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Desenho Técnico Aula 05 Profª Paloma Alcantara 23/04/2015 Conteúdo • Execução de cortes; • Tipos de coberta; • Telhado; • Planta de locação e coberta. • Algumas recomendações para o desenho em corte: – Adotar pé-direito de 2,70m; – Adotar pé-direito do forro de 2,35m; – Adotar piso de 5cm de espessura; – Adotar espessura da laje de 10cm; – Viga sobre as paredes externas com altura de 45cm; – Adotar as espessuras das guarnições das esquadrias de 5cm (obs.: não se deve cotar as guarnições; elas são apenas detalhes estéticos; cota- se apenas os vãos); – Adotar um rebaixo nos pisos do banheiro e da A.S. de 1cm ou 2cm; – Adotar as hachuras de azulejos de 30x30cm, começando o assentamento dos mesmos de baixo para cima; – O caimento do telhado depende do tipo de telha escolhida (adotar 30%), mas a altura da empena depende também da altura da caixa d’água que ficará debaixo do telhado; – Deixar uma distância mínima de 1,50 m entre o fundo da caixa d’água e o chuveiro para que a água desça com pressão suficiente; – Nos cortes não são representados os móveis; apenas são representados os equipamentos fixos. Cortes - Sequência no CAD 1) Traçar, na planta baixa, a linha de corte; 2) Colocar as setas indicativas de orientação do corte; 3) Desenhar linha guia (nível zero de referência); 4) Desenhar as linhas horizontais, contrapiso, pé-direito, etc.; 5) Desenhar paredes cortadas com a ajuda de linhas de chamada; 6) Desenhar paredes em vista com a ajuda de linhas de chamada; 7) Desenhar vigas e lajes; 8) Desenhar fundações; 9) Desenhar esquadrias em corte; 10) Desenhar esquadrias em vista; 11) Desenhar os níveis dos pisos; 12) Desenhar equipamentos fixos, caso o corte passe por áreas molhadas (utilizar blocos); 13) Colocar os nomes dos ambientes; 14) Cotar (apenas cotas verticais!); 15) Desenhar hachuras de azulejos nas áreas molhadas; 16) Desenhar forros onde houver. • COBERTURAS Conceitos • Coberturas – Características funcionais/técnicas; – Integram o estilo arquitetônico das edificações; • Sistema de cobertura, segundo a NBR 15575 – Parte 5 – 2013 (Norma de desempenho): “Conjunto de elementos/componentes, dispostos no topo da construção, com as funções de assegurar estanqueidade às águas pluviais e salubridade, proteger demais sistemas da edificação habitacional ou elementos e componentes da deterioração por agentes naturais, e contribuir positivamente para o conforto termoacústico da edificação habitacional.” Algumas Especificações • Para a especificação técnica de uma cobertura ideal, o profissional deve observar os fatores do clima (calor, frio, vento, chuva, granizo, neve etc.), que determinam os detalhes das coberturas, conforme as necessidades de cada situação; • Por exemplo: – O declive das abas das coberturas depende do tipo da cobertura a ser utilizado, da região e do clima; – Nos climas frios, onde neva, as coberturas são pontiagudas, a fim de não oferecerem resistência à neve acumulada; – Nos climas quentes, ao contrário, os ventos fortes devem encontrar o menor obstáculo possível; daí o pequeno ângulo de declive das abas. Elementos • Água - Superfície plana inclinada de um telhado; • Beiral - Projeção do telhado para fora do alinhamento da parede; • Cumeeira - Aresta horizontal delimitada pelo encontro entre duas águas, geralmente localizada na parte mais alta do telhado; • Espigão - Aresta inclinada delimitada pelo encontro entre duas águas, que formam um ângulo saliente, isto é, o espigão é um divisor de águas; • Rincão - Aresta inclinada delimitada pelo encontro entre duas águas, que formam um ângulo reentrante, isto é, o rincão é um captador de águas. Também conhecido como água furtada; • Rufo - Peça complementar de arremate entre o telhado e uma parede; • Fiada - Sequência de telhas na direção de sua largura; • Peça complementar - componente cerâmico ou de qualquer outro material que permite a solução de detalhes do telhado, podendo ser usado em cumeeiras, rincões, espigões e arremates em geral. Especificações do Projeto Arquitetônico • Acabamentos laterais de coberturas: – Oitão - elevação externa em alvenaria de vedação acima da linha de forro (pé-direito); – Platibandas - elevação de alvenarias acima da linha de forro, na mesma projeção das paredes, com objetivo funcional de proteção das coberturas; – Beiradas - caracterizadas pela projeção das estruturas de apoio de cobertura além da linha de paredes externas, e a inexistência da execução de acabamento com forro; – Beirais - caracterizados pela projeção das estruturas de apoio de cobertura além da linha de paredes externas, com a execução de forros. BEIRADA BEIRAL Especificações do Projeto Arquitetônico • Entre os detalhes a serem definidos em uma