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Relatório 3 - Volumetria de Oxiredução

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1 
 
 
 
 
Universidade Federal do Ceará 
Centro de Ciências 
Departamento de Química Analítica e Físico-Química 
Curso de Farmácia 
 
 
 
VOLUMETRIA DE OXIRREDUÇÃO 
 
 
 
Disciplina: CF0688 - Química Analítica II Aplicada à Farmácia 
Professora: Ruth Maria Bonfim Vidal 
Aluno: Pedro Nonato da Silva Júnior Matrícula: 367522 
Turma: 01B 
Datas do Experimento: 19 de novembro e 03 de dezembro de 2015 
 
 
 
FORTALEZA 
2015 
 
2 
 
 
 
Sumário 
Objetivo ........................................................................................................................... 3 
Introdução ....................................................................................................................... 4 
Materiais e Métodos ....................................................................................................... 5 
Materiais Utilizados .................................................................................................... 5 
Reagentes Utilizados ................................................................................................... 5 
Procedimento Experimental ...................................................................................... 6 
1. Preparo e padronização da solução de KMnO4 0,02M ................................. 6 
2. Aplicações da Permanganimetria ................................................................... 7 
3. Padronização da solução de tiossulfato de sódio pentahidratado 
(Na2S2O3∙5H2O) ....................................................................................................... 7 
4. Aplicação da Iodometria ................................................................................. 7 
Resultados e Discussão ................................................................................................... 8 
1. Preparo e padronização da solução de KMnO4 0,02M .................................... 8 
2. Aplicações da Permanganimetria ...................................................................... 9 
Determinação da pureza do sal de Mohr - [FeSO4(NH4)SO4∙6H2O]..................... 9 
Determinação de peróxido de hidrogênio em água oxigenada comercial ........... 11 
3. Padronização da solução de tiossulfato de sódio pentahidratado 
(Na2S2O3∙5H2O) ...................................................................................................... 13 
4. Aplicação da Iodometria ................................................................................... 13 
Determinação do teor de cloro ativo (Cl2) em água sanitária .............................. 13 
Conclusão ...................................................................................................................... 15 
Referências Bibliográficas ........................................................................................... 15 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
Objetivo 
 Verificar experimentalmente os princípios que regem a volumetria de oxirredução 
por meio de titulações permanganimétricas e iodométricas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
 
Introdução 
As titulações de oxirredução são aplicadas a uma grande variedade de substâncias 
orgânicas e inorgânicas e a sua popularidade ultrapassa a das titulações de neutralização. 
Provavelmente, a diferença mais significativa entre elas é a disponibilidade de muitos 
titulantes e padrões para a volumetria de oxirredução, cada um com propriedades que os 
tornam especialmente adequados para uma aplicação. 
As reações de oxidação-redução devem preencher os requisitos gerais para que 
uma reação possa ser usada em um método titulométrico. Muitas reações de oxirredução 
se processam em uma série de etapas, então, a equação estequiométrica é a soma das 
reações parciais. Algumas espécies intermediárias são muito reativas e podem provocar 
reações paralelas ou induzidas indesejáveis. Muitas reações são lentas e, como a rapidez 
da reação é indispensável para o sucesso de uma titulação, é frequente a necessidade de 
aumentar a velocidade das reações mediante titulação a quente ou em presença de 
catalisadores. 
Os agentes oxidantes e redutores devem ser estáveis no solvente utilizado e a 
substancia a ser determinada deve ser colocada sob um determinado estado de oxidação 
definido e estável, antes da titulação ser iniciada. Os reagentes apropriados a este fim 
adicionados em excesso ao meio reagente, devem possuir a propriedade de reduzir ou 
oxidar convenientemente a amostra, sem interferir no resultado final, da análise, caso 
contrário, o excesso desta espécie deve ser destruído antes de se iniciar a titulação. 
O indicador de uma reação de oxidação-redução ideal é aquele que tenha o 
potencial de oxidação situado entre o do titulado e do titulante e que exiba uma viragem 
de cor nítida. Mas existem também reagentes auto-indicadores que é o caso do 
permanganato de potássio, onde uma gota atribui coloração rosa visível, mesmo na 
presença de íons levemente corados, este método tem o inconveniente da presença de 
agente oxidante em excesso no ponto final. 
Os agentes oxidantes empregados nessa prática foram o permanganato de potássio 
(KMnO4) e o iodo (I2): 
 O permanganato de potássio está entre os agentes oxidantes mais antigos usados 
na titulometria. As titulações feitas usando esse reagente como titulante são 
chamadas de Permanganimetria. É um poderoso agente oxidante e conforme as 
 
