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Aula I Educação Física

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Instituto de Educação Teologia Metropolitano
Disciplina
 Higiene e Epidemiologia
Professora: Enf. Roberta Vidal
Epidemiologia 
Definição de Epidemiologia
Evolução da Epidemiologia
Objetivos da Epidemiologia
Uso e atributos da Epidemiologia
Epidemiologia 
Ciência que estuda o processo saúde-doença em coletividades humanas, analisando a distribuição e os fatores determinantes das enfermidades, danos à saúde e eventos associados à saúde coletiva, propondo medidas específicas de prevenção, controle ou erradicação de doenças e fornecendo indicadores que sirvam de suporte ao planejamento, administração e avaliação das ações de saúde. Rouquayrol & Goldbaum, 2003
Uma Breve História da Epidemiologia
Componentes
Distribuição- A partir do pensamento populacional, observa os eventos e determinantes e faz comparações válidas entre grupos.
Determinantes- São as causas dos problemas de saúde obtidos por meio de estudos analíticos.
Aplicação- Melhoria das condições de saúde da população executadas pelos agentes de saúde Pública.
Primórdios da Epidemiologia
Desde os primórdios do pensamento ocidental na Grécia Antiga, refletia um antagonismo ancestral entre as duas filhas do deus Asclépios , deus da medicina curativa.
Higéia ligada ao conceito de medicina preventiva- Higiene
Panacéia ligada ao conceito de medicina curativa.
Hipócrates : devido os textos hipocráticos sobre as epidemias e sobre a distribuição de enfermidades nos ambientes, por sua clara adesão à tradição higéica, sem dúvida antecipam o chamado raciocínio epidemiológico.
Epidemia e Endemia
Roma Antiga
Predomínio da medicina curativa e individual
A era romana deixou como legado para a Epidemiologia a realização de censos periódicos e a introdução, pelo Imperador Marco Aurélio, de um registro compulsório de nascimentos e óbitos
Idade Média
Hegemonia da Igreja Católica
Os cuidados por à ordem religiosas, pois a salvação da alma era mais importante. Amuletos, orações e cultos a santos protetores da saúde materializavam a ideologia religiosa.
Epidemiologia clássica
William Farr : Médico responsável pela estatística médica na Inglaterra. 
Preocupação com a questão social advinda da transformação industrial da sociedade
Eixos fundamentais
O nascimento da clínica importante na definição de doenças. Um saber clínico naturalizado, racionalista e moderno
uma base metodológica, a Estatística
um substrato político-ideológico, a Medicina Social
Saber clínico 
Fins do século XVIII → conquista do hospital pelos médicos que participaram das revoluções burguesas → fundamental para o desenvolvimento da clínica moderna
Clínica do grego kliné que significa leito → o clínico é aquele que se debruça sobre o leito do paciente para observá-lo
A consolidação da corporação, o processo de construção de um saber técnico e o estabelecimento de uma rede de instituições de prática clínica acabaram por reforçar o estudo do caso.
A Medicina Social
No final do século XVIII → poder político da burguesia consolidado → diferentes intervenções do Estado na saúde das populações
O avanço do conhecimento epidemiológico voltava-se para os processos de transmissão ou controle de epidemias
Obtém-se o controle da varíola, malária, febre amarela e outras doenças “tropicais”, especialmente nos portos de países colonizados e das ex-colônias, como o Brasil.
Epidemiologia Moderna
Em 1850 é fundada a primeira sociedade de epidemiologia em Londres 
No século XX desenvolve-se o conceito de risco e as técnicas estatísticas
Após a II Guerra foco nas doenças não transmissíveis
Epidemiologia no Brasil
O raciocínio e as técnicas epidemiológicas foram fundamentais para o êxito das ações de saúde desenvolvidas no Brasil desde o início do século XX e o êxito dessas ações contribuiu para o desenvolvimento da Epidemiologia em nosso País
Objetivos
Segundo a Associação Internacional de Epidemiologia – IEA são três os objetivos principais da epidemiologia:
Descrever a distribuição e a magnitude dos problemas de saúde nas populações humanas.
 Proporcionar dados essenciais para o planejamento, execução e avaliação das ações de prevenção, controle e tratamento da doenças, bem como para estabelecer prioridades.
Identificar fatores etiológico na gênese das enfermidades. 
História natural da Doença
É o nome dado ao conjunto de processos interativos compreendendo “as inter-relações do agente, do suscetível e do meio ambiente que afetam o processo global e seu desenvolvimento que criam o estímulo patológico no meio ambiente, ou em qualquer outro lugar, passando pela resposta do homem ao estímulo, até as alterações que levam a defeito, invalidez, recuperação ou morte”
Prevenção 
A Epidemiologia é a ciência que estabelece ou indica e avalia os métodos e processos usados pela saúde pública para prevenir as doenças. 
Saúde e Doença - Etimologia
Doença – (latim) – dolentia derivado de dolor e dolore (dor e doer).
