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Direito Civil - Parte Geral - Dos Fatos Jurídicos

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� Curso de Direito
 Parte Geral - Direito Privado – Profª Denise Moreira
FATOS, ATOS e NEGOCIOS JURÍDICOS
 LIVRO III
Dos Fatos Jurídicos
Fatos irrelevantes para o direito: caminhar, chover, fazer sol�.
Fato Jurídico
 Juízo de valoração
Ordenamento Jurídico --------> atividade humana
 = Conjunto de normas jurídicas
 Hipótese de fatos/comportamentais
Norma jurídica--->valor ----> fato
	 Fato relevante para as relações intersubjetivas
Fato incidência da norma jurídica 
 	Fato jurídico = evento + previsão normativa
O ordenamento jurídico, que regula a atividade humana, é composto por normas jurídicas, que preveem hipóteses de fatos e consequentes modelos de comportamento considerados relevantes e que, por isso mesmo, foram normatizados. 
A norma jurídica atribui valor ao fato reputado relevante para as relações intersubjetivas tornando-os fatos jurídicos.
Fato Jurídico Sentido Amplo
Conceito: É todo o acontecimento da vida que o ordenamento jurídico considera relevante e é capaz de produzir efeitos jurídicos�.
Segundo Stolze Gagliano (2012, p. 339), denomina-se fato jurídico em sentido amplo:
Todo acontecimento, natural ou humano, que determine a ocorrência de efeitos constitutivos, modificativos ou extintivos de direitos e obrigações, na órbita do direito.
Assim, fato jurídico em sentido amplo é aquele capaz de produzir efeitos jurídicos. É o evento decorrente da atividade humana ou proveniente de fatos naturais que interferem na órbita jurídica.
Efeitos jurídicos:
Aquisição de direitos:
Ocorre quando há conjunção ou conexão com a titularidade.
É o encontro do direito com seu titular.
Ex. surge a propriedade quando o bem se subordina ao domínio.
Para a aquisição de direitos, há a necessidade de fatos ou atos antecedentes.
Modificação de direitos:
Os direitos podem ser alterados no âmbito de seu titular ou de seu conteúdo. Ou seja, podem passar por transformações quanto à pessoa titular do direito ou passar por alterações qualitativas ou quantitativas em seu objeto.
Titularidade: sucessão causa mortis, onde o herdeiro sucede o falecido.
Qualitativa: pagamento de determinada obrigação realizado em cheque e, posteriormente, trocado por dinheiro.
Quantitativa: alteração do tamanho da propriedade por aluvião ou avulsão.
Extinção de direitos:
É o desaparecimento do direito para o seu titular.
Ex. perda do direito de propriedade por alienação do bem; desapropriação; renúncia de herança.
Conservação de direitos:
É o direito de ação para garantir direitos.
Art. 5º, XXXV da CF/88 – “A lei não excluirá da apreciação do poder judiciário lesão ou ameaça a direitos”.
FATOS JURIDICOS SENTIDO AMPLO
1. Fato jurídico sentido estrito�: é todo acontecimento natural, subdividindo-se em ordinário e extraordinário.
Ordinários: é aquele comum, frequente, corriqueiro, ex: nascimento, maioridade, morte, o decurso do tempo�.
Extraordinários: são aqueles fatos/eventos inesperados, decorrentes de caso fortuito (causa desconhecida) e força maior (fato da natureza). A doutrina e o STF não são pacíficos quanto à definição de caso fortuito e força maior, no entanto, ambos se referem a eventos inesperados�.
Atos jurídicos: é o fato ou o evento que decorre da ação da humana, e voluntária (vontade) produzindo efeitos jurídicos esperados ou não.
Ilícitos: (art. 186 e 187, 927 CC-02); responsabilidade civil, ou seja, cabe reparação de danos�.
Lícitos�: 
Meramente lícitos�:
Negócios Jurídicos�
Obs. Parte da doutrina ainda acrescenta os Atos-fatos jurídicos�
Esquema
ELEMENTOS CONSTITUTIVOS DOS NEGÓCIOS JURÍDICOS
DEFEITOS DO NEGÓCIO JURÍDICO�
Vícios:
Consentimento�: atinge a manifestação de uma das partes;
Sociais: mais amplo, não atinge somente as partes envolvidas no NJ inicial, mas é exteriorizada com a intenção de prejudicar terceiros. 
Vícios de consentimento
Erro
Dolo 
Coação
Estado de perigo
Lesão
Erro (art. 138 a 144 do CC)
Conceito: é a noção inexata de um objeto ou de uma pessoa que influencia a formação da vontade, neste caso, o contratante se equivoca sozinho.�
Para viciar o NJ - Substancial e escusável�.
