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CASOS CONCRETOS COMPLETOS E TESTES PARA PROVA A1 | AV2 | AV3 FILOSOFIA JURIDICA 2015 CENTRO UNIVERSITARIO ESTACIO UNIRADIAL DE SÃO PAULO AV. MORUMBI, 8.724 – BROOKLIN. CEP: 04703002 jonasfs.juridico@gmail.com FILOSOFIA JURIDICA Página 1 de 63 Caso Concreto 1 O filósofo e a justiça. Com questões práticas sobre riqueza, impostos, crimes, prêmios e castigos, o professor americano Michael Sandel transforma aulas de filosofia em eventos disputadíssimos (Adaptado Revista Época). MARCOS CORONATO Dissecar dilemas morais e éticos, sem nenhuma preocupação em definir o lado certo e o errado, é um dos programas de verão mais disputados por estudantes da Universidade Harvard, nos Estados Unidos, desde 2004. À frente da classe, com a mão firme de um cirurgião revelando camadas e mais camadas de cada questão proposta, está Michael Sandel, filósofo, escritor, palestrante, fenômeno de popularidade e - seu papel mais importante - professor que consegue níveis impressionantes de atenção e participação dos alunos. O curso ministrado por Sandel foi o primeiro da história a ser publicado em vídeo integralmente por Harvard na internet, há três anos. Apelidado de Justice, ou Justiça (seu nome é Razão moral 22), ganhou um site próprio, e as 12 aulas ministradas em 2005 foram reproduzidas no YouTube. A primeira delas, que questiona se um assassinato pode ou não ser moral a depender de seus fins, foi clicada mais de 3,7 milhões de vezes. Se todos os visitantes virtuais a assistem, isso significa que a aula de filosofia chega a um público equivalente a 100 turmas diárias de 40 pessoas. O que torna uma aula de filosofia tão atraente para tanta gente? Sandel não tem um carisma especial, não faz muitas piadas nem usa recursos tecnológicos para chamar a atenção. Em vez disso, conduz uma aula bem preparada e ensaiada, com uma linha de raciocínio bem clara. Convida os alunos a participar, individualmente ou em grupo, o tempo todo, no melhor espírito socrático. Inclui as contribuições e dúvidas deles no debate e continua a se aprofundar nos dilemas morais e éticos que propõe. Em momentos- chave das aulas, para lidar com situações específicas, traz ao palco o pensamento de gigantes como o grego Aristóteles, o alemão Immanuel Kant ou o americano John Rawls, de maneira simples mas não simplória. Como resultado, cada aula oferece uma gratificante jornada intelectual. O grande objetivo de Sandel é exortar cada cidadão - aluno ou internauta - a usar a filosofia como ferramenta para enfrentar seus dilemas e dúvidas, em vez de fugir deles, e assim tomar decisões melhores no dia a dia. Pergunta-se: CASOS CONCRETOS COMPLETOS E TESTES PARA PROVA A1 | AV2 | AV3 FILOSOFIA JURIDICA 2015 CENTRO UNIVERSITARIO ESTACIO UNIRADIAL DE SÃO PAULO AV. MORUMBI, 8.724 – BROOKLIN. CEP: 04703002 jonasfs.juridico@gmail.com FILOSOFIA JURIDICA Página 2 de 63 1. Que é Filosofia? De acordo com Raimundo Bezerra Falcão em sua obra “Curso de Filosofia do Direito”, a filosofia é o mais profundo e global dos ramos do saber, cujo estudo se encontra a respeito dos princípios primeiros do ser, do conhecimento e da conduta. 2. Qual a utilidade da filosofia hoje? A filosofia é útil porque faz emergir a reflexão, o pensamento e a crítica. Ela nos faz pensar, levanta questões, problematiza o real vivido, o nosso cotidiano e a nossa existência. A filosofia é assim, sobretudo, uma atividade humana fundamental na tentativa de explicar o mundo, o homem e tudo o que nos diz respeito, orientando a nossa existência. 3. Pesquise e traga para sala de aula uma reportagem sobre a importância da filosofia nos dias atuais. A organização do II Congresso Brasileiro de Filosofia da Libertação é de suma importância para a Universidade. O debate sobre a Filosofia da Libertação no Brasil, em especial no Rio Grande do Sul, teve um momento rico nos anos 80. Resgatar a memória desta orientação teórica significa refletir criticamente as condições de opressão e as possibilidades de libertação a partir de uma perspectiva latino- americana. A Educação, nesta direção, assume um papel significativo na construção de um pensar descolonizado, em que a reflexão sobre a democracia, a justiça social, e situações de discriminação étnico, racial e sexual são eixos fundamentais de luta. Neste sentido, este Congresso assume o compromisso da Carta de Gramado (07/09/1988), importante documento que registra o comprometimento de intelectuais com o desenvolvimento da Filosofia da Libertação a nível nacional, abrangendo a docência, a pesquisa articulados com os movimentos sociais e a realidade de opressão que vivemos hoje.” Caso concreto nº: 2 Caso Concreto 1 Como podemos identificar a filosofia na experiência jurídica? "Os argumentos de um juiz ao prolatar uma sentença em geral são técnico-normativos, não jusfilosóficos. (...) Quando alguém transcende a análise de uma norma jurídica (...) e se pergunta sobre o que são as normas jurídicas em geral, está dando um salto de generalização em suas reflexões. A partir de que grau esse salto consegue já se situar naquilo que se possa chamar de filosofia do direito? Durante grande parte da história, com a distinção do direito em relação à política, à ética, à moral e à religião, os discursos mais amplos sobre o direito, que não era ainda eminentemente técnico, eram tidos por filosofia do direito. No entanto, com o capitalismo, a contar da modernidade, o direito adquire uma especificidade técnica. Ele passa a ser considerado a partir do conjunto das normas jurídicas estatais." (MASCARO, MASCARO, Alysson L. Filosofia do direito. São Paulo: Atlas, 2010. p.12). CASOS CONCRETOS COMPLETOS E TESTES PARA PROVA A1 | AV2 | AV3 FILOSOFIA JURIDICA 2015 CENTRO UNIVERSITARIO ESTACIO UNIRADIAL DE SÃO PAULO AV. MORUMBI, 8.724 – BROOKLIN. CEP: 04703002 jonasfs.juridico@gmail.com FILOSOFIA JURIDICA Página 3 de 63 Considerando a afirmação acima, pergunta-se: 1. Que é Filosofia do direito? Entende-se que a filosofia tem o objetivo de encontrar soluções racionais para problemas da natureza, e tendo em vista que o direito é uma disciplina que surge de relações naturais entre pessoas de uma sociedade, logo, a Filosofia do Direito é a possibilidade de questionar de forma crítica os diversos elementos que compõe o universo jurídico. José Luciano Gabriel diz que “(...) quando se estimula o pensamento daquele que trabalha com o Direito de forma eficaz promove-se, concomitantemente, uma crítica do conhecimento jurídico proposto pela doutrina.” Logo, percebe-se que a reflexão, característica atribuída a Filosofia, usada em meio jurídico, acaba por aperfeiçoar o seu uso. Para Raimundo Bezerra Falcão a Filosofia do Direito “É o ramo da Filosofia que estuda os princípios primeiros do ser, do conhecimento e da conduta, em referência ao direito”. 2. Qual a utilidade da reflexão filosófica para o direito? A finalidade da Filosofia do Direito é de problematizar, ou seja, questionar algo tido como resolvido, viabilizando um amadurecimento das convicções já existentes ou abrindo possibilidades para novas perspectivas. Ao pensador do Direito compete entender significados, expor elementos que estão internalizados em manifestações jurídicas. José Luciano Gabriel diz que “É a capacidade de intuir uma certa situação problemática que se esconde por traz das aparências calmas do cotidiano. É a habilidade de transformar em uma pergunta bem elaborada as indagações que perturbam as pessoas. É perguntar sobre as razões que fundamentam uma determinada prática e transcendê-la. É, enfim, colocar um ponto de interrogação inesperado onde já descansa tranquilo e satisfeito um pontofinal.” Outra finalidade da Filosofia do Direito é a de ser uma constante julgadora, especialmente do Direito positivo. Para os positivistas jurídicos, o Estado goza de credibilidade suficiente para que não sejam feitos quaisquer questionamentos, mas surgem, filosoficamente falando, questões que revelam fragilidades nessa convicção. Raimundo Bezerra Falcão afirma sucintamente que as investigações da filosofia do direito são as mesmas da filosofia geral, porém vinculadas ao direito. Caso concreto nº: 3 Caso Concreto 1 O aluno deverá rever os pontos da aula ministrada por seu professor, consultar seu material didático e, se necessário, a biblioteca virtual da Estácio para responder e aperfeiçoar os casos concretos desta aula. A atividade deverá ser feita em arquivo CASOS CONCRETOS COMPLETOS E TESTES PARA PROVA A1 | AV2 | AV3 FILOSOFIA JURIDICA 2015 CENTRO UNIVERSITARIO ESTACIO UNIRADIAL DE SÃO PAULO AV. MORUMBI, 8.724 – BROOKLIN. CEP: 04703002 jonasfs.juridico@gmail.com FILOSOFIA JURIDICA Página 4 de 63 word (.doc), com cabeçalho identificador da atividade e aluno/Instituição/Cursor/Campus/Disciplina/Turma/Aluno/Semana), contendo apenas as respostas fundamentadas e enriquecidas em pesquisa bibliográfica e com a indicação da fonte bibliográfica da pesquisa na forma da ABNT a ser inserida no item "Referências". As questões abaixo são discursivas, o que requer uma resposta na forma de redação. O arquivo deverá ser anexado no ambiente do webaula no prazo estipulado. A política. Na conversa diária, usamos a palavra política de diversas formas que não se referem necessariamente a seu sentido fundamental. Por exemplo, sugerimos a alguém muito intransigente que "seja mais político" na sua maneira de agir, ou nos referimos à "política" da empresa, da escola, da Igreja, como formas de exercício e disputa do poder interno. Há também um sentido pejorativo de política, atribuído pelas pessoas desencantadas, que, diante da corrupção e da violência, a associam à "politicagem", falsa política em que predominam os interesses particulares sobre os coletivos. Afinal, de que trata a política? (ARANHA, Maria Lúcia de A.; MARTINS, Maria Helena P. Filosofando. Introdução à filosofia. 