Saúde – (latim) – salutis, derivado do radical salus (salvar, livrar do perigo, afastar riscos) e (saudar, cumprimentar, desejar saúde).
O Conceito de Doença Abordado a Partir de duas Perspectivas:
Patologia – Valoriza o mecanismo causador das doenças.
Infecciosas;
Não-infecciosas.
Clínica Médica – Privilegia uma abordagem terapêutica de sinais e sintomas.
Crônicas;
Agudas.
Classificação das doenças quanto a duração e a etiologia:
Doenças Infecciosas:
Doença do homem ou dos animais que resulta de uma infecção (OPS/OMS, 1992),
Patógeno – O agente etiológico é um ser vivo;
Infecção – Penetração e desenvolvimento ou multiplicação de um patógeno no organismo;
Doença Contagiosa – causada através de contato direto com os indivíduos infectados.
Doenças Infecciosas:
Doença Transmissível –
	 causada por agente infeccioso específico que se manifesta pela transmissão de uma pessoa ou animal infectados ou de um reservatório a um hospedeiro suscetível (OPS, 1983);
Doenças Infecciosas - Propriedades:
Infectividade – Capacidade de penetrar e se desenvolver ou se multiplicar no novo hospedeiro;
Patogenicidade – Uma vez instalado no organismo, produz sintomas em maior ou menor proporção
Doenças Infecciosas - Propriedades:
Virulência – Produz casos graves ou fatais;
Imunogenicidade – Induz a imunidade no hospedeiro.
Doenças Não infecciosas
Não se relaciona a invasão do organismo por outros seres vivos parasitados;
Agentes etiológicos de natureza inanimada. Ex.: radiações, poluentes químicos do ar, álcool, fumo, drogas, etc.;
Maioria Crônicas;
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Doenças não infecciosas
Acidentes, envenenamentos, mortes violentas, etc.;
Suscetibilidade implica em geral uma gradação;
Período de latência para doenças não-infecciosas crônicas é em geral bastante longo.
Doenças infectocontagiosas e infecto parasitárias 
Principais agentes etiológicos das doenças infecciosas 
Conceitos
Agente etiológico :é a denominação,o nome, dada ao agente causador de uma doença.
Profilaxia: Na área da saúde, do grego prophýlaxis (cautela), é a aplicação de meios tendentes a evitar a propagação de doenças.
Hospedeiro Intermediário e definitivo: é um organismo que abriga outro em seu interior ou o carrega sobre si
Conceitos
Endemias: É uma doença localizada em um espaço limitado
 denominado “faixa endêmica”. Isso quer dizer que a doença que se
 manifesta apenas numa determinada região, de causa local.
Ex.: Dengue. Dentro de um cidade.
Epidemia
É uma doença infecciosa e transmissível que ocorre numa comunidade ou região e pode se espalhar rapidamente entre as pessoas de outras regiões, originando um surto epidêmico.
 Ex: a gripe aviária.
Pandemia
A pandemia é uma epidemia que atinge grandes proporções, podendo se espalhar por um ou mais continentes ou por todo o mundo, causando inúmeras mortes ou destruindo cidades e regiões inteiras. Ex. : cólera.
Principais formas de transmissão de doenças infecciosas
*Contato direto
*Por animais
*Fecal-oral(água
e alimentos)
*Pelo sangue
*Via sexual 
Principais Viroses
Principais Protozoário
Principais verminoses
Principais Micoses
Doenças infecciosas 
Transmitidas pelo Ar
São as mais comuns
Associadas a tempos secos e poeiras/ aglomerados de pessoas.
Porta de entrada: trato respiratório e boca.
Apresentam maior dificuldade para controle.
Transmissão por gotículas de salivas e secreções respiratórias.
Doenças infecciosas Transmitidas por Água e Alimentos
Geralmente transmitidas fecal-oral
Associadas à falta de higiene e de saneamento
Disenterias e Gastroenterites
Doenças transmitidas diretamente através da água
Cólera
Febre tifoide
Disenteria bacilar
Amebíase ou disenteria amebiana
Giardíase
Hepatite A, D e E 
Poliomielite.
Doenças transmitidas indiretamente através da água
Esquistossomose
Malária
Febre Amarela
Dengue
Leptospirose
Infecções dos olhos
Ouvidos
Garganta e Nariz.
Doenças Infecciosas transmitidas por Contato e DST’s
Pele
Locais importantes: Axilas, couro cabeludo e genitálias externas.
Transpiração : Umidade e nutrientes
Penetração dos patógenos: por meio de rupturas da pele ou penetração ativas.
Mucosas: revestimentos interno de cavidades corporais e secretam muco.
Doenças respiratórias
Micoses 
Catapora
AIDS Herpes 
Gonorreia
Hepatites B e C 
 Candidiases
 Sífilis 
Doenças infecciosas 
Transmitidas via sangue 
O Sangue não é a porta de entrada.