5 
 
 
condições do meio em que atua pode ser reduzido aos estados de oxidação +2, +3, 
+4 e +6; 
 Embora o poder oxidante do iodo seja consideravelmente menor do 
permanganato, o seu uso como titulante redox é grande devido ao fato dele reagir 
muito rapidamente com alguns redutores fortes e de existir um excelente indicador 
para as suas titulações (o amido). Essas duas vantagens superam a inabilidade do 
iodo reagir completamente com redutores fracos e a sua estabilidade limitada em 
solução. 
Materiais e Métodos 
Materiais Utilizados 
 Balança Analítica Digital de precisão de 0,1 mg; 
 Béquer de 50 mL; 
 Béquer de 250 mL; 
 Balão Volumétrico de 50 mL; 
 Pipeta Graduada de 10 mL; 
 Pipeta Volumétrica de 10 mL; 
 Pipeta Volumétrica de 20 mL; 
 Proveta de 50 mL; 
 Bureta de 50 mL; 
 Erlenmeyer de 50 mL; 
 Proveta de 100 mL; 
 Chapa aquecedora; 
 Funil; 
 Vidro de relógio; 
 Bastão de Vidro; 
 Suporte para bureta; 
 Pipeta Pasteur; 
 Recipiente de vidro âmbar para armazenar a solução. 
Reagentes Utilizados 
 Solução aquosa de permanganato de potássio (KMnO4) 0,02M; 
 
6 
 
 
 Oxalato de Sódio (Na2C2O4); 
 Solução de ácido sulfúrico (H2SO4) 1:8; 
 Sal de Mohr (sulfato ferroso amoniacal) – [FeSO4(NH4)SO4∙6H2O]; 
 Solução de ácido fosfórico (H3PO4) 85%; 
 Água oxigenada comercial; 
 Solução de ácido sulfúrico (H2SO4) 1:5; 
 Solução de dicromato de potássio (K2Cr2O7) 0,0167M 
 Solução de ácido clorídrico (HCl) 6M; 
 Solução de amido 1%; 
 Solução de tiossulfato de sódio pentahidratado (Na2S2O3∙5H2O) 0.098M; 
 Iodeto de potássio (KI); 
 Solução de iodeto de potássio (KI) 20% 
 Solução de ácido acético 1:4 
 Água sanitária; 
 Água destilada; 
Procedimento Experimental 
1. Preparo e padronização da solução de KMnO4 0,02M 
Pesou-se 0,8072 g de permanganato de potássio e essa massa foi dissolvida em 
250 mL de água destilada. A solução foi levada à chapa aquecedora e lá permaneceu cerca 
de uma hora. Depois de retirada da chapa, a solução foi filtrada utilizando um cadinho de 
vidro sinterizado e transferida para um frasco de vidrode cor âmbar, com o intuito de 
proteger a solução da degradação luminosa. A solução foi armazenada em temperatura 
ambiente e permaneceu em descanso por uma semana. 
Para a padronização foram pesadas duas alíquotas de oxalato de sódio e em 
seguida dissolvidas, com aproximadamente 50 mL de água destilada, e transferidas para 
dois erlenmeyers distintos. Em cada erlenmeyer foram adicionados 10 mL de solução de 
ácido sulfúrico 1:8 e ambos foram levados para aquecer. As soluções foram retiradas da 
chapa aquecedora pouco antes de entrarem em ebulição para que então fosse realizada 
uma titulação a quente com o permanganato de potássio, até o aparecimento de uma 
coloração rósea persistente no erlenmeyer. Os volumes de KMnO4 foram anotados e com 
base nos dados obtidos, a concentração da solução de permanganato foi determinada. 
 
