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Direito do Consumidor 
 
Plano de aula: 01 
CASO CONCRETO 
Em viagem de ônibus de Salvador (Bahia) para o Rio de Janeiro, realizada em 12 de fevereiro de 2007 pela empresa Transporte 
Seguro Ltda. Cláudio Lopes sofreu graves lesões em razão de violenta colisão do coletivo em que viajava com um caminhão. 
Frustradas todas as tentativas de solução amigável, Cláudio ajuizou ação em face da empresa Transportes Seguro Ltda, em 15 de 
abril de 2009, pleiteando indenização por danos material e moral. A ré, em contestação, arguiu prejudicial de prescrição com 
fundamento no artigo 200, § 3°, V do Código Civil; sustenta não ser aplicável à espécie o art. 27 do Código do Consumidor porque 
o contrato de transporte de pessoas está expressamente disciplinado no Código Civil (art. 734 e seguintes) e sendo este lei 
posterior ao CDC deve prevalecer, conforme previsto no art. 732 do referido C. Civil. Utilizando os dados do presente caso, 
indique a legislação que deve ser aplicada na solução da questão, posicionando-se quanto a ocorrência ou não da prescrição. 
Uma vez que ambas são leis ordinárias, será aplicado o Código de Defesa do Consumidor, em virtude do princípio da 
especialidade, em que a lei especial prevalece sobre a lei geral. 
No caso em vertente, não cabe aplicabilidade do artigo 200, § 3°, V do Código Civil, que estabelece prazo prescricional de 03 
(três) anos para a pretensão da reparação civil, é uma regra geral e não específica para o contrato de transporte. Já a previsão 
do art. 27 do CDC é amplamente válida, pois traz os casos de acidente de consumo, pelo fato do produto ou serviço. 
Como estamos lidando com caso de acidente de consumo pelo fato do produto ou serviço, aplica-se a regra do art. 27 do CDC 
qual tem prazo prescricional de 05 (cinco) anos. 
QUESTÃO OBJETIVA 01: 
Com relação à Constituição e a defesa do consumidor é incorreto dizer: 
a) é um direito e uma garantia fundamental e um princípio inerente à ordem administrativa. 
b) é um direito e uma garantia fundamental e um princípio inerente à ordem econômica. 
c) é um direito e uma garantia fundamental que pode ser alterada por meio de emenda constitucional por se tratar de uma relação 
de direito privado. 
d) é uma cláusula pétrea e um direito ligado as relações de direito público. 
RESPOSTA: C 
Plano de aula: 02 
CASO CONCRETO: 
Antonio comprou um veículo no final de 2009 modelo 2010. Posteriormente, descobriu que o modelo adquirido sairia de linha e 
que a fábrica, naquele mesmo ano de 2010, lançará outro modelo totalmente diferente do anterior. Sentindo-se prejudicado, 
Antonio quer ser indenizado pela desvalorização do seu veículo. Há algum princípio do CDC que pode ser invocado nesse pleito 
indenizatório? 
Há o princípio da Boa-fé, princípio da transparência e o princípio da informação. Art. 6, IV, CDC. 
Antes de realizar um contrato, as partes se obrigam uma com a outra a serem honestas, evitando assim que uma das duas 
obtenham danos injustificados e criação de expectativas inatingíveis. 
A boa-fé objetiva: é, talvez, o princípio máximo orientador do CDC. Trata-se do dever imposto, a quem quer que tome parte na 
relação de consumo, de agir com lealdade e cooperação, abstendo-se de condutas que possam esvaziar as legítimas 
expectativas da outra parte. 
A transparência: O CDC exige transparência dos atores do consumo, impondo às partes o dever de lealdade recíproca a ser 
concretizada antes, durante e depois da relação contratual. Frisa a lei que as cláusulas que implicarem limitação de direito do 
consumidor deverão ser regidas com destaque, permitindo sua imediata e fácil compreensão. 
 
