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Reestruturação Produtiva O surgimento do capitalismo só foi possível porque: Constituíram-se os Estados Nacionais; Houve a acumulação primitiva de capital nas mãos da burguesia que alcançou, primeiramente, poder e status econômico; depois, poder político; Houve liberação da mão-de-obra de uma massa de despossuídos para os trabalhos nas fábricas. Entendendo a lógica do capitalismo Comércio Internacional e Globalização Precoce “A história da economia mundial desde a Revolução Industrial tem sido de acelerado progresso técnico, de contínuo mas irregular crescimento econômico, e de crescente “globalização”.” (Eric Hobsbawn) Formas de produção Divisão do Trabalho → Fordismo / Taylorismo O credo do capitalismo: o Liberalismo O que é o Liberalismo? A ideologia Liberal A ideologia Liberal A ideologia Liberal Liberalismo... Contudo, no jogo comercial, os interesses particulares tendem a prevalecer e cada indivíduo visará à busca de seu lucro pessoal sem pensar no benefício social. Todavia, segundo o credo liberal, o mercado se encarregaria até mesmo de contornar esses desequilíbrios. Ou seja, nesta perspectiva, o individualismo não é considerado um problema para a sociedade. A crise do liberalismo Em qual momento da história o liberalismo foi “abandonado” em favor de uma economia regulada pelo Estado? A GRANDE DEPRESSÃO DE 1929 A Grande Depressão de 29 de outubro de 1929 MOTIVOS: “O que acontecia, como muitas vezes acontece nos booms de mercados livres, era que, com os salários ficando para trás, os lucros cresceram desproporcionalmente, e os capitalistas obtiveram uma fatia maior do bolo nacional. Mas como a demanda de massa não podia acompanhar a produtividade em rápido crescimento do sistema industrial nos grandes dias de Henry Ford, o resultado foi a superprodução e especulação.” EFEITOS Com a comércio internacional em apuros, cada Estado-Nacional passou a proteger os seus mercados; O protecionismo dos mercados importadores – EUA, Grã-Bretanha, França – levou muitos países a deixarem de escoar a sua produção e, por conta disso, entraram em colapso; Apenas alguns países que mantinham uma agricultura forte é que conseguiram manter certa auto-suficiência. EFEITOS: Desemprego Falências de empresas e blocos de empresas Mercadorias estocadas a baixos preços Fragilização das instituições políticas No pior período da Depressão (1932-33), os índices de desemprego foram: 22 a 23% na Grã-Bretanha e na Bélgica 24% na Suécia 27% nos Estados Unidos 29% na Áustria 31% na Noruega 32% na Dinamarca 44% na Alemanha Situação dos trabalhadores O que agravou ainda mais esta situação é que não havia seguridade social. Uma vez desempregado, doente, acidentado, o trabalhador ficava sem nenhum ganho, totalmente desprotegido, sobretudo nos Estados Unidos O Legado Pós-Depressão organização dos trabalhadores reavaliação das políticas de Estado prioridade para demandas sociais em detrimento das econômicas O Legado Pós-Depressão: O Estado passa a intervencionista do sistema econômico visando salvar os ‘excluídos’ do mercado; Nova relação entre Estado e Economia irá gerar o modelo social-democrático de produção e o Estado de Bem-Estar Social; Com ele, surgem os modernos sistemas previdenciários; Uma das metas das políticas de Estado passa a ser a busca do pleno emprego como meta para desenvolvimento e forma de contornar as conturbações sociais. Nova reviravolta a partir do final da década de 70... O que mudou? A Nova Crise Do Capital Crise do modelo de acumulação fordista-taylorista Crise do modelo de governo social-democrata Alta do preço do petróleo no mercado internacional; A elevação dos juros norte-americanos; A demanda dos trabalhadores por aumentos salariais, acima dos ganhos de produtividade; Flexibilização e desregulamentação de direitos e do processo produtivo; Desemprego em escala global; Excesso de capacidade de produção, principalmente na indústria fabril; Queda da taxa de lucro; Fusões entre empresas; Inversão dos investimentos da esfera industrial para a financeira; Crise fiscal do Estado; Transferência de serviços essenciais para a iniciativa privada; Privatizações. Por uma reestruturação do papel do Estado: Contenção dos gastos com bem-estar; Restauração da taxa "natural" do desemprego; Reforma fiscal; Liberalização dos preços; Programa de privatizações dos serviços públicos (água, luz, telefone, educação, saúde); Privatização de empresas estatais; Redução dos impostos à importação com intuito de incentivar as empresas nacionais a se adequarem às novas exigências internacionais de eficiência e produtividade . Com a crise, renasce o (neo)liberalismo: A crise, que aparece em sua forma econômica, é também crise das formas de dominação de uma classe Desde então o termo neoliberalismo propôs uma tendência de renascimento e desenvolvimento das ideias liberais clássicas, tais como a importância do indivíduo, o papel limitado do Estado e a liberdade de mercado Crítica ao Estado de Bem-Estar Social Crítica ao “igualitarismo” como destruidor da liberdade dos cidadãos Defesa da desigualdade como fator importante para a vitalidade da concorrência e a prosperidade de todos. O neoliberalismo foi aclamado... “(...) forma dominante nas academias e demais centros de produção de conhecimento, foi vulgarizado para o grande público, com apoio e influência decisivos da mídia. Os seus princípios passaram a ser aceitos, consciente ou inconscientemente, pela maior parte da população, evidenciando-se, assim, a constituição de uma hegemonia na forma de se pensar a vida em sociedade, com influência crucial nas ações cotidianas dos indivíduos. Em suma, o neoliberalismo assumiu a condição de hegemonia cultural, no sentido mais abrangente que este conceito possa ter”. Mundo do trabalho O que mudou nas formas de produção? O que mudou para os trabalhadores? A Reestruturação Produtiva O que significa? Quais as principais transformações deste período Toyotismo Downsing / Reengenharia Kanban Just in Time Trabalho em Equipe Células de Produção Times de Trabalho Círculo de Controle de Qualidade Resultado: proliferação de trabalho precário: Informal; Em domicílio; Terceirizado; Sub-contratado. Demanda por um novo tipo de trabalhador: Algumas máximas são difundidas para os sujeitos, tais como... Ser empresário de si mesmo; Ter um auto-emprego; Tornar-se um Eu S.A.; Não depender de patrão; Ser livre da rigidez da carteira de trabalho, portanto autônomo. Como se explica o fracasso? Ao mesmo tempo em que se refere a uma proposta concreta feita aos trabalhadores, advinda da necessidade real de produção de emprego e renda, os discursos sobre o “empreendedorismo” parecem criar subsídios para a construção do ambiente cultural e ideológico apropriado para os novos tempos. Assim, campos de forças distintos, a partir de propostas e procedimentos particulares, por meio de seus agentes - jornalistas, intelectuais, professores - têm servido, como canalizadores de um conjunto de idéias capazes de consolidar certa visão de mundo, cujo alicerce encontra-se em uma lógica gerencial e empresarial. Através desta perspectiva, universaliza-se um senso comum econômico que exalta, simultaneamente, a exclusiva responsabilidade individual. fim
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