cobertura, deverá ser especificado o sistema de drenagem das águas pluviais, por meio de elementos de proteção, captação e escoamento. Drenagem Pluvial • Alguns elementos: Drenagem Pluvial Tipos de Cobertura • Uma água – Caracterizada pela definição de somente uma superfície plana, com declividade, cobrindo uma pequena área edificada ou estendendo-se para proteger entradas (alpendre). Alpendre E di fic aç ão Meia-água • Duas águas – Caracterizada pela definição de duas superfícies planas, com declividades iguais ou distintas, unidas por uma linha central denominada cumeeira ou distanciadas por uma elevação (tipo americano). O fechamento da frente e fundo é feita com oitões. Tipos de Cobertura Duas águas cumeeira Tipo americanoTipo cangalha • Três águas – Caracterizada como solução de cobertura de edificações de áreas triangulares, onde se definem três tacaniças unidas por linhas de espigões. Três águas tacaniça Tipos de Cobertura Tipos de Cobertura • Quatro águas – Caracterizada por coberturas de edificações quadriláteras, de formas regulares ou irregulares. Quarto águas com platibanda rufo e calha ventilação cumeeira es pig ão com beirais Estruturas de Cobertura • As coberturas de duas abas e as poligonais quase sempre possuem tesouras; • A tesoura é o elemento de sustentação do sistema de cobertura; • As tesouras de telhado têm formas variadas, dependendo de diversos fatores; • Na maioria das vezes, solucionam problemas de iluminação e ventilação. Elementos da Tesoura 13 6 9 5 4 3 7 14 12 8 10 11 1 2 2 1 – Ripas 2 – Caibros 3 – Cumeeiras 4 – Terças 5 - Contrafrechal 6 – Frechal 7 – Chapuz 8 – Perna ou empena 9 – Linha, tensou ou tirante 10 – Pendural ou pendural central 11 – Escora 12 – Pontalete, montante ou pendural 13 – Ferragem ou estribo 14 – ferragem ou cobrejunta 15 – Vista, testeira ou aba 16 – Mão francesa 15 1 1 1 7 13 2 2 3 16 10 9 15 1 1 1 4 6 Tipos de Tesoura Tipos de Tesoura Cobrimento ou Telhamento • Características principais: – Impermeabilidade; – Resistência para suportar as solicitações e impactos; – Leveza -> menos densidade de estruturas de apoio; – Durabilidade; – Bom isolamento térmico e acústico. Telhas autoportantes • Executadas com chapas metálicas ou concreto protendido, em perfis especiais (autoportantes) para vencer grandes vãos, variando de 10 a 30 metros, em coberturas planas e arcadas, sem a existência de estrutura de apoio; • Utilizadas em construções de galpões industriais, agrícolas, esportivos, hangares etc.. Cobrimento ou Telhamento Telhas de alumínio • Material mais leve e de maior custo; • Fornecidas em perfil ondulados e trapezoidais; • Refletem 60% das irradiações solares, mantendo o conforto térmico sob a cobertura; • São resistentese duráveis. Cobrimento ou Telhamento Telhas plásticas • Fornecidas em chapas onduladas e trapezoidais, translúcidas e opacas, de PVC ou poliester e em cores. Telhas cerâmicas • Tradicionalmente usadas na construção civil; • Tipos principais: francesa, colonial, plan, romana, plana ou germânica. Cobrimento ou Telhamento Telhas de vidro Telhas de fibrocimento • Cimento portland + fibras de amianto, sob pressão; • Incombustíveis, leves, resistentes e de grande durabilidade; • Fácil instalação, exigindo estrutura de apoio de pouco volume. Cobrimento ou Telhamento Telhas de concreto Cobrimento ou Telhamento Romana dupla Telhas de concreto japonesa Grega Q = 10,5 ud/m2 30% < d < 90% p = 50 kg/m2 Romana antiga Romana conjugada Tropical Chapas de policarbonato • Transparentes ou translúcidas, em cores, praticamente inquebráveis (resistência superior ao do vidro em 250 vezes), baixa densidade, resistentes a raios ultravioleta; compostas por material auto extinguível, não gerando gases tóxicos quando submetidas à ação do fogo; Cobrimento ou Telhamento Telhas Cerâmicas Telhas Cerâmicas Telhas Cerâmicas Telhas Cerâmicas Telhas Cerâmicas Telhas Cerâmicas Planta de Cobertura • Planta de cobertura de uma edificação é a representação gráfica de sua vista principal superior, acrescida das informações necessárias, e eventualmente acoplada do desenho da rede pluvial da edificação; • A finalidade desta planta é a representação e o detalhamento de todos os elementos do telhado, ou a ele vinculados, do ponto de vista externo; • A rede pluvial é representada, eventualmente, junto com a PLANTA DE COBERTURA, pela íntima relação entre esses elementos: a própria planta de cobertura faz parte da rede pluvial. Nada impede que, por opção do projetista, estas plantas sejas representadas separadamente. • Desenho do polígono do beiral; • Linhas do telhado; • Elementos do telhado (chaminé, reservatórios, etc.); • Trechos do terreno (onde interessar); • Elementos da rede pluvial (eventualmente); • Projeção do contorno da edificação. Planta de Cobertura – Elementos Gráficos • Cotas de beirais ou similares; • Setas indicando o sentido de escoamento da água em telhados, calhas, etc.; juntamente com a inclinação do telhado e o tipo de telhamento (material cerâmico); • Dimensões dos elementos do telhado; • Dimensionamento da rede pluvial (quando esta vier acoplada ao desenho da cobertura). Planta de Cobertura – Informações • Se a inclinação do seu telhado for, por exemplo, de 35%, meça a extensão horizontal entre a parte mais alta do telhado (cumeeira) e a extremidade da cobertura, incluindo os balanços; multiplique o valor por 0,35 e o resultado será a altura mínima da cumeeira, em relação ao ponto mais baixo do telhado. 