 
A informação: É dever do fornecedor nas relações de consumo manter o consumidor informado permanentemente e de forma 
adequada sobre todos os aspectos da relação contratual. O direito à informação visa assegurar ao consumidor uma escolha 
consciente, permitindo que suas expectativas em relação ao produto ou serviço sejam de fato atingidas, manifestando o que 
vem sendo denominado de consentimento informado ou vontade qualificada. 
QUESTÃO OBJETIVA: 01 
Em relação à vulnerabilidade é incorreto afirmar: 
a) as normas do CDC estão sistematizadas a partir da ideia básica de proteção do consumidor, por ser ele vulnerável; 
b) vulnerabilidade e hipossuficiência é a mesma coisa porque ambas indicam a fragilidade e a situação de desigualdade do 
consumidor; 
c) vulnerabilidade é qualidade intrínseca, imanente e universal de todos que se encontram na posição de consumidor; 
d) todos os consumidores são vulneráveis por presunção absoluta, mas nem todos são hipossuficientes; 
e) hipossuficiência é um agravamento da situação de vulnerabilidade ligada a aspectos processuais; 
RESPOSTA: Letra B. 
A vulnerabilidade é um estado e, para o direito consumerista, possui presunção absoluta, pois sempre se reconhece a 
vulnerabilidade do consumidor no mercado de consumo ante ao estado que ele se encontra no momento em que ele adquire 
bens ou serviços no mercado. 
A vulnerabilidade elimina a premissa de igualdade entre as partes, logo, se um dos polos é vulnerável, há uma desigualdade na 
relação e justamente por isso, o vulnerável é protegido na relação. 
A hipossuficiência, para tanto, se apresenta exclusivamente no campo processual, devendo ser observada caso a caso, por se 
tratar de presunção relativa, deve sempre ser comprovada frente ao juiz. 
Vulnerabilidade e hipossuficiência não se confundem! 
Plano de aula: 03 
CASO CONCRETO 
Karmen Comércio de Roupas Ltda, cujo objeto social é o comércio varejista de artigos do vestuário e complementos, adquiriu de 
Manchete Confecções Ltda cerca de 30 peças variadas de vestuário. Alegando defeito em várias peças adquiridas, a compradora 
(Karmen Comércio de Roupas Ltda) recusa-se a pagar o restante do preço ajustado, invocando em seu favor a proteção do Código 
do Consumidor, principalmente o da inversão do ônus da prova e do foro domicílio do consumidor, já que é estabelecida no Rio e 
a vendedora em São Paulo – Capital. Indique se há relação de consumo no caso, fundamentando a sua resposta no entendimento 
jurisprudencial dominante no Superior Tribunal de Justiça. 
Não há no caso relação de consumo por se tratar de consumo intermediário previsto em uma das mais recentes jurisprudências 
do STJ – Resp. 684613 e 476428. Consumidor é pessoa física ou jurídica que adquire bens de consumo para uso privado, fora da 
sua atividade profissional. 
O consumo intermediário, aquele cujo fim é incrementar a sua atividade negocial não caracteriza relação de consumo, posto 
que, segundo o art. 2° do CDC, consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como 
destinatário final. 
A jurisprudência só tem admitido à pessoa jurídica como consumidor em casos específicos, isto é, quando ocorrer a sua 
inegável vulnerabilidade. 
QUESTÃO OBJETIVA: 01 
(FGV – 2009) Acerca das relações de consumo, assinale a afirmativa incorreta: 
a) Podem estabelecer-se entre em pessoas físicas; 
 
b) Podem incluir entes despersonalizados; 
c) Podem ser fornecidos por instituições financeiras; 
d) Podem estabelecer-se mesmo na ausência de contrato celebrado entre consumidor e fornecedor; 
e) Estabelecer-se necessariamente entre fornecedor e consumidores determinados ou, ao menos determináveis. 
RESPOSTA: LETRA “E”. Fundamento: Art. 29 do CDC: Equiparam-se aos consumidores todas as pessoas DETERMINÁVEIS ou não, 
expostas às práticas nele previstas. 
Plano de aula: 04 
CASO CONCRETO 
Foi veiculada nos principais meios de comunicação a decisão de um Laboratório Farmacêutico quanto à retirada de um anti-
inflamatório do mercado, em virtude da constatação de que pode causar danos aos consumidores que o utilizarem de forma 
contínua, dobrando a probabilidade de a pessoa sofrer infarto e outras complicaçõescardiorrespiratórias. A decisão deste laboratório 
obedece algum dispositivo do Código de Defesa do Consumidor (Lei 8.078/90)? Fundamente a sua resposta. 
Os Arts. 8 a 10 do CDC relata acerca do Princípio da Prevenção, onde, deixa claro, que os produtos e serviços colocados no mercado 
de consumo NÃO acarretarão riscos à saúde ou segurança dos consumidores. 
No caso em comento, a decisão de retirada do anti-inflamatório foi realizada, tendo em vista, os possíveis danos aos consumidores 
que o utilizarem de forma contínua, dobrando a possibilidade de a pessoa sofrer infarto e outras complicações 
cardiorrespiratórias. 
Dessa forma, a decisão do laboratório de retirar do mercado o medicamento (anti-inflamatório) tem por fundamento o princípio 
da prevenção. Para evitar os danos que produtos perigosos poderão causar aos consumidores, o fornecedor tem o dever de tomar 
providências previstas no art. 10 do CDC em seus § 1 a 3. 
§ 1° O fornecedor de produtos e serviços que, posteriormente à sua introdução no mercado de consumo, tiver conhecimento da 
periculosidade que apresentem, deverá comunicar o fato imediatamente às autoridades competentes e aos consumidores, 
mediante anúncios publicitários. 
§ 2° Os anúncios publicitários a que se refere o parágrafo anterior serão veiculados na imprensa, rádio e televisão, às expensas do 
fornecedor do produto ou serviço. 
QUESTÃO OBJETIVA: 01 
Os produtos que possuem risco inerente, como inseticidas, uma navalha etc, não se subordinam aos princípios da informação e 
segurança pois todos têm conhecimento dos riscos normais desses produtos. Caso causem algum dano ao consumidor, não haverá o 
dever de indenizar. 
A) A afirmativa é incorreta pois os produtos e serviços de risco inerente devem observar maior rigor o princípio da informação; 
B) Está correta por não ser possível fornecer produtos e serviços de riscos inerentes sem tais características; 
C) Está incorreta porque o CDC assegura ao consumidor o direito de ser indenizado sempre que sofrer qualquer dano; 
D) Está correta porque nem todos os princípios consagrados no CDC devem ser observados conjuntamente. 
RESPOSTA: Letra “A”. 
Plano de aula: 05 
CASO CONCRETO 
 