7 
 
 
2. Aplicações da Permanganimetria 
Determinação da pureza do sal de Mohr - [FeSO4(NH4)SO4∙6H2O] 
Duas amostras de sal foram pesadas, 0,6500 g aproximadamente, dissolvidas com 
cerca de 30 mL de água destilada e transferidas quantitativamente para dois erlenmeyers 
diferentes. A cada erlenmeyer foram adicionados 5 mL de ácido sulfúrico 1:0 e 3mL de 
ácido fosfórico 85%. Foi realizada uma titulação com KMnO4 até o aparecimento de uma 
coloração rosa persistente. Os volumes escoados de permanganato foram anotados para 
posteriores cálculos. 
Determinação do peróxido de hidrogênio em água oxigenada comercial 
Foram medidos quantitativamente 5,0 mL de água oxigenada comercial. Esse 
volume foi transferido para um balão e diluído até 100 mL. Depois de homogeneizada, 
duas alíquotas de 20 mL foram retiradas dessa solução e transferidas para dois 
erlenmeyers distintos. A cada erlenmeyer foram adicionados 8 mL de ácido sulfúrico 1:5 
para que então a titulação com KMnO4 fosse realizada. Os volumes de permanganato 
consumidos para cada amostra foram registrados para a realização de cálculos posteriores. 
3. Padronização da solução de tiossulfato de sódio pentahidratado 
(Na2S2O3∙5H2O) 
Em um erlenmeyer foram adicionados 10 mL de uma solução de dicromato de 
potássio previamente preparada e de concentração conhecida, 0,5 g iodeto de potássio e 
2 mL de ácido clorídrico 6M. As paredes do erlenmeyer foram lavados com água destilada 
e se tampou o frasco com um vidro de relógio, deixando o sistema em repouso por cerca 
de cinco minutos. 
Passado esse tempo, titulou-se com a solução de tiossulfato até o aparecimento de 
uma cor verde-amarelada no erlenmeyer. Foram acrescentadas 10 gotas de solução de 
amido 1% e a titulação procedeu até a mudança brusca do azul escuro para verde claro. 
Os volumes escoados foram anotados para determinar a concentração da solução de 
tiossulfato. 
4. Aplicação da Iodometria 
Determinação do teor de cloro ativo (Cl2) em água sanitária 
Uma alíquota de 5 mL de água sanitária foi transferida quantitativamente para um 
balão volumétrico de 50 mL, onde foi diluída e homogeneizada. Duas alíquotas de 10 mL 
 
8 
 
 
cada foram retiradas dessa solução e colocadas em erlenmeyers diferentes, juntamente 
com 12,5 mL de ácido acético 1:4 e 12,5 mL de solução de iodeto de potássio 20%, 
previamente preparada. As soluções foram deixadas em repouso por cerca de cinco 
minutos, cobertas com um vidro de relógio. 
O iodo liberado nas alíquotas fori titulado com a solução de tissulfato sob 
constante agitação até que se observou a presença de uma cor amarelada. Adicionou-se 
25 mL de água destilada juntamente com 1 mL de amido 1% e a titulação continuou até 
que a coloração se tornasse incolor. Os volumes escoados para cada alíquota foram 
registrados e com base nesses dados pôde-se calcular o teor de cloro ativo presente na 
amostra de água sanitária 
 