3. ed. São Paulo: Moderna, 2003. p. 214) Diante da citação acima, responda as perguntas que seguem: 1. Podemos considerar a filosofia política como estudo da "politicagem"? Justifique. Sim. Segundo Ricardo Manteagudo em sua obra “Filosofia Política”, a figura de Sócrates (469 a.c.-399 a.c.) é emblemática para a história da filosofia e, sobretudo, para o que costumamos chamar de filosofia política. Com ele, a Filosofia começará a refletir sobre o que podemos chamar de “poder do poder”, ou seja, sobre o poder da verdade que é verdadeira e da verdade que é aparência, que é apenas verossímil, que parece verdadeira, mas não é, que por extensão parece justa mas é injusta. O poder político entra em questão, pois é a política que estabelece como e quem tem o poder de tomar decisões, sejam justas ou não. Oras, Uma vez determinado que “Politicagem” é o termo utilizado para a política que tem por objetivo atender aos interesses pessoais ou trocar favores particulares em benefício próprio, tendo essa perspectiva de política reles e mesquinha de interesses pessoais ou a políticos que são adeptos dessa política é possível perceber claramente uma relação entre as duas. Logo, pode-se concluir que o estudo da filosofia política pode ser utilizado como uma ferramenta, uma vez que ela é o estudo de como organizamos nossas sociedades — o modo como realmente o fazemos e o modo como poderíamos fazê-lo para torná-las melhores. Todos conhecem os conceitos - chave da política: liberdade, igualdade, justiça, direitos etc. O desafio da filosofia política é descobrir o que esses termos de fato significam e o que podemos fazer para colocá-los em prática de modo articulado, para assim então diminuir ou até exterminar o que se denomina de “Politicagem”. CASOS CONCRETOS COMPLETOS E TESTES PARA PROVA A1 | AV2 | AV3 FILOSOFIA JURIDICA 2015 CENTRO UNIVERSITARIO ESTACIO UNIRADIAL DE SÃO PAULO AV. MORUMBI, 8.724 – BROOKLIN. CEP: 04703002 jonasfs.juridico@gmail.com FILOSOFIA JURIDICA Página 5 de 63 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: MANTEAGUDO, Ricardo. Filosofia Política. 4ª. ed. São Paulo: UNESP, 2012. 2. Com base na problematização do texto acima, pesquise e, após, apresente à turma uma definição filosófica para política? A política é a arte de governar, de gerir o destino da cidade. Explicar em que consiste a política é outro problema, pois, se acompanharmos o movimento da história, veremos que essa definição toma nuanças as mais diferentes conforme a época, assim como variam as expectativas a respeito de como deve ser a ação do político. Aristóteles afirmava que homem é um ser social. A organização social que corresponde à natureza humana é a de pólis (cidade-estado grega). O objetivo da vida social é-a realização do bem comum de seus organizadores (cidadãos), Jean Bodin, no entanto, Defendia o conceito do soberano perpétuo e absoluto. Afirmava ser a monarquia não tirânica o regime social mais adequado à natureza das coisas. Thomas Hobbes defendia que o homem não possuía um instinto natural de sociabilidade. Por isso, cada homem encara o seu semelhante como um concorrente (homem lobo do homem). Para dar fim à brutalidade da vida social, os homens firmaram um contrato pelo qual cada um transferiu ao Estado (Leviatã) seus poderes de governar a si próprio, Jean-Jacques Rousseau, por outro lado, defendeu que o único fundamento legítimo para o poder político é o pacto social, pelo qual cada cidadão, como membro de um povo, concorda em submeter sua vontade particular à vontade geral — que deve ser a fonte de soberania do Estado. Para Marx e Engels, o Estado surgiu com as desigualdades sociais, marcando o conflito entre explorados e exploradores. O Estado procura amortecer o choque desses conflitos. Rejeitam a teoria do Estado como simples mediador das lutas de classes. Concebem o Estado como instrumento do domínio de classe. Na sociedade capitalista, esse domínio identifica-se diretamente com a “proteção da propriedade privada”. Caso concreto nº: 4 Caso Concreto 1 Pierre Lévy comenta os protestos no Brasil: ‘Uma consciência surgiu. Seus frutos virão a longo prazo’ Filósofo francês, uma das maiores autoridades do mundo nos estudos da cibercultura, fala sobre mobilização em redes sociais (André Miranda. Disponível em: <http://oglobo.globo.com/cultura/pierre-levy-comenta-os-protestos- no-brasil-uma-consciencia-surgiu-seus-frutos-virao-longo-prazo- 8809714#ixzz2XPu8pvQO>. Acesso em: 26 jun. 2013.) RIO - A resposta ao pedido de entrevista é direta: “O único jeito é via Twitter”, disse o filósofo francês Pierre Lévy, uma das maiores autoridades do mundo nos estudos da cibercultura. E assim foi feito. CASOS CONCRETOS COMPLETOS E TESTES PARA PROVA A1 | AV2 | AV3 FILOSOFIA JURIDICA 2015 CENTRO UNIVERSITARIO ESTACIO UNIRADIAL DE SÃO PAULO AV. MORUMBI, 8.724 – BROOKLIN. CEP: 04703002 jonasfs.juridico@gmail.com FILOSOFIA JURIDICA Página 6 de 63 Lévy conversou com O GLOBO na tarde de segunda, via Twitter, sobre os protestos que vêm ocorrendo no Brasil nas últimas semanas e que surgiram das redes sociais. Nos últimos anos, muitos protestos emergiram da internet para as ruas. Como o senhor os compararia com manifestações do passado, como Maio de 1968? Há uma nova geração de pessoas bem educadas, trabalhadores com conhecimento, usando a internet e que querem suas vozes ouvidas. A identificação com 68 está no fenômeno geracional e na revolução cultural. A diferençaé que não são as mesmas ideologias. Mas qual é a nova ideologia? No Brasil, críticos falam da dificuldade em identificar uma ideologia única nas ruas. Uma comunicação sem fronteiras, não controlada pela mídia. Uma identidade em rede. Mais inteligência coletiva e transparência. Outro aspecto dessa nova ideologia é o “desenvolvimento humano”: educação, saúde, direitos humanos etc. E qual seria a solução? Como os governos devem lidar com os protestos? Lutar com mais força contra a corrupção, ser mais transparente, investir mais em saúde, educação e infraestrutura. Porém, a “solução” não está apenas nas mãos dos governos. Há uma mudança cultural e social “autônoma” em jogo. No Brasil, um dos problemas é que não há líderes para dialogar. Qual seria a melhor forma de se comunicar com movimentos sem lideranças? A falta de líderes é um sinal de uma nova maneira de coordenar, em rede. Talvez nós não necessitemos de um líder. Você não deve esperar resultados diretos e imediatos a partir dos protestos. Nem mudanças políticas importantes. O que é importante é uma nova consciência, um choque cultural que terá efeitos a longo prazo na sociedade brasileira. E as instituições? Elas não são mais necessárias? É possível ter democracia sem instituições? É claro que precisamos de instituições. A democracia é uma instituição. Mas talvez uma nova Constituição seja uma coisa boa. Porém, sua discussão deve ser ainda mais importante do que o resultado. A revolta brasileira está acima de qualquer evento emocional, social e cultural. É o experimento de uma nova forma de comunicação. Então, o senhor vê os protestos como o início de um tipo de revolução? Sim, é claro. Ultrapassou-se uma espécie de limite. Uma consciência urgiu. Mas seus frutos virão a longo prazo. O que separa a democracia nas comunicações da anarquia? Pode-se desconfiar do que é publicado na mídia, mas o que aparece nas redes sociais é ainda menos confiável. Você não confia na mídia em geral, você confia em pessoas ou em instituições organizadas. Comunicação autônoma significa que sou CASOS CONCRETOS COMPLETOS E TESTES PARA PROVA A1 | AV2 | AV3 FILOSOFIA JURIDICA 2015 CENTRO UNIVERSITARIO ESTACIO UNIRADIAL DE SÃO PAULO AV. MORUMBI, 8.724 – BROOKLIN. CEP: 04703002 jonasfs.juridico@gmail.com FILOSOFIA JURIDICA Página 7 de 63 eu que decido em quem confiar, e ninguém mais. Eu consigo distinguir a honestidade da manipulação, a opacidade da transparência. Esse é o ponto da nova comunicação na mídia social. O senhor teme que os governos tentem controlar as redes sociais por causa de protestos como os que ocorrem no Brasil e na Turquia? Eu não temo nada. É normal que qualquer força social e política tente tirar vantagem da mídia social. Mas é impossível “controlar” a mídia social como se faz com a mídia tradicional. Você só pode “tentar” influenciar tendências de opiniões. E o risco de regimes ou ideias totalitaristas ganharem força por conta dos protestos, como já ocorreu no passado na América Latina? Isso é pouco provável no Brasil, por conta de sua alta taxa de pessoas com educação. A chave é, como sempre, manter a liberdade de expressão, como ela é garantida pela lei. Não é preciso ter essa paranoia com o fascismo. Diante da entrevista acima, responda: 1. Que tipo de liberdade, definida pelos antigos, percebemos nesta entrevista? Justifique. A entrevista acima discute principalmente a importância das redes sociais para a troca de informações, e ambientaliza essa temática de acordo com os eventos sociais recentes no país. Para Pierre Levý, as redes sociais são ferramentas garantidoras de ideais democráticos, como por exemplo a liberdade de expressão, que surgiu na Grécia Antiga. Foram os gregos os pioneiros a lançar as sementes da ideia democrática, que, através dos filósofos da idade média, frutificaram na modernidade. No aspecto peculiar da cultura grega, a visão sobre liberdade está inseparável da noção de igualdade, ou seja, o homem livre era o igual, este participa da vida política na cidade. Nesse contexto, pode se entender que, para os gregos, a liberdade entendida pode ser compreendida por ausência de submissão, servidão e de determinação, haja visto que não havia superioridade ou hierarquia entre os livres; mas também como a liberdade de autonomia e a espontaneidade de um sujeito racional. Essas duas vertentes são discutidas no texto supracitado, sob a primeira perspectiva, quando Pierre afirma que “a falta de líderes é um sinal de uma nova maneira de coordenar, em rede”, e sob a segunda, ao dizer “comunicação autônoma significa que sou eu que decido em quem confiar, e ninguém mais”. 