Macedo, usuário dos serviços de energia elétrica prestados pela concessionária LGT S.A, se insurge contra a conduta da prestadora do 
serviço no que tange à suposta detecção de irregularidade em seu medidor de energia elétrica, vulgarmente denominado “gato”. Em 
virtude deste fato, a Concessionária está fazendo cobrança retroativa de Macedo da quantia de R$ 4.000,00 (quatro mil reais). 
Submetido tal caso à apreciação do Poder Judiciário, através do rito ordinário, Macedo nega o alegado gato, pleiteia o deferimento 
da inversão do ônus da prova prevista no artigo 6°, inciso Vlll do CDC, bem como a produção de prova pericial a fim de solucionar a 
questão. Pergunta-se: a) Quais são os requisitos para a inversão do ônus da prova prevista no artigo 6°, inciso VIII do CDC, e qual o 
momento em que deve ocorrer a referida inversão? b) A inversão do ônus da prova pleiteada por Macedo implica na inversão de seu 
custeio? Justifique sua resposta com base no que preceituam o Código de Processo Civil e o Código de Defesa do Consumidor. 
a) Requisito: verossimilhança na alegação ou quando houver hipossuficiência; tal inversão deve ocorrer até a Audiência de Instrução 
e Julgamento – AIJ, preferencialmente no despacho saneador segundo entendimento do STJ. 
 
b) Caberá ao consumidor arcar com o ônus financeiro de atos probatórios por ele requeridos, dessa forma, a inversão do ônus da 
prova não implica na inversão de seu custeio. 
 
QUESTÃO OBJETIVA: 01 
Verossimilhança e hipossuficiência são pressupostos para a inversão do ônus da prova: 
A) Tanto para a inversão ope judicis como para a ope legis; 
B) Só para a inversão ope legis; 
C) Só para a inversão ope judicis; 
D) São pressupostos sempre cumulativos; 
E) São sempre alternativos. 
RESPOSTA: Letra “C”. 
Costuma-se dividir as normas de inversão do ônus da prova em normas de inversão legal (ope legis) e de inversão judicial (ope 
judicis). 
A inversão ope legis é a determinada por Lei, onde, independentemente do caso concreto e da atuação do juiz. É quando a Lei 
determina que, numa dada situação, haverá uma distribuição do ônus da prova diferentemente do regramento comum previsto no 
artigo 333 do CPC. 
Bem diferente é a inversão ope judicis, onde, em casos tais, o legislador não excepciona a regra geral sobre o ônus probandi, mas 
abre a oportunidade para que o magistrado, no caso concreto, constatando a presença dos requisitos exigíveis para tanto, o 
inverta. (ex. art. 6°, VIII do CDC). 
Plano de aula: 06 
CASO CONCRETO 
No início de 1999, milhares de consumidores que haviam celebrado contrato de financiamento de veículo (leasing) com cláusula de 
reajuste atrelado ao dólar sofreram trágicas consequências em razão da forte desvalorização do real – o valor da prestação quase 
dobrou. Milhares de ações, individuais e coletivas, foram ajuizadas em todo o país em busca de uma revisão contratual. Bancos e 
financeiras resistiram à pretensão com base nos tradicionais princípios romanísticos – pacta sunt servanda, autonomia da vontade e a 
liberdade de contratar. Alguma norma do CDC foi invocada nesse pleito de revisão contratual? 
As ações tiveram por fundamento o Art. 6°, V do CDC, pois ocorreu um fato superveniente que tornou a prestação excessivamente 
onerosa (Teoria da Quebra da Base Objetiva). 
 