(Substancial (essencial): pode ser na própria natureza do negocio jurídico, exemplo empresta-se comumente um livro, mas dificilmente a outra parte devolve, e assim a pessoa errou sozinha; Pode também ser sobre o objeto, onde qualquer pessoa se enganaria, exemplo comprar uma bijuteria pensando ser em ouro, numa circunstancia em que qualquer pessoa naquela situação não perceberia a diferença (escusável).
( inescusável: é o erro grosseiro, escandaloso, que pessoa de inteligência normal, mediana, homus medius, não incorreria.
Erro ou ignorância� 
Erro substancial (essencial), art. 139, I, II, III do CC�; 
Classificação:
Erro no próprio NJ - natureza do NJ (error in negotio)
Erro sobre o objeto principal ou qualidade essencial do objeto (error incorpore rei)
Erro sobre a qualidade essencial da pessoa - estão diretamente relacionadas a qualidade do outro cônjuge (error in personae)
Identidade do cônjuge: sua honra, com fama: se o cônjuge ficou sabendo da má fama do cônjuge, e aquilo, caso soubesse antes do casamento, o negocio jurídico, não teria acontecido. 
Ignorância de moléstia grave transmissível: não precisa necessariamente apenas para o cônjuge, mas também aquelas que podem ser transmitidas hereditariamente; 
Nesses casos poderá o cônjuge buscar a anulação casamento.
Erro de direito (error iuris): ex.: comprar produtos importados pensando ser uma importação legal, mas ao concluir a compra descobre que existe uma determinação legal, que impede a entrada do produto no território nacional; alcança tanto o produto principal como substancia/componente integrante.
Erro acidental: incide nas qualidades secundárias da pessoa ou do objeto e não vicia o negócio jurídico. Mesmo quando houver erro de indicação (pessoa ou coisa), mas, não se anulará o NJ se for possível a identificação da coisa ou pessoa posteriormente�.
Erro quanto ao fim colimado (falso motivo)� - Motivo é a razão subjetiva da efetivação do ato negocial. O erro neste caso, seja ele de fato ou de direito, não é considerado essencial, logo não poderá acarretar a anulação do negócio. O motivo é o impulso psíquico que leva alguém a efetivar o negócio.
O erro quanto ao fim colimado só vicia o negócio jurídico se nele figurar expressamente, integrando-o como sua razão determinante ou essencial.
Erro na transmissão da vontade por meios interpostos� - É o erro por defeito de intermediação mecânica ou pessoal, que altera a vontade declarada na efetivação do ato negocial. Ex.: Alguém recorre a rádio, televisão, telefone, internet�, para transmitir uma declaração de vontade, e o veículo utilizado, devido a interrupção ou deturpação sonora, o fizer com incorreções acarretando desconformidade entre a vontade declarada e a interna. Esse tipo de erro só anula o negócio se a alteração verificada vier a prejudicar o real sentido da declaração expedida. Caso contrário, ele será insignificante e o negócio efetivado prevalecerá.
Erro de cálculo� – erro material retificável. Trata-se de engano sobre peso, medida, valor ou quantidade do bem. Não anula o negócio, nem vicia o consentimento, autorizando, tão somente, a retificação da declaração volitiva se as duas partes tiverem ciência do real negócio efetivado.
 
Dolo (art. 145 a 150 CC)
Conceito: é a manobra ou artifício ardiloso utilizado por alguém para enganar a outrem�. 
Animus decipiendi: Intenção de ludibriar; vontade de enganar alguém.
Dolo – civil ≠ penal
Elementos do dolo civil:
Ação ou omissão intencionais de uma das partes do negócio jurídico que prejudica a outra;
Positivo (comissivo): é quando a pessoa que tem o animus decipiendi, externa ou pratica algum ato para que a outra realize o negócio jurídico.Negativo (omissivo)�: existe um silencio ou omissão + animus decipiendi. 
Relação de causalidade entre o dolo e a manifestação de vontade da outra parte.
Dolo essencial para a realização do negócio jurídico�; é aquele que dá causa ao negócio jurídico, sem o qual ele não seria concluído, acarretando o referido ato negocial.
2.1 No dolo recíproco, quando ambas as partes agem com dolo, ocorre a neutralização do delito e configura-se a torpeza bilateral, não havendo possibilidade de anulação do negócio jurídico�. 
2.2 O dolo não poderá ser invocado para anulação de casamento�. 
2.3 O dolo acidental� é o que leva a vítima a realizar o negócio, porém em condições mais onerosas ou menos vantajosas, não afetando sua declaração de vontade, entretanto, autoriza o prejudicado a buscar ressarcimento. Por não ser vício de consentimento nem causa do contrato, o dolo acidental não acarretará a anulação do negócio, obrigando apenas à satisfação de perdas e danos ou a uma redução da prestação convencionada.
