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Curso de Cosmetologia MÓDULO VI Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este Programa de Educação Continuada, é proibida qualquer forma de comercialização do mesmo. Os créditos do conteúdo aqui contido são dados aos seus respectivos autores descritos na Bibliografia Consultada. 137 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores MÓDULO VI 13. PRODUTOS DE TOALETE 13.1. DESODORANTES E ANTIPERSPIRANTE Dentre os produtos de higiene, os antiperspirante e os desodorantes foram introduzidos no mercado mundial no inicio do século XX, quando a perspiração e o odor começaram a ser considerados como problema. Entretanto, no Egito Antigo e em Roma, as pessoas utilizavam perfumes com odor muito intenso para mascaras o odor corporal e foram realizadas as primeiras tentativas de reduzir a umidade das axilas através do uso de adstringentes. Transpiração É a passagem de qualquer fluido através da pele ou qualquer membrana animal na forma de vapor. Esta definição é a mesma de perspiração. No entanto esta definição pode ser aplicada para plantas e outros materiais. Por exemplo, as plantas emitem vapores de água das superfícies das folhas ou de qualquer outra parte de sua estrutura e o termo aplicado é transpiração. Perspiração É o fluido salino que é secretado pelas glândulas sudoríparas, que consiste principalmente de água, cloreto de sódio e outros sais, substâncias nitrogenadas, dióxido de carbono e outros solutos, e serve tanto para excreção quanto para regular a temperatura corporal através do efeito refrescante da evaporação, ou seja, dissipação do calor através da evaporação da umidade sobre a superfície da pele. Outro efeito é manter a pele hidratada. Fatores que levam a perspiração 138 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores ? Existência de gradiente de concentração pele-ambiente: a pele possui maior teor de água que o meio ambiente, este é um desequilíbrio eterno em que a água será perdida tentando igualar a diferença com o meio ambiente; ? Volatilidade: a água é um líquido relativamente volátil; ? Fenômeno físico-químico da vaporização da água: devido ao fato de a água estar situada na pele, que é um local naturalmente aquecido, ela rouba calor da pele e se vaporiza com mais facilidade; ? Elevada superfície epidérmica ? Contrariamente aos fatores que propiciam a perda de água, existe um fator que contribui para que a água fique retida na pele que é denominado de propriedade coligativa dos sais. Estas propriedades se manifestam quando misturados água pura e sais minerais, fazendo com que seu ponto de ebulição fique maior, ou seja, no manto hidrolipídico os sais minerais presentes no suor ajudam a reter a água. ? A tendência que se sobressai é realmente a perda de água para o meio ambiente. Mecanismo de ação O odor do corpo e a perspiração são entidades relacionadas, porém distintas. As formas de reduzir ou controlar o odor das axilas são: ? Reduzir o suor apócrino nas axilas; ? Reduzir o suor écrino, usando produtos adstringentes; ? Diminuir o crescimento bacteriano, usando produtos antimicrobianos; ? Remover ou absorver as secreções liberadas pelas glândulas apócrinas e écrinas. As bactérias liberam enzimas que promovem a quebra do suor sobre a pele, liberando odor. O uso de inibidores de enzimas tais como o citrato de trietila pode reduzir o odor. Bicarbonato de sódio, ricionooleato de zinco, fenol sulfonato de zinco podem absorver os produtos da degradação enzimática; ? Mascarar os odores corporais, usando fragrâncias. Assim, têm-se duas categorias diferentes de produtos disponíveis ao consumidor: Desodorantes e antiperspirante ou antitranspirante. Desodorantes 139 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores São produtos aplicados topicamente para completar a higiene pessoal, modificando, reduzindo, removendo ou evitando o