QUESTÃO OBJETIVA: 01 
É correto dizer que no CDC a revisão de cláusula contratual terá lugar se ocorrer: 
A) Fato superveniente; 
B) A álea normal ou ordinária; 
C) Fato superveniente e imprevisível; 
D) A álea anormal ou extraordinária; 
E) Fato superveniente de alcance particular do devedor. 
RESPOSTA: Letra “A”. Art. 6° do CDC. 
Plano de aula: 7 
CASO CONCRETO 
Fabrício propôs uma ação de indenização por danos morais em face de supermercado Bom Preço. Narra que o supermercado colocou 
em oferta o café “torradinho”. Interessado no preço atrativo, dirigiu-se com sua esposa ao local e colocaram no carrinho 50 pacotes 
do produto, num total de vinte e cinco quilos. Ao chegarem ao caixa, contudo, foram informados que só poderiam levar cinco pacotes 
de cada vez. Inconformado, uma vez que na propaganda divulgada não havia qualquer referência à limitação quantitativa do produto, 
pediu a presença do gerente, mas não obteve liberação. Entendendo ter havido desrespeito às normas do CDC e sentindo-se atingido 
em seu patrimônio extra-material, propôs a presente demanda buscando reparação por dano moral. Em contestação, sustenta o réu 
que não se pode aceitar como razoável e de boa-fé, na venda promocional de gêneros alimentícios, com valor bem inferior ao 
praticado no mercado, que o quantitativo a ser adquirido por cada consumidor seja de molde a permitir aquisição flagrantemente 
incompatível com o consumo pessoal e familiar. Considerando provados os fatos, resolva a questão fundamentamente: 
A oferta vincula o fornecedor, conforme o Art. 30 CDC. Como houve omissão de informação da quantidade de produto na oferta, a 
empresa teria que permitir que o querente comprasse livremente. 
Além do mais, são direitos básicos do consumidor: a proteção contra a publicidade enganosa e abusiva, métodos comerciais 
coercitivos ou desleais, bem como contra práticas e cláusulas abusivas ou impostas no fornecimento de produtos e serviços, é 
vedado ao fornecedor de produtos ou serviços, dentre outras práticas abusivas condicionar o fornecimento de produto ou de 
serviço ao fornecimento de outro produto ou serviço, bem como, sem justa causa, a limites quantitativos (princípio da confiança). 
 
QUESTAO OBJETIVA: 01 
(OAB/Exame Unificado) -2010.2) sobre o tratamento da publicidade no Código de Defesa do Consumidor é correto afirmarque: 
A) A publicidade somente vincula o fornecedor se contiver informações falsas; 
B) A publicidade que não informa sobre a origem do produto é considerada enganosa, mesmo quando não essencial para o produto; 
C) O ônus da prova da veracidade da mensagem publicidade cabe ao veículo de comunicação; 
D) É abusiva a publicidade que desrespeita valores ambientais. 
RESPOSTA: Letra “D” 
Plano de aula: 08 
CASO CONCRETO 
 
Maria de Fátima pleiteia indenização por dano moral contra a Casa Bahia decorrente da recusa injustificada da venda a crédito. Alega 
que embora não houvesse qualquer restrição ao seu nome junto aos órgãos de proteção ao crédito, a ré lhe negou o parcelamento 
para a aquisição de uma geladeira, mesmo tendo apresentado seu sogro como avalista para a compra pretendida. A conduta 
arbitrária da ré teria lhe causado vergonha e humilhação pois injusta a negativa do crédito. Procede a pretensão de Maria? Resposta 
justificada. 
A relação que se estabelece no momento da concessão do crédito, embora regida pelas regras do CDC, ocorre as regras de 
qualquer contrato, sendo a vontade das partes requisito indispensável para a sua concretização. Constitui faculdade exclusiva do 
fornecedor, exercício regular do seu direito, a concessão de crédito ao consumidor, bem como a aceitação do cartão de crédito, 
pagamento com cheque. 
O CDC só reputa abusivo recusar o fornecedor a venda de bens ou prestação de serviços, diretamente a quem disponha a adquiri-
los mediante pronto pagamento. Art. 39, IX do CDC. 
QUESTÃO OBJETIVA: 01 
(OAB/Exame Unificado) -2010.2) sobre o tratamento da publicidade no Código de Defesa do Consumidor é correto afirmar que: 
A) A publicidade somente vincula o fornecedor se contiver informações falsas; 
B) A publicidade que não informa sobre a origem do produto é considerada enganosa, mesmo quando não essencial para o produto; 
C) O ônus da prova da veracidade da mensagem publicidade cabe ao veículo de comunicação; 
D) É abusiva a publicidade que desrespeita valores ambientais. 
RESPOSTA: Letra “D” 
Plano de aula: 09 
CASO CONCRETO 
Em razão de grave acidente de trânsito, Joaquim foi internado de urgência no Hospital X e submetido a séria cirurgia. O plano de 
saúde de Joaquim, se recusa a dar cobertura à internação e ao tratamento médico com base em cláusula expressa do contrato que 
suspende a cobertura em razão do atraso do pagamento de uma ou mais parcelas e estabelece nova carência por prazo 
correspondente ao tempo de atraso. Joaquim estava atrasado um mês no pagamento do seu plano de saúde quando sofreu o 
acidente. Como o advogado de Joaquim o que alegaria numa eventual ação judicial? 
Só se admite suspensão do atendimento ou cancelamento do contrato se o consumidor atrasar mais de 60 dias, desde que 
notificado previamente até o 50° dia. 
Portanto, a cláusula é abusiva, pois trata-se de uma responsabilidade contratual e esta cláusula fere o princípio da boa-fé objetiva 
e o equilíbrio das relações contratuais. 
REsp 259.263 é abusiva a cláusula que suspende atendimento no atraso de única parcela. 
QUESTÃO OBJETIVA: 01 
(OAB/FGV – 2008) As cláusulas abusivas nas relações de consumo previstas no art. 51 do CDC: 
A) São ineficazes, mas por sua natureza especial dependem de provocação do consumidor para seu reconhecimento; 
B) São tidas por inexistentes; 
C) São nulas de pleno direito; 
D) Dependem de provocação do Ministério Público, já que a declaração de sua ocorrência interessa à coletividade; 
E) Dependem de provocação do consumidor para serem reconhecidas, pois são anuláveis. 
 