2. Pelo que você leu na entrevista acima e, pelos seus conhecimentos acerca da forma como a Antiguidade relacionou ética e política, pesquise e apresente em sala de aula exemplos atuais para o sentido de liberdade apontada na questão anterior. CASOS CONCRETOS COMPLETOS E TESTES PARA PROVA A1 | AV2 | AV3 FILOSOFIA JURIDICA 2015 CENTRO UNIVERSITARIO ESTACIO UNIRADIAL DE SÃO PAULO AV. MORUMBI, 8.724 – BROOKLIN. CEP: 04703002 jonasfs.juridico@gmail.com FILOSOFIA JURIDICA Página 8 de 63 O projeto do Marco Civil da Internet (PLC 21/2014), que disciplina direitos e proibições no uso da rede, será relatado por Luiz Henrique (PMDB-SC) na Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA). Ele anunciou que o relatório vai observar a privacidade e a liberdade de expressão. Informou também que vai ouvir a sociedade, o governo e os senadores durante a tramitação na CMA. A relatoria foi determinada por sorteio ontem na CMA, conforme procedimento adotado pelo presidente interino do colegiado, Eduardo Amorim (PSC-SE). Ao ser informado de que havia sido sorteado, Luiz Henrique indicou as linhas gerais do texto que vai construir. — Vou procurar fazer um projeto que seja convergente, que seja eficaz, que tenha durabilidade e que atinja os objetivos de um verdadeiro marco legal. Que garanta a privacidade e que garanta a liberdade de expressão, que são princípios fundamentais na nossa Constituição. Luiz Henrique informou ainda que deverá promover “uma ou algumas” audiências públicas, que poderão ocorrer de forma conjunta com as Comissões de Ciência e Tecnologia (CCT) e de Constituição e Justiça (CCJ), que também vão tratar do tema. O senador não quis adiantar as mudanças que pretende propor, acrescentando que vai ouvir os diferentes segmentos envolvidos, para só então se posicionar. NEUTRALIDADE. Caso concreto nº: 5 Caso Concreto 1 O aluno deverá consultar seu material didático a fim de responder ao seguinte caso concreto: Michael Sandel: "A política precisa se abrir à religião" O professor de filosofia em Harvard diz que os princípios e a moral são bem-vindos ao debate público – mesmo que tenham origem na fé. MARCOS CORONATO A sociedade brasileira se acomodou perigosamente a uma ideia: quem não pode pagar um colégio particular não tem como garantir aos filhos educação de qualidade. Convivemos com situações variadas em que o dinheiro manda: com ele, é possível eleger políticos, passar à frente da fila em parques de diversões e até adquirir o direito de emitir poluentes no ar comprando créditos de carbono. O fenômeno não é só brasileiro. Em diversos países, ricos e pobres, experimentam-se os limites do poder do dinheiro para que caçadores possam caçar, crianças sejam incentivadas a ler mais e pacientes consigam atendimento médico decente. Um dos filósofos mais populares do mundo, o americano Michael Sandel, acha que estamos indo rápido demais. Sandel, um filósofo de fala pausada, virou celebridade por causa da repercussão de seu curso “Justiça”,à disposição na internet. Em seu livro mais recente, O que o CASOS CONCRETOS COMPLETOS E TESTES PARA PROVA A1 | AV2 | AV3 FILOSOFIA JURIDICA 2015 CENTRO UNIVERSITARIO ESTACIO UNIRADIAL DE SÃO PAULO AV. MORUMBI, 8.724 – BROOKLIN. CEP: 04703002 jonasfs.juridico@gmail.com FILOSOFIA JURIDICA Página 9 de 63 dinheiro não compra (Editora Civilização Brasileira), Sandel defende um resgate dos princípios e das convicções morais diante da lógica de mercado, em contraponto aos que pregam soluções técnicas e ênfase apenas nos resultados. Nessa defesa, faz propostas polêmicas, como acolher no debate público as convicções religiosas. ÉPOCA – O cidadão comum precisa fazer escolhas sobre questões cada vez mais complicadas, relacionadas a economia, meio ambiente, saúde pública, tecnologia. A filosofia pode nos ajudar? Michael Sandel – Sim, potencialmente. A filosofia pode contribuir com a cidadania da seguinte forma: ser um bom cidadão é mais do que votar no dia da eleição. O cidadão deve se manter informado sobre as questões públicas, debater com outros cidadãos sobre o bem comum, ajudá-los a formar as decisões deles. E o único jeito de deliberar sobre o bem da coletividade é encontrar, logo abaixo da superfície de nossas discordâncias políticas, os princípios importantes que temos em comum – justiça, equidade, liberdade, democracia. Temos de discutir quão diferentes são nossas concepções de justiça e liberdade, e essas questões são filosóficas. Tento promover a ideia da filosofia pública, excitante, desafiadora e acessível a todos os cidadãos. (Adaptado da Revista Época. Disponível em: http://revistaepoca.globo.com/ideias/noticia/2012/07/politica-precisa-se-abrir- religiao.html Acesso em: 02 jun. 2013.) Após ler a reportagem acima, responda: 1. Na Ética a Nicômaco, Aristóteles observou que o homem só é feliz quando alcança a plenitude da sua essência racional. Com base em tal pensamento, a que tipo de liberdade Sandel se refere, na entrevista, ao mencionar que precisamos saber escolher. Justifique. Para Raimundo Bezerra Falcão, a Política e a Ética a Nicômaco ostentam interesse direto. Para Aristóteles, não se pode dispensar a presença do Estado, que não é uma simples associação temporária com objetivos particulares, porém uma união dotada de unicidade, visando à virtude e à felicidade geral. O ser humano, é animal político, conduzido à condição política pela natureza. A expressão animal político, em Aristóteles, equivale a animal vinculado à polis, que envolvia a totalidade da vida do cidadão. Também pode ser entendida como animal social. Por isso, não existe indivíduo sem a polis, isto é, sem a organização estatal a apoiá-lo. Para a filosofia política, os sentidos atribuídos à noção de liberdade era o cidadão que participava da vida política da cidade, aquele que tinha independência e autossuficiência (Autarkia), e através disso liberdade perante as leis e costumes, ou seja, a capacidade de participar do processo decisório de constituição da lei até chegar em um consenso. Ao mencionar que precisamos saber escolher, Sandel se refere à Proiaresis, ao debater com outros cidadãos sobre o bem comum com o CASOS CONCRETOS COMPLETOS E TESTES PARA PROVA A1 | AV2 | AV3 FILOSOFIA JURIDICA 2015 CENTRO UNIVERSITARIO ESTACIO UNIRADIAL DE SÃO PAULO AV. MORUMBI, 8.724 – BROOKLIN. CEP: 04703002 jonasfs.juridico@gmail.com FILOSOFIA JURIDICA Página 10 de 63 objetivo de ajudar a formar decisões, estamos exercendo nossa liberdade de deliberação. Caso concreto nº: 6 Caso Concreto 1 O aluno deverá consultar seu material didático a fim de responder ao seguinte caso concreto: Os contratualistas De um modo geral, o termo Contratualismo designa toda teoria que pensa que a origem da sociedade e do poder político está num contrato, um acordo tácito ou explícito entre aqueles que aceitam fazer parte dessa sociedade e se submeter a esse poder. Embora não se trate de uma posição estritamente moderna, nem restrita às filosofias de Hobbes, Locke e Rousseau, o Contratualismo adquiriu o estatuto de um movimento teórico ou corrente de pensamento precisamente com esses autores. Quando alguém contemporaneamente se declara um contratualista refer-se ou filia- se a eles. Assim, quando Rawls (...) declara que sua teoria da justiça prolonga a "teoria do contrato social, tal como se encontra em Locke, Rousseau e Kant", logo em seguida puxa uma nota indicando que não estava se esquecendo de Hobbes, mas que o deixara deliberadamente de lado. Ele tem de fazer isso, já que, como os autores citados, Hobbes é um e o primeiro dos contratualistas (LIMONGI, Maria Isabel de M. P. Os contratualistas: Hobbes, Locke e Rousseau. In: RAMOS, F. C.; MELO, R.; FRATESCHI, Y. Manual de filosofia política. São Paulo: Saraiva, 2012. p. 97). 