2.4 Dolo de terceiro� - Há três situações: a) há cumplicidade de um dos contratantes (o ato será anulado por vício de consentimento, havendo indenização de perdas e danos por parte do autor do dolo); b) o dolo advém de terceiro, mas a parte beneficiada o conhece ou devia conhecer (também aí o ato será anulado por vício de consentimento, havendo indenização de perdas e danos por parte do autor do dolo); c) o contratante favorecido não tinha conhecimento do dolo de terceiro (o negócio continuará válido, mas o terceiro deverá responder por perdas e danos).
2.5 Dolo do representante legal de uma das partes� pode ser praticado por: a) representante legal (pais, tutores, curadores) - o representado arca com perdas e danos até a importância do proveito, ficando o restante do prejuízo para ser ressarcido pelo representante; b) representante convencional (procuradores, gestores do negócio) - O representado é solidário ao representante e com ele arca solidariamente com todas as perdas e danos.
Coação (arts. 151 a 155 CC)
Conceito: é a pressão física ou moral exercida sobre alguém para obrigá-lo a praticar determinado ato ou negócio jurídico�.
Sujeitos:
Coator = aquele que exerce a coação;
Coato, coagido ou paciente = aquele que sofre a coação.
Espécies:
Física: (vis absoluta�)
Moral: (vis compulsiva�)
Principal = causa determinante no NJ
Requisitos�:
1. 	A coação deve ser a causa determinante do NJ�;
2. 	Deve o temor justificável como a morte, o cárcere privado, a desonra, a mutilação, a perda de patrimônio;
3. 	O dano deve ser grave e iminente, suscetível de atingir a vítima, sua família ou seus bens (pessoas ligadas por laço de amizade/relacionamento afetivo);
4.	O grau de ameaça deverá ser analisado pelo juiz�. A lei, ao pressupor que todos somos dotados de certa energia ou grau de resistência, não desconhece que sexo, idade, saúde, condição social e temperamento podem tornar decisiva a coação que, exercida em certas circunstâncias, pode pressionar e influir mais poderosamente.
Excluem a coação�: 
a) Exercício normal de direito 
b) Temor reverencial 
4. Estado de perigo (art. 156, 171, II e 178, II CC)
Conceito: ocorre quando alguém precisa salvar-se ou salvar alguém da família de grave dano conhecido pela outra parte, assumindo obrigação excessivamente onerosa�.
Obs 1: neste caso a vítima não errou, não foi induzida a erro ou foi coagida, mas, pelas circunstancias do caso concreto, foi compelida a celebrar um negócio jurídico extremamente desfavorável a ela.�
Obs 2: A anulação do NJ por este vício se dá pela ofensa ao senso comum de justiça que deve estar presente nas relações privadas. No entanto, para afastar a anulação do negócio e a correspondente extinção, poderá o juiz utilizar-se da revisão do negócio (art. 157, §2º CC)�
5. Lesão (art. 157, 171 II, 178 II do CC)
Conceito: Decorre com o abuso praticado em situação de desigualdade na qual existe desproporção entre o objeto e a prestação ou obrigação decorrente desta�. 
Requisitos para a anulação do Negócio Jurídicos�:
Objetivo (elemento material): desproporção entre o objeto X Obrigação
Subjetivo (elemento imaterial): intenção de aproveitamento (a vontade de abusar da necessidade ou inexperiência da parte)
Obs: Não se decretará a anulação do negócio, se for oferecido suplemento suficiente, ou se a parte favorecida concordar com a redução do proveito (lesão especial ou qualificada); Se o autor da lesão (o comprador) oferecer suplemento suficiente ou concordar com a redução do proveito, o ato não será anulado�.
Diferença entre Estado de perigo e Lesão: no estado de perigo o contratante entre a consequência do grave dano que o ameaça e o pagamento de uma quantia exorbitante opta pelo pagamento com a intenção de minimizar ou sanar o mal. Já na lesão o contratante, em razão de uma necessidade econômica, realiza negocio desproporcional, havendo uma situação de hipossuficiência de uma das partes e o aproveitamento dessa circunstancia pela outra. 
Também não se confunde com o dolo, pois o artifício ardiloso, presente no dolo, não está inserido nos elementos estruturais da lesão�.
DA INVALIDADE DO NEGÓCIO JURÍDICO
Nulidade: é a sanção imposta pela lei aos atos e negócios jurídicos realizados sem observância dos requisitos essenciais, impedindo-os de produzir os efeitos que lhes são próprios.
 O negócio é nulo quando ofende preceitos de ordem pública, que interessam a sociedade. Assim, quando o interesse público é lesado, a sociedade o repele, fulminando-o de nulidade, evitando que venha a produzir os efeitos esperados pelo agente.