RESPOSTA: LETRA “C”. Art. 51 , XIV do CDC. 
Plano de aula: 10 
CASO CONCRETO 
Por ter deixado de pagar três prestações de um empréstimo tomado junto ao Banco Boa Praça. Antônio teve o seu nome lançado nos 
cadastros do SERASA sem receber nenhum aviso de que seu nome seria negativado. Pretendendo ser indenizado por dano moral, 
Antônio procura você como advogado. Responda justificativamente. A) Há fundamento jurídico para a pretensão de Antônio mesmo 
estando em mora com três parcelas do empréstimo? B) Se positiva a primeira resposta, contra quem a ação seria proposta e qual 
seria o seu fundamento legal? 
A) O credor tem o direito de registrar o devedor nos órgãos de proteção ao crédito, desde que cumpra a lei com prévia 
notificação de negativação, consoante art. 43, § 2° do CDC. Antônio ao estar em mora com três prestações, deveria ser avisado 
da negativação de seu nome. Portanto, no cadastro de banco de dados o fornecedor deve notificar o consumidor para que a 
negativação tenha validade, se não for, o consumidor tem direito a indenização. Assim, há fundamento jurídico que embase 
sua pretensão. 
Nesse sentido, há Jurisprudência no STJ “A inscrição do nome do devedor no cadastro de inadimplentes sem a sua prévia 
notificação por escrito ocasiona-lhe danos morais a serem indenizados pela entidade responsável pela manutenção do 
cadastro. 
B) A ação deverá ser proposta contra o banco de dados (resposta do Professor da Aula Mais) 
 
QUESTÃO OBJETIVA: 01 
De acordo com o Código de Defesa do Consumidor, a cobrança indevida acarreta o direito de o consumidor: 
A) Obter indenização correspondente ao dobro do valor cobrado indevidamente, independente do efetivo pagamento; 
B) Ser restituído do valor pago em excesso, acrescido de correção monetária e juros legais, na hipótese de engano justificável do 
credor; 
C) Receber em dobro o valor pago salvo a hipótese de justificável engano do credor; 
D) Pleitear indenização por perdas e danos materiais e morais, fixada pela lei no valor igual ao dobro do que foi indevidamente 
cobrado. 
RESPOSTA: LETRA “B”. Com base no Art. 42, § U do CDC. 
Plano de aula: 11 
CASO CONCRETO 
Em ação de busca e apreensão de um veículo movida pelo Banco ABC contra Antônio Pereira, ficou comprovado: a) que o contrato de 
alienação fiduciária, tendo o veículo por objeto, foi assinado no escritório de um preposto do Banco; b) que Antônio antes de receber 
o veículo, seis dias após a celebração do contrato desistiu do mesmo; c) que o banco não concordou com a desistência por entender 
que o contrato de alienação fiduciária não está subordinado ao CDC. Procede a pretensão do Banco? 
Não procede a pretensão do Banco, pois contrato de alienação fiduciária está subordinado ao CDC, o consumidor tem direito de 
arrependimento em até 07 dias, já que o contrato foi realizado fora do estabelecimento, podendo ele desistir da alienação 
fiduciária, conforme art. 49 do CDC. 
Jurisprudência do STJ: 
Consumidor. Recurso Especial. Ação de busca e apreensão. Aplicação do CDC às instituições financeiras. 
Súmula 297⁄STJ. Contrato celebrado fora do estabelecimento comercial. Direito de arrependimento 
 
manifestado no sexto dia após a assinatura do contrato. Prazo legal de sete dias. Art. 49 do CDC. Ação 
de busca e apreensão baseada em contrato resolvido por cláusula de arrependimento. Improcedência 
do pedido. 
– O Código de Defesa do Consumidor é aplicável às instituições financeiras. Súmula 297⁄STJ. 
– Em ação de busca e apreensão, é possível discutir a resolução do contrato de financiamento, 
garantido por alienação fiduciária, quando incide a cláusula tácita do direito de arrependimento, 
prevista no art. 49 do CDC, porque esta objetiva restabelecer os contraentes ao estado anterior à 
celebração do contrato. 
– É facultado ao consumidor desistir do contrato de financiamento, no prazo de 7 (sete) dias, a contar 
da sua assinatura, quando a contratação ocorrer fora do estabelecimento comercial, nos termos do art. 
49 do CDC. 
– Após a notificação da instituição financeira, a cláusula de arrependimento, implícita no contrato de 
financiamento, deve ser interpretada como causa de resolução tácita do contrato, com a consequência 
de restabelecer as partes ao estado anterior.– O pedido da ação de busca e apreensão deve ser julgado improcedente, quando se basear em 
contrato de financiamento resolvido por cláusula de arrependimento. 
Recurso especial conhecido e provido. 
 