Ao patógenos tem ciclos de vida que utilizam células sanguíneas.
Associadas às transfusões, uso de objetos perfuro cortantes mal esterilizados e acidentes com perda de sangue.
Sífilis AIDS
Gonorreia Malária 
Leucemias Hepatites B e C.
Doenças de Chagas
Doenças Infecto-Parasitárias
Doenças Infecto-Parasitárias
 Bactérias que vivem no organismo humano.
 A grande maioria não causa doenças.
Beneficia o hospedeiro impedindo o crescimento excessivo de microrganismos nocivos (antagonismo microbiano). 
Doenças Infecto-Parasitárias
Botulismo Agente Etiológico forma de transmissão: Intoxicação alimentar pela toxina botulínica (geralmente alimentos enlatados com embalagem estufadas apresentam a toxina).
 
Sintomas: Paralisia muscular e dificuldades respiratórias.
 Tratamento: Uso de antitoxinas.
Doenças Infecto-Parasitárias
Automedicação: pode alterar a microbiota normal favorecendo a proliferação de microrganismos patogênicos. 
 Grande maioria dos microrganismos são comensais. Alguns promovem relações de Sistema Urinário protocooperação ou parasitismo. 
Doenças Infecto-Parasitárias
Profilaxia: Não consumir produtos enlatados que apresentem aspectos anormais. 
A partir de casos suspeitos, identificar as prováveis fontes de contaminação para adoção das medidas de controle pertinentes. 
A toxina botulínica é usada em pequenas doses BOTOX, como tratamento estético temporário. A sua intensa capacidade paralítica é desejada por indivíduos que procuram esconder as suas rugas (as rugas são causadas por contrações musculares) e outras imperfeições faciais.
Doenças Infecto-Parasitárias
Hanseníase (Lepra)
 Agente Etiológico: Mycobacterium leprae (Bacilo de Hansen) 
Forma de transmissão: Contato direto com pessoas doentes, pela pele ou pelo ar, após contatos íntimos e prolongados com o portador.
 Sintomas: Aparecimento de manchas na pele, ulcerações e deformidades, lesões nas terminações nervosas causando perda de sensibilidade. 
Doenças Infecto-Parasitárias
 Tratamento: Uso de antibióticos (há cura se for diagnosticado e tratado nas fases iniciais) Profilaxia: Educação sanitária, tratamento imediato dos doentes, vacinar todos os familiares e pessoas que convivem intimamente com o doente (vacina BCG)
Doenças Infecto-Parasitárias
Tratamento: Uso de antibióticos (há cura se for diagnosticado e tratado nas fases iniciais) Profilaxia: Vacinação (Brasil não possui a vacina), tratamento dos doentes, educação da população.
Situação epidemiológica das Doenças Transmissíveis no Brasil
No final do século XX, notou-se um declínio nas taxas de mortalidade devido às doenças infecciosas e parasitarias e em especial, às doenças transmissível para as quais se dispõe de medidas de prevenção e controle.
DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS COM TENDÊNCIA DECLINANTE
A Redução de várias doenças transmissíveis, para as quais se dispõe de instrumentos de prevenção e controle.
Em 1973 foi erradicada a VARÍOLA,
Em 1989 a POLIOMIELITE
A transmissão contínua do SARAMPO foi interrompida desde o final de 2000.
Em 2006, ocorreu um surto epidêmico em dois municípios da Bahia, com ocorrência de 57 casos, mas também foram considerados importados, visto que o vírus identificado não é originário do Brasil
Sistema de informação
		Serve para conhecer os problemas, solucionar problemas, atingir metas e concluir objetivos.
 As informações servem como instrumentos de apoio para o conhecimento da realidade, planejamento, gestão, organização e avaliação para o SUS.
Exemplos
-Cadastro da população
-Cadastro de estabelecimento
-Produção das atividades de saúde
-Mortalidade
-Número de profissional da saúde
-Medicamentos utilizados 
-Gastos efetuados.
Funções do Sistema de informação
Apoia a produção e utilização de serviços de saúde
Facilitar o planejamento, a suspensão e o controle de ações
Subsidiar a educação e a promoção da saúde
Apoia as atividades de pesquisa
Sistemas nacionais de informações do interesse da saúde
IBGE;
Ministério da saúde;
SIM- sistema de informação sobre mortalidade. Instrumento de coleta de dado- Declaração de óbito
SINASC- sistema de informação sobre nascidos vivos. Instrumento de coleta de dado- Declaração nascidos vivos. 
SIH- internações hospitalares. Instrumento de coleta de dado- Declaração autorização de internação hospitalar(AIH)
Bibliografia
http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/doen_infecciosas_guia_bolso_8ed.pdf
http://www.aids.gov.br/pagina/infeccoes-oportunistas
ALMEIDA FILHO, N.; ROUQUAYROL, M. Z. Introdução à Epidemiologia. 4° ed. Revisada e Ampliada. Editora Guanabara Koogan.

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