Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Direito Constitucional Sentidos da Constituição Sentido sociológico: Ferdinand Lassale defendeu que uma Constituição só seria legítima se representasse o efetivo poder social, refletindo as forças sociais que constituem o poder. Lassale, distingue Constituição real da formal. Afirma o autor que para a Constituição ser legítima é preciso que a Constituição formal (documento jurídico produzido) corresponda a Constituição real (forças sociais atuantes); do contrário o documento será ‘’uma mera folha de papel’’ Constituição formal: documento jurídico produzido + = Legitimidade Constituição real: Forças sociais atuantes Sentido político: Carl Schmitt. A Constituição, para ele, é a principal política do Estado, já que é o conjunto de normas que regula o exercício do poder estatal. Ele distingue Constituição de Lei Constitucional. Constituição: são as normas que tratam da estruturação e funcionamento do Estado, direitos individuais e vida democrática. Leis constitucionais: são os demais dispositivos inscritos no texto do documento constitucional, que não contenham matéria de decisão política fundamental. Sentido jurídico: Hans Kelsen. Em um sentido puramente jurídico, a Constituição é a principal lei do Estado, levando-se em conta a organização piramidal do ordenamento jurídico. Sentido lógico-jurídico: norma fundamental hipotética: fundamental porque é ela que nós dá o fundamento da Constituição; hipotética porque essa norma não é posta pelo Estado, é apenas pressuposta. Não está a sua base no direito positivo ou posto, já que ela própria está no topo do ordenamento. Sentido jurídico-positivo: é aquela feita pelo poder constituinte, constituição escrita, é a norma que fundamenta todo o ordenamento jurídico. No nosso caso seria a CF/88. É algo que está no direito positivo, no topo da pirâmide. A ideia de organização piramidal do sistema jurídico tem duas justificativas básicas: I. Dá a ideia de hierarquia entre as normas; II. Dá a noção de que as normas hierarquicamente inferiores justificam-se (buscam fundamentos de validade) nas normas hierarquicamente superiores; e que todas elas fundamentam-se na Constituição.
Compartilhar