1. Hobbes, Locke e Rousseau são contratualistas, embora com teses diferentes. Todavia aceitam a mesma tese de fundo ou sintaxe. Explique-a Segundo Lenio Luiz Streck e José Luis Bolzan de Morais na obra “Ciência Política & Teoria do Estado”, o contratualismo entende o Estado como criação artificial dos homens, ou seja, um “instrumento” da vontade reacional dos indivíduos que o “inventam”, sempre buscando determinados fins que identificam as condições de sua criação. Assim, no pensamento contratualista, o objetivo da pesquisa pretendia estabelecer a origem do Estado e o fundamento do poder político a partir de um acordo de vontades, este que pode ser tácito ou expresso, ponha fim ao estágio pré- político (estado de natureza) e dê início a sociedade política (estado civil). Para os autores dessa escola, o estado civil surge para dar conta das deficiências inerentes ao estado de natureza, construindo como hipótese lógica negativa ou como um fato histórico na origem do homem civilizado. O contrato clássico seria um instrumento de legitimação do Estado e a base sistemática de construção do sistema jurídico. CASOS CONCRETOS COMPLETOS E TESTES PARA PROVA A1 | AV2 | AV3 FILOSOFIA JURIDICA 2015 CENTRO UNIVERSITARIO ESTACIO UNIRADIAL DE SÃO PAULO AV. MORUMBI, 8.724 – BROOKLIN. CEP: 04703002 jonasfs.juridico@gmail.com FILOSOFIA JURIDICA Página 11 de 63 2. O que podemos designar por "estado de Natureza"? O estado de natureza é uma abstração que serve para justificar a existência da sociedade política organizada. Substancialmente, ela se apresenta como contraface do estado civil, ou seja, se não estamos no interior da sociedade política, caímos no estado de natureza. Seria o estágio pré-político e social do homem. Para os contratualistas, a figuração do estado de natureza não é uniforme. Uns, como Thomas Hobbes veem como estado de guerra, ambiente o qual dominam as paixões, situação de total inseguranças e incerteza, domínio do mais forte. Outros, como Rousseau, definem como estado histórico de felicidade em que a satisfação seria plena e comum. Para John Locke, o estágio pré-social e político dos homens se apresentava como um estágio de “paz relativa”, pois nele haveria um certo domínio racional das paixões e dos interesses, esta que permitia a percepção dos limites à ação humana, conformando um quadro de direitos naturais que deveriam ser seguidos pelos homens. Caso concreto nº: 7 Caso Concreto 1 O aluno deverá consultar seu material didático a fim de responder ao seguinte caso concreto: Senadores repercutem manifestações e condenam violência policial. Tanto membros da base aliada do governo quanto da oposição condenaram o uso da violência para reprimir os protestos pelo País. As manifestações que vêm ocorrendo há uma semana em todo o País repercutiram nesta segunda-feira entre os senadores que discursaramem plenário na tarde de hoje. Tanto parlamentares de oposição como da situação comentaram o assunto e todos condenaram o uso da violência policial para conter os protestos. O petista Jorge Viana (AC) lembrou de sua juventude de luta política, em que chegou a manifestar nas ruas de Brasília. Quando foi prefeito de Rio Branco, Viana disse que chegou a ter o gabinete invadido por ativistas no início dos anos 1990. "E eu não pedi força policial para bater, expulsar as pessoas que estavam no gabinete. Eu fui lá, dentro do meu gabinete ocupado, e estabeleci um diálogo com elas", afirmou. Ele condenou o uso das balas de borracha, atiradas pelos policiais em manifestantes e até jornalistas que cobriam os protestos da última quinta-feira em São Paulo. Ele cobrou do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, um dos mais próximos da presidente Dilma Rousseff, explicações sobre a atitude policial. saiba mais "O que não é legítimo são métodos encontrados para combater ou para enfrentar as manifestações. O uso de balas de borracha, o nome já diz: é bala. E aí dizer que não é letal. Ela é letal, sim. Ela é menos letal do que a outra bala convencional. Ela mata. Dependendo de onde a pessoa for atingida, morre. E eu nunca vi tantos CASOS CONCRETOS COMPLETOS E TESTES PARA PROVA A1 | AV2 | AV3 FILOSOFIA JURIDICA 2015 CENTRO UNIVERSITARIO ESTACIO UNIRADIAL DE SÃO PAULO AV. MORUMBI, 8.724 – BROOKLIN. CEP: 04703002 jonasfs.juridico@gmail.com FILOSOFIA JURIDICA Página 12 de 63 policiais nesse País usando armas letais contra manifestações, contra manifestantes. Não é aceitável. Tem que ter um posicionamento mais claro do ministro da Justiça, senhor José Eduardo Cardozo. E não se trata de buscar culpados, terceirizar o problema", garantiu. O senador Alvaro Dias (PSDB-PR) relacionou a indignação popular às vaias direcionadas à presidente no jogo de abertura da Copa das Confederações, no último sábado, no estádio Mané Garrincha, em Brasília. Ao lado de Dilma, o presidente da Fifa, Joseph Blatter também foi vaiado. Alvaro Dias também condenou a violência que marcou os confrontos entre manifestantes e policiais. "Não podemos asfixiar manifestações democráticas, como também não podemos condenar a vaia porque não condenamos os aplausos. Ora, quem está sendo vaiado é o sistema. O que estamos verificando nessas manifestações de rua e nos estádios de futebol é um confronto do povo com o Brasil real. Considero uso da bala de borracha um atraso imperdoável. Evidente que podemos encontrar outras formas mais civilizadas e pacíficas, de enfrentamento. Essas manifestações de rua se dirigem a todos nós: instituições públicas, partidos políticos, aos Três Poderes", disse Alvaro Dias. Também da oposição, o tucano Ataídes Oliveira (TO) desqualificou as afirmações de que a causa dos protestos seriam os R$ 0,20 de aumento na tarifa de ônibus. Para ele, o principal motivo dos protestos é a corrupção. "O fato maior que está levando nosso povo às ruas e com toda razão é a corrupção nesse País. É a corrupção que está pegando esse salário e devorando. Não são os 20 centavos, e acho que a tendência dessas manifestações é aumentar e, para isso, o governo federal vai ter que tomar atitude imediatamente. Olhar a economia, a infraestrutura, a logística, a reforma política, que já devia ter acontecido há muito tempo. Essa maldita e perversa corrupção que hoje acredito que deve chegar e ultrapassar os R$ 150 bilhões, ela corrói o salário do nosso trabalhador, e é a causa dessas manifestações", opinou o senador. (Disponível em: < http://noticias.terra.com.br/brasil/politica/senadores-repercutem- manifestacoes-e-condenam-violencia- policial,e310e862f735f310VgnVCM10000098cceb0aRCRD.html> Acesso em: 05 jul. 2013) Depois ler a manchete acima, pesquise, na Constituição da República, o direito à livre manifestação e, em seguida na doutrina, a expressão "direito de resistência". Após, responda o que segue: CASOS CONCRETOS COMPLETOS E TESTES PARA PROVA A1 | AV2 | AV3 FILOSOFIA JURIDICA 2015 CENTRO UNIVERSITARIO ESTACIO UNIRADIAL DE SÃO PAULO AV. MORUMBI, 8.724 – BROOKLIN. CEP: 04703002 jonasfs.juridico@gmail.com FILOSOFIA JURIDICA Página 13 de 63 1. O direito de manifestação pacífica desvela o sentido de vontade geral de Rousseau? Justifique. No livro “Ciência Política & Teoria do Estado” de Lenio Luiz Streck e Jose Luis Bolzan de Morais, para Rousseau, o estado de natureza até o estado social produz no homem uma mudança bem acentuada, substituindo, em sua conduta, o instinto pelo sentimento de justiça e outorgando a suas ações, relações morais que antes estavam ausentes. Somente assim, quando a voz do dever substitui o impulso físico, e o direito substitui o apetite, o homem que até então se havia limitado a contemplar- se a sim mesmo, se vê obrigado a atuar segundo outros princípios, consultando com sua razão antes de escutar as suas inclinações. O que se encontra no artigo 5ª da Constituição Federal sobre o direito à Livre Manifestação se assemelha a vontade geral de Rousseau, pois permite ao Estado que o seu povo exercite o sentimento de justiça, entendendo que soberania é a ação do povo, que dita a vontade geral cuja expressão é a lei, participando dessa forma da Política na sociedade. 2. Os excessos praticados pela polícia, como órgão repressor do Estado, poderiam configurar a tese hobbesiana do poder do soberano? Justifique. Para Thomas Hobbes, tem-se a construção de um poder ilimitado, uma vez que “o príncipe” tudo pode, ou tudo deve fazer, pecando unicamente pela fraqueza. Aqui não há parâmetros naturais para a ação estatal, pois pelo contrato o homem se despoja de tudo, exceto da vida, transferindo o asseguramento dos interesses ao soberano. Logo, segundo teses hobbesiana de que o estado tudo deve fazer para concretizar a finalidade para o qual foi outorgado, os excessos praticados pela polícia com o objetivo de reprimir qualquer poder adverso é legítimo. 