Resultados e Discussão 
1. Preparo e padronização da solução de KMnO4 0,02M 
A solução de permanganato foi preparada usando seu sal de potássio, o qual não 
apresenta a pureza de um padrão primário. Considerando esse fato, certas precauções 
foram tomadas nesse ponto da prática, como forma de impedir o efeito catalítico do 
dióxido de manganês e da luz. 
O dióxido de manganês (MnO2) é um contaminante comum no permanganato 
sólido. Ele pode surgir a partir da reação do permanganato com traços de matéria orgânica 
e agentes redutores presentes na água usada para dissolver o sal de potássio. A solução 
foi aquecida por aproximadamente uma hora até pouco antes de sua fervura para acelerar 
essas reações, causando a precipitação do MnO2, seguida de filtração em vidro 
sinderizado, para remover o MnO2 insolúvel. A solução então é estocada em vidro âmbar 
como forma de evitar a degradação fotoquímica. 
O padrão primário escolhido para determinar a concentração da solução de 
permanganato foi o oxalato de sódio (Na2C2O4). O íon oxalato reage com o íon 
permanganato obedecendo a seguinte reação essencial: 
5C2O42- + 2MnO4- → 10 CO2 + 2Mn2+ + 8H2O 
A estequiometria da reação informa que cinco moles de oxalato são necessários 
para reagir com 2 moles de íon permanganato, isto é, a relação entre esses íons é 5:2 
 
9 
 
 
estequiometricamente. Isso significa que, no ponto de equivalência da titulação. O 
volume escoado da bureta de solução de permanganato corresponde a dois moles desse 
íon, que reagiram com 5 moles de oxalato presentes no erlenmeyer. Para fazer a correção 
desses valores é necessário realizar uma multiplicação cruzada, o que vai ser demonstrado 
mais a frente nos cálculos. 
Os valores das massas pesadas para a preparação das alíquotas e os volumes 
escoados encontram-se organizados a seguir: 
Na2C2O4 (g) 
m1 0,1512 
m2 0,1243 
�̅� 0,1378 
KMnO4 (mL) 
V1 23,1 
V2 18,1 
�̅� 20,6 
 
No ponto de equivalência, tínhamos que: 
 5C2O42- → 2MnO4- 
2 × 𝑛𝐶2𝑂4 = 5 × 𝑛𝑀𝑛𝑂4 
2 × �̅�
𝑀𝑀
= 5 × 𝐶2𝑉2 ⇒
2 × 0,1378
134
= 5 × 0,0206 × 𝐶2 ⇒ 0,103𝐶2 = 2,05 × 10
−3 ⇒ 
⇒ 𝐶2 = 0,02 𝑀 
 
2. Aplicações da Permanganimetria 
Determinação da pureza do sal de Mohr - [FeSO4(NH4)SO4∙6H2O] 
O sal de Mohr, também conhecido como sulfato ferroso amonical, é um composto 
muito útil na preparação de padrões para medidas de ferromagnetismo e também como 
reagente em análises de solos e água em agricultura. Na prática se buscou determinar a 
pureza desse sal a partir da titulação da titulação do mesmo com permanganato. 
 
10 
 
 
O íon Fe2+ reage com o permanganato conforme a reação química a seguir: 
5Fe2+ + MnO4- + 8H+ → 5Fe3+ + Mn2+ + 4H2O 
 A relação estequiométrica entre o ferro e a permanganato é de 5:1. Isso implica 
dizer que o volume escoado de solução de permanganato foi o necessário para reagir 5 
moles de íon Fe2+. Como se queria descobrir quanto de permanganato reagia com um mol 
de ferro, realizou-se a multiplicação cruzada nos cálculos. Os valores das massas pesadas 
para a preparação das alíquotas e os volumes escoados encontram-se organizados a 
seguir: 
FeSO4(NH4)SO4∙6H2O (g) 
m1 0,6406 
m2 0,6728 
�̅� 0,6567 
KMnO4 (mL) 
V1 17,2 
V2 17,2 
�̅� 17,2 
 