desenvolvimento de odores do corpo. Atuam pelos seguintes mecanismos: ? Ação antimicrobiana: ? Neutralização de odores Os requisitos desejáveis para uma dada substância atuar como desodorante são: ? Eficácia e segurança em inibir o crescimento bacteriano; ? Permitir aplicação local; ? Livres de reações tóxicas ou alérgicas ou de irritação nas concentrações recomendadas; ? Possuir capacidade de permanência e de retenção sobre a pele para que o efeito perdure. Antiperspirante Em termos de produtos cosméticos os termos antiperspirante e antitranspirante são sinônimos. São produtos aplicados topicamente para minimizar a liberação de suor das glândulas sudoríparas écrinas nas axilas e partes palmoplantares. Matéria-prima antimicrobiana Tem como finalidade limitar o crescimento dos microorganismos e não supri-los completamente, o que destruiria o equilíbrio biológico da flora natural da pele. Matéria-prima neutralizadora de odor São Substâncias que atuam ligando-se ou “seqüestrando” as moléculas de odor ruim. 13.2. PERFUME 140 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores A etimologia da palavra perfume é de raiz latina, perfumum significa “pro fumo” ou “destinado ao fumo” e sua origem estreitamente ligada a queima de madeiras aromáticas em cerimônias religiosas, casamentos e funerais para elevar o espírito dos fiéis, além de ser utilizado também como afrodisíaco e para curar doenças. Segundo os registros históricos, a Babilônia queimava 26 mil quilos de incenso para apaziguar a fúria dos deuses. Os materiais básicos para formulação de perfumes existem em duas categorias: natural e sintético. Componentes naturais são de origem animal ou vegetal, enquanto os sintéticos são produzidos de uma grande variedade de matérias-primas. O uso de extratos animais em perfumaria vem diminuindo, todavia, a maioria das substâncias de origem animal pode ser sintetizada. Os perfumes são descritos pela maneira como seu aroma altera com o tempo. A nota de cima de um perfume refere-se aos óleos de evaporação rápida que são discerníveis quando o frasco é aberto, mas desaparecem rapidamente depois da aplicação na pele. A nota do meio é o aroma do perfume ressecado na pele, e a nota final é a habilidade do perfume difundir fragrância durante algum tempo. 14. FORMULAÇÕES CREME RINSE Item Descrição Qtd(%) 1 Álcool Ceto Estearílico 4 2 Cloreto de Cetil Trimetil Amônio 3,5 3 Lanolina 0,2 4 Ácido Cítrico 0,5 5 Essência 1 6 Água Deionizada 90,8 Preparo: Misturar 1,2,3,4,6 à 75ºC Manter à temperatura 75ºC durante aproximadamente 20 Minutos Resfriar até 35ºC mantendo a homogenização. Adicionar 5 e homogenizar. BANHO DE ESPUMA 141 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores Item Descrição Qtd(%) 1 Lauril Éter Sulfato de Sódio 30 2 Dietanolamida do Ácido Graxo de Coco (Amida 90) 3 3Anfótero Betaínico 10 4 Poliol de Ester de Ácido Graxo 2 5 Metil Parabeno (Nipagim) 0,1 6 Água 53,85 7 Essência 1 8 Corante (Opcional) QS 9 Ácido Cítrico 0,05 Preparo: Misturar 1,2,3,4,5,6 Adicionar 7,8,9 Homogenizar. CREME NUTRITIVO Item Descrição Fase Qtd(%) 1 2-Octil Dodecanol A 8 2 Oleato de Decila A 6 3 Álcool Cetílico A 1,5 4 Estearina (Tripla Pressão) A 10 5 Glicerina A 6 6 Óleo Mineral A 5 7 Lanolina A 3 8 Cera de Abelha Alvejada A 2 9 Propil Parabeno (Nipazol) A 0,04 10 Trietanolamina B 1,2 11 Metil Parabeno (Nipagim) B 0,15 12 Água Deionizada B 56,61 13 Essência C 0,5 Preparo: Fundir FASE 'A' 75ºC =Aquecer FASE 'B' à 75º Adicionar FASE 'B' sobre FASE 'A'. Sob agitação Resfriar até 35ºC mantendo homogenização. Adicionar FASE 'C'. Homogenizar. 