 Espécies de nulidade
 A nulidade pode ser absoluta e relativa, total e parcial, textual e virtual.
 Nos casos de nulidade absoluta existe um interesse social, além do individual, para que se prive o ato ou negócio jurídico dos seus efeitos específicos, visto que há ofensa a preceito de ordem pública e, assim, afeta a todos. Por essa razão, pode ser alegada por qualquer interessado, devendo ser pronunciada de ofício pelo juiz (CC;art. 168 e parágrafo único).
 A nulidade relativa é denominada anulabilidade e atinge negócios que se acham inquinados de vício capaz de lhes determinar a invalidade, mas que pode ser afastado ou sanado.
 Nulidade total é a que atinge todo o negócio jurídico. A parcial afeta somente parte dele. Segundo o princípio utile per inutile non vitiatur a nulidade parcial do negócio não o prejudicará na parte válida, se esta for separável (CC; art. 184). Trata-se da regra da incomunicabilidade da nulidade que se baseia no princípio da conservação do ato ou negócio jurídico.
 Causas de nulidade
Código Civil artigo 166, incisos I, II, III, IV, V,VI,VII.
 
 Anulabilidade
 Quando a ofensa atinge o interesse particular de pessoa que o legislador pretendeu proteger, sem estar em jogo interesses sociais, faculta-se a estas, se o desejarem, promover a anulação do ato. Trata-se de negócio anulável, que será considerado válido se o interessado se conformar com os seus efeitos e não o atacar, nos prazos legais, ou o confirmar.
 Anulabilidade é a sanção imposta pela lei aos atos e negócios jurídicos realizados por pessoa relativamente incapaz ou eivados de algum vício do consentimento ou vício social.
 A anulabilidade visa, pois, à proteção do consentimento ou refere-se à incapacidade do agente.
 A anulabilidade, por não concernir a questões de interesse geral, de ordem pública, como a nulidade, é prescritível e admite confirmação, como forma de sanar o defeito que a macula.
 Causas de anulabilidade
Código Civil artigo 171, incisos I e II.
 Embora não mencionada, é também causa de anulabilidade a falta de assentimento de outrem que a lei estabeleçacomo requisito de validade como, por exemplo, nos casos que um cônjuge só pode praticar com a anuência do outro, ou que o ascendente depende do consentimento do descendente.
Os defeitos do negócio jurídico mencionados no inciso II do citado art. 171 estão disciplinados nos arts. 138 a 165 CC.
 Diferenças entre nulidade e anulabilidade
a) – A primeira é decretada no interesse privado da pessoa prejudicada. Nela não se vislumbra o interesse público, mas a mera conveniência das partes. A segunda é de ordem pública e decretada no interesse da própria coletividade.
b) – A anulabilidade pode ser suprida pelo juiz, a requerimento das partes (CC; art. 168, parágrafo único, a contrario sensu), ou sanada, expressa ou tacitamente, pela confirmação (CC; art. 172).
c) – A anulabilidade não pode ser pronunciada de ofício. Depende de provocação dos interessados (CC; art. 177) e não opera antes de julgada por sentença. O efeito de seu reconhecimento é, portanto, ex nunc. A nulidade, ao contrário, deve ser pronunciada de ofício pelo juiz (CC; art. 168, parágrafo único) e seu efeito é ex tunc, pois retroage à data do negócio para lhe negar efeitos.
d) – A anulabilidade só pode ser alegada pelos interessados, isto é, pelos prejudicados (o relativamente incapaz e o que manifestou vontade viciada), sendo que os seus efeitos aproveita, apenas aos que a alegaram, salvo o caso de solidariedade, ou indivisibilidade (CC; art. 177). A nulidade pode ser alegada por qualquer interessado, em nome próprio, ou pelo Ministério Público, quando lhe couber intervir, em nome da sociedade que representa (CC; art. 168, caput).
e) – Ocorre a decadência da anulabilidade em prazos mais ou menos curtos. Quando a lei dispuser que determinado ato é anulável, sem estabelecer prazo para pleitear-se a anulação, será este de dois anos, a contar da data da conclusão do ato, (CC; art. 179). Negócio nulo não se valida com o decurso do tempo, nem é suscetível de confirmação (CC;art. 169). Mas a alegação do direito pode esbarrar na usucapião consumada em favor do terceiro.
f) – O negócio anulável produz efeitos até o momento em que é decretada a sua invalidade. O efeito dessa decretação é, pois, ex nunc (natureza desconstitutiva). O ato nulo não produz nenhum efeito (quod nullum est nullum producit effectum). O pronunciamento judicial de nulidade produz efeitos ex tunc, isto é, desde o momento da emissão da vontade (natureza declaratória). 