3. Quais são as diferenças fundamentais que separam as teorias políticas de Hobbes e Rousseau? Hobbes - O homem usufrui de liberdade incondicional para preservar sua própria vida, sendo assim, pode fazer qualquer coisa que lhe convém para alcançar seus objetivos. No entanto, os homens sentem medo, pois, há um momento em que não suportam mais o estado natural, a partir deste momento reúnem-se para realizar um contrato social, o qual é capaz de manter a paz entre eles. Surgem então as sociedades organizadas, as quais devem render-se a uma autoridade absoluta que promoverá a paz entre os homens. O Estado deve ser soberano perante os homens, visto que eles são maus por natureza, dominados por paixões, desejos, egoísmo, ou seja, o homem é lobo de si mesmo, para que o Estado de natureza, composto por barbárie, não seja retomado. É defensor do estado monárquico. O é pleno e absoluto, ninguém pode julgá-lo. O contrato não é assinado pelo soberano, portanto, não tem obrigações e compromissos, apenas deve por fim a guerra de todos contra todos. Entende que a igualdade leva à guerra, a liberdade é um valor retórico – ao assinar o contrato, os homens abrem mão de sua liberdade. Hobbes nega a propriedade como um direito natural. Rousseau - Propõe a concepção de que o Homem é bom por natureza, contudo, a sociedade o corrompe. CASOS CONCRETOS COMPLETOS E TESTES PARA PROVA A1 | AV2 | AV3 FILOSOFIA JURIDICA 2015 CENTRO UNIVERSITARIO ESTACIO UNIRADIAL DE SÃO PAULO AV. MORUMBI, 8.724 – BROOKLIN. CEP: 04703002 jonasfs.juridico@gmail.com FILOSOFIA JURIDICA Página 14 de 63 Caso concreto nº: 8 Caso Concreto 1 O professor poderá enriquecer com mais perguntas o seguinte estudo dirigido:Estudo Dirigido 1. O que é filosofia? E quais as características da filosofia? Filosofia (do grego sabedoria) modernamente é uma disciplina, ou uma área de estudos, que envolve a investigação, análise, discussão, formação e reflexão de ideias (ou visões de mundo) em uma situação geral, abstrata ou fundamental. A filosofia tem como principal característica o questionamento constante, ela não permite que nada continue da mesma forma como esta. 2. O que é Filosofia do Direito? Quais os objetos de investigação de uma Filosofia do Direito? Por quê? Nas reflexões de Miguel Reale (1998, p. 9), a Filosofia do Direito é a própria Filosofia voltada para a realidade jurídica, esta área de saber pode ser estudada do ponto de vista filosófico, por filósofos de formação ou por juristas, focalizando temas como Justiça, Propriedade, Liberdade, Igualdade, o conceito de Direito, Legitimidade das normas e o papel do Direito nas sociedades, isso porque o Direito é um fenômeno universal que decorre da existência humana e o jurisfilósofo problematiza o que para o operador do Direito se configura como seguro. E nos sugere algumas indagações típicas dos jurisfilósofos: “Por que o Juiz deve apoiar-se na lei? Quais as razões lógicas e morais que levam o juiz a não se revoltar contra a lei, e a não criar solução sua para o caso que está apreciando, uma vez convencido da inutilidade, da inadequação ou da injustiça da lei vigente? Por que a lei obriga? Como obriga? Quais os limites lógicos da obrigatoriedade legal?” (p. 10). 3. O que é Filosofia Política? Quais os objetos de investigação de uma filosofia política? Por quê? É o campo de investigação da política e das relações humanas. Seus objetivos de investigação são: Segundo Aristóteles, do bem comum, ou seja, o homem político poderia discutir assuntos que poderia beneficiar e ser de interesse de todos, e o homem político estava em uma posição privilegiada, pois ele analisava e discutia as questões em relação as leis e a estrutura da sociedade. Portanto a filosofia da política estuda a legitimação e a justificação do Estado e do governo, isso porque é necessário a Filosofia política para que seja analisada a ética e a moral entre as relações humanas. 4. Como a Antiguidade compreendeu a relação entre ética e política? Tanto a ética quanto a política, tal como concebemos hoje, nasceram nas cidades gregas, entre os séculos VI e IV antes da era corrente. Os homens livres eram considerados iguais como absolutamente livres, dessa forma, não há, sobre aqueles que são iguais nenhum poder superior: nem rei, nem patrão nem deus. Com eles se CASOS CONCRETOS COMPLETOS E TESTES PARA PROVA A1 | AV2 | AV3 FILOSOFIA JURIDICA 2015 CENTRO UNIVERSITARIO ESTACIO UNIRADIAL DE SÃO PAULO AV. MORUMBI, 8.724 – BROOKLIN. CEP: 04703002 jonasfs.juridico@gmail.com FILOSOFIA JURIDICA Página 15 de 63 devem apresentar as razões pelas quais se ordena deve-se argumentar para convencê-los. Tudo era debatido e resolvido pela assembleia dos cidadãos, dessa forma deu-se o nascimento de novas formas de pensamento, dentre as quais a Ética e a Política tais como conhecemos desde então. 5. Como os conceitos de ética e política se articularam no pensamento de Platão e Aristóteles? Platão, admirável discípulo de Sócrates, articulava em suas inspirações teóricas a ideia de se encontrar a felicidade no centro das questões Éticas. A sabedoria para Platão, não se identifica o sábio pela sua grandeza de conhecimentos teóricos, mas pela sua grandeza de virtudes. O homem virtuoso tende a encontrar e contemplar o mundo ideal. Aristóteles não descarta a relação entre Ser e o Bem, porém enfatiza que não é um único bem, mas vários bens, e que esse bem deve variar de acordo com a complexidade do ser. Para o homem por exemplo, há a necessidade de se ter vários bens, para que este possa alcançar a felicidade humana. A Virtude em Aristóteles, está entre os melhores dos bens. 6. O que podemos entender por jusnaturalismo moderno? O jusnaturalismo moderno é caracterizado pela ideia racional de um Direito original fundante e universal conhecido como Direito de Natureza. Esse Direito pressupõe a existência originária de homens que vivem em um estado pré-social conhecido como estado de natureza, no qual os homens gozam de direitos inalienáveis. Para garantir esses direitos ameaçados pelo estado de guerra ou pelos apetites humanos devido à fragilidade do estado de natureza, foi necessário aos homens, por meio de uma espécie de contrato, ingressarem em uma ordem civil na qual esses direitos seriam invioláveis. 7. Elabore um quadro contendo as semelhanças e diferenças existentes no contrato social de Hobbes, Locke e Rousseau. Thomas Hobbes Estado de Natureza Ambiente de guerra, no qual dominam as paixões, situação de total insegurança e incerteza. Domínio do mais forte. Sociedade de “paz relativa”, pois havia um certo domínio racional das paixões dos interesses. Existência de direitos naturais. John Locke Homem é bom por natureza, mas a sociedade o corrompe. A propriedade privada é o eixo nuclear do seu pensamento. Estado Civil Sociedade rende-se a uma autoridade absoluta e soberana para garantir a sobrevivência da espécie. O instituidor político não pode entrar em contradição com direitos naturais CASOS CONCRETOS COMPLETOS E TESTES PARA PROVA A1 | AV2 | AV3 FILOSOFIA JURIDICA 2015 CENTRO UNIVERSITARIO ESTACIO UNIRADIAL DE SÃO PAULO AV. MORUMBI, 8.724 – BROOKLIN. CEP: 04703002 jonasfs.juridico@gmail.com FILOSOFIA JURIDICA Página 16 de 63 Rousseau O homem não é livre, mas deve garantir leis que o aproximem a essa liberdade. Caso concreto nº: 9 Caso Concreto 1 O aluno deverá consultar seu material didático a fim de responder ao seguinte caso concreto: O que importa é o motivo. Perguntas para Kant de Michael Sandel "A filosofia moral de Kant é poderosa e convincente, mas pode ser difícil de compreender, principalmente à primeira vista. Se você conseguiu me acompanhar até este ponto, pode ser que várias questões lhe tenham ocorrido. Questão I: O imperativo categórico de Kant ensina-nos a tratar todos os indivíduos com respeito, como um fim em si mesmos. Não seria isso praticamente a mesma coisa que a Regra de Ouro? (...) R: Não. A Regra de Ouro depende de fatos contingentes que variam de acordo com a forma como cada um gostaria de ser tratado. O imperativo categórico obriga-nos a abstrair essas contingências e a respeitar as pessoas como seres racionais, independentemente do que elas possam desejar em uma determinada situação" (SANDEL, M. Justiça. O que é fazer a coisa certa. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2011.) 1. O que é o imperativo categórico e o que representou na teoria moral de Kant? R: O imperativo categórico é o pincípio moral formulado por Kant como orientação para as máximas do agir. Na sua segunda formulação nos oferece o sentido da disgnidade da pessoa humana. Caso concreto nº: 10 Caso 1 – Liberalismo e democracia Na história do Estado moderno, as duas liberdades são estreitamente ligadas e interconectadas, tanto que, quando uma desaparece, também desaparece a outra. Mais precisamente: sem liberdade civis, como a liberdade de imprensa e de opinião, como a liberdade de associação e de reunião, a participação popular no poder político é um engano; mas, sem participação popular no poder, as liberdades civis têm pouca probabilidade de durar. Enquanto as liberdades civis são uma condição necessária para o exercício da liberdade política, a liberdade política, ou seja, o controle popular do poder político é uma condição necessária para, primeiro, obter e, depois, conservar as liberdades civis. Trata-se, como qualquerum pode ver, do velho problema da relação entre liberalismo e democracia (BOBBIO, N. Igualdade e liberdade. Rio de Janeiro: Ediouro, 1996. p. 65.) CASOS CONCRETOS COMPLETOS E TESTES PARA PROVA A1 | AV2 | AV3 FILOSOFIA JURIDICA 2015 CENTRO UNIVERSITARIO ESTACIO UNIRADIAL DE SÃO PAULO AV. MORUMBI, 8.724 – BROOKLIN. CEP: 04703002 jonasfs.juridico@gmail.com FILOSOFIA JURIDICA Página 17 de 63 1 - Apresente e explique os dois tipos de liberdade a que Norberto Bobbio se refere no texto. R: Bobbio se refere à distinção de Benjamin Constant: liberdade dos antigos e liberdade dos modernos. Traçando uma distinção histórica, a liberdade dos antigos é uma liberdade positiva; a dos moderno no sentido negativo. A liberdade do gozo privado dos bens fundamentais (negativa) e a liberdade política (positiva). Caso concreto nº: 11 Caso 1 1. A partir da leitura acima, como Habermas sugere uma possibilidade de consenso? Justifique sua resposta. R: Habermas sugere que a linguagem poderá ocupar o lugar de mediadora, porque através dela os sujeitos se entendem sobre o mundo e podem alcançar o consenso intersubjetivo sobre princípios verdadeiros, válidos para todos. 