142 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores DESODORANTE PARA PÉS Item Descrição Qtd(%) 1 Álcool Neutro 80,8 2 Mentol 0,5 3 Óleo Essencial de Menta 1 4 Salicilato de Metila 0,2 5 Cânfora 0,5 6 Propileno Glicol 2 7 Água Deionizada 15 Preparo: Misturar todos os ingredientes sob agitação BANHO DE ESPUMA Item Descrição Qtd(%) 1 Lauril Eter Sulfato de Sódio 37 2 Dietanolamida do Acido graxo de coco (Amida 90) 3 3 Anfótero Betainico 7 4 Poliol de Ester de Acido graxo 2 5 Óleo de Amêndoa doce Hidrossolúvel 3 6 Metilparabeno 0,1 7 Água 46,85 8 Essência 1 9 Corante (opcional) QS 10 Acido Cítrico Preparo: Misturar 1,2,3,4,5,6,Adicionar 7,8,9,10 Homogenizar. CREME PARA PELE SECA 143 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores Item Descrição Fase Qtd(%) 1 Base Auto Emulsionante de Álcoois Graxos A 30 2 Óleo de Amêndoa Doce A 7 3 Óleo de Germe de Trigo A 3 4 Vaselina Sólida A 6 5 Glicerina A 2 6 Oleato de Decila A 2 7 Propil Parabeno (Nipazol) A 0,04 8 Metil Parabeno (Nipagim) B 0,15 9 Água Deionizada B 49,31 10 Essência C 0,5 Preparo: Fundir FASE 'A' 75ºC =Aquecer FASE 'B' à 75º Adicionar FASE 'B' sobre FASE 'A'. Sob agitação Resfriar até 35ºC mantendo homogenização. Adicionar FASE 'C'. Homogenizar LOÇÃO DE LIMPEZA Item Descrição Fase Qtd(%) 1 2-Octil Dodecanol A 6 2 Oleato de Decila A 6 3 Álcool Laurilico Etoxilado A 4 4 Álcool Ceto Estearilico A 3,5 5 Base Auto Emulsionante para Creme A 3,5 6 Óleo de Semente de Uva A 4 7 Propil Parabeno (Nipazol) A 0,04 8 Metil Parabeno (Nipagim) B 0,15 9 Água Deionizada B 72,39 10 Essência C 0,5 Preparo: Fundir FASE 'A' 75ºC =Aquecer FASE 'B' à 75º Adicionar FASE 'B' sobre FASE 'A'. Sob agitação Resfriar até 35ºC mantendo homogenização. Adicionar FASE 'C'. Homogenizar. 144 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores FORTALECEDOR DE UNHAS Item Descrição Qtd(%) 1 Propileno Glicol 90 2 Óleo Essencial de Cravo 10 Preparo: Misturar os dois produtos. Passar com pincel sobre as unhas limpas, sem esmalte. LOÇÃO HIDRATANTE Item Descrição Fase Qtd(%) 1 Álcool Ceto Estearilico A 5 2 2-Octil Dodecanol A 5 3 Oleato de Decila A 3 4 Álcool Ceto Estearilico Etoxilado A 3 5 Glicerina A 3 6 Óleo de Amêndoa Doce A 3 7 Propilparabeno A 0,04 8 Metilparabeno B 1,5 9 Extrato de Aloe Vera B 3 10 Água Deionizada B 74,31 11 Essência C 0,5 Preparo: Fundir Fase A a 75ºC Aquecer Fase B a 75ºC. Adicionar Fase B Sobre A sob agitação Resfriar até 35ºC Homogenizar. SABONETE LÍQUIDO Item Descrição Qtd(%) 145 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores 1 Lauril Eter Sulfato de Sódio 30 2 Dietanolamida do Ácido Graxo de Côco (Amida 90) 3 3 Anfotero Betainico 7 4 Óleo de Amêndoa Doce Hidrossolúvel 3 5 Água 52,85 6 Metil Parabeno (Nipagim) 0,1 7 Essência 1 8 Corante (Opcional) QS 9 Base Perolante 3 10 Ácido Cítrico 0,05 Preparo: Misturar 1,2,3,4,5,6 Adicionar 7,8,9,10. Homogenizar. XAMPU PARA CABELOS NORMAIS Item Descrição Qtd(%) 1 Lauril Éter Sulfato de Sódio 25 2 Dietanolamida do Ácido Graxo de Côco (Amida 90) 3 3 Metil Parabeno (Nipagim) 0,1 4 Essência 1 5 Corante (Opcional) QS 6 Água 69,76 7 Ácido Cítrico 0,04 8 Cloreto de Sódio 1,1 Preparo: Misturar 1,2,3,6 Adicionar 4,5,7 Adicionar 8. Homogenizar. SAIS DE BANHO 146 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores Item Descrição Qtd(%) 1 Sal Grosso ou Fino 88 2 Bicarbonato de Sódio 10 3 Corante Alimentício (opcional) QS 4 Óleo Essencial de Grapefruit 1,5 5 Óleo Essencial de Rosmarinho 0,5 Preparo: Misturar 1,2 Adicionar 3,4,5 Homogenizar e embalar em recipiente de vidro bem fechado. ---------- FIM MÓDULO VI ---------- ---------- FIM DO CURSO ---------- BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 147 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores ASSUNÇÃO, H. F. Modelo paramétrico para estimativa da radiação solar ultravioleta. Botucatu, 2003. 147 f. Tese (Doutorado em Agronomia) Faculdade de Ciências Agronômicas, UNESP. BALSAM, M.S.; SAGARIN, E.. Cosmetics: science and technology. 2.ed Malabar: Krieger Publishing, 1992. v.2 BARATA, E. A. F.. A cosmetologia: princípios básicos. São Paulo: Tecnopress, 2002. 176 p. BAREL, A. O.; PAYE, M.; MAIBACH, H. I.. 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