�
PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA
As obrigações jurídicas não são eternas. É no intuito de preservar a paz social, a tranquilidade da ordem jurídica, a estabilidade das relações sociais que devemos buscar o fundamento dos institutos da prescrição e da decadência. (Rodrigo Costa Chaves). Para se manter a estabilidade social, a certeza dos nossos direitos e para que as relações jurídicas não se prorroguem indefinidamente, surgiram os institutos da prescrição e da decadência.
Portanto, o tempo tem grande influência na aquisição e na extinção de direitos.
 Inércia
Elementos 
 Decurso de prazo 
DORMIENTIBUS NON SECCURIT JUS = o direito não socorre os que dormem.
1. PRESCRIÇÃO
Para Clóvis Bevilaqua, prescrição é a perda da ação atribuída a um direito e de toda a sua capacidade defensiva, em conseqüência do não uso dela por certo espaço de tempo.
Porém, no CC 1916 falava-se em perda da ação ou do direito de ação.
Hoje, com o CC 2002, consolidou-se a idéia de que a prescrição não atinge a ação propriamente dita, mas a pretensão (ansprunch do alemão).
Isto porque o artigo 5º da CF determina:
ART. 5º
[...]
XXXV – A lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito.
Portanto, mesmo estando prescrita pode-se ingressar com determinada ação, caberá, em regra, a outra parte alegar a prescrição.
O direito prescrito fica sem proteção judicial, mas, a obrigação natural ou moral ainda subsiste.
Nesse sentido, o legislador do CC 2002 adotou a tese da prescrição da pretensão no artigo 189.
Conceito: prescrição é a extinção da pretensão do direito material pelo não exercício no prazo legal.
Pode ser alegada em qq fase do processo, mesmo em grau recursal (art.193) pela parte a quem aproveita ou declarada de ofício.
Os prazos prescricionais não podem ser alterados por acordo entre as partes.
•	CAUSAS IMPEDITIVAS – impedem que o curso prescricional se inicie:
Artigos 197, I a III; 198, I; 199, I e II CC
•	CAUSAS SUSPENSIVAS – paralisam temporariamente o curso prescricional. Superado o fato que ocasionou a suspensão, a prescrição continua a correr, computando-se o prazo decorrido antes do fato.
Artigos 198, II e III; 199, III CC
•	CAUSAS INTERRUPTIVAS – inutilizam a prescrição iniciada, de modo que seu prazo recomeça a contar por inteiro da data do ato que a interrompeu. Só ocorre uma vez.
Artigos 202, 203 e 204 CC.
Prazo de prescrição: é o tempo que decorre entre seus termos inicial e final.
O CC 2002 adotou critério simplificado:
Artigo 205 = prazo ordinário ou comum = 10 anos
Artigo 206 §§ 1º a 5º = prazos especiais
Além desses previstos no CC 2002 outras leis podem fixar outros prazos.
Exemplo: lei do cheque (lei 7357/85) artigo 59 estabelece o prazo para apresentação do cheque = 6 meses, portanto, lei especial com prazo menor que os demais títulos de crédito.
O art. 191, CC prevê que a renúncia da prescrição pode ser expressa ou tácita, e só valerá, sendo feita sem prejuízo de terceiro, depois que a prescrição se consumar. Nosso Código não admite a renúncia prévia ou antecipada. Isto é, não pode haver a renúncia da prescrição antes dela ocorrer, para não destruir a sua eficácia prática.
Requisitos para se reconhecer a Prescrição:
• violação de um direito, nascendo, com isso, a pretensão.
• inércia do titular desta pretensão (não exercício do direito).
• continuidade dessa inércia durante certo lapso de tempo fixado em lei.
• ausência de algum fato ou ato a que a lei confira eficácia impeditiva, suspensiva ou interruptiva de curso prescricional, conforme veremos logo adiante.
AÇÕES IMPRESCRITÍVEIS – como vimos a prescritibilidade é a regra, sendo que a imprescritibilidade é a exceção. Assim, como exceção, são imprescritíveis as ações que versem sobre:
• os direitos da personalidade, como a vida, a honra, o nome, a liberdade, a intimidade, a própria imagem, as obras literárias, artísticas ou científicas, etc.
• o estado da pessoa, como filiação (ex: investigação de paternidade), condição conjugal (separação judicial, divórcio), interdição dos incapazes, cidadania, etc. Uma pergunta que sempre me fazem é a seguinte: um filho nascido fora de um casamento pode mover ação de investigação de paternidade a qualquer momento? Não há prescrição para isso? Quanto a este tema há uma Súmula do Supremo Tribunal Federal a respeito (n° 149): “É imprescritível a ação de investigação de paternidade, mas não o é a de petição de herança”. Portanto não há prazo par mover ação de investigação de paternidade. Porém a ação de petição de herança prescreve. Como vimos os prazos prescricionais especiais estão previstos no art. 206, CC. A petição de herança não está prevista naquele rol. Logo cai na regra geral do art. 205, CC cujo prazo é de 10 anos.
