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1 - AULA O1 E AULA 02

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HISTÓRIA DO SINDICALISMO
A Revolução Industrial consistiu em um conjunto de mudanças tecnológicas com profundo impacto no processo produtivo em nível econômico e social. Iniciada no Reino Unido em meados do século XVIII, expandiu-se pelo mundo a partir do século XIX.
Surgimento da Máquina a Vapor
O surgimento da máquina a vapor impulsionou o processo de industrialização em todo o mundo
Assim, devido à constante concorrência entre os fabricantes capitalistas as maquinas foram ganhando cada vez mais lugar nas fábricas, ocupando o lugar de operários, gerando assim um “excedente de mão-de-obra”, onde o capitalista tornou-se dono da situação pagando o salário que quisesse ao operário.
Surgem duas novas classes sociais, o capitalismo e o proletariado;
o capitalista é o proprietário dos meios de produção: (fábricas, máquinas, matéria-prima). 
O proletário, que era proprietário apenas de sua força de trabalho, passou a ser propriedade do capitalista, que pagava salários cada vez mais baixos para obter mais lucros, forçando o proletário a trabalhar em uma jornada de trabalho que chegava até 16 horas. 
Por meio desta situação que o proletariado percebe que tinha um ponto a seu favor, a sua possibilidade de se associarem e, juntos, tentarem negociar as suas condições de trabalho. 
Surgem os sindicatos, associações criadas pelos operários, buscando “igualar” sua situação com o capitalista no momento da venda da força de trabalho, e impedir que o operário fosse obrigado a aceitar um salário inferior ao que ele necessitava para o sustento de sua família.
Durante a revolução francesa surgiram idéias liberais, que estimulavam a aprovação de leis proibitivas à atividade sindical, a exemplo da Lei Chapelier que, em nome da liberdade dos Direitos do Homem, considerou ilegais as associações de trabalhadores e patrões. 
A lei de Chapelier alegando a defesa da "livre empresa" e da iniciativa privada, aplicava aos sindicalistas que não a cumprissem penas que podiam ir desde avultadas quantias em dinheiro e privação de direitos de cidadania até à pena de morte
Contudo, o sindicalismo reergueu-se clandestinamente no século XIX. 
No Reino Unido, em 1871, e na França, em 1884, foi reconhecida a legalidade dos sindicatos e associações. 
No Brasil, com a abolição da escravatura e a proclamação da República, a economia se diversificou, e as atividades manufatureiras surgiram nos centros urbanos e no litoral brasileiro, atraindo levas de imigrantes. 
 
SINDICALISMO NO BRASIL
Porém, alguns imigrantes tinham condições de trabalho ruins e encontravam dificuldades. 
Para poderem melhorar sua situação começaram a se unir, formando então, os sindicatos. 
Com a industrialização, o sectarismo ideológico das correntes sindicais, com a organização dos empresários dos latifundiários, dos banqueiros, dos industriais e com a influência norte americana, os movimentos sindicais foram enfraquecidos e o sistema, sorrateiramente, começou a formar lideranças sindicais “pelegas”. ( ???)
Em 1930, o Governo Federal criou o Ministério do Trabalho e em 1931 regulamentou, por decreto, a sindicalização das classes patronais e operárias. 
Criou as Juntas de Conciliação e Julgamento e, com a promulgação da Constituição do Estado Novo, a unidade sindical.
Constituição do Estado Novo de 1937:
 
Intervenção estatal na estrutura sindical (Decreto-lei nº 1.402/39).
Criação de uma Justiça do Trabalho administrativa, vinculada ao Poder Executivo.
CLT - Decreto-lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943 - com manutenção e reforço da estrutura sindical corporativista (sob intervenção do Estado). 
Constituição de 1967:
 Aspectos mais relevantes:
Restringiu o direito de greve, proibindo-a no serviço público.
Fase de intervenção nos sindicatos.
Surgimento do “Novo Sindicalismo” (ABC, final dos anos 70 e início dos anos 80), que originou o Partido dos Trabalhadores (PT).
Nascimento das primeiras centrais sindicais - a CUT 
Surgimento das representações internas de trabalhadores (comissões de fábrica).
Início do rompimento com o sistema sindical corporativista então vigente.
Vídeo: SINDICALISMO NO BRASIL
O que você entendeu sobre o surgimento do sindicalismo no mundo – período do surgimento da máquina a vapor.
No Brasil, no período de 1937 a 1967 os sindicatos tinham toda a liberdade para atuar, explique.
A partir do anos 70 e 80 o que mudou em termos sindicais?
PERGUNTAS:
AULA 02
Constituição de 1988:
 	