QUESTÃO OBJETIVA: 01 
Joana, inconformada com as taxas de juros, cobradas de acordo com a média do mercado, que vem pagando em decorrência da 
utilização do limite do seu cartão de crédito, resolveu parar de pagar as faturas mensais e propor uma ação revisional. Considerando 
os elementos indicados na questão, é incorreto afirmar: 
A) Há relação de consumo no caso porque bancos e financeiras são prestadoras de serviços; 
B) Pleitear a revisão da cláusula contratual é direito básico do consumidor; 
C) A ação terá êxito porque é vedada a cobrança de juros acima de 12% ao ano; 
D) O banco poderá negativar o nome de Joana no curso da ação por ela ter deixado de pagar as faturas mensais. 
RESPOSTA: LETRA “C”. No caso, todavia como os juros estão sendo cobrados pela média do mercado, a ação não terá êxito porque 
esse é o limite admitido pela jurisprudência para a cobrança de juros. A previsão de juros a 12% ao ano já foi excluída da 
Constituição Federal. 
Plano de aula: 12 
CASO CONCRETO 
Karine, cliente de determinada seguradora, insurge-se judicialmente contra negativa desta quanto ao pagamento da indenização 
contratualmente prevista, em função de ocorrência de acidente que resultou em perda total de seu veículo. Em contestação, a 
seguradora alega ocorrência de prescrição, tendo em vista que a presente ação foi distribuída 2 anos depois da negativa por parte da 
seguradora, sendo, o caso, de aplicação da prescrição anual. Em réplica, Karine sustenta haver relação de consumo, estando a espécie 
sob a égide do Código de Defesa do Consumidor, devendo assim ser aplicado o artigo 27 do referido diploma legal, isto é, prazo de 5 
anos. Resolva a questão, abordando todos os aspectos envolvidos. 
Em caso de recusa da seguradora ao pagamento da indenização contratada, o prazo prescricional da ação que a reclama é de um 
ano, nos termos do art. 206 § 1°, II, b do NCC. Inaplicável a espécie o prazo de cinco anos previsto no art. 27 do CDC por não se 
tratar de fato do serviço. 
Jurisprudência: 
REsp 738.460/RJ Indenização. Seguro saúde. Despesas hospitalares. Cobertura recusada pela 
seguradora. Prescrição anua. - Em caso de recusa da seguradora ao pagamento da indenização 
contratada, o prazo prescricional da ação que a reclama é de um ano, nos termos do art.178, § 6°, II, do 
Código Civil de 1916. - Inaplicável o lapso prescricional de cinco anos, por não se enquadrar a espécie no 
 
conceito de “danos causados por fato do produto ou serviço” (acidente de consumo). Precedentes do 
STJ. Recurso especial conhecido, em parte, e provido. 
 