• o direito de família no que concerne à questão inerente à pensão alimentícia, vida conjugal, regime de bens, etc.
• ações referentes aos bens públicos de qualquer natureza. Lembre-se que não pode haver usucapião referente aos bens públicos, conforme o art. 102, CC. Súmula 340 STF: “Desde a vigência do Código Civil, os bens dominicais, como os demais bens públicos, não podem ser adquiridos por usucapião”. Usucapião não deixa de ser uma espécie de prescrição. Alguns autores inclusive a chamam de prescrição aquisitiva.
• ação para anular inscrição do nome empresarial feita com violação de lei ou docontrato.
2. DECADÊNCIA
É a extinção do próprio direito pelo não exercício dentro do prazo.
O que se extingue com a decadência é o próprio direito e não apenas a pretensão que o protege.
A decadência extingue definitivamente o direito, demonstrando que seus efeitos são piores que os da prescrição.
Os prazos decadenciais encontram-se disciplinados em vários dispositivos espalhados pelo CC e também em leis esparsas.
O objeto da decadência é o direito que está subordinado à condição de exercício em certo espaço de tempo, sob pena de caducidade.
ESPÉCIES DE DECADÊNCIA
O objeto da decadência é o direito que, por determinação legal ou convencional (vontade humana unilateral ou bilateral), está subordinado à condição de exercício em certo espaço de tempo, sob pena de caducidade. A decadência pode ser classificada em:
A) Decadência Legal
Ocorre quando o prazo estiver previsto na lei. Os exemplos de decadência por determinação legal são os previstos expressamente no Código Civil e em leis especiais.
Exemplos: prazo para alegar defeito oculto em algum produto que adquiriu; prazo para anular um negócio jurídico por ter algum defeito relativo ao consentimento (erro, dolo, coação, etc. – art. 178, CC). Segundo o art. 209, CC a decadência resultante de prazo legal não pode ser renunciada pelas partes (nem antes e nem depois de consumada), sob pena de nulidade absoluta. Isto porque as hipóteses legalmente previstas versam sobre questões de ordem pública, não cabendo às partes afastar sua incidência legal.
B) Decadência Convencional
Ocorre quando sua previsão decorrer de uma cláusula pactuada pelas partes em um contrato (autonomia privada). A contrario sensu, pode-se concluir que é possível a renúncia à decadência convencional.
Exemplo clássico: oferta, em uma loja de eletrodomésticos, de venda válida somente por alguns dias (a chamada “liquidação total”; ou “queima de estoques”, etc.). Exercido o direito afasta-se a decadência, uma vez que esta se dá quando o direito não é exercido. Se você não aproveitar a oferta dentro do prazo marcado, não poderá mais ir à loja para “aproveitar a oferta”. Como a oferta não mais existe, também o direito a ela se extinguiu. Outro exemplo: prazo para o exercício do direito de arrependimento previsto no próprio contrato.
Institutos assemelhados
Perempção 
O instituto processual que extingue somente o direito de ação é a perempção, decorrente da contumácia do autor que deu causa a três arquivamentos sucessivos (art. 268, parágrafo único, CPC). 
Restam conservados o direito material e a pretensão, que só podem ser opostos em defesa ou exceção. 
Preclusão 
É a perda de uma faculdade processual, por não ter sido exercida no momento próprio, impedindo nova discussão em questões já decididas, dentro do mesmo processo. 
Preempção ou Prelação 
A palavra prelação deriva do latim praelatione, que significa preferência. O termo preempção também tem sua origem no latim (praeemptione), cuja tradução é compra antecipada, direito de precedência ou preferência na compra.
�
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DINIZ, Maria Helena; Curso de direito civil brasileiro, v. 1: teoria geral do direito civil. São Paulo: Saraiva, 2012.
GAGLIANO, Pablo Stolze e PAMPLONA FILHO, Rodolfo. Novo curso de direito civil – Parte geral. São Paulo: Saraiva, 2013.
GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro. São Paulo: Saraiva, 2013.
_____________________. Direito Civil 1 Esquematizado (Coord. Pedro Lenza). São Paulo: Saraiva, 2013.
TARTUCE, Flávio. Manual de direito civil, volume único. São Paulo: Gen/Método, 2011.