No ponto de equivalência da titulação, tinha-se que: 
 5Fe2+ → MnO4- 
𝑛𝐹𝑒2+ = 5 × 𝑛𝑀𝑛𝑂4 
�̅�
𝑀𝑀
= 5 × 𝐶2𝑉2 ⇒ �̅� = 5 × 𝐶2𝑉2 × 𝑀𝑀 ⇒ �̅� = 5 × 0,02 × 0,0172 × 56 ⇒ 
⇒ �̅� = 0,09632 𝑔 𝑑𝑒 𝐹𝑒2+ 
Essa massa corresponde a quantidade de Fe2+ presente em 0,6567g de sal de mohr. 
Para descobrir esse valor expresso em porcentagem p/p, foi realizada a seguinte relação: 
0,6567𝑔 𝑑𝑒 𝑠𝑎𝑙 → 0,09632 𝑔 𝑑𝑒 𝐹𝑒2+ 
1000𝑔 𝑑𝑒 𝑠𝑎𝑙 → 𝑥 
𝑥 = 14,67% 
 
11 
 
 
Determinação de peróxido de hidrogênio em água oxigenada comercialComercialmente, a concentração de água oxigenada é referida a volume de 
oxigênio, ou seja, o volume de oxigênio gerado por uma determinada concentração de 
água oxigenada. Assim, 1,00 mL H2O2 a 100 volumes liberará 100,00 mL de O2 nas 
CNPT. 
2H2O2(aq) → O2(g) + 2H2O(l) 
A água oxigenada apesar de ser um agente oxidante pode ser oxidada pelo 
permanganato em meio ácido. A equação iônica essencial no ponto de equivalência da 
titulação dá água oxigenada com o permanganato é a seguinte: 
2MnO4- + 5H2O2 + 6H+ → 2Mn2+ + 8H2O + 5O2 
Os volumes de permanganato usados nas duplicatas estão dispostos na tabela a 
seguir: 
KMnO4 (mL) 
V1 15,2 
V2 15,6 
�̅� 15,4 
 
O volume escoado de permanganato corresponde ao necessário para reagir com 
cinco moles de peróxido. Desta forma é necessário realizar a multiplicação cruzada para 
ajustar esses valores: 
 2MnO4- → 5H2O2 
5 × 𝑛𝑀𝑛𝑂4− = 2 × 𝑛𝐻2𝑂2 
2 × 𝑚
𝑀𝑀
= 5 × 𝐶2𝑉2 ⇒
2 × 𝑚
34
= 5 × 0,02 × 0,0154 ⇒ 𝑚 =
0,05236
2
⇒ 
⇒ 𝑚 = 0,02618 𝑔 𝑑𝑒 𝐻2𝑂2 
Essa massa de peróxido corresponde a presente em 20 mL de solução diluída, 
usada como alíquota para a análise. Para calcular a quantidade presente em 100 mL de 
solução preparada com 5 mL de água oxigenada, a seguinte proporção foi feita: 
 