	Fundamentos principiológicos previstos nos artigos 1º e 170 - dignidade da pessoa humana, valor social do trabalho, livre iniciativa e função social do trabalho.
Rol de direitos trabalhistas e sociais (artigo 7º).
Liberdade sindical (artigo 8º, caput), com restrições (artigo 8º, incisos).
Não há mais intervenção estatal (artigo 8º, inciso I), apenas a exigência do registro sindical.
Unicidade sindical (artigo 8º, inciso II).
Sistema confederativo (artigo 8º, inciso IV).
 
Manutenção do enquadramento sindical por categoria.
Manutenção da contribuição sindical obrigatória (imposto sindical).
Direito de negociação coletiva, com reconhecimento dos instrumentos normativos (artigo 7º, inciso XXVI).
 
Direito de greve (artigo 9º).
Direito de participação nos lucros e resultados e na gestão da empresa (artigo 7º, inciso XI).
20
ORGANIZAÇÃO SINDICAL BRASILEIRA
 
A organização sindical brasileira é composta 
	por 4 GRUPOS:
 
1º. SINDICATOS;
 
2º. FEDERAÇÕES;
 
3º. CONFEDERAÇÕES.
 O 4 º Grupo são as CENTRAIS SINDICAIS , que apesar da sua atuação de destaque, não compõem a estrutura sindical posta pelo legislador trabalhista.
O QUE É SINDICATO?
SINDICATO
 
 O Sindicato tem como escopo básico a representação dos interesses de um grupo na esfera das relações trabalhistas.
 
	No Brasil, o sindicato, como pessoa jurídica de direito privado que é, necessita ter
	seu estatuto registrado no Cartório de Registro Civil de Pessoas Jurídicas, como qualquer outra entidade associativa.
	Posteriormente terá de se registrar no Ministério do Trabalho apenas para adquirir 	personalidade sindical e representatividade da categoria, ou seja, não mais precisa de autorização do Governo para a sua constituição.
E O QUE É BASE TERRITÓRIAL DE UM SINDICATO?
TODO SINDICATO TEM UMA BASE TERRITORIAL.
BASE TERRITORIAL:
 
Compreende o limite de espaço em que pode atuar determinada entidade sindical. 
 
Os sindicatos são organizados, considerando como base territorial mínima a área de um município não havendo limitação máxima dessa mesma área, o que significa que poderá haver sindicatos abrangendo o território nacional, estaduais, ou regionais.
 
Em cada município só pode ter um sindicato de cada categoria.
Por exemplo, no município de Santo André só pode ter 01 sindicato das costureiras, só pode ter 01 sindicato dos motoboys, e assim por diante. 
Mas nada impede que em outros municípios possa ter os mesmos sindicatos só que daquele município. Por exemplo: sindicato das costureiras do município de S. Caetano, de S. Paulo, de Carapicuíba, etc.
Como assim... Explicando...
Isso se chama: 
Unicidade Sindical.
Então, Unicidade sindical é...
UNICIDADE SINDICAL:
 
É um princípio constitucional (artigo 8º, inciso II) que as entidades sindicais de qualquer grau, econômicas e profissionais, deverão observar; é considerado um dos principais entraves para a plena liberdade sindical preconizada no caput do mesmo dispositivo maior.
 
A Unicidade não permite a constituição de mais de uma entidade sindical numa mesma base territorial. 
 
Segundo os estudiosos do assunto, a pluralidade seria muito melhor, pois permitiria a competitividade entre os sindicatos, a disputa pela base territorial, e com isso a constante melhora na conquista de benefícios para os associados.
 
Categorias de Sindicato
 
A estrutura dos sindicatos no Brasil apresenta-se da seguinte maneira:
	a) Sindicato por Categoria Profissional;
b) Sindicato por Categoria Econômica.
Quando falamos em categoria profissional é no sentido de designar os trabalhadores 
	Quando falamos em categoria econômica, é para nos referirmos aos empregadores de cada um deles.
 
Exemplificando:
 
Bancários são os empregados dos bancos, formando uma categoria profissional; 
 
Empresas Bancárias (Bancos) constituem a correspondente categoria econômica.
 
	As atividades que são reunidas numa categoria podem ser:
Idênticas;
Similares;
Conexas. 
 
