade econômica, a guerra fria entre os Estados Unidos e os países do bloco capitalista contra a União Soviética e os países do bloco socialista, o impacto da doutrina igualitária em Educação, a crença de que a Educação é um instrumento eficaz de mudança e de progresso social e, enfim, a ativação de políticas orientadas para a escolarização de toda a população infantil. * * As limitações do estudo da psicologia e a educação 1. A ideia de Psicologia definida como ciência do indivíduo marcou presença no campo da prática educativa, mas esta visão reducionista pouco serviço prestou à Educação, uma vez que, nesse campo, são válidas as práticas socialmente constituídas. Enfim, o caráter institucional permite alguns tipos de relações que não são possíveis na compreensão de uma Psicologia assentada no individual apenas; * * 2. A Psicologia não pode responder a todas as demandas formuladas no campo da Educação, ou seja, a compreensão da forma de atuação do sujeito, amparada em suas características psicológicas, não é fonte para previsão e determinação de seu comportamento futuro. * * 3. A impossibilidade de um conceito de psicologia da educação para aplicação universal, haja vista que, o diálogo possível entre professor e aluno, estabelecido na relação pedagógica e ancorado na atividade de ensinar e no processo de aprender, é o caminho para que o aprendente se encontre na vida escolar. * * A necessidade da Psicologia da educação no contexto escolar. 1. O processo de ensinar e aprender é o encontro de diferentes subjetividades propicia uma interação dialógica que supera a assimetria que originou o encontro. 2. Esta superação implica a razão e a existência do encontro. No caso do ensino, trata-se de o aprendente tomar posse de um saber que o diferencia de seu ensinante. 3. Eis o momento em que aquele que pretende ensinar se torna desnecessário, marcando o término de uma relação que continua em outros horizontes, mas que possibilitou a ambos retirarem daí benefícios inegáveis (professor e aluno) * * Possibilidade de organização do trabalho pedagógico visando um melhor relacionamento em sala de aula (professor-aluno)
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