12 
 
 
20 𝑚𝐿 𝑑𝑒 𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 → 0,02618 𝑔 𝑑𝑒 𝐻2𝑂2 
100 𝑚𝐿 𝑑𝑒 𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 → 𝑥 
𝑥 = 0,1309 𝑔 𝑑𝑒 𝐻2𝑂2 𝑒𝑚 100 𝑚𝐿 𝑑𝑒 𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 𝑒 5 𝑚𝐿 𝑑𝑒 á𝑔𝑢𝑎 𝑜𝑥𝑖𝑔𝑒𝑛𝑎𝑑𝑎 
 Massa de H2O2 por litro de água oxigenada 
5 𝑚𝐿 𝑑𝑒 á𝑔𝑢𝑎 𝑜𝑥𝑖𝑔𝑒𝑛𝑎𝑑𝑎 → 0,1309 𝑔 𝑑𝑒 𝐻2𝑂2 
1000 𝑚𝐿 𝑑𝑒 á𝑔𝑢𝑎 𝑜𝑥𝑖𝑔𝑒𝑛𝑎𝑑𝑎 → 𝑦 
𝑦 = 26,18 𝑔 𝑑𝑒 𝐻2𝑂2 
 Porcentagem peso por volume (% p/v) 
1000 𝑚𝐿 𝑑𝑒 á𝑔𝑢𝑎 𝑜𝑥𝑖𝑔𝑒𝑛𝑎𝑑𝑎 → 26,18 𝑔 𝑑𝑒 𝐻2𝑂2 
100 𝑚𝐿 𝑑𝑒 𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 → 𝑧 
𝑧 = 2,62% 
 Força em volume 
Como já foi abordado antes, a força em volume corresponde a quantidade de O2 
em litros que uma determinada quantidade de H2O2 pode produzir. Pela equação vista 
anteriormente, dois moles de peróxido produzem um mol de hidrogênio e, considerando 
as massas molares desses compostos, pode-se inferir que 68 g de peróxido geram 32g de 
O2. Desta forma, para 1 L de água oxigenada, tinha-se que: 
68 𝑔 𝑑𝑒 𝐻2𝑂2 → 32𝑔 𝑑𝑒 𝑂2 
26,18𝑔 𝑑𝑒 𝐻2𝑂2 → 𝐴 
𝐴 = 12,32 𝑔 𝑑𝑒 𝑂2 𝑒𝑚 1 𝐿 𝑑𝑒 á𝑔𝑢𝑎 𝑜𝑥𝑖𝑔𝑒𝑛𝑎𝑑𝑎 
É sabido que um mol de O2 corresponde a 22,4 L de O2. Se em 1 mol de gás 
oxigênio, tem-se 32 g desse composto, a seguinte proporção pode ser estabelecida: 
32 𝑔 𝑑𝑒 𝑂2 → 22,4 𝐿 𝑑𝑒 𝑂2 
12,32 𝑔 𝑑𝑒 𝑂2 → 𝐵 
𝐵 = 8,6𝐿 = 8,6 𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒𝑠 
 
13 
 
 
O frasco alegava que a água oxigenada era de 10 volumes e o valor obtido na 
análise foi menor do que o esperado. Isso pode ser justificado pelo tempo que o frasco 
estava ali, sendo aberto constantemente e acarretando numa perda de O2 para o ambiente. 
3. Padronização da solução de tiossulfato de sódio pentahidratado 
(Na2S2O3∙5H2O) 
O tiossulfato de sódio é o reagente mais utilizado para titula iodo. Nessa 
padronização, o iodo (I2) é obtido a partir da reação do iodeto de potássio com o dicromato 
de potássio, ainda no erlenmeyer, conforme pode ser visto na equação química a seguir: 
Cr2O72= + 14H+ + 6I- → 2Cr3++ 3I2 + 7H2O 
O iodo formado reage com o tiossulfato, de forma que no ponto de equivalência a equação 
química observada é: 
I2 + 2S2O32-→ 2I- + S4O62- 
Era desejado saber quantos mols de dicromato reagiam com quantos mols de 
tiossulfato para determinar a concentração da solução, com isso as seguintes relações 
estequiométricas foram estabelecidas com base nas duas equações acima: 
1 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐶𝑟2𝑂7
2− → 3 𝑚𝑜𝑙𝑒𝑠 𝑑𝑒 𝐼2 
1 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐼2 → 2 𝑚𝑜𝑙𝑒𝑠 𝑑𝑒 𝑆2𝑂3
2− 
1 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐶𝑟2𝑂7
2− → 6 𝑚𝑜𝑙𝑒𝑠 𝑑𝑒 𝑆2𝑂3
2− 
 
6 × 𝑛 𝐶𝑟2𝑂72− = 𝑛 𝑆2𝑂32− 
6 × 𝐶1𝑉1 = 𝐶2𝑉2 ⇒ 𝐶2 =
6 × 𝐶1𝑉1
𝑉2
⇒ 𝐶2 =
6 × 0,0167 × 10
10,2
= 0,098 Μ ⇒ 
⇒ 𝐶2 = 0,098 Μ 
4. Aplicação da Iodometria 
Determinação do teor de cloro ativo (Cl2) em água sanitária 
 O volume médio de solução de tiossulfato de sódio pentahidratado que escoou 
pela bureta foi de 4,3 mL. 
 