2. Com base em que argumentos este pensador reconstrói o sentido de racionalidade para dar conta do problema da universalidade? Justifique sua resposta. R: É importante pontuar a crítica de Habermas ao modelo técnico-científico do pensamento ocidental e de uma racionalidade instrumental. Cabe lembrar, que o ponto de partida para fundamentação da ética do discurso de Habermas, encontra- se na escola de Frankfurt e na Teoria Crítica que oferecem, dentre outras possibilidades, o referencial teórico e a metodologia reconstrutivista. Assim, buscou uma racionalidade que parte de uma contextualização do cotidiano em que o sujeito está situado linguísticamente e intersubjetivamente num locus em que deve se configurar um equilíbrio entre a moralidade pessoal e a ética pública. Caso concreto nº: 12 Caso 1 1 - John Rawls procurou estabelecer princípios de justiça, a partir de algumas premissas. Denominou um desses princípios como “princípio da diferença” (maximin). O que significa este princípio na visão de Rawls R: Pelo Princípio da diferença a sociedade deve promover a distribuição igual da riqueza, exceto se a existência de desigualdades econômicas e sociais gerar o maior benefício para os menos favorecidos. Este princípio está baseado na regra maximin , que é uma expressão oriunda da Teoria Econômica e sugere a abreviação de elevação ao máximo da posição menos favorecida. Em resumo, é a maximização do mínimo. Ou seja, na original position os representantes devem descobrir que é melhor a alternativa cuja pior consequência seja superior a cada uma das piores consequências das outras. Apesar da identificação de seu princípio da diferença com o critério maximin ser rejeitada por Rawls a, a bibliografia secundária sobre sua obra consagrou amplamente este termo como referência a sua proposição de CASOS CONCRETOS COMPLETOS E TESTES PARA PROVA A1 | AV2 | AV3 FILOSOFIA JURIDICA 2015 CENTRO UNIVERSITARIO ESTACIO UNIRADIAL DE SÃO PAULO AV. MORUMBI, 8.724 – BROOKLIN. CEP: 04703002 jonasfs.juridico@gmail.com FILOSOFIA JURIDICA Página 18 de 63 estabelecer a maximização da posição menos elevada como critério justo de distribuição de vantagens sócio-econômicas. 2 - É possível afirmar que o sistema de cotas baseia-se no princípio da igualdade de oportunidades, pensado por J. Rawls? Segundo o artigo acima, qual o objetivo a que visa o sistema de cotas, tema do debate? R: O princípio da igualdade de oportunidades de Rawls é aquele que preconiza que as desigualdades econômicas e sociais devem estar ligadas a postos e posições acessíveis a todos em condições de justa igualdade de oportunidades. O sistema de cotas utilizado para reservas vagas em instituições públicas de ensino encontra neste princípio forte aliado para se legitimar. Problema que vem sendo observado, e o artigo acima o explicita de forma clara, não é exatamente a justeza ou não do sistema de cotas, mas sim a metodologia utilizada pelas instituições para o ingresso dos alunos. Se não há dúvidas por parte dos debatedores que o sistema de cotas pode melhorar o sistema de distribuição de renda, conhecimento e posição social na injusta realidade social brasileira, dúvidas sobram quando o tema é o tipo de grupo que deve ser beneficiado e qual a medida ótima (dosimetria) a ser aplicada pelas diversas instituições de ensino pública, a fim de atingir o resultado pretendido (diminuição das desigualdades sociais e maior distribuição de justiça social). Caso concreto nº: 13 Caso 1 – Os princípios “Dworkin inicia sua obra partindo de uma questão que há muito se discutiram a respeito e muito já se perguntaram, mas, sobre a qual nunca obtiveram uma resposta precisa: o que é o Direito? Esta é uma indagação que permeia os pensamentos dos mais célebres pensadores. Esta falta de resposta ou, como queira alguns, a pluralidade de respostas que se encontra para o termo, deve-se justamente ao fato de sua complexidade. O autor, nessa obra, propõe um conceito para o termo que, aparentemente simplista em sua semântica, possui tamanha complexidade que somente se faz possível entendê-lo por meio dos casos concretos. Para o referido autor, Direito é princípio. Partindo deste conceito, que somente é obtido a partir da leitura de sua obra como um todo, faz-se mister estabelecer uma diferenciação entre dois termos que se encontram presentes em toda a sua obra, quais sejam: princípio e política” (RIBEIRO, Ana Paula B. Resenha da Obra: Uma Questão de Princípio (Ronald Dworkin). 1 – Como Ronald Dworkin propõe uma distinção entre princípios e política? R: Princípios, seriam os direitos individuais que cada um possui. Por sua vez, política é o conjunto de metas utilizadas para se alcançarem estes princípios. Assim, apresenta que toda decisão, seja ela judicial ou não, será necessariamente política. Tal afirmativa parte do pressuposto de que o magistrado, assim como qualquer indivíduo, possui de pré-conceitos, pré-compreensões, de visões de mundo que estão presentes em suas decisões. Desta forma, não existe neutralidade nas CASOS CONCRETOS COMPLETOS E TESTES PARA PROVA A1 | AV2 | AV3 FILOSOFIA JURIDICA 2015 CENTRO UNIVERSITARIO ESTACIO UNIRADIAL DE SÃO PAULO AV. MORUMBI, 8.724 – BROOKLIN. CEP: 04703002 jonasfs.juridico@gmail.com FILOSOFIA JURIDICA Página 19 de 63 decisões, mas antes, decisão imparcial. Sendo assim, ao proferir uma sentença e, consequentemente, “optar” por uma das partes, o magistrado realiza uma tarefa política. Ou seja, ao seu contentamento ou pesar, deve se posicionar e fundamentar sua decisão; decisão esta que, além de pertencer ao pensamento do certo ou errado, do sim ou do não, é, conforme dito, formada por uma série de pressupostos, inerentes a qualquer pessoa. Caso concreto nº: 14 Caso 1 – Sobre os fundamentos da Justiça O que funda a justiça? Seus fundamentos estariam na razão, na linguagem, na transcendência divina, ou na consciência? Eis algumas das linhas de discussão que envolvem a questão dos fundamentos da justiça da qual nos ocuparemos agora. Antes de tudo, chamemos a atenção para o fato de que o senso comum tende sempre a confundir justiça com o Poder Judiciário. O termo “acesso à justiça”, tão propalado nos nossos dias, não diz nada além da possibilidade de acesso ao Poder Judiciário, no sentido do rompimento das barreiras que separam o cidadão da instituição destinada a proteger os seus interesses. Não diz do acesso á justiça mas do alcance do órgão estatal que, por definição, é o lugar das lamentações emtorno dos conflitos humanos gerados a partir da obrigatoriedade da coexistência a que todos estamos condenados por sentença dos deuses, desde as nossas obscuras origens. Portanto, deixamos claro que os fundamentos da justiça que buscamos jamais se comprometeram com as instituições destinadas à efetivação da sua eficácia, ressalvada a configuração aproximativa do ideal de justiça. A pergunta pelos fundamentos da justiça vai muito além da crença na sua realizabilidade institucional, uma vez que esta se mostra apenas na órbita dos possíveis e não na esfera fundante disso que nominamos justiça na milenar trajetória da vida do espírito. (...) Começar a entender os fundamentos da justiça implica entender esse fluir da vivência na sua mais primitiva manifestação, pois é nesse campo primitivo, do a-temático, da ausência de quaisquer categorias que se instaura o apelo à justiça. Mas o que é a justiça? De onde vem e quais são os seus indicadores? Eis a questão! (GUIMARÃES, Aquiles Côrtes. Pequena introdução à filosofia política. A questão dos fundamentos. 2. ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2007. p. 87-90.) 1 – A que sentido de justiça o autor se refere? R: o texto apresenta uma preocupação filosófica com o conceito de justiça, tema específico de uma Filosofia Jurídica. Se pretende uma reflexão valorativa que se entende por Justiça como valor moral. Caso concreto nº: 15 Caso 1 – A filosofia jurídica e a busca pelo fundamento de legitimação da norma jurídica A belíssima versão clássica do mito sobre a Antígona é descrita na obra “Antígona” do dramaturgo grego Sófocles, sendo até hoje considerada um dos mais importantes textos da literatura ocidental. Nela, Sófocles retrata em toda a sua verticalidade CASOS CONCRETOS COMPLETOS E TESTES PARA PROVA A1 | AV2 | AV3 FILOSOFIA JURIDICA 2015 CENTRO UNIVERSITARIO ESTACIO UNIRADIAL DE SÃO PAULO AV. MORUMBI, 8.724 – BROOKLIN. CEP: 04703002 jonasfs.juridico@gmail.com FILOSOFIA JURIDICA Página 20 de 63 alguns dos mais caros valores humanos como amor, lealdade e dignidade. Além disso, essa obra é um verdadeiro marco para a filosofia do direito ao enfocar, já no Séc. V a.C. alguns de seus problemas mais fundamentais: o conflito entre tradição e lei, entre lei natural lei dos homens, além de tratar das relações entre o poder e o direito, o poder e a família, o direito positivo e as leis positivas. A peça inicia com Antígona discutindo com a irmã, Ismênia, o édito baixado pelo tio Creonte, rei de Tebas. No referido diploma legal proibia-se a celebração fúnebre em honra de Polinicies. Isto porque este e o outro irmão de Antígona, Etéocles, haviam morrido em combate. Etéocles na defesa de Tebas, e Polinicies, por Argos, contra Tebas. Creonte, tio de Antígona, que, com a morte dos irmãos assume o poder em Tebas, promulga uma lei impedindo que os mortos que atentaram contra a lei da cidade (entre eles, Polinicies) fossem enterrados. Tal decisão acabava por caracterizar uma grande ofensa para o morto e sua família, pois se entendia que nestas circunstâncias a alma do morto não poderia fazer a transição adequada ao mundo dos mortos. Fiel aos laços de família, Antígona que acompanhara o pai, Édipo, até a morte, infringe o decreto de Creonte apresentando como alegação o fato de haver uma lei divina, universal, que transcende o poder de um soberano. Por isto, oferece ela ao irmão morto as cerimônias fúnebres tradicionais com impressionante destemor. A peça segue seu curso mostrando relações familiares passionais. A casa de Antígona ascende aos primórdios míticos da formação da Ática. Como conseqüência ao ato de desrespeito à ordem do déspota Creonte, Antígona é presa e conduzida a uma caverna, que lhe servirá também de túmulo ainda em vida. Sem conseguir dissuadir o pai, Hêmon, namorado de Antígona e filho de Creonte, acaba por se matar, quando o rei já estava disposto a abrir mão da lei editada para salvar a vida de Antígona. 