FATO JURÍDICO = EVENTO + PREVISÃO NORMATIVA
DIREITO SUBJETIVO
ELEMENTO GERADOR
ACIDENTAIS
CONDIÇÃO
TERMO
ENCARGO
EFICÁCIA
ESSENCIAIS
GERAIS
ESPECIAL
EXISTÊNCIA E VALIDADE
� Art. 138. São anuláveis os negócios jurídicos, quando as declarações de vontade emanarem de erro substancial que poderia ser percebido por pessoa de diligência normal, em face das circunstâncias do negócio.
� Enunciado 12 – I Jornada de direito civil CJF/STJ – “na sistemática do art. 138, é irrelevante ser ou não escusável o erro, porque o dispositivo adota o princípio da confiança.”
Ver Princípios norteadores do CC/2002 – eticidade; no entanto, questão controvertida: Gustavo Tepedino, Silvio Venosa – desnecessária a escusabilidade; necessária para Maria Helena Diniz, Silvio Rodrigues, Álvaro Villaça, Francisco Amaral. 
� São tratados pelo CC/2002 como sinônimos, equiparados. Em ambos os casos “a pessoa se engana sozinha, parcial ou totalmente, sendo anulável o negócio toda vez que o erro ou a ignorância for substancial ou essencial, nos termos do art. 139 do CC.” (Flávio Tartuce)
� Art. 139. O erro é substancial quando:
I - interessa à natureza do negócio, ao objeto principal da declaração, ou a alguma das qualidades a ele essenciais;
II - concerne à identidade ou à qualidade essencial da pessoa a quem se refira a declaração de vontade, desde que tenha influído nesta de modo relevante;
III - sendo de direito e não implicando recusa à aplicação da lei, for o motivo único ou principal do negócio jurídico.
� Art. 142. O erro de indicação da pessoa ou da coisa, a que se referir a declaração de vontade, não viciará o negócio quando, por seu contexto e pelas circunstâncias, se puder identificar a coisa ou pessoa cogitada.
� Art. 140. O falso motivo só vicia a declaração de vontade quando expresso como razão determinante.
� Art. 141. A transmissão errônea da vontade por meios interpostos é anulável nos mesmos casos em que o é a declaração direta.
� “O dispositivo aplica-se, portanto, aos chamados ‘contratos eletrônicos’.” (Delgado e Figueiredo) 
� Art. 143. O erro de cálculo apenas autoriza a retificação da declaração de vontade.
� Art. 147. Nos negócios jurídicos bilaterais, o silêncio intencional de uma das partes a respeito de fato ou qualidade que a outra parte haja ignorado, constitui omissão dolosa, provando-se que sem ela o negócio não se teria celebrado.
� Art. 145. São os negócios jurídicos anuláveis por dolo, quando este for a sua causa.
� Art. 150. Se ambas as partes procederem com dolo, nenhuma pode alegá-lo para anular o negócio, ou reclamar indenização.
� Art. 146. O dolo acidental só obriga à satisfação das perdas e danos, e é acidental quando, a seu despeito, o negócio seria realizado, embora por outro modo.
� Art. 148. Pode também ser anulado o negócio jurídico por dolo de terceiro, se a parte a quem aproveite dele tivesse ou devesse ter conhecimento; em caso contrário, ainda que subsista o negócio jurídico, o terceiro responderá por todas as perdas e danos da parte a quem ludibriou.
� Art. 149. O dolo do representante legal de uma das partes só obriga o representado a responder civilmente até a importância do proveito que teve; se, porém, o dolo for do representante convencional, o representado responderá solidariamente com ele por perdas e danos.
� Art. 151. A coação, para viciar a declaração da vontade, há de ser tal que incuta ao paciente fundado temor de dano iminente e considerável à sua pessoa, à sua família, ou aos seus bens.
Parágrafo único. Se disser respeito a pessoa não pertencente à família do paciente, o juiz, com base nas circunstâncias, decidirá se houve coação.
� Art. 152. No apreciar a coação, ter-se-ão em conta o sexo, a idade, a condição, a saúde, o temperamento do paciente e todas as demais circunstâncias que possam influir na gravidade dela.
� Art. 153. Não se considera coação a ameaça do exercício normal de um direito, nem o simples temor reverencial.
� Art. 156. Configura-se o estado de perigo quando alguém, premido da necessidade de salvar-se, ou a pessoa de sua família, de grave dano conhecido pela outra parte, assume obrigação excessivamente onerosa.
Parágrafo único. Tratando-se de pessoa não pertencente à família dodeclarante, o juiz decidirá segundo as circunstâncias.
� Enunciado 148 CJF da III Jornada de direito civil - Ao “estado de perigo” (art. 156) aplica-se, por analogia, o disposto no § 2º do art. 157.