QUESTÃO OBJETIVA: 01 
Antônio ingressou com ação de obrigação de fazer em face da operadora do seu plano de saúde, alegando ser portador de artrite 
reumatoide no quadril esquerdo, o que lhe causa fortes dores e impotência funcional da perna. Diante do quadro clínico, necessita de 
tratamento cirúrgico, consistente em artroplastia do quadril esquerdo, utilizando-se a prótese cimentada devido à sua doença base, 
conforme laudo médico acostado à inicial. Informa que a operadora de saúde negou a autorização, com base no contrato de adesão a 
plano empresarial, firmado em 10 de agosto de 2000, em cuja cláusula X, que se acha em destaque, entre os serviços excluídos ou 
não assegurados, consta, expressamente, marca-passo, lente intra-ocular, aparelhos ortopédicos, válvulas, próteses e órteses, de 
qualquer natureza. Provado o regular e pontual pagamento das mensalidades e considerando verdadeiros os fatos narrados, é 
correto afirmar que Antônio, quanto ao tratamento de que necessita: 
A) Não tem direito porque a jurisprudência firmou entendimento de que próteses e órteses não tem cobertura contratual; 
B) Não tem direito por ser permitida pelo CDC a cláusula limitativa de direito do consumidor; 
C) Tem direito por ser considerada abusiva qualquer cláusula limitativa do direito do consumidor; 
D) Tem direito porque a cláusula limitativa é abusiva quando vai ao ponto de formar inócua a obrigação, invalidando o contrato. 
RESPOSTA: LETRA “C” ou “D” 
Gabarito Letra C – Cláusula limitadora é abusiva 
Gabarito Letra D – No caso, o tratamento cirúrgico de que necessita Antonio é necessário para o tratamento de sua doença. A súmula 
112 do TJRJ diz: “É nula, por abusividade, a cláusula que exclui de cobertura a órtese que integre, necessariamente, cirurgia ou 
procedimento coberto por plano ou seguro de saúde, tais como stent e marcapasso. Logo, é nula, por abusividade, a cláusula 
contratual que exclui da cobertura o tratamento de que necessita Antonio. 
Plano de aula: 13 
CASO CONCRETO 
Celso comprou uma passagem aérea pela internet. Três dias depois resolveu desistir da compra, com o que a empresa aérea só 
concorda se Celso pagar uma multa. Alega que Celso não pode desistir da compra porque o contrato está perfeito e acabado. Está 
correto o entendimento da empresa aérea? Resposta justificada. 
É sabido que conforme o Art. 49 do CDC, o qual se encontra vigente até a presente data, quando o consumidor adquire um 
produto fora do estabelecimento comercial, ele está assegurado pelo arrependimento da compra que consiste em permitir a 
desistência da compra num período de 07 dias, chamados de “período da reflexão”. Logo, a empresa aérea não tem razão, Celso 
pode desistir da compra sem pagar qualquer multa. 
QUESTÃO OBJETIVA: 01 
Júlia, que está desempregada, não conseguiu pagar a tarifa de energia elétrica de sua residência referente ao mês de agosto de 2010. 
Por esse motivo, o fornecimento de energia foi suspenso por ordem da diretoria da concessionária de energia elétrica, sociedade de 
economia mista. Considerando essa situação hipotética, assinale a opção correta: 
A) A lei de regência autoriza a suspensão do serviço desde que haja prévia notificação do usuário; 
B) Lei estadual poderia, de forma constitucional, criar isenção dessa tarifa nos casos de impossibilidade material de seu pagamento, 
como no caso do desemprego do usuário; 
C) O fornecimento de energia elétrica à residência de Júlia não poderia ser suspenso em razão do inadimplemento, visto que, 
conforme entendimento do STJ, constitui serviço público, essencial e contínuo; 
 
D) O fornecimento de energia não pode ser interrompido em respeito ao princípio da dignidade da pessoa humana; 
E) O fornecimento de energia pode ser interrompido porque é custeado por taxas. 
RESPOSTA: LETRA “A”. 
 
Plano de aula: 14 
CASO CONCRETO 
Os móveis adquiridos por Edvaldo na loja “Projeto Móvel LTDA” apresentaram defeitos, razão pela qual resolveu devolvê-los, com a 
restituição da quantia paga e indenização de todos os danos a que foi submetido. No cadastro estadual da Secretária da Fazenda 
consta a baixa “de ofício” da empresa mas, no endereço informado, a ré não foi encontrada para a citação da ação movida por 
Edvaldo. No cadastro nacional da Receita Federal consta que a ré está em atividade, mas no endereço ali informado a citação 
também foi sem êxito. Por fim, a sociedade comercial foi citada por intermédio da administradora (sócia majoritária), sendo certo 
que esta não forneceu o endereço onde a empresa desenvolve as suas atividades. Tendo em vista que Edvaldo busca ver reconhecido 
o seu direito desde 2008 e sequer logrou êxito em localizar o estabelecimento ou sede da empresa, o que poderá ser feito no sentido 
de dar andamento ao processo e atender à pretensão do autor? 
 Art.28, § 5°. Poderá ser desconsiderada a pessoa jurídica sempre que sua personalidade for, de alguma forma, obstáculo ao 
ressarcimento de prejuízos causados aos consumidores 
-A teoria maior da desconsideração, regra geral no sistema jurídico brasileiro, não pode ser aplicadacom a mera demonstração de 
estar a pessoa jurídica insolvente para o cumprimento de suas obrigações. Exige-se, aqui, para além da prova de insolvência, ou a 
demonstração de desvio de finalidade (teoria subjetiva da desconsideração), ou a demonstração de confusão patrimonial (teoria 
objetiva da desconsideração). 
-Para a teoria menor, o risco empresarial normal às atividades econômicas não pode ser suportado pelo terceiro que contratou 
com a pessoa jurídica, mas pelos sócios e/ou administradores desta mesmo que não existe qualquer prova capaz de identificar 
conduta culposa ou dolosa por parte dos sócios e/ou administradores da pessoa jurídica. 
-A aplicação da teoria menor da desconsideração às relações de consumo está calcada na exegese autônoma do § 5° do art.28, do 
CDC, porquanto a incidência desse dispositivo não se subordina à demonstração dos requisitos previstos no caput do artigo 
indicado, mas apenas à prova de causar, a mera existência da pessoa jurídica, obstáculo ao ressarcimento de prejuízos causados 
aos consumidores. 
QUESTÃO OBJETIVA: 01 
O Código de Defesa do Consumidor traz mencionado expressamente a possibilidade de desconsideração da personalidade jurídica. 
Com relação ao tema é CORRETO afirmar: 
I – Existe a teoria menor que se refere à desconsideração sempre que a personalidade jurídica for um obstáculo para o 
ressarcimento do consumidor. 
II – Existe a teoria maior que permite à desconsideração desde que caracterizada a manipulação fraudulenta ou abusiva do 
instituto; 
III – Nosso ordenamento jurídico não faz distinção entre a aplicação da teoria maior ou menor da desconsideração. 
A) Somente a I e II estão corretas; 
B) Somente a III está correta; 
C) Somente a I e III estão corretas; 
D) Nenhuma está correta. 
 