14 
 
 
Quando a amostra de solução diluída de água sanitária é misturada com a solução 
de iodeto de potássio, ocorre a formação de iodo molecular, I2, que o amido é capaz de 
identificar e que é titulado com a solução de tiossulfato presente na bureta. As reações 
que descrevem esses processos estão despostas a seguir: 
ClO- + 2I- + 2H+→ Cl- + I2 + H2O 
I2 + 2S2O32-→ 2I- + S4O62- 
Com base nessas equações, as seguintes relações puderam ser estabelecidas: 
1 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐶𝑙2 → 1 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐼2 
1 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐼2 → 2 𝑚𝑜𝑙𝑒𝑠 𝑑𝑒 𝑆2𝑂3
2− 
1 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐶𝑙2 → 2 𝑚𝑜𝑙𝑒𝑠 𝑑𝑒 𝑆2𝑂3
2− 
 
2 × 𝑛 𝐶𝑙2 = 𝑛 𝑆2𝑂32− 
2 × 𝑚
𝑀𝑀
= 𝐶2𝑉2 ⇒
2 × 𝑚
71
= 0,098 × 4,3 ⇒ 𝑚 =
29,9194
2
⇒ 
⇒ 𝑚 = 14,96 𝑚𝑔 𝑑𝑒 𝐶𝑙2 𝑒𝑚 10 𝑚𝐿 𝑑𝑒 𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 
 
10 𝑚𝐿 𝑑𝑒 𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 → 14,96 𝑚𝑔 𝑑𝑒 𝐶𝑙2 
50 𝑚𝐿 𝑑𝑒 𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 → 𝑡 
𝑡 = 74,8 𝑚𝑔 𝑑𝑒 𝐶𝑙2 𝑒𝑚 50 𝑚𝐿 𝑑𝑒 𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 𝑒 𝑒𝑚 5 𝑚𝐿 𝑑𝑒 á𝑔𝑢𝑎 𝑠𝑎𝑛𝑖𝑡á𝑟𝑖𝑎 
 Em ppm 
5 𝑚𝐿 𝑑𝑒 á𝑔𝑢𝑎 𝑠𝑎𝑛𝑖𝑡á𝑟𝑖𝑎 → 74,8 𝑚𝑔 𝑑𝑒 𝐶𝑙2 
1000 𝑚𝐿 𝑑𝑒 𝑠𝑎𝑛𝑖𝑡á𝑟𝑖𝑎 → 𝑓 
𝑓 = 14.960 𝑝𝑝𝑚 
 Em % p/v 
5 𝑚𝐿 𝑑𝑒 á𝑔𝑢𝑎 𝑠𝑎𝑛𝑖𝑡á𝑟𝑖𝑎 → 0,0748𝑔 𝑑𝑒 𝐶𝑙2 
100 𝑚𝐿 𝑑𝑒 𝑠𝑎𝑛𝑖𝑡á𝑟𝑖𝑎 → 𝑔 
𝑔 = 1,50% 
 
15 
 
 
Conclusão 
Os princípios da volumetria de oxirredução foram amplamente contemplados 
nessa prática. As titulações com permanganato e iodo cumpriram seus objetivos de poder 
determinar aquilo a que elas se propuseram. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Referências Bibliográficas 
Disponível em: <http://www.ufjf.br/baccan/files/2011/05/Aula_pratica_11.pdf> - 
Acessado em: 17/12/2015, 00h35min 
SKOOG, WEST, HOLLER, CROUCH, Fundamentos de Química Analítica, Tradução 
da 9ª Edição norte-americana, Editora Trilha, São Paulo-SP, 2014. 
MANUAL de laboratório: Química Analítica II – Curso de Farmácia. Ceará: 
Universidade Federal do Ceará, Centro de Ciências, Departamento de Química Analítica 
E Físico- Química, 2009. 12 p.

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