� Art. 157. Ocorre a lesão quando uma pessoa, sob premente necessidade, ou por inexperiência, se obriga a prestação manifestamente desproporcional ao valor da prestação oposta.
§ 1o Aprecia-se a desproporção das prestações segundo os valores vigentes ao tempo em que foi celebrado o negócio jurídico.
§ 2o Não se decretará a anulação do negócio, se for oferecido suplemento suficiente, ou se a parte favorecida concordar com a redução do proveito.
� Enunciado 150 CJF - A lesão de que trata o art. 157 do Código Civil não exige dolo de 
aproveitamento.
�São fatos que ocorrem com indiferença na vida jurídica.
�Para Caio Mário da Silva Pereira: “é todo acontecimento em virtude do qual começam ou terminam as relações jurídicas”.
�Stricto sensu = fatos naturais
�Termo inicial e final da personalidade
�= catástrofes. Ex: terremotos, raios, tempestades, explosões
�São os praticados em desacordo com o ordenamento jurídico, criam deveres, obrigações.
�Atos humanos praticados em conformidade com o ordenamento jurídico e que produzem os efeitos jurídicos desejados pelo agente.
�= ato jurídico stircto sensu. “Fato jurídico que tem por elemento nuclear do suporte fático a manifestação ou declaração unilateral de vontade cujos efeitos jurídicos são prefixados pelas normas jurídicas e invariáveis, não cabendo às pessoas qualquer poder de escolha da categoria jurídica ou de estruturação do conteúdo das relações respectivas.” Marcos Bernardes de Mello
�são espécie de ato jurídico que se origina de um ato de vontade, de uma declaração expressa de vontade, criando uma relação entre dois ou mais sujeitos e gerando efeitos jurídicos. O contrato, escrito ou não, é o instrumento principal utilizado na pratica de negocio jurídico; Principio da Autonomia da vontade.
�Não leva em consideração a vontade de praticá-lo. Decorre de uma conduta sancionada pela lei. Ex. art. 1264CC
�“são imperfeições que nele podem surgir, decorrentes de anomalias na formação de vontade ou na sua declaração. (Francisco Amaral)
�“provocam uma manifestação de vontade não correspondente com o íntimo e verdadeiro querer do agente. Criam uma divergência, um conflito entre a vontade manifestada e a real intenção de quem a exteriorizou.” (Carlos Roberto Gonçalves)
�"Considera-se dolo a malícia ou o artifício insprado na má-fé para induzir a outra parte a realizar o negócio jurídico, em seu prejuízo (animus dolandi). É o enganar consciente." (Paulo Lôbo)
�"[...] o dolo, como causa de anulação, colocaria sob instabilidade desnecessária o casamento, permitindo que defeitos sobrepujáveis na vida doméstica fossem trazidos à baila em um processo". (Silvio Venosa); já para Gagliano e Pamplona Filho " a sua admissibilidade no âmbito matrimonial, longe de caracterizar mera instabilidade do casamento, consistiria, em nosso pensar, no necessário reconhecimento de que situações há, na vida real, em que o nubente atua com o inequívoco propósito de enganar o outro."
�Segundo Flávio Tartuce, "a coação pode ser conceituada como sendo uma pressão física ou moral exercida pelo negociante, visando obrigá-lo a assumir uma obrigação que não lhe interessa."
�De acordo com Maria Helena Diniz é o constrangimento corporal que venha a retirar toda a capacidade de querer de uma das partes, implicando ausência total de consentimento, o que acarretará a nulidade absoluta do negócio. Paulo Lôbo ensina que a coação física estanca no plano da existência, quem a sofreu que seja declarada a inexistência do negócio jurídico, podendo ser cumulada com reparação de danos materiais e morais.
�Para fins de direito civil, a coação situa-se no campo moral, no plano de validade. Reduz a liberdade do coagido, mas não a ellimina totalmente.
�A coação, para viciar o negócio jurídico, há de ser relevante, baseada em fundado temor de dano iminente e considerável à pessoa envolvida, à sua família ou aos seus bens, podendo ser considerada como tal, pelo magistrado, à pessoa não pertenente à família do coato.
�ESTADO DE PERIGO = SITUAÇÃO DE PERIGO CONHECIDO DA OUTRA PARTE (ELEM. SUBJ) + ONEROSIDADE EXCESSIVA (ELEM.OBJ)
�O termo correto deveria ser lesão patrimonial. Qualquer pessoa que tenha o patrimônio lesado por inexperiência ou premente necessidade, gerando-se desproporção no negócio, pode recorrer à Justiça para obter a sua anulação.�
�LESÃO = PREMENTE NECESSIDADE OU INEXPERIÊNCIA (ELEM. SUBJ) + ONEROSIDADE EXCESSIVA (ELEM. OBJ)

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