1. Podemos considerar que o caso concreto apresenta a célebre discussão acerca da legitimidade das normas? Justifique. R: Faz-se interessante que se discuta o papel da filosofia jurídica em sua busca pelo fundamento de legitimidade da norma jurídica. Assim, a aceitação e o cumprimento da norma jurídica se dará em maior ou menor grau na medida em que se reconheça, igualmente, um maior ou menor grau de justiça que a norma propicia quando regra os casos concretos. 2. Por que o acaso narrado revela uma das preocupações da filosofia Jurídica? R: Na peça, uma das grandes questões que vem a tona é exatamente o poder de império que acompanha a norma jurídica, mesmo que, em muitos casos, essa imperatividade oponha-se ao sentimento de injustiça que a norma jurídica traz em seu bojo. Neste sentido, é importante relembrar que a peça tende a realçar o eterno antagonismo entre aquilo que hoje compreendemos como jusnaturalismo e juspositivismo. CASOS CONCRETOS COMPLETOS E TESTES PARA PROVA A1 | AV2 | AV3 FILOSOFIA JURIDICA 2015 CENTRO UNIVERSITARIO ESTACIO UNIRADIAL DE SÃO PAULO AV. MORUMBI, 8.724 – BROOKLIN. CEP: 04703002 jonasfs.juridico@gmail.com FILOSOFIA JURIDICA Página 21 de 63 FILOSOFIA GERAL E JURÍDICA O pensamento de Sócrates e dos sofistas. SOFISTAS – São pensadores mestre em RETÓRICA (A arte do convencimento). Os sofistas vendiam conhecimento. Os Sofista substituíram os dogmas por uma verdade. A verdade absoluta e a verdade relativa A justiça relativa e a justiça absoluta MAÊUTICA – a arte de cria uma dúvida, Sócrates se utilizava da Maêutica para retirar a certeza. VERDADE ABSOLUTA – Segundo Sócrates é o meio possível da verdade. ¨Só sei que nada sei¨ Tanto a verdade como a justiça é uma verdade relativa, a depender do momento (SOFISTAS). SOCRATES – Através do estudo da Maêutica gera uma dúvida em busca da verdade. O PENSAMENTO DE PLATÃO A filosofia de Platão é feita através de alegorias (Alegoria é uma representação da coisa). Mito ou alegoria de ER EH era um grande guerreiro que lutava nas batalhas e, consequentemente, voltava vitorioso, sempre. Certo dia EH não voltou. Então, seu Exército foi a sua procura, depois de muito procurar, seus homens o encontram sem marcas, ferimentos ou qualquer escoriação, EH havia sumido há um bom tempo e aparentava está realmente morto. Seus Soldados pegam seu corpo e levam de volta para a cidade para que seja sepultado. Ao chegar à cidade EH acorda e diz que, nesse tempo desacordado, foi ao mundo do HADE (mundo das almas), lá ele disse que existem três virtudes (Coragem, sabedoria e temperança), onde se pode escolher uma delas, depois de escolhida a virtude bebe-se de uma água em um determinado rio, nesse instante são esquecidas todas as lembranças de uma vida anterior e, voltando à vida terrena, vive aquela virtude escolhida. HADE CORAGEM GUERREIROS SABEDORIA GOVERNANTES TEMPERANÇA OPERÁRIOS Na Visão de Platão os homens são imortais, são constituídos de alma, os homens não morrem (o que morre é o corpo). Por isso ser HADE a morada das almas, a morada dos homens. CASOS CONCRETOS COMPLETOS E TESTES PARA PROVA A1 | AV2 | AV3 FILOSOFIA JURIDICA 2015 CENTRO UNIVERSITARIO ESTACIO UNIRADIAL DE SÃO PAULO AV. MORUMBI, 8.724 – BROOKLIN. CEP: 04703002 jonasfs.juridico@gmail.com FILOSOFIA JURIDICA Página 22 de 63 Na visão de Platão o mundo terreno é falso, o mundo Real é a morada das almas. Os homens são seres humanos em constante movimento de retorno. LULU SANTOS – Eu tô voltando pra casa (Música, HADE). Segundo Platão, devemos escolher a virtude no HADE de acordo com a felicidade. Obs.: Segundo Platão o cidadãojá nasce com a virtude. Na visão de Platão não existe a possibilidade de mudança de classe social, depois de escolhida a virtude, não se pode mudar. Também não existe diferença entre classes, apenas diferentes papeis sociais. Na visão de Platão, para atingir a felicidade, basta que aceite a sua decisão (aceitar a virtude que escolheu). Ao sair do Hade as virtudes podem ser mescladas. Segundo Platão, a virtude principal é a IDENTIDADE, as outras duas são QUALIDADES. Coragem – Identidade Sabedoria e Temperança - Qualidades CASOS CONCRETOS COMPLETOS E TESTES PARA PROVA A1 | AV2 | AV3 FILOSOFIA JURIDICA 2015 CENTRO UNIVERSITARIO ESTACIO UNIRADIAL DE SÃO PAULO AV. MORUMBI, 8.724 – BROOKLIN. CEP: 04703002 jonasfs.juridico@gmail.com FILOSOFIA JURIDICA Página 23 de 63 Os cidadãos do Estado Ideal; Estado Ideal – Para Platão é um Estado plenamente ajustado a sua finalidade, este só pode ser perfeito se os integrantes também forem perfeitos. Na visão de Platão, o MODELO de Estado ideal é um estado feito de pessoas felizes (Aquelas pessoas que aceitam suas decisões). Para Platão o cidadão do Estado Ideal é o indivíduo imortal e ao mesmo tempo virtuoso. O papel dos cidadãos; VIRTUDE – Qualidade identidade. (Qualidade pela qual o homem é conhecido - Platão) Na visão de Platão o papel dos cidadãos está intimamente relacionado à virtude, então se o cidadão escolher a virtude coragem seu papel será o de guerreiro, se escolheu sabedoria, será governar, etc. A virtude vai dar ao cidadão um papel na sociedade. Justiça: o equilíbrio das virtudes. Para Platão a Justiça se da através do equilíbrio das virtudes (Coragem, Sabedoria e Temperança). Na visão de Platão, uma sociedade feliz é uma sociedade justa, um cidadão feliz é um cidadão justo. O PENSAMENTO DE ARISTÓTELES Aristóteles foi ¨pupilo¨ de Platão. PUPILO – Aquele que aprende com seu mestre, mas segue um caminho próprio. Aristóteles conhece o pensamento de seu mestre, mas segue um caminho diferente. As virtudes diluídas no cidadão Virtude – Qualidade identidade que dar um papel na sociedade (mesma premissa de Platão). Para Aristóteles o homem tem a virtude diluída em si mesmo. Para Aristóteles os homens têm em si a semente da virtude, mas precisam ser tratadas para então se transformar. Segundo Aristóteles o caminho para que a virtude possa florescer é a EDUCAÇÃO (Escola), ou buscar educação ou jamais será virtuoso. R$$$$ ESCOLA VIRTUDE CIDADÃO GUERREIRO POVO CONSELHEIRO CASOS CONCRETOS COMPLETOS E TESTES PARA PROVA A1 | AV2 | AV3 FILOSOFIA JURIDICA 2015 CENTRO UNIVERSITARIO ESTACIO UNIRADIAL DE SÃO PAULO AV. MORUMBI, 8.724 – BROOKLIN. CEP: 04703002 jonasfs.juridico@gmail.com FILOSOFIA JURIDICA Página 24 de 63 MODELO DE ESTADO na Visão de ARISTÓTELES Segundo Aristóteles a primeira virtude que o homem desenvolve é a virtude do GUERREIRO, ao continuar estudando o as outras virtudes: CONSELHEIRO e SACERDÓCIO. A justiça como bem comum Para Aristóteles a justiça é um ato que prima por aquilo que representa o BEM COMUM. BEM COMUM – Aquilo que é bom pra todo mundo e fácil de chegar (Aquilo que é bom pra você, independente do que você ache, bom ou não). O que representa o BEM COMUM é a própria sociedade, o bem comum não tá preso aquilo que você acha ser correto, mas sim AQUILO QUE A SOCIEDADE PREGA, o fenômeno social prevalece. Para Aristóteles a justiça é um fenômeno mutável no tempo e no espaço, se adequa a sociedade. A justiça legal Considerando que todos sabem o certo a ser feito, mas nem sempre o fazem, preferindo o errado, surge à justiça legal. Segundo Aristóteles, a justiça só vai ter efetividade com uma lei, com uma norma que obrigue o cidadão a fazer o que a sociedade espera. Obs.: A vontade social é transformada em lei. A justiça em Aristóteles deriva do fato social, diferente do positivismo jurídico (Justiça extraída da lei). Quem determina o que é justo são os fatos sociais, a sociedade, não a lei. Pseudo Paradoxo: justiça X legalidade Aristóteles é JUS NATURALISTA e não positivista. Aristóteles é um Jusnaturalista legalista, para ele a lei deve favorecer o fato social. Na visão de Aristóteles não é a lei que dita o justo, mas o justo que dita à lei. Formas legais O modelo de sociedade de Aristóteles diz que a sociedade vai criar sua própria lei. Segundo Aristóteles a sociedade carece de 4 (Quatro) formas distintas da lei (Modelos normativos). SACERDOTES CASOS CONCRETOS COMPLETOS E TESTES PARA PROVA A1 | AV2 | AV3 FILOSOFIA JURIDICA 2015 CENTRO UNIVERSITARIO ESTACIO UNIRADIAL DE SÃO PAULO AV. MORUMBI, 8.724 – BROOKLIN. CEP: 04703002 jonasfs.juridico@gmail.com FILOSOFIA JURIDICA Página 25 de 63 1. Normas Distributivas - Tanto o povo quanto o cidadão têm direito ao que lhe pertence. 2. Normas Retributivas – Servem para punir quem erra e premiar quem acerta, caráter retributivo (Ação/Reação). 