RESPOSTA: LETRA “A”. I – Está correta (Art. 28, § 5° do CDC); II – Está correta (art. 50 do CC e art. 28, caput do CDC) 
Plano de aula: 15 
CASO CONCRETO 
O Instituto de Defesa do Consumidor promoveu ação civil coletiva contra o Banco Seguro, na qual pleiteia a condenação do réu a 
pagar a diferença de correção monetária de janeiro de 1989, relativa à caderneta de poupança, em favor de todos os seus associados 
residentes no território nacional, conforme regra do art. 103 do CDC. Julgada procedente a ação e transitada em julgado a decisão, o 
Banco sustenta, em execução, que os efeitos da coisa julgada não tem âmbito nacional, consoante art. 2° da Lei n. 9.494/97. Em face 
da divergência, como se posiciona você e com que fundamento. 
 
QUESTÃO OBJETIVA: 01 
Diante da denunciação de lide no âmbito do Código de Defesa do Consumidor é INCORRETO afirmar: 
I – Pode ser utilizada nas relações de consumo desde que requerida pela parte. 
II – É permitida sempre que o juiz vislumbrar a solidariedade entre os fornecedores. 
III – É vedado expressamente pelo Código de Defesa do Consumidor. 
A) Somente a I está correta; 
B) Somente a III está incorreta; 
C) Somente a I e II estão incorretas; 
D) Todas estão incorretas. 
RESPOSTA: LETRA “C” 
Plano de aula: 16 
CASO CONCRETO 
Antônio comprou um veículo no final de 2009 modelo 2010. Posteriormente, descobriu que o modelo adquirido sairia de linha e 
que a fábrica, naquele mesmo ano de 2010, lançará outro modelo totalmente diferente do anterior. Sentindo-se prejudicado, 
Antônio quer ser indenizado pela desvalorização do seu veículo. Há algum princípio do CDC que pode ser invocado nesse pleito 
indenizatório? 
Há o princípio da Boa-fé, princípio da transparência e o princípio da informação. Art. 6, IV, CDC. 
Antes de realizar um contrato, as partes se obrigam uma com a outra a serem honestas, evitando assim que uma das duas 
obtenham danos injustificados e criação de expectativas inatingíveis. 
A boa-fé objetiva: é, talvez, o princípio máximo orientador do CDC. Trata-se do dever imposto, a quem quer que tome parte na 
relação de consumo, de agir com lealdade e cooperação, abstendo-se de condutas que possam esvaziar as legítimas 
expectativas da outra parte. 
A transparência: O CDC exige transparência dos atores do consumo, impondo às partes o dever de lealdade recíproca a ser 
concretizada antes, durante e depois da relação contratual. Frisa a lei que as cláusulas que implicarem limitação de direito do 
consumidor deverão ser regidas com destaque, permitindo sua imediata e fácil compreensão. 
A informação: É dever do fornecedor nas relações de consumo manter o consumidor informado permanentemente e de forma 
adequada sobre todos os aspectos da relação contratual. O direito à informação visa assegurar ao consumidor uma escolha 
consciente, permitindo que suas expectativas em relação ao produto ou serviço sejam de fato atingidas, manifestando o que 
vem sendo denominado de consentimento informado ou vontade qualificada. 
 
QUESTÃO OBJETIVA: 01 
Panorâmica Internacional Ltda celebrou contrato de empréstimo com o Banco Crédito Fácil S/A no valor de R$ 800.000,00 para 
capital de giro. Impossibilitada de arcar com as prestações do empréstimo, devido aos juros cobrados pelo banco, propôs ação de 
revisão contratual, invocando a seu favor as normas do CDC e sua vulnerabilidade econômica em face ao credor. No caso, é correto 
afirmar: 
A) Não se aplica o CDC por não ser a autora consumidora; 
B) Aplica-se o CDC por ser a autora consumidora; 
C) O entendimento firmado pelo STJ para a espécie é o da corrente subjetiva ou maximalista; 
D) Aplica-se o CDC porque a pessoa jurídica foi expressamente incluída no conceito legal de consumidor. 
RESPOSTA: LETRA “D”. Art. 2° do CDC. 
Dúvida, pois também pode ser a Letra A, pois o consumo intermediário, de regra, não se enquadra na relação jurídica de consumo. 
Por isso a pessoa jurídica só é considerada consumidora quando comprovadamente é vulnerável. A corrente finalista atenuada é a 
adotada pelo STJ. (REsp 684.613).

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