35% significa que para cada metro na horizontal, o telhado deve subir 0,35m na vertical; • i = h x 100 / c , onde: – i -> inclinação do telhado; – h -> altura do telhado; – c -> comprimento da projeção horizontal do telhado. • Define-se “declividade” d, onde d = tag °. • Usualmente – 1:50; – 1:75; – 1:100. Conforme o número de detalhes e informações. Planta de Cobertura – Escalas • As espessuras grossas e médias prevalecem para o desenho da cobertura; • As espessuras vão decrescendo à medida que o objeto representado se afasta do observador. Planta de Cobertura – Espessuras dos traços • Quando o tamanho do terreno da edificação e a complexidade da cobertura permitirem, as plantas de localização e a de cobertura podem ser unidas em uma única planta denominada PLANTA DE LOCALIZAÇÃO E COBERTURA; • PLANTA DE LOCALIZAÇÃO E COBERTURA = Planta de cobertura + Desenho do terreno (tratamentos externos, cotas da construção e de seu posicionamento no terreno). Localização e Cobertura Localização e Cobertura – Norte ou Rosa dos Ventos Sequência no CAD Com a planta-baixa pronta da edificação, segue o passo-a-passo do desenho da planta de locação e coberta: 1) Desenhar uma polyline inscrita sobre o perímetro externo da edificação. Esta polyline deve estar no layer “projeção”; 2) Apagar todos os elementos internos a polyline desenhada, exceto as linhas de corte; OBS.: como o objetivo da planta de coberta é analisar a vista superior externa do telhado, as linhas do desenho do muro se tornam secundárias. Deste modo, as mesmas devem ter espessura fina, podendo ficar no layer piso; 3) Neste momento, cria-se um novo layer, chamado “telhado”, de cor nº 4 (cyan) e espessura 0.4mm. Aplica-se a linha a priori do beiral neste layer, tornando-a agora telhado; 4) Traçar as linhas do telhado (cumeeiras, espigões, rincões, etc.) no layer “telhado”; 5) Desenhar as calhas. Pode-se aplicar um offset de 0.20cm para dentro do perímetro do telhado criado; OBS.: as calhas também são elementos secundários no desenho, deste modo suas linhas de desenho devem ter espessura fina. Sugere-se criar um layer “outros”, de cor vermelha e espessura 0.15mm, associando as calhas ao mesmo. 6) Criar um espaço de 0.20m para as telhas de cumeeira na cumeeira. As linhas criadas para viabilizar este espaço devem pertencer ao layer outros; 7) Através de setas, indicar a direção do caimento das águas do telhado, com informações a cerca da inclinação (usar 30%) e do tipo de telhamento (usar “telha cerâmica”); OBS.: a seta em si deve estar no layer “texto1”; já os textos, usados para indicar a inclinação e o tipo de telhamento, devem estar no layer “texto2”. Não há um tamanho padrão para estes elementos. Deve-se utilizar o bom senso para definir um tamanho que possibilite uma boa interpretação da planta ao leitor. 8) Inserir os nomes de elementos, tais como “calha”, “projeção de caixa d’água” (se houver), “muro”, etc.. Utilizar o layer “texto2”; 9) Inserir as hachuras do telhado (hachuras de telha, disponibilizadas em sala de aula), utilizando o layer “hachura”; OBS.: para inserir a hachura, “congele” o layer “projeção”. OBS.: • Cuidado com o ângulo da hachura. Determiná-lo de modo que fique coerente com a direção do telhado. Modifique o mesmo na opção angle dentro do campo angle and scale no comando hatch (H + enter); • Cuidado com a escala da hachura. Determiná-la de modo que o comprimento da telha fique em torno de 45 cm. Sugestão: utilize a escala 0.03 dentro do comando hatch; • E, por fim, cuidado também com a especificação da origem da hachura. Determiná-la na calha. A ORIGEM DA HACHURA DO TELHADO É NA CALHA. Dentro do comando hatch, selecione a opção specified origin no campo hatch origin. Após isso, clique em click to set new origin. Neste momento, você deve selecionar no desenho o ponto desejado de origem da hachura. Neste caso, selecione a linha interna ao telhado da calha. 10) Cotar! 11) Inserir elementos da planta de locação, tais como cotas dos recuos, norte, etc..
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