3. Normas Reparadoras ou Corretivas – Finalidade de assegurar que os danos causados a outrem têm direito de indenizar. 4. Normas Comutativas – Finalidade de assegurar que ninguém tomará demasiada vantagem em relação ao outro. ¨Acende¨ a equidade Princípio da Equidade ou Justo Meio – Fenômeno de flexibilização da norma, observando a aplicação do que é justo. Na visão de Aristóteles cabe ao juiz aplicar o justo, não a lei (Deixar de aplicar a lei, para aplicar uma sentença justa). BUSCAR A JUSTIÇA, NÃO A LEI. O PENSAMENTO DE THOMAS HOBBES O conatus Diferente de Platão e Aristóteles, Hobbes está preso ao Conatus (Natureza gananciosa). Na visão de Hobbes o ser humano já nasce com o instinto de conquistador. Segundo Hobbes para que o Homem possa TER, SER e PODER ele até mata para atingir seus objetivos. “O Homem lobo do Homem.” O Estado de natureza é um Estado de Guerra. O instituto de conservanças A ideia de somatizar (O Homem busca o máximo possível sem abrir mão do que já conquistou). A vida como bem pré-existente A vida sempre será o bem mínimo a ser protegido. Para Hobbes somos maus, mas preservamos a vida. O pacto social Na visão de Hobbes o homem é dotado de maldade, mas quando o outro também é, este preza pela sua proteção, pactuando (Ambos fazem um acordo) Pacto tácito – Ninguém agride ninguém O pacto é firmado pelo medo, um reconhece no outro o perigo. O Estado CASOS CONCRETOS COMPLETOS E TESTES PARA PROVA A1 | AV2 | AV3 FILOSOFIA JURIDICA 2015 CENTRO UNIVERSITARIO ESTACIO UNIRADIAL DE SÃO PAULO AV. MORUMBI, 8.724 – BROOKLIN. CEP: 04703002 jonasfs.juridico@gmail.com FILOSOFIA JURIDICA Página 26 de 63 Está escupido em um grande contrato, através de leis há possibilidade da manutenção do pacto social. O Governo Hobbes é defensor de um estado que deve ser governado por um único indivíduo (Totalitarismo). Na visão de Hobbes se mais de um manda, tem conflito, Hobbes é absolutamente totalitário. O PENSAMENTO DE LOCKE E ROUSSEAU A natureza humana A condição natural O problema da propriedade O pacto social O Estado O Governo LOCKE ROUSSEAU A NATUREZA HUMANA Na visão de Locke e Rousseau a natureza humana é de liberdade, somos ABSOLUTAMENTE LIVRES. Liberdadeplena e absoluta. CONDIÇÃO NATURAL Na visão de Locke e Rousseau todos são absolutamente IGUAIS, livres. “Os frutos eram de todos e a terra a ninguém pertencia.” O PROBLEMA DA PROPRIEDADE Na visão de Locke o crescimento da população faz surgir à propriedade. Onde há propriedade ocorre limitação da liberdade. Na visão de Locke a propriedade surge em virtude da Escassez. Locke é um homem da cidade. Na visão de Rousseau o homem cria a propriedade porque quer, de forma voluntária, não porque precisa (desnecessário). Na visão de Rousseau todos terão propriedade. Rousseau é um homem do campo. PACTO SOCIAL de LOCKE Na visão de Locke o homem não abre mão da propriedade, ainda que gere um mal (Propriedade é uma necessidade). Na visão de Locke uma parcela da população conseguiu a propriedade, outras não (aqueles que não conseguiram a propriedade não vão aceitar a condição). Na visão de Locke o homem torna-se agressivo, uma criatura ma em virtude da sobrevivência (Torna-se violento, ganancioso). Muitas pessoas e poucos recursos, esse problema pode ser solucionado aumentando os recursos CASOS CONCRETOS COMPLETOS E TESTES PARA PROVA A1 | AV2 | AV3 FILOSOFIA JURIDICA 2015 CENTRO UNIVERSITARIO ESTACIO UNIRADIAL DE SÃO PAULO AV. MORUMBI, 8.724 – BROOKLIN. CEP: 04703002 jonasfs.juridico@gmail.com FILOSOFIA JURIDICA Página 27 de 63 (Criando trabalho). A criação de trabalho é a solução para a escassez de recursos, aquele que tem a propriedade precisa gerar trabalho remunerado, assim todos terão acesso a sobrevivência. Aquele que tem a propriedade gera trabalho para aquele que não tem, onde este pode trabalhar e sobreviver com sua remuneração. PACTO SOCIAL de ROUSSEAU Na visão de Rousseau somente o Estado vai assegurar o pacto social da sociedade (Através de leis). O pacto social de Rousseau prestigia os menos favorecidos. O ESTADO p/ LOCKE Na visão de Locke o Estado vai materializar as normas jurídicas para garantir que os homens possam manter o acordo (O Estado serve para garantir sua existência). O ESTADO p/ ROUSSEAU Para Rousseau o Estado serve para firmar o pacto. O GOVERNO p/ LOCKE Para Locke o governo deve ser aquele que toma medidas em relação ao pacto social, cabendo ao governo a boa aplicação das leis. O GOVERNO p/ ROUSSEAU Governo bom é aquele que garante as ideias da coletividade (Retorno ao Estado de natureza) O PENSAMENTO DE IMMANUEL KANT Fundamentação da metafísica dos costumes; A Moral; O Direito. Immanuel Kant é um pensador analítico. Fundamentação da metafísica dos costumes; É a primeira e grande obra de Kant. Fundamentar – É a base que sustenta a tese. Metafísica – Para além da nossa percepção sensível. Meta – Para além da forma original Física – Algo que pode ser percebido pelos nossos sentidos (Algo que se pode perceber – Ser humano). A obra propõe a fundamentação de uma base não sensorial da percepção humana. 1o Livro – Aquele que tira do seu agir qualquer tipo de interesse. Age de boa vontade aquele que age de forma desinteressada (Boa vontade). Condutas filantrópicas e altruísticas não podem ser consideradas de boa vontade. Age de boa vontade aquele que age sem interesse, desvinculado de filantropia ou de prazer. CASOS CONCRETOS COMPLETOS E TESTES PARA PROVA A1 | AV2 | AV3 FILOSOFIA JURIDICA 2015 CENTRO UNIVERSITARIO ESTACIO UNIRADIAL DE SÃO PAULO AV. MORUMBI, 8.724 – BROOKLIN. CEP: 04703002 jonasfs.juridico@gmail.com FILOSOFIA JURIDICA Página 28 de 63 Na visão de Kant, se você sabe o que é certo a fazer, faça independente do que possa acontecer. Age em conformidade com a boa vontade, aquele que faz o que tem que ser feito independente das consequências. O Homem é um animal racional / Animal + Razão =Homem. Na visão de Kant, age de boa vontade aquele que faz o que a razão obriga fazer, aquele que age de forma racional. Aquele que não faz o certo age em desacordo com a razão (Se todos são racionais, todos devem agir da mesma forma). No campo da inclinação o homem age como animal. Imperativo categórico – Dever de agir moralmente (Em conformidade com o que é certo). A Moral; Duas condutas (Kant): C.P.V.D.R = Conduta puramente vinculada ao dever racional (Moral). C.T.C.D.R = Conduta totalmente contrária ao dever racional (Imoral). Todos os seres humanos são racionais, mas preferem agir de forma diversa (Fazer errado). Na visão de Kant quem age em conformidade com aquilo que a razão lhe determina, age de forma MORAL e, sempre que você age de forma contrária a razão, age de forma IMORAL. O Direito. Se todos os homens sabem o que é certo, mas preferem fazer o errado surge o direito para disciplinar à vida em sociedade. A Moral é o preceito dentro do direito. O DIREITO é uma conduta simplesmente vinculada ao dever racional (C.S.V.D.R). CASOS CONCRETOS COMPLETOS E TESTES PARA PROVA A1 | AV2 | AV3 FILOSOFIA JURIDICA 2015 CENTRO UNIVERSITARIO ESTACIO UNIRADIAL DE SÃO PAULO AV. MORUMBI, 8.724 – BROOKLIN. CEP: 04703002 jonasfs.juridico@gmail.com FILOSOFIA JURIDICA Página 29 de 63 TESTES DE FILOSOFIA 1a Questão (Ref.: 201101564249) Pontos: 0,5 / 0,5 As virtudes intelectuais ou dianoéticas, para Aristóteles, englobam um par de qualidades objetivas que representam uma das opções abaixo: arrojo e comedimento sabedoria e arrojo sabedoria e prudência paciência e prudencia paciência e sabedoria 2a Questão (Ref.: 201101564248) Pontos: 0,5 / 0,5 A expressão "Toda ação humana está orientada para a realização de algum bem, ao qual estão unidos o prazer e a felicidade" é de um filósofo sobre Ética, quem é esse filósofo, segundo uma perspectiva de orientação ética da conduta humana na história: Sócrates Diógenes Platão Tales Aristóteles 3a Questão (Ref.: 201101564254) Pontos: 0,5 / 0,5 Podemos dizer sem exageros que no Brasil o oportunismo converteu-se em moral oficiosa. Todos querem levar vantagem em tudo, cultivam a esperteza, os jeitinhos, as ações entre amigos, a sonegação de impostos, o uso e o abuso de propinas e o famoso ¿finge que não vê¿. O fato é que quem não adere a essas práticas acaba achincalhado com rótulos jocosos ou pejorativos. Nesse sentido, marque a opção INCORRETA. Podemos dizer sem exageros que no Brasil o oportunismo converteu-se em moral oficiosa. Todos querem levar vantagem em tudo, cultivam a esperteza, os jeitinhos, as ações entre amigos, a sonegação de impostos, o uso e o abuso de propinas e o famoso ¿finge que não vê¿. O fato é que quem não adere a essas práticas acaba achincalhado com rótulos jocosos ou pejorativos. Nesse sentido, marque a opção INCORRETA. A moral é o agir consciente do dever A ética se preocupa com os fundamentos de nossas ações. Moral é sinônimo de ética porque estuda os costumes A ética se preocupar com questões do bem-viver. A moral está submetida à temporalidade. 4a Questão (Ref.: 201101556301) Pontos: 0,5 / 0,5 Em relação ao mito podemos afirmar que... o mito cessa de existir quando há a emergência do pensamento filosófico. o mito não precisa se fundamentar argumentativamente diferentemente do pensamento filosófico. o mito obedece às leis formais do pensamento. o mito deve ser contestado, enquanto a filosofia é construída a partir do debate racional. CASOS CONCRETOS COMPLETOS E TESTES PARA PROVA A1 | AV2 | AV3
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