Idênticas são as atividades idênticas. 
Ex. metalúrgicos,bancários,etc.
 
Similares, são as atividades que se assemelham como as que numa categoria podem ser agrupadas empresas que não são do mesmo ramo, mas de ramos que se parecem. 
Exemplo: hotéis e restaurantes.
Conexas, são atividades que, não sendo semelhantes, complementam-se.
Por exemplo: As atividades múltiplas destinadas à construção Civil: alvenaria, hidráulica, esquadrias, pastilhas, pintura, parte elétrica etc..
 
Categoria diferenciada, é o grupo de trabalhadores de uma mesma profissão, que possuem estatuto próprio especial ou em conseqüência de vida 
singulares” 
Por exemplo, engenheiros, arquitetos, condutores de veículos rodoviários (motoristas), ascensoristas, secretárias, vigilante.
Interessante ressaltar que dentro de uma metalúrgica por exemplo, podemos ter:
Sindicato dos Metalúrgicos;
Sindicato das Secretarias;
Sindicato dos ascensoristas;
Sindicato dos engenheiros, etc.
OBS.: Neste caso os direitos obtidos pelo sindicato dos metalúrgicos abrangerá apenas os metalúrgicos; As vantagens obtidas pelo sindicato das secretarias beneficiará somente a categoria de secretarias e assim sucessivamente.
FEDERAÇÃO e CONFEDERAÇÃO
Federação
 	As Federações são consideradas entidades sindicais de segundo grau.
	A base territorial equivale ao do Estado federado.
	É a associação de cinco ou mais sindicatos que tem como atividade maior coordenar as atividades dos sindicatos a ela filiados.
	As Federações além de coordenar as atividades dos sindicatos associados têm como atribuição celebrar acordos e negociações coletivas quando inexistir sindicato em determinada base territorial.
O pedido de reconhecimento de uma federação será feito ao Ministro do Trabalho, o qual expedirá a carta de reconhecimento.
	Art. 537, caput e § 2º da CLT.
Exemplos de Federações: 
Federações das Empresas de Transportes Rodoviários do Sul e Centro Oeste do Brasil;
 Federação Nacional dos Condutores Autônomos de Veículos Rodoviários etc.
São as organizações sindicais de âmbito e representação nacional, constituída de, no mínimo, 3 federações e com sede na Capital da República.
Confederação
Outro importante papel destas entidades é opinar sobre o registro de sindicatos e federações.
 
Em sendo confederação, o reconhecimento será feito pelo Presidente da República, mediante decreto.
Exemplos de Confederações de Trabalhadores: Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria (CNTI); Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag); Confederação Nacional dos Trabalhadores em Comunicações e Publicidade (Contcop); Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio (CNTC); etc.
São exemplos de Confederações de Empregadores: Confederação Nacional da Agricultura; Confederação Nacional do Comércio; Confederação Nacional da Indústria; Confederação Nacional das Empresas de Crédito; etc.
São associações acima dos Sindicatos, das Federações, das Confederações e, também, das categorias, agrupando, por livre filiação essas entidades de nível menor.
 
Temos como exemplos: a CUT - Central Única dos Trabalhadores, a CGT - Central Geral dos Trabalhadores e a FS - Força Sindical.
 
Centrais Sindicais
As Centrais Sindicais não terão as mesmas atribuições dos sindicatos, das federações e confederações. 
Por exemplo, a responsabilidade pela realização de negociação coletiva continuará sendo dos sindicatos e, supletivamente, das federações e confederações. 
As Centrais, como já mencionado, possuirão atribuições superiores; Seu interesse é estratégico, de propor políticas e ações coletivas em benefício geral dos trabalhadores.
A Lei n.º 11.648/08 regulamentou as centrais sindicais no ordenamento jurídico pátrio.
 Não são reconhecidas pela Constituição Federal, mas estão institucionalizadas em nosso país. Fazem a articulação das entidades menores que representam.
	São requisitos de representatividade para o reconhecimento de uma central sindical (artigo 2º):
 
Filiação de um mínimo de 100 sindicatos, distribuídos nas 5 regiões do país (inciso I); 
Filiação de um mínimo de 20 sindicatos em cada uma de 3 regiões das 5 (inciso II); 
Filiação de sindicatos em um mínimo de 5 setores da atividade econômica (inciso III); 
Filiação de sindicatos que representem um mínimo de 7% do total de trabalhadores sindicalizados (inciso IV), sendo que nos dois primeiros anos